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A participar hoje (22) da abertura do seminário de amizade Brasil-Itália, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu a necessidade de o governo dialogar mais com parlamentares antes de fixar uma data para colocar em votação a reforma da Previdência na Casa.

"A gente não deve precipitar data se não tivermos clareza dos votos. Esse é um trabalho difícil. Sabemos que a Previdência é um tema muito polêmico, um mito. Então, temos de ter muita paciência e cuidado, porque é uma votação muito importante para o Brasil. Não podemos correr nenhum risco. Precisamos esclarecer a sociedade como estamos tentando fazer", disse o presidente da Câmara.

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Maia afirmou que a reforma previdenciária vai corrigir uma distorção que hoje penaliza os mais pobres em favor dos que ganham mais. Ele citou como exemplo o caso de funcionários públicos que se aposentam com pouco mais de 50 anos de idade ganhando cerca de R$ 30 mil.

Rodrigo Maia destacou que, mesmo que os servidores tenham direito, esse desequilíbrio precisa ser corrigido.

"Precisamos acabar com essa sangria, onde a distorção do sistema transfere anualmente dos que ganham menos para os que ganham mais. É o maior programa de transferência de renda do mundo. Os mais pobres financiam a Previdência dos mais ricos. Essa é a principal distorção do sistema e precisa ser resolvida", acrescentou Maia.

De acordo com o presidente da Câmara, se atual administração não acabar com essa distorção "os futuros governos serão obrigados a cortar salários e aposentadorias ou a inflação acabará tirando o valor do salário dos brasileiros".

Conforme Rodrigo Maia, a Previdência consome hoje mais de 40% dos gastos dos estados. 

Em meio às discussões para tentar limitar os supersalários nos três Poderes, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, tem demonstrado preocupação com a possibilidade de corte de auxílios a juízes que atuam em condições insalubres ou em locais de difícil acesso. A ministra também acredita que é importante analisar com cuidado a situação dos juízes eleitorais, que recebem auxílio para trabalhar em ano eleitoral. Nos últimos dias, segundo o Estadão/Broadcast apurou, a ministra buscou estabelecer "uma ponte de comunicação com o Congresso Nacional" para debater a questão.

Nesta terça-feira, 7, a reportagem mostrou que os deputados estudam apresentar uma Proposta de Emenda à Constituição para regulamentar as possibilidades de acúmulo de salários além do teto. A PEC deve incluir ainda o fim das férias de 60 dias concedidas a membros do Ministério Público e do Judiciário.

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A presidente do STF informou recentemente a interlocutores que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) está finalizando uma ferramenta que possibilitará aos internautas acesso aos salários dos juízes brasileiros. O CNJ ainda não divulgou os vencimentos de magistrados em sua página oficial devido a atrasos no envio dos documentos e a dificuldades na formatação dos arquivos.

Proposta

Cármen ainda não colocou para votação pelo CNJ uma proposta de criação de um sistema de monitoramento, a ser gerido pelo próprio conselho, com o objetivo de acompanhar e analisar as informações sobre os vencimentos de juízes, desembargadores e ministros de todo o País. Pelo sistema, o próprio software poderia alertar o CNJ no caso de distorções encontradas nos pagamentos efetuados. O programa é inspirado no modelo implantado pelo Banco do Brasil para monitorar a folha de pagamento.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na atual legislatura do Senado, nos últimos três anos, 17 dos 81 senadores custearam segurança privada na cota parlamentar, porém em menores proporções do que Fernando Collor (PTC-AL).

Depois de Collor, o senador que mais gastou foi Roberto Rocha (PSDB-MA), que usou R$ 109,2 mil de janeiro a outubro deste ano - o parlamentar desembolsou de R$ 10.740 a R$ 15 mil para contratar vigilância para um escritório em São Luís. Assim como Collor, ele evoluiu nos gastos nos últimos anos - passou de R$ 36,5 mil, em 2015, para R$ 86,7 mil, em 2016, e já superou o montante em 2017.

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Procurada, a assessoria de Rocha disse que "os valores se referem exclusivamente à segurança patrimonial, uma vez que o congressista maranhense tem dois escritórios de representação política no Estado (São Luís e Imperatriz)". "Em cada caso, o pagamento refere-se a uma empresa especializada que presta serviços de monitoramento 24 horas, composto de câmeras de vigilância e um guarda por turno. O senador não tem serviços de segurança pessoal."

Logo atrás vem José Agripino (DEM-RN), que gastou cerca de R$ 50 mil ao ano, considerando levantamento desde 2015, com segurança. Ele não registra a descrição do serviço no Portal da Transparência. De acordo com sua assessoria, Agripino usa a cota para pagar um segurança para sua residência - ele não se beneficia de imóvel funcional.

Com valores pouco expressivos, nenhum dos outros 15 senadores gastou mais de R$ 20 mil ao ano para monitoramento dos escritórios funcionais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), proferida na quarta-feira, 11, por seis votos a cinco, de que o afastamento de parlamentares precisa passar pelo Senado ou a Câmara após ser determinado pela Justiça foi duramente criticada ela ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, porta-voz da Rede Sustentabilidade. "Agora, como se não bastasse o foro privilegiado, teremos o autoindulto privilegiado", afirmou Marina em vídeo publicado no Twitter nesta sexta-feira.

Marina lembra que a determinação do STF não diz respeito apenas a Aécio Neves, afastado desde setembro, já que cria jurisprudência para casos similares. "A decisão Vai na contramão do desejo da sociedade de que a Justiça seja igual para todos", apontou. "O cuidado para não criar uma crise institucional não pode ser levado a cabo em prejuízo da própria segurança institucional, criando uma insegurança maior de que poderá haver um poder acima dos demais."

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As instituições no Brasil, diz Marina no vídeo, não devem ter o poder de fazer o próprio julgamento. "Favorecer a autonomia das instituições não significa que venhamos a passar uma mensagem equivocada de que existe alguns setores que estão acima da lei", afirma a ex-senadora no vídeo com tom crítico à decisão.

Ao desempatar o julgamento desta quarta-feira (11) a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, acabou reabrindo as discussões entre os ministros justamente no momento em que já poderia encerrar a sessão, por volta das 21h20. Houve divergências no plenário e confusão entre os presentes - Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Luís Roberto Barroso já tinham deixado o local.

Ao declarar seu voto, Cármen Lúcia disse que concordava praticamente em tudo com o relator Edson Fachin, que se posicionou contra o aval do Congresso, com exceção de um caso - quando houvesse afastamento de parlamentar, a decisão judicial seria submetida ao Legislativo.

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"Se decidirmos só sobre afastamento, o impasse continuará sobre outras cautelares", destacou o ministro Ricardo Lewandowski.

Neste momento, Fachin disse que se declarava voto vencido. "O ponto de divergência de Vossa Excelência é o ponto central do meu voto, portanto sou voto vencido", afirmou Fachin a Cármen. Mas a presidente do Supremo disse que seria necessário "chegar a um voto médio". "Não há voto médio", rebateu Fachin. A partir daí, a discussão foi retomada por cerca de 20 minutos.

Em meio aos debates, Cármen declarou que havia dez votos no sentido de que medidas cautelares previstas no Código de Processo Penal são aplicáveis a parlamentares. O único que deixou claro o voto contrário nesse caso foi Marco Aurélio Mello.

Em seguida, os ministros discutiram, então, a possibilidade de revisão pelo Congresso de medidas cautelares que impedissem o exercício do mandato, como apreensão do passaporte.

Prevaleceu a proposta de Alexandre de Moraes de que tanto o afastamento quanto outras medidas que afetassem "direta ou indiretamente o exercício do mandato a parlamentares" poderiam ser encaminhadas para a análise do Poder Legislativo. Finalizada a polêmica, Cármen Lúcia encerrou a sessão às 22h02.

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), desempatou o placar ao votar nesta quarta-feira, 11, para que medidas cautelares contra parlamentares, como afastamento do mandato, sejam submetidas à Casa legislativa da qual o deputado ou senador é integrante. Com o voto do ministro, o placar está em cinco votos a favor de submeter a medida cautelar ao Congresso Nacional e quatro para não submeter.

Além de Marco Aurélio, votaram para que o Legislativo tenha a palavra final sobre medidas cautelares contra parlamentares os ministros Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli e Alexandre de Moraes. Os outros quatro ministros que já votaram - Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Edson Fachin, relator da ação - se posicionaram para que as cautelares não tenham de ser enviadas para análise do Legislativo.

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Em seu voto, Marco Aurélio ressaltou ser contra aplicação de qualquer medida cautelar contra parlamentares. "Não me passa pela cabeça que um deputado não possa viajar", afirmou. O ministro disse, porém, que, caso a medida venha a ser aplicada pelo Judiciário, ela deve ser submetida ao Legislativo. "Se aplicada, há de haver submissão à Casa Legislativa", afirmou o ministro, que foi autor da liminar que devolveu mandato ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), posteriormente derrubada quando a 1ª Turma do STF julgou o mérito.

No julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) que trata da aplicação de medidas cautelares a parlamentares, o ministro Marco Aurélio Mello fez duas intervenções durante o voto do ministro Luís Roberto Barroso, rebatendo algum ponto destacado pelo ministro.

Primeiro, Marco Aurélio interveio enquanto Barroso falava sobre a decisão da Primeira Turma que determinou o afastamento do senador Aécio Neves, no mês passado. Mello disse que a determinação de recolhimento noturno foi feito de forma a extravasar o pedido do Ministério Público Federal e teria sido implementado de ofício. Isso causou, segundo o ministro, "esta celeuma toda".

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O segundo aparte de Marco Aurélio Mello foi feito após Barroso registrar que houve decisão unânime em 2016 no julgamento em que a Corte determinou o afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do mandato de deputado federal e, consequentemente, da Presidência da Câmara dos Deputados. Marco Aurélio Mello, nesse ponto, disse que evoluiu e modificou seu entendimento em relação àquele julgamento e que não pode ser cobrado por isso.

O ministro Alexandre de Moraes também falou sobre o julgamento do caso de Eduardo Cunha, respondendo ao comentário de Barroso de que os ministros tinham decidido unanimemente pelo afastamento. Barroso disse que, pelo entendimento que prevaleceu no voto divergente (de Alexandre de Moraes), Eduardo Cunha não poderia ter sido afastado em 2016.

Moraes respondeu dizendo que não queria ser relacionado àquela decisão porque não fez parte do julgamento. Em seguida, Barroso pediu desculpa pela menção ao voto de Moraes agora, explicando que se referia ao argumento em si.

Ao iniciar seu voto, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), apontou o que considerou três "pré-compreensões" sobre o tema discutido pela Corte na tarde desta quarta-feira, 11. As observações do ministro avaliam que foro privilegiado é ruim, a política é importante e não há crise institucional entre os poderes.

Ao defender que não há qualquer crise entre Senado e STF, Barroso falou que recebeu diversos senadores nas últimas semanas e nenhum cogita "verdadeiramente" o desrespeito a decisões do Supremo.

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"Nós já superamos os ciclos do atraso. O que existe, porque sempre existiu, são os que não hesitam em pregar a quebra da institucionalidade para defender os seus interesses ou de seus aliados - mas são poucos. Ninguém gosta desse filme da quebra da legalidade institucional, ele é um filme velho e feio. Só quem não soube a sombra é que não reconhece a luz que é viver sob um regime democrático de respeito às instituições", afirmou o ministro.

Barroso ainda fez uma defesa do modelo de democracia política, o que classifica como "gênero de primeira necessidade". Segundo o ministro, não há "alternativa legítima" a esse modelo e "demonizar a política constituiria um grave equívoco". "O mundo e o Brasil já viveram experiências devastadoras de tentativas de se governar sem a política. Nenhuma dessas formas foi mais bem sucedida que a democracia e a sede principal da democracia é o parlamento. E mesmo nas aflições dessa hora que vivemos, essa democracia já nos trouxe conquistas das quais podemos nos orgulhar e muito. Acho que a política é essencial e devemos prestigiá-la e valorizá-la", disse o ministro.

Barroso também criticou o modelo de foro privilegiado. "Por mim, nada disso estaria acontecendo. De longa data sou contrário à existência do foro privilegiado, porque ele investe o STF em um papel de juiz criminal de primeiro grau, que não é um papel próprio para nenhuma corte constitucional. Não é assim em lugar nenhum do mundo e nem deveria ser. Dentre outros males, o foro traz para o Supremo o primeiro embate para essas matérias, quando no máximo ele deveria ser uma instância revisional e falar por último", disse o ministro, ao criticar o foro privilegiado, que mantém as investigações contra parlamentares no STF.

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) estará dividido quando iniciar o julgamento da ação direta de inconstitucionalidade que trata da aplicação de medidas cautelares a parlamentares. Além de ajudar a definir o futuro político do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e ditar como será o relacionamento entre a Corte e o Congresso, a sessão vai contrapor mais uma vez duas correntes divergentes.

De um lado, os ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski têm se alinhado nas críticas à atuação do Ministério Público e às investigações da Operação Lava Jato, contando eventualmente com o apoio de Alexandre de Moraes. De outro, os ministros Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Edson Fachin têm convergido numa interpretação mais rigorosa em matérias penais, com posicionamentos menos favoráveis a réus.

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A expectativa na Corte é que os ministros Celso de Mello e Cármen Lúcia deem os votos decisivos no julgamento da ação. Segundo o Estado apurou, o STF deve formar maioria para que o Congresso decida sobre o afastamento de parlamentares.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG), afastado das suas funções parlamentares pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, tenta reverter as medidas cautelares impostas pelos ministros ao mesmo tempo que tenta se desviar do "fogo-amigo" que sofre internamente dentro do PSDB. O caminho encontrado pelo tucano e aliados próximos dentro da legenda são políticos contrários a Lava Jato.

A defesa informal de Aécio é encabeçada por quatro parlamentares investigados na operação: o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), alvo de 14 inquéritos; o ex-presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), réu e investigado em 17 procedimentos; o ex-presidente da República Fernando Collor (PTC-AL), também réu, e alvo de 5 investigações; e o senador Jader Barbalho (PMDB-PA), contra quem correm quatro inquéritos.

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Apontado como líder da ala peemedebista pró-Aécio, Renan argumenta que o grupo não age em defesa do tucano. Segundo ele, o Judiciário invadiu a competência do poder Legislativo. "Esse é um problema institucional, que tem a ver com a separação dos Poderes", diz Renan.

A defesa de Aécio pressionava para que o Senado tivesse analisado - e derrubado - as restrições na semana passada. Saiu derrotada, com o adiamento do caso, por 50 votos a 21. A bancada do PT, cuja Executiva Nacional chegou a defender o restabelecimento do mandato ao adversário político, voltou atrás e optou pelo adiamento da discussão. Na avaliação de tucanos, Aécio corria risco de derrota sem os nove votos do PT, terceira maior bancada do Senado.

Dentro do PSDB, a situação do tucano é delicada. O presidente interino da legenda, Tasso Jereissati (CE), não se esforçou para ajudar os colegas de senado Paulo Bauer (SC) e Antonio Anastasia (MG) na defesa do mineiro. O resultado apareceu na votação que adiou a decisão. Dois dos 11 senadores do partido foram contra a orientação de bancada.

O incômodo no PSDB é cada vez mais evidente. Uma avaliação corrente entre os tucanos é que o caso manchou a imagem do partido e seus integrantes, sejam íntimos de Aécio ou não. Há pressão para que ele deixe o cargo tanto de deputados cabeças-pretas quanto de senadores, Como defende publicamente Ricardo Ferraço (ES).

Aécio, porém, tem apoio de ministros tucanos, como o chanceler Aloysio Nunes . Ele considera a decisão do STF "absurda" e diz destituí-lo da presidência "não tem cabimento", porque Aécio ainda não se tornou réu.

Ninguém arrisca um placar da divisão a favor e contra Aécio na bancada. A avaliação é que muitos dos votos nas sessões recentes foram dados por solidariedade pessoal, ao custo de desgaste junto à opinião pública. O presidente do PSDB se articula para solucionar o caso na próxima semana, a depender da decisão do Supremo na quarta-feira, segundo pessoas próximas. Um aliado de Tasso afirma que ele considera a situação insustentável e que só o afastamento em definitivo de Aécio poderia amenizar.

"É ruim para todos nós estar lidando com isso, para ele (Aécio) e para o partido", diz o senador Eduardo Amorim.

No Senado, o presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE) tenta apaziguar o clima bélico contra a Corte. Ele costurou um acordo com a presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, e convenceu colegas a votar pelo adiamento. Eunício afirma não ter conversado com Aécio e que manteve contato institucional com senadores do PSDB.

"Eu vi matérias dizendo que o Palácio (do Planalto) tinha falado com ele, que o Palácio me pressionou e ficou chateado comigo. Isso pouco me preocupa. Sou presidente do Parlamento e vou defender o Congresso como um todo. Não sou advogado do João, do Pedro, do Luís ou no Manoel. Se a decisão é desfavorável, foi a decisão do plenário, sinto muito", disse Eunício à reportagem.

Vamos então começar nossa coluna de hoje destacando este  projeto de reforma política aprovado pelo Congresso apresenta alguns pequenos detalhes que  de longe não foram discutidos publicamente e que com toda certeza vão causar surpresas e polêmicas ao longo da campanha eleitoral do ano que vem. Vamos aos casos: um deles é uma emenda (capciosa), inserida discretamente no projeto, que obriga sites de redes sociais a suspender, “sem necessidade de decisão judicial”, a publicação de qualquer conteúdo que for denunciado como “discurso de ódio, disseminação de informações falsas ou ofensa” em desfavor de partidos ou candidatos. Claro que isso é ridículo mas que na madrugada longe de todos os homens de Brasília fizeram isso. Por outro  lado, a reforma liberou os impulsionamentos pagos de páginas – favorecendo os candidatos – por outro, essa emenda é uma clara e objetiva iniciativa de censura, isso porque foi adicionada à parte da reforma que trata de propaganda eleitoral na internet por candidatos ou partidos. A afirmativa do texto colocado pelos nobres deputados federais  reza que deverá ser suspensa em no máximo vinte quatro horas após ser denunciada por qualquer usuário de internet ou rede social em canais disponibilizados pelo provedor para esse fim. Cada vez mais vamos ao fundo do poço com essa qualidade ruim de parlamentares no Brasil.

Perdemos mais uma vez

A Câmara aprovou  um novo e famigerado  fundo para financiar as eleições do ano que vem. A decisão já mostra um efeito negativo junto  a opinião pública.

E reforma?

A tão propalada reforma política teve como resultado principal a criação desse fundo. Desde o começo do debate da reforma, havia uma articulação para beneficiar politico. O valor foi reduzido de R$ 3,5 bilhões para cerca de R$ 2 bilhões. Infelizmente as pessoas se calam e nada fazem para protestar. Só nos resta esperar pela força das ruas.

Para eles a rapidez

Em uma velocidade extrema, pois foi assim, menos de 12 horas após a Câmara concluir a votação da reforma política, o Senado também aprovou  as mudanças na lei eleitoral para a disputa do ano que vem.

Enganando o povo

Vejam vocês o tamanho do absurdo, por meio de uma manobra, os senadores garantiram que, mesmo alterando o texto aprovado na Câmara, a proposta não precise passar por nova análise dos deputados e siga para a sanção. Para valer no ano que vem, o presidente Michel Temer precisa sancionar o projeto até amanhã. E você acha que temer não vai bater o martelo?

Contra o fundo eleitoral

Pelo menos alguns deputados da bancada federal  do PSB de Pernambuco afirmaram ter votado contra o fundo de financiamento das campanhas eleitorais.

Quem são?

Danilo Cabral, Tadeu Alencar, ambos do PSB e Guilherme Coelho do PSDB. Da bancada pernambucana teve mais gente que não apoiou a criação do Fundão eleitoral. Mas a indignação fica apenas na fala pois todos estarão recebendo dinheiro dos partidos para a campanha no ano que vem.

A via crucis de Alkmin

O governador  de São Paulo Geraldo Alckmin  já adiantou a sua equipe de governo que pretende fechar 2017 com pelo menos 10% das intenções de votos.  Vale lembrar que na última pesquisa  Datafolha ele apareceu com 8%, empatado com “amigo”  João Doria.

Quem paga a conta é você

Anote aí como nosso parlamento custa caro. De janeiro deste ano  até 15 de setembro último  a Câmara Federal autorizou 274 viagens internacionais de nossos deputados. Todas as viagens s anunciadas como “missão oficial”.

Como é?

O nobre deputado Newton Cardoso Jr., do PMDB mineiro, foi conhecer o Mercado de Maryland, EUA. Dois tucanos, Pedro Vilela (Alagoas) e Vanderlei Macris (São Paulo), além do deputado Cláudio Cajado (DEM - Bahia), passaram cinco dias em Paris num congresso de aviação. O negócio é ser deputado.

Wanderson e o parque

O vereador recifense Wanderson Florêncio (PSC), escolheu como projeto de vida deste mandato, conseguir fazer com que a prefeitura do Recife faça logo um projeto para o parque de Boa viagem. A érea escolhida será onde funciona o aeroclube. Vamos todos trabalhar pra isso sair do papel.

O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) rebateu o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e defendeu, em vídeo publicado nesta sexta-feira, 29, que o Legislativo precisa validar decisões sobre afastamento de parlamentares do mandato.

Por outro lado, ele elogiou a decisão da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, de marcar para 11 de outubro julgamento de ação sobre afastamento de deputados e senadores. "Ora, se o mandato é intangível e há, na lei maior, uma regra de ouro que diz que só a casa legislativa dele (do parlamentar) pode dispor, paciência. Não se trata de saber de quem é a palavra final, como insinua Fernando Henrique Cardoso. Não é isso. Trata-se de zelar pela Constituição e pela separação dos poderes", afirmou Renan, sem mencionar o afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG), decidido nesta semana pelo STF.

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Em evento nos Estados Unidos nessa quinta-feira, 28, FHC afirmou que o Supremo é o guardião da Constituição e tem a "decisão final" no Brasil. "Ele decide e é isso", afirmou o ex-presidente, pouco antes de o Senado aprovar regime de urgência para deliberar sobre a decisão da Corte de afastar Aécio do mandato e ordenar recolhimento noturno do senador mineiro.

No vídeo, Renan disse que a presidente do STF "cresce nas crises". Mas criticou outros ministros do Supremo, sem citar nomes. "Como constituinte, nunca imaginei estar vivo para ver constitucionalistas conhecidos, ministros do Supremo - graças a Deus uma minoria - dizerem que se pode colocar o Código de Processo Penal acima da Constituição, que consagra valores republicanos", afirmou.

Já imaginou alguma pessoa lutar para reduzir seu próprio salário? O que parece impossível de acontecer é uma luta travada pelo senador Magno Malta (PR), que é autor de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que estabelece que nenhum agente público poderá receber mais de R$ 15 mil de salário por mês por um prazo de vinte anos. O hoje, o valor passa de R$ 33 mil. A proposta já está tramitando na Casa. 

No argumento, o senador disse que o teto de R$ 15 mil é suficiente para manter "dignamente" as famílias dos agentes públicos e que seria mais justo "compartilhar o sacrifício" de todos os brasileiros, em referência às classes mais desfavorecidas. Ele também quer o congelamento do Fundo Partidário pelo mesmo período. "Tem quase um ano essa minha proposta, redondamente, oito meses. A sociedade não aceita que se crie um fundo de R$ 3 bilhões e 800 milhões para financiar campanha".

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Magno vai propor que financiamentos de campanhas eleitorais só possam ser feitas via internet. "Eu tenho uma emenda para que autoriza pedir ajuda para campanha só pela internet. Um contribui com um real, outro com cinco reais, dois, porque o povo não vai aceitar, não vai suportar que se vote um fundo de quase R$ 4 bilhões em um país com 14 milhões de desempregados para poder financiar campanha. Não conte comigo para essas coisas. Certamente, aqui estarei para fazer essa luta", disse. 

 

 

 

 

 

O vice-presidente da Câmara, deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG), confirmou que o presidente Michel Temer irá comparecer ao jantar oferecido por ele a parlamentares em sua casa, na noite desta terça-feira, 1. O encontro terá a presença de aproximadamente 80 deputados, segundo Ramalho, e servirá para unir a base aliada antes da votação da denúncia contra o presidente no Congresso.

A presença de Temer é vista como uma forma de tentar garantir que a sessão da Câmara de amanhã rejeite a denúncia por corrupção passiva contra ele. A ofensiva na reta final faz parte da estratégia do governo em não só garantir votos favoráveis, para tentar um placar significativo, como também o quórum necessário de 342 votos para que a votação seja realizada amanhã. O jantar de hoje à noite ainda não está, no entanto, na agenda oficial da Presidência da República.

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Outro jantar em que Temer pode aparecer de última hora é do líder do DEM, deputado Efraim Filho (DEM-PB). O encontro dos democratas tem o objetivo de discutir as tratativas do partido com membros do PSB, interessados em mudar de partido, e com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

Isso porque a cúpula do DEM se encontrou com Alckmin nos últimos dias. Na ocasião, o tucano foi informado de que os democratas, que hoje tem 31 deputados federais, sendo 29 em exercício, calcula que vai chegar a 50 deputados, se tornando uma das maiores bancadas da Câmara e superando a do PSDB, que tem 46.

Hoje, sem incluir na agenda oficial inicialmente, Temer participou de um almoço com cerca de 60 parlamentares da bancada ruralista. Depois, em um gesto incomum para um presidente, parou o trânsito e fez uma rápida visita ao deputado Heráclito Fortes, que faz aniversário hoje. A Casa de Heráclito ficava do outro lado da rua do encontro com ruralistas.

Responsável por alterar novamente o Refis com a inclusão de um perdão de até 99% das multas e dos juros das dívidas com a União, o deputado Newton Cardoso Jr. (PMDB-MG) deve à União R$ 51 milhões. As planilhas da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) obtidas pelo ‘Estadão/Broadcast’ mostram que ele figura como presidente da Companhia Siderúrgica Pitangui, que detém dívida ativa de R$ 48,7 milhões com a União. O restante se trata de uma dívida de R$ 2,3 milhões da NC Participações e Consultoria, da qual o deputado seria diretor.

O órgão de cobrança não informa quanto dessa dívida equivale a multas e juros pelo não pagamento. Por isso, não é possível calcular o tamanho do benefício que o próprio deputado receberia, caso o Refis seja aprovado no Congresso na forma do seu parecer.

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Reconduzido ao posto de relator do Refis, após ter alterado completamente a primeira proposta enviada pelo governo ao Congresso, Cardoso Jr. voltou a incluir condições mais vantajosas para as empresas.

O parecer dele, aprovado na semana passada pela comissão mista da Medida Provisória (MP) 783, também estendeu os descontos - que antes valiam apenas para contribuintes com débitos de até R$ 15 milhões - para firmas com dívidas de até R$ 150 milhões.

Para entrar no programa, todos pagam 20% da dívida ainda este ano, exceto essas empresas com dívida de até R$ 150 milhões, que pagarão 2,5%. O saldo restante pode ser liquidado de várias formas. Os que pagarem tudo que falta em janeiro de 2018, ganham 99% de desconto nos juros e multas. Outra opção é fazer parcelamentos a perder de vista, mas nesses casos os abatimentos em multas e juros diminuem um pouco: 90% para o parcelamento em 145 meses e 85% para 175 meses.

Cardoso Jr. também reduziu o valor da entrada, parte da dívida sobre a qual não incide o desconto de juros e multas e que precisa ser pago em cinco parcelas, em espécie. O governo enviou a MP com exigindo que 7,5% da dívida fossem pagos na entrada. O relator diminuiu essa parcela para 2,5%. Com essas modificações, a arrecadação prevista para 2017 com o Refis cai de R$ 13,3 bilhões para R$ 420 milhões.

Causa própria

Para o diretor executivo do instituto Transparência Brasil, Manoel Galdino, a concessão de benesses tributárias para os devedores da União justamente em meio à atual crise fiscal é absurda. "O que estamos vendo são os parlamentares legislando em causa própria. O regimento da Câmara não proíbe, mas um deputado com dívidas ativas com a União relatar a proposta viola a ética e chega a ser indecoroso", avalia. "E a adoção consecutiva de programas de Refis penaliza os contribuintes que honram suas obrigações em dia."

Relator

Cardoso Jr. não quis dar entrevista ao Estadão/Broadcast, mas respondeu, por meio de sua assessoria, que todas as dívidas em aberto das empresas ligadas a ele estão sendo questionadas na Justiça. "Não sou devedor. Todos os débitos estão sendo questionados na Justiça. Minha atividade parlamentar não se confunde com a empresarial. Esclareço que fechamos um texto que atende às necessidades da sociedade, acima de qualquer interesse particular ou corporativo", rebateu.

O deputado alegou que o novo Refis vai permitir a regularização fiscal de milhares de pessoas físicas e jurídicas. "O texto aprovado vai possibilitar a retomada do desenvolvimento do País, que enfrenta uma grave crise econômica, com 15 milhões de desempregados", acrescentou. "Estamos prestando um grande serviço à Nação."

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Deputados e senadores que devem à União R$ 532,9 milhões serão os responsáveis por aprovar o texto do novo Refis - programa de parcelamento de débitos tributários e previdenciários concedido com descontos generosos de juros e multas. O governo enviou uma proposta ao Congresso, em janeiro, com a expectativa de arrecadar R$ 13,3 bilhões este ano, mas a medida foi alterada pelos parlamentares, derrubando a arrecadação para R$ 420 milhões. A nova versão pretende perdoar 73% da dívida a ser negociada.

Os dados da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), responsável pela gestão da dívida ativa, foram obtidos pelo Estadão/Broadcast por meio da Lei de Acesso à Informação. O valor inclui dívidas inscritas nos CPFs dos parlamentares, débitos nos quais eles são corresponsáveis ou fiadores e o endividamento de empresas das quais são sócios ou diretores.

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Os R$ 532,9 milhões em dívida dos parlamentares consideram apenas as dívidas em aberto, ou seja, o endividamento classificado como "irregular" pela PGFN. Isso porque deputados e senadores já foram beneficiados por parcelamentos passados. O total de débitos ligados a deputados e senadores inscritos em Refis anteriores - ou seja, que estão sendo pagos e se encontram em situação "regular" - é de R$ 299 milhões.

Companhias administradas por parlamentares respondem pela maior parte dos calotes à União que seguem em aberto. As empresas de 76 deputados federais devem R$ 218,7 milhões, enquanto as geridas por 17 senadores acumulam débitos de R$ 201,2 milhões. É nesse grupo que está incluído o deputado Newton Cardoso Jr. (PMDB-MG), relator da medida provisória do novo Refis e responsável por modificar totalmente o teor do texto original para ampliar as vantagens aos devedores.

A Receita Federal vai recomendar o veto do novo Refis se permanecerem as condições propostas pelo relator. Desde o início, a Receita queria que essa versão do parcelamento saísse com regras duras para desestimular os "viciados" em parcelar dívidas tributárias - contribuintes que pagam apenas as primeiras prestações e depois abandonam os pagamentos à espera de novo perdão. Desde 2000, já foram lançados 27 parcelamentos especiais.

A PGNF informou ainda que 11 deputados são corresponsáveis em dívidas que chegam a R$ 31,8 milhões, bem como 3 senadores estão arrolados em débitos de terceiros que somam R$ 62,2 milhões.

A lista do órgão de cobrança expõe ainda os débitos diretos dos parlamentares, inscritos nos próprios CPFs. Nesse grupo estão 29 deputados federais, com dívida total de R$ 18,9 milhões, e 4 senadores, que juntos devem R$ 6 milhões.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Desde que a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) por corrupção passiva contra Michel Temer chegou à Câmara dos Deputados, o presidente intensificou o corpo a corpo com parlamentares e fez do Palácio do Planalto uma extensão do Congresso. Levantamento feito pelo Estado mostra que, desde 29 de junho até este domingo, 16, 82 deputados e 16 senadores foram recebidos pelo peemedebista.

Os números representam 15% dos 513 deputados e 20% dos 81 senadores. A preferência por agendas com parlamentares fica ainda mais evidente se comparado aos encontros oficiais de um período anterior similar em número de dias. Entre o dia 1º e 18 de junho, por exemplo, o presidente teve reunião com 31 deputados e dez senadores. Mesmo com o surgimento da crise, após a delação dos empresários da JBS vir à tona, Temer recebeu menos deputados do que nas últimas semanas.

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No dia mais intenso, 4 de julho, o peemedebista chegou às 8 horas ao Planalto e deixou o gabinete presidencial somente depois das 22h30, após receber 30 deputados. Às vésperas da votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), na quinta-feira passada, Temer recebeu um total de 49 deputados, 27 na terça-feira e 22 na quarta-feira.

Dos 40 parlamentares que votaram a favor de Temer na CCJ, o presidente esteve com mais da metade deles: 26. Somente o deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), autor do relatório contra a aceitação da denúncia, esteve quatro vezes no Planalto nesse período. Anteontem, o tucano almoçou com o presidente no Palácio do Jaburu.

A chamada tropa de choque do governo também marcou presença constante no Planalto. O líder do PMDB, deputado Baleia Rossi (PMDB-SP), esteve 11 vezes no palácio; os três deputados líderes do governo - Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), André Moura (PSC-SE) e Lelo Coimbra (PMDB-ES) - também lideram a lista dos mais assíduos. Completam essa relação Carlos Marun (PMDB-MS), Beto Mansur (PRB-SP) e Darcísio Perondi (PMDB-RS), que ontem esteve com o presidente no Jaburu.

O levantamento foi feito apenas com base nos encontros registrados nas agendas oficiais, mas o número pode ser maior. Esse grupo de deputados mais próximos a Temer costuma ir e vir do Planalto diversas vezes durante o dia, sem que os encontros sejam registrados. Também não foram contabilizados, por exemplo, a quantidade de deputados que foram recebidos em duas reuniões, uma com a bancada de Mato Grosso (8 deputados) e outra com a do Maranhão (18 deputados), pois a agenda de Temer não discriminava quem esteve presente.

'Boa relação'

O líder do PMDB na Câmara minimizou a quantidade de deputados recebidos por Temer nas últimas semanas. "Ele sempre teve uma agenda muito aberta para os parlamentares. Mas isso é importante, os deputados sempre pedem reuniões, é importante que o presidente atenda", afirmou Baleia Rossi.

Vice-líder do governo, Beto Mansur também disse que Temer sempre teve uma boa relação com o Congresso e vai continuar recebendo os deputados nas próximas semanas. Segundo ele, não é à toa que presidentes como Fernando Collor de Mello e Dilma Rousseff, que mantinham uma relação distante dos parlamentares, sofreram impeachment. "Presidente com boa relação com o Parlamento não cai", disse.

Segundo o líder do PP na Câmara, deputado Arthur Lira (AL), Temer mantém a capacidade de diálogo como uma característica. Ele afirmou que os deputados foram chamados para que o presidente pudesse explicar a sua versão dos fatos sobre a denúncia que pesa contra ele por corrupção passiva. O PP foi o primeiro partido a fechar questão contra o prosseguimento da investigação.

Questionamento

A oposição, no entanto, tem feito críticas à mobilização de Temer para tentar derrubar a denúncia. Além da agenda intensa, destacam que o governo está usando dinheiro público, com a liberação de emendas e de recursos para obras, para convencer os deputados a votar com ele.

O deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) disse que vai entrar hoje com um pedido para que a Procuradoria-Geral da República investigue o caso. "Queremos impedir que Temer continue usando dinheiro público para obstruir a Justiça e permanecer impune com a ajuda do Congresso", afirmou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na tentativa de evitar o chamado recesso branco, quando deputados e senadores entram em recesso apesar de não terem votado a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o presidente do Congresso, senador Eunício Oliveira, convocou para as 16h desta quinta-feira (13) sessão do Congresso Nacional com a matéria na pauta. Além da LDO, constam a análise de vetos presidenciais e a abertura de crédito para a retomada da impressão de passaportes.

No final da sessão plenária do Senado de ontem (12), Eunício fez um apelo aos parlamentares para comparecerem à sessão desta quinta-feira. “Haverá falta amanhã”, ameaçou o presidente do Senado. “Encarecidamente, peço para que amanhã a gente dê quórum. Não quero fazer e não farei recesso branco. Se não aprovarmos a LDO vou convocar sessões aqui [no Senado] às terça, quartas, e quinta até o dia 31 de julho”, reforçou o peemedebista.

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Inicialmente, a sessão do Congresso Nacional foi marcada para as 10h. No entanto, a sessão de plenária do Senado de ontem passou das 22h, atrapalhando a análise dos destaques à LDO pela Comissão Mista do Orçamento.

Passaporte

Além da LDO e dos vetos presidenciais, senadores e deputados devem votar hoje na sessão do Congresso a abertura de crédito suplementar de R$ 102,3 milhões em favor do Ministério da Justiça e Cidadania, para que a Polícia Federal retome a impressão de passaportes.

Também está na pauta do Congresso a eleição dos membros do Conselho de Comunicação Social da Casa. O conselho conta com 13 integrantes titulares e 13 suplentes, que têm mandato de dois anos, sendo três representantes de empresas de rádio, televisão e imprensa escrita; um engenheiro especialista na área de comunicação social; quatro representantes de categorias profissionais e cinco representantes da sociedade civil.

O deputado federal Daniel Coelho (PSDB) comemora a primeira colocação no ranking elaborado pelo site político.org.br, que avaliou 626 parlamentares entre deputados e senadores. Em entrevista concedida ao LeiaJá, nesta terça-feira (11), o tucano disse estar muito feliz e foi direto sobre o que foi fundamental para alcançar o feito: “nome limpo”.

“Ter nome limpo é essencial no critério usado na análise. Fiquei muito feliz com o resultado da análise de instituição independente. Com análise criteriosa, presença, qualidade dos projetos apresentados, posições em defesa da sociedade e votos a favor do povo são os principais critérios que ajudaram atingir esse resultado”, declarou.

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O deputado também falou que os seus eleitores o apoiam sem pedir nada em troca, o que também, para ele, é um fator importante. “Devo isso, principalmente, aos nossos eleitores que sempre nos apoiaram de forma independente, sem pedir nada troca, dando as condições necessárias para que possa exercer o mandato sem depender de favores do governo. Eleitores independentes e conscientes é que nos permitem trabalhar também de forma independente e colocando sempre a sociedade em primeiro lugar”, declarou.

Na sua página do Facebook, onde a notícia foi compartilhada, muitos o parabenizaram pela conquista. No entanto, também houve críticas. Um internauta chegou a pedir que ele não fosse vaidoso. “Prezado Daniel, não seja vaidoso! Continue seu trabalho e aproveite a oportunidade para ajudar a população". O parlamentar respondeu: “claro, continuar trabalhando em prol do que é melhor para as pessoas é o que vou continuar fazendo enquanto tiver mandato. É o que sigo fazendo. Mas é claro que é bom ver o trabalho sendo reconhecido, especialmente pela população". 

Disposto a derrubar a denúncia apresentada contra ele pela Procuradoria-Geral da República (PGR) o mais rápido possível, o presidente Michel Temer (PMDB) vai usar esta terça-feira, 4, para uma extensa agenda dedicada a parlamentares. No dia em que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) inicia os trabalhos com a escolha do relator da denúncia, Temer vai ter uma agenda com mais de 13 horas de audiência e receberá 22 parlamentares, sendo 16 deputados e seis senadores. Além disso, há uma reunião prevista com o ministro da Saúde, Ricardo Barros, que é da cota de ministros parlamentares e tem influência sobre o partido.

Temer quer que sua defesa seja apresentada até quarta-feira, 5, na CCJ para que ela tenha condições de ser votada em plenário antes do recesso. Segundo fontes do Planalto, o advogado Antonio Claudio Mariz de Oliveira já trabalha na defesa desde que a denúncia foi apresentada por Rodrigo Janot, no último dia 26. Segundo um auxiliar do presidente, Mariz deve destacar que as provas - como a gravação com Joesley Batista - são ilícitas e que há vício na origem da denúncia.

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Auxiliares do presidente ressaltam ainda que, com a entrega da defesa na quarta-feira, há condições de que a denúncia seja apreciada em plenário antes do recesso, no próximo dia 17. Apesar do otimismo, um interlocutor do Planalto reconheceu que o cenário é muito incerto e há vários fatores que fogem do controle do governo, como uma possível obstrução ou pedido de vista. A romaria de parlamentares no Palácio do Planalto visa continuar a articulação e garantir os 172 votos necessários para derrubar a denúncia no plenário.

Agenda

A agenda de Temer começa às 8 horas com o deputado Ronaldo Fonseca (PROS-DF). Meia hora depois, o presidente recebe o senador Wilder Morais (PP-GO). De meia em meia hora na parte da manhã até o meio dia ainda estão previstos encontros com o deputado Evandro Gussi (PV-SP), com o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), com o ministro da Saúde, com o senador Telmário Mota (PTB-RR), com a deputada Christiane de Souza Yared (PR-PR) e com a deputada Bruna Furlan (PSDB-SP).

Do meio dia às 15 horas, a agenda ainda está aberta, o que possivelmente dá brechas para mais encontros de articulação. Temer retoma os compromissos às 15 horas com o senador Roberto Rocha (PSB-MA). E seguindo o modelo de audiências de meia em meia hora recebe o deputado Goulart (PSD-SP), o senador Pedro Chaves dos Santos Filho (PSC/MS), o senador José Maranhão (PMDB-PB), o deputado Luiz Lauro Filho (PSB-SP).

Às 17h30, a reunião com o deputado Wilson Filho (PTB-PB), vice-líder do PTB, terá a presença do ex-senador Wilson Santiago, Presidente do PTB na Paraíba.

Depois, continuando a agenda de reuniões de 30 minutos, Temer recebe às 18 horas, o deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES), que é líder da maioria na Câmara dos Deputados. Na sequência, estão com agenda marcada com o presidente os deputados Rogerio Peninha Mendonça (PMDB-SC), José Priante (PMDB-PA), Anibal Gomes (PMDB/CE), Alfredo Kaefer (PSL/PR) e Átila Lins (PSD-AM).

À agenda das 21 horas prevê reunião conjunta com os deputados Darcisio Perondi (PMDB/RS) e Sinval Malheiros (PODE/SP) e, por fim, a última agenda prevista é com o deputado Roberto de Lucena (PV-SP), às 21h30.

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