Tópicos | #OcupeEstelita

Buscando o que chamou de “preservação do ecossistema” do Rio São Francisco, o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (PSB), determinou a remoção de 3.500 toneladas de baronesas e resíduos do Velho Chico. A ação, que iniciou nesta segunda (20), faz parte do projeto Orla Nossa. De acordo com o socialista, diversas atividades visando preservar o meio ambiente irão acontecer nos próximos meses. 

O gestor explicou que, após essa etapa será feita um tratamento biológico e de oxigenação do rio. Coelho afirmou que não se pode permitir a continuação de agressões como o despejo de esgoto. “O Rio São Francisco é o maior patrimônio de nossa região. Esse projeto chega justamente para garantir a preservação do rio, como também para envolver a população na defesa de nosso maior bem natural”, pontuou. 

##RECOMENDA##

Miguel Coelho também avisou que foi iniciado um trabalho para identificar ligações clandestinas de esgoto e, em parceria com a Compesa, o fechamento dessas tubulações irregulares. Ele ainda quer a instalação de um terminal para as barquinhas na orla, orçado em R$ 4 milhões. “Essa área está bastante precária e precisa, urgentemente, de investimentos. Já estamos trabalhando junto ao DNIT para garantir esse terminal para dar mais acessibilidade e conforto para quem usa esse transporte", acrescentou. 

Na semana passada, em entrevista concedida ao LeiaJá, falou sobre a dificuldade de comandar a cidade do sertão pernambucano. Coelho chegou a dizer que Petrolina passou por um “revés”. 

“Não só na queda da receita, mas também deixando de arrecadar por simples questão de gestão. Em quase três meses, consegui triplicar a receita de licença de construção, apenas com gestão, informatizando e com mais transparência. Com gestão, eficiência e zelo pelo bem público estamos conseguindo fazer algumas alterações”, disse. 

Num Pais democrático, o contraditório é imprescindível e salutar. Manifestações são amplamente compreendidas pela sociedade quando não chegam ao ponto de exacerbação. Já ouvi que o movimento Ocupe Estelita é de natureza política e direcionado para grupos de olho nas eleições de 2016.

Verdade ou não, o fato é que o acampamento na casa do prefeito Geraldo Júlio (PSB) foi um tiro no pé, atraindo a repulsa de todos os segmentos da sociedade. O Novo Recife não é uma invenção da atual gestão. A venda do terreno e a aprovação de 13 torres tiveram o start na era João Paulo/João da Costa.

Portanto, com o PT. Geraldo reabriu o debate, promoveu seis reuniões com os líderes do movimento contrário, o Crea, empresários da construção civil, representantes das universidades e outras entidades envolvidas. Também realizou quatro audiências públicas abertas à população.

Pelo que li e fui informado, depois das consultas e audiências 80% das propostas de reformulação do projeto foram aproveitadas, passando de 35% para 65% o uso de área pública disponibilizada à população. Com as reformulações, foram proibidos muros e grades, deixando o terreno completamente aberto para o fluxo das comunidades que moram por trás ou nas redondezas.

O prefeito foi mais além e dobrou o número de ruas públicas, permitindo maior fluidez e permeabilidade do tráfego. Ao mesmo tempo exigiu como contrapartida das empreiteiras a construção de 200 unidades de casas populares com distância máxima de 300 metros do terreno.

Da mesma forma, ao longo da discussão, exigiu a demolição do viaduto entre o Cais José Estelita e o Cais de Santa Rita, devolvendo à cidade a vista do belíssimo Forte das Cinco Pontas. Quanto à altura dos prédios, foi reduzida em dois terços daqueles que ficarão próximos aos prédios tombados na área.

Como disse o vice-governador Raul Henry, ontem, em seu Face, o primeiro projeto apresentado pelos empreendedores possuía os defeitos próprios de uma visão urbanística que já esterilizou vastos territórios da cidade. Um urbanismo que impõe às pessoas caminharem solitárias e inseguras em calçadas oprimidas entre automóveis e muralhas. Um urbanismo obsessivo na promoção do isolamento e da segregação.

Segundo ele, na proposta original não houve nenhuma preocupação em privilegiar o espaço público de convivência; absoluta ausência do conceito de uso misto do pavimento térreo, que daria vitalidade às calçadas; presença de barreiras físicas descomunais em torno dos edifícios, o que os tornava verdadeiras fortalezas condominiais; e a falta de permeabilidade viária, que impedia a integração do projeto com as comunidades do seu perímetro e com o polo comercial do Bairro de São José, dando a ideia de completa privatização do território urbano.

 “Geraldo tomou todas as providências para que acontecesse uma discussão democrática sobre o futuro do terreno”, diz Henry. Com isso, segundo ele, houve o redesenho do projeto, que corrigiu seus pecados originais. O projeto atual, portanto, atende aos reclamos de uma sociedade civil cada dia mais atenta, exigente e mobilizada. Adota um conceito urbanístico mais humanizado e possibilita o estabelecimento de um novo polo de desenvolvimento econômico na cidade, que irá contribuir para seu maior dinamismo e a geração de novas oportunidades”, conclui.

Não concordar com essas ideias é legítimo em uma sociedade democrática. Protestar contra elas, nos devidos espaços públicos e institucionais, também é legítimo. Mas nada justifica constranger filhos, familiares e vizinhos promovendo uma invasão ao prédio onde reside o prefeito.

EMPRESARIADO Esta é a semana de o Governo enfrentar o empresariado para aprovar a desoneração da folha de pagamento. Os empresários acusam o governo de mascarar o seu verdadeiro objetivo: aumentar os impostos. Quando a folha foi desonerada, a contrapartida das empresas foi pagar impostos de 1% e 2% sobre o faturamento. Agora, o governo, em clima de ajuste, quer aumentar essas alíquotas para 2,5% e 4,5%.

Romper polarização- Defensor da fusão com o PPS, o vice-presidente nacional do PSB, Beto Albuquerque, reconheceu, em entrevista ao Frente a Frente, que existem resistências na legenda socialista, mas afirmou que a sigla quer ser uma alternativa de poder à polarização entre PT e PSDB, e, para isso, precisa ganhar corpo e ter mais força.

Reforma políticaVice-presidente da Comissão de Reforma Política na Câmara dos Deputados, o deputado Tadeu Alencar (PSB), que hoje participa de debate na Câmara de Vereadores do Recife, acredita que o relatório final será aprovado esta semana. O relator é o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), que incluiu, dentre outras mudanças, o financiamento público das campanhas e o fim da reeleição em todos os níveis.

Republicanos dão o startO PR pernambucano promove, hoje, a primeira discussão sobre as eleições municipais do ano que vem, reunindo prefeitos, parlamentares e pré-candidatos. Com 16 prefeitos, o PR pretende dobrar esse número. O presidente estadual, Anderson Ferreira, é considerado um nome extremamente competitivo para Prefeitura de Jaboatão.

Chapéu de PalhaO governador Paulo Câmara abre, hoje, em Catende, na Mata Sul do Estado, o cadastramento de trabalhadores para o programa Chapéu de Palha, criado pelo ex-governador Miguel Arraes para minimizar os efeitos da entressafra da cana de açúcar. A meta é contemplar 10,7 mil famílias em 28 municípios com quatro parcelas de R$ 246,45.

CURTAS

NOTA– O presidente da Amupe, José Patriota, prefeito de Afogados da Ingazeira, divulgou, ontem, uma nota de solidariedade ao prefeito do Recife, Geraldo Júlio, pela invasão dos manifestantes do Ocupe Estelita em ao prédio em que reside, ao mesmo tempo em que reafirma apoio ao projeto Novo Recife.

PACTO Convidado pelo presidente da Fundação João Mangabeira, Renato Casagrande, o secretário de Planejamento, Danilo Cabral, apresenta o projeto de ampliação e reformulação do Pacto pela Vida durante seminário em Brasília, amanhã, sobre segurança pública.

Perguntar não ofende: O Governo consegue aprovar esta semana a MP da desoneração da folha?

Os integrantes do Movimento Ocupe Estelita deixaram a Prefeitura do Recife na tarde desta terça-feira (1°). A desocupação ocorreu por volta das 16h20 por decisão do grupo após uma assembleia realizada no hall do prédio da PCR.

Durante a reunião, o secretário de Desenvolvimento e Planejamento da cidade, Antonio Alexandre, prometeu aos ocupantes realizar uma reunião, às 15h, desta quarta-feira (2). Os integrantes do movimento se reunirão com as entidades da sociedade civil. A proposta é escolher as diretrizes para redesenhar o Projeto Novo Recife. 

##RECOMENDA##

O grupo pediu ao secretário que o Ministério Público mediasse todas as negociações, além de reivindicar também que o Consórcio Novo Recife não participe das próximas reuniões. As duas petições foram negadas. "A responsabilidade do espaço público do Recife é da prefeitura, então será ela que vai mediar os encontros", decidiu o secretario. Sobre o Consórcio Novo Recife fazer parte dos encontros, o representante do governo informou que "isso não existe porque eles são parte interessada".

O secretário ainda informou que liberou os funcionários da Prefeitura mais cedo hoje para realizar a obstrução do local, que aconteceu de forma pacífica. "Já tínhamos a ordem judicial, e de alguma maneira teríamos que fazer a obstrução do local hoje e por medida cautelar decidimos por liberar os profissionais. Os ocupantes estavam impedindo a utilização do espaço público para as pessoas que precisam da prefeitura. Mas tudo ocorreu de forma pacífica, como esperávamos", completou.

Após deixarem o local, o grupo seguiu em caminhada pacífica pelas ruas do Recife. 

Através de um aviso no Diário Oficial do Recife na manhã desta terça-feira (1°), a Prefeitura do Recife (PCR) está convocando os interessados para uma audiência pública sobre o projeto Novo Recife, marcada para o dia 17 de julho. O objetivo do encontro, segundo a nota, é promover a discussão das diretrizes urbanísticas que serão analisadas para confecção do redesenho do projeto imobiliário.

O evento está sendo organizado pelo secretário de Desenvolvimento e Planejamento Urbano, Antônio Alexandre, e acontecerá no Auditório Maria José Torres da Faculdade Franssinetti do Recife (FAFIRE), no bairro da Boa Vista, área central do Recife, das 14h às 17h.

##RECOMENDA##

Ocupação - Desde a manhã da segunda-feira (30), ativistas do movimento #OcupeEstelita estão acampados na entrada da sede da PCR. O grupo tem até o início da tarde para deixar ao local, como foi acordado com a prefeitura após concessão da liminar de reintegração de posse. 

Nesta segunda-feira (30), durante reunião realizada na Prefeitura do Recife, com representantes do órgão e da sociedade civil, ficou definido a realização de uma audiência pública para discutir as diretrizes urbanísticas do projeto Novo Recife. A solicitação do encontro será publicada nesta terça-feira (1°) no Diário Oficial do Município. O prazo é de que seja realizado em até 15 dias. 

Antes da audiência, será divulgado um documento para orientar as discussões com o Movimento Ocupe Estelita, Consórcio Novo Recife e instituições, além de profissionais interessados em contribuir com o debate. Após a audiência pública, a Prefeitura do Recife, também num período de 15 dias, irá apresentar as diretrizes urbanísticas para a área. Com o resultado da discussão, a prefeitura vai encaminhar o novo projeto ao Consórcio Novo Recife. 

##RECOMENDA##

De acordo com o secretário de Desenvolvimento e Planejamento Urbano, Antonio Alexandre, desde o início do processo de negociação a Prefeitura do Recife sempre esteve à disposição para o diálogo. “O processo de diálogo sempre esteve aberto. Com a audiência pública, esse debate será ampliado, dessa forma, solicitamos o bom senso dos manifestantes em deixar o prédio”, declarou.

Durante a reunião de hoje, integrantes do movimento Ocupe Estelita ocuparam o hall do edifício-sede da PCR, onde pernamecem até o momento. De acordo com a Prefeitura, os representantes do movimento só serão recebidos após desocuparem o prédio.

 

A cantora Karina Buhr foi uma das convidadas do programa Encontro com Fátima Bernandes, da TV Globo, nesta terça-feira (10). Cantando músicas autorais e interagindo com a apresentadora, Karina chamou a atenção de muita gente por ter aparecido com uma camisa em que se lia #OcupeEstelita.

A aparição da cantora na Globo causou furor nas redes sociais. No grupo Direitos Urbanos, no Facebook, várias pessoas prestaram apoio e elogiaram a atuação de Karina Buhr. Em contrapartida, críticas a uma possível edição de imagens da emissora não faltaram. "Transformaram ela quase numa figurante do programa. Mas valeu muito a tentativa! De pouco em pouco, as pessoas vão descobrindo o que realmente acontece no Estelita”, comentou Cristiano Ramos, um dos integrantes do grupo na rede social.

##RECOMENDA##

No primeiro domingo de junho (1º), Karina Buhr foi atração de destaque no Estelita durante uma das intervenções culturais promovidas pelo movimento #OcupeEstelita. No domingo passado (8), foi a vez de Otto marcar presença no Som na Rural, onde são realizados os shows no Cais José Estelita.

Uma série de atividades de lazer e cultura serão realizadas desta sexta-feira (6) até o próximo domingo (8) no Cais José Estelita, área central do Recife, durante mais uma intervenção promovida pelo movimento #OcupeEstelita. A programação, que foi praticamente montada pelos ativistas que apoiam a ocupação, vai levar ao público brincadeiras infantis, debates, intervenções artísticas e uma série de oficinas, que vão de comida vegana até montagem de instrumentos musicais. No domingo (8) estão marcados também shows musicais dos pernambucanos DJ Dolores e Otto.

Há mais de quinze dias acampando no Cais José Estelita, desde quando o Consórcio Novo Recife iniciou a demolição dos armazéns da extinta Rede Ferroviária Federal (RFFSA), os ativistas têm procurado ocupar o tempo com lazer e diversão. É comum no local a leitura de poesias, debates sobre a ocupação do espaço e todo o processo jurídico que envolve o projeto Novo Recife, brincadeiras infantis e outras atividades.

##RECOMENDA##

No domingo passado (1°), mais de cinco mil pessoas passaram pelo local. Para agregar todas as informações sobre as opções de lazer, os integrantes do #OcupeEstelita criaram um blog com alguns detalhes da programação.

Atrações para todos os gostos e públicos

Nesta sexta-feira (6), às 17h, haverá no Estelita uma oficina de comida vegana com Julie Costa e Nikko Kolores. Ainda nesta sexta e também no sábado (7), às 16h, os músicos Marcelo Campello e Henrique Vaz vão ensinar a montar instrumentos musicais a partir de materiais como canos PVC e canudos. Em seguida, darão aulas de música aos presentes. 

Prefeitura suspende alvará de demolição do Cais Estelita

No domingo (8), a programação começa cedo, às 10h, com oficina de pipas. A ideia é que várias pipas sejam empinadas para fazer uma foto no local onde o projeto Novo Recife prevê a construção de 12 edifícios de 40 andares cada. A organização pede que os interessados levem para o local materiais como linhas (modelo 10), tesouras e cola branca.

Às 15h, o bailarino André Aguiar vai ministrar a oficina Dançando no Cais José Estelita. A ideia é estimular o reconhecimento do corpo em movimento como arquitetura viva, explorando artisticamente o espaço do Cais. Serão disponibilizadas 30 vagas, a serem ocupadas por ordem de inscrição a partir das 15 horas do domingo.

No quesito musical, o movimento, que contou no último domingo (1º), com a presença de nomes como Karina Buhr, Cannibal (Devotos) e Lia de Itamaracá, tem confirmados desta vez os shows dos pernambucanos DJ Dolores e Otto, que já se posicionaram diversas vezes publicamente a favor do movimento #OcupeEstelita. Otto deve apresentar ao público um punhados dos clássicos de sua carreira, como Crua, 6 Minutos, Dias de Janeiro e Ciranda de Maluco.

Em campo Sport e Bahia disputavam o último jogo do Campeonato Brasileiro até o fim da Copa da Mundo, na Ilha do Retiro, nesta quarta (4). Na arquibancada frontal do estádio, rubro-negros exibiam uma faixa com a hashtag #ocupeestelita. Assim, o cenário motivou o conflito de interesses entre torcida e mandatário, já que o presidente do Conselho Deliberativo do Leão é empresário Gustavo Dubeux, que integra o Consórcio Novo Recife.

A semelhança entre o presidente do Conselho Deliberativo rubro-negro e os torcedores percorre a paixão pelo Sport e vai até onde nasce a consciência ideológica sobre o futuro do Recife. Ao menos no que diz respeito ao Cais José Estelita, no bairro de São José.

##RECOMENDA##

As divergências, entretanto, também não impediram os leoninos de entoarem as canções e apoiarem o time na vitória sobre o Bahia.

Independente do conflito de interesses, os torcedores, Gustavo Dubeux e o Sport só devem se reencontrar no dia 16 de julho, após a Copa do Mundo, quando o Leão volta à disputa do Campeonato Brasileiro. Até lá, a disputa ocorrerá em outra Ilha, a de Antônio Vaz, no próprio Cais José Estelita.

>> OcupeEstelita: novas reuniões são marcadas pela Prefeitura

>> Cais José Estelita: ocupantes alegam que não sairão

>>Novo Recife diz ainda aguardar notificação oficial da PCR

O cantor pernambucano Otto é uma das atrações confirmadas na programação do Som na Rural deste próximo domingo (8), que estará estacionado mais uma vez no #OcupeEstelita. A informação foi publicada no Facebook do projeto cultural liderado pelos produtores Roger de Renor e Nilton Pereira, e já gerou uma grande repercussão na rede social.

No domingo passado (1º), passaram pelo Som na Rural várias atrações musicais, a exemplo de Karina Buhr, que veio diretamente de São Paulo para participar do movimento contrário ao projeto Novo Recife, bem como Siba, Lia de Itamaracá, Silvério Pessoa e Canibal. Além da programação musical, manifestações artísticas, vendas de livro, debates, oficinas e brincadeiras infantis são elementos de ocupação do Estelita.

##RECOMENDA##

 

Nesta sexta-feira (30) o deputado federal Paulo Rubem (PDT) alertou ser contra o projeto Novo Recife. Para ele, dar a qualquer área do Recife uma conotação “meramente mercadológica” não é o melhor caminho para o desenvolvimento e a urbanização. Segundo Rubem, é preciso analisar os impactos gerados pelo “moderno” já que a cidade é fruto de uma “construção coletiva”. 

“Sou a favor de que se possam compartilhar empreendimentos habitacionais com empreendimentos sociais. Me manifestei em dezembro de 2012, quando um dos arquitetos do projeto fez uma afirmação totalmente inadequada de que agora, com esse empreendimento, o bairro de São José não teria só casas pobres. Esta é uma visão absolutamente nefasta, para o desenvolvimento urbano”, cravou. Completando, “o que pode ser moderno, vistoso ou bonito, no passar do tempo pode ser um contracenso com uma cidade que é a construção coletiva.”

##RECOMENDA##

Cogitado para ocupar a vaga de candidato a vice-governador na chapa encabeçada pelo senador Armando Monteiro (PTB), o pedetista pontuou pela necessidade de se conhecer os “dois lados da moeda” e, principalmente, observar “experiência de outras cidades, no ponto de vista de empreendimentos mobiliários”. “O que mais se vê nas colunas sociais dos jornais  são pessoas das classe alta do Recife viajarem para Barcelona, Madri e Roma, voltarem com  discursos de que os monumentos históricos são conservados e equilibrados com o desenvolvimento. Mas nos seus territórios e países não praticam aquilo que cultivam nos outros países”, disparou. 

Rubem destacou também a “omissão dos poderes públicos”. “Nós temos visto, em outras áreas do Recife, empreendimentos imobiliários que se integram de maneira mais adequada ao desenvolvimento da cidade e o patrimônio cultural e ambiental. O que eu lamento é a omissão dos poderes públicos ao longo de sucessivos mandatos, muitas vezes por uma omissão técnica ou por uma anestesia de que certos investimentos representam o desenvolvimento”, observou o pedetista. 

O deputado federal ressaltou, por fim, a autonomia dos órgãos de defesa do patrimônio público estadual que não vem sendo levada em consideração. “Chama a atenção neste projeto as restrições e o cerceamento do conhecimento das etapas e das instituições envolvidas. É como se de repente o IPHAN, o patrimônio público e a Fundarpe fossem uma palhaçada. É uma disputa pela cidade, pelo espaço urbano”, frisou. 

Outras adesões parlamentares

Paulo Rubem não foi o único a se posicionar a favor da negociação pela reorganização do projeto Novo Recife. Nesta sexta, os deputados Fernando Ferro (PT) e Luciana Santos (PCdoB) também estiveram no local. Luciana afirmou o desejo de intervir pelo movimento junto ao Governo do Estado e Ferro reconheceu os erros da administração petista, em 2008 e 2012, quando o projeto foi aprovado pela prefeitura do Recife.

“Vim me colocar a disposição para contribuir com o diálogo e ajudar na busca de soluções para o Cais e para construir cidades mais humanas, mais sustentáveis. Fiquei impressionada com a forma sensata com que o movimento está tratando a questão”, afirmou Luciana.

“O movimento daqui é uma luta justa, acho correto. A prefeitura está omissa, como admito que a nossa anterior gestão (de João da Costa) falhou a não debater o assunto. As pessoas estão aqui isoladas e querem ser ouvidas”, comentou o deputado. Ferro garantiu que já entrou em contato com órgãos como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

[@#galeria#@]

Nem mesmo a chuva e o tempo frio no Recife afastaram os integrantes dos Direitos Urbanos e simpatizantes do movimento contrário à construção de espigões no Cais José Estelita que se reuniram neste domingo (28), no bairro de São José, para comemorar um ano do grupo.

##RECOMENDA##

O primeiro #OCUPEESTELITA de 2013 lança a campanha #OCUPEESTELITA+1, chamando a sociedade para participar das discussões que envolvem o grupo e dizem respeito ao processo de desenvolvimento urbano do Recife.

Para a arquiteta Cristina Gouvêa, membro dos Direitos Urbanos, esse encontro marca uma nova maneira da sociedade agir politicamente. “Este encontro é para comemorar um ano da primeira ação contra o projeto Novo Recife e, com isso, mostrar como essa questão se ampliou no que se diz respeito a como tratar os problemas da cidade. A novidade é a maneira de agir politicamente. Esse tipo de atmosfera está por trás do que a sociedade questiona e leva ao embate com o poder público”, explicou.

Em relação ao projeto Novo Recife, que prevê a construção de 13 torres no Cais José Estelita através de um consórcio entre as empresas Moura Dubeux, Queiroz Galvão, G.L Empreendimentos e Ara Empreendimentos, a arquiteta afirma que a sociedade continua se mobilizando para que a nova gestão reveja o projeto: “As ações ainda estão em curso. O Ministério Público Federal (MPF) entrou com uma ação questionando a venda do terreno que foi a leilão, a forma como o Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU) aprovou o projeto sem o estudo do impacto ambiental e também o afastamento da promotora Belize Câmara do caso”.

A programação que segue até a noite deste domingo (28) conta com oficinas, apresentações musicais e teatrais.

Com informações de Pollyanne Brito

[@#galeria#@]

##RECOMENDA##

Um pouco antes de começar a reunião do Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU) que aprovará ou não o Projeto Novo Recife, cerca de 30 pessoas se reúnem em frente a sala no 12º andar do edifício sede da Prefeitura do Recife (PCR), no Cais do Apolo, Bairro do Recife.

A reunião estava prevista para começar às 9h, mas começou com quase uma hora de atraso. Participam 20 conselheiros da Prefeitura e 20 da sociedade civil. Alguns integrantes do Movimento #OcupeEstelita pedem o acesso à sala onde será definido o futuro do espaço de dez hectares ao longo do Cais José Estelita.

Segundo a Prefeitura do Recife, houve credenciamento, embora limitado, para participar da reunião, mas os manifestantes dizem que não foram informados sobre o cadastro. “A gente gostaria muito de poder participar da reunião para poder garantir nosso direito de opinar sobre o projeto, mas esse direito não nos foi dado”, afirmou a ativista Renata Azanbjá. Porém, quem quiser acompanhar a reunião pode assistir por um telão que foi montado no térreo da PCR.

Movimento - A área em discussão é um terreno de mais de dez hectares ao longo do Cais José Estelita. Na única audiência sobre o projeto, em março deste ano, no plenarinho da Câmara do Recife, a promotoria reiterou a preocupação do órgão com os impactos sociais e ambientais da obra, que está em análise na Prefeitura desde 2008. No mês passado, membros do conselho pediram vistas dos documentos. 

[@#galeria#@]

O cinema São Luiz abriu as portas desta segunda-feira (21) para a primeira edição da Mostra Direitos Urbanos do Recife que, em parceria com o movimento #ocupeestelita, exibiu curtas-metragens sob a temática das grandes cidades, o seu progresso, o poder dos consócios imobiliários e as questões sociais.

##RECOMENDA##

Foram exibidos Torre Gêmeas da Direção Coletiva, Menino Aranha, de Mariana Lacerda, Recife Frio de Kleber Mendonça Filho, entre outros. Por problemas de horário, o longa-metragem da noite, Um Lugar ao Sol do cineasta Gabriel Mascaro, não pode ser exibido, para dar vez ao debate que aconteceu após a apresentação dos curtas.

Mascaro, inclusive, falou sobre a sua perspectiva de algumas pessoas morarem em edifícios com vista privilegiada, sem ao menos se sensibilzarem com os fatos sociais que envolvem o entorno de suas casas. “O filme é a negociação do processo de como a sociedade vem lidando com esse novo olhar”, afirmou.

Cineastas, pesquisadores e professores de universidades públicas do Recife estiveram presentes no evento, discutindo o espaço público no Recife, que passa por uma crise. “É importante provocar a cidade como um todo e esses filmes são como um chamado para que as pessoas prestem atenção nisso”, conta o professor da Universidade Católica  (Unicap), Fernando Fontanella, que enfatizou a importância da atuação da mídia na sociedade.

O curta Velho Recife Novo,  da Contarvento,  também foi um dos fimes apresentados e debatidos na noite. “Existem algumas características que levaram esse filme a ser discutido por sete especialistas - entre elas, a urgência para falar sobre as problemáticas da cidade, a velociadade como a coisa estava se transformando e o vácuo da crítica dos partidos esquerdistas, que foram silenciados”, disse o cineasta Marcelo Pedroso.

A intenção do projeto também foi questionada pela pesquisadora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Márcia Larangeira. “É uma ótima proposta descentralizar o projeto, levar a mostra desses filmes aos bairros e escolas públicas da cidade”, enfatizou.

Novo projeto - Simultaneamente ao debate, que ocorria na sala do São Luiz, outro grupo se reunia no primeiro andar do prédio para o pontapé inicial de um novo curta com o tema Eleições: Crise de Representação

Juntos desde a produção do filme Torre Gêmeas, da Direção Coletiva, o grupo se encontrava pela segunda vez para decidir estratégias de divulgação do novo projeto, como o futuro blog que será lançado no mês junho. “Não é um grupo fechado, ele é feito pela sociedade e para a sociedade”, enfatizou o cienasta e professor da UFPE, Camilo Soares. 

“O filme está aberto para quem quiser participar e contribuir. Ele será aberto a colaboração do público em geral”, explicou o documentarista e idealizador Felipe Peres. As inscrições para o filme começam 15 dias após o 1° turno das eleições para Prefeito da Cidade do Recife, e o seu lançamento está previsto para a 2013.

[@#video#@]

[@#galeria#@]

 

##RECOMENDA##

Arquitetos, engenheiros, artistas circenses, médicos, jornalistas, estudantes, militantes partidários, moradores do Recife e da Região Metropolitana dedicaram este domingo (15) a ocupar o Cais José Estelita, na bacia Portuária do Recife. O Ocupe Estelita tem por finalidade sensibilizar o poder público para que não aprove o projeto Novo Recife, que consiste na construção de 13 torres ao longo do Cais José Estelita.

O estado de Pernambuco começou a discutir, na tarde desta sexta-feira (13), os rumos para minimizar os impactos ambientais do planeta. O evento foi preparatório do Rio Climate Challenge, Rio Clima (RCC), evento paralelo a Rio+20. Proposta do "Pernambuco no Clima" é estabelecer metodologias e propor uma agenda de trabalho do RCC.

Márcio Macedo, que é presidente de Mudanças Climáticas do Congresso Nacional, começou cumprimentando o governador do Estado a quem chamou de “jovem talento da política brasileira". Depois de rasgar elogios ao governador, o deputado disse que o Rio+20 será um momento significativo para o País. “Poder traçar novas estratégias para o desenvolvimento sustentável para o planeta, fazer correções de rumo desses vinte anos (em relação ao que foi deliberado no Rio 92) e amplificar os acertos que foram feitos no Rio+20 estão entre nossas prioridades”, afirmou.

##RECOMENDA##

Para a deputada federal do Rio de Janeiro, Aspásia Camargo, é necessário que os políticos ponham o assunto em pauta com urgência. “Precisamos criar desenvolvimentismo sustentável, mas para isso, é necessário ação. É preciso que os políticos acordem para este problema, assim como estão fazendo alguns políticos jovens e experientes que aqui estão. É importante que a temática seja discutida e que entre na pauta política”, avaliou. Segundo ela, o Rio+20 iria cometer um erro em não discutir um tema de tanta relevância, quanto é o clima.

Sarney Filho (PV-MA) pontuou as mudanças climáticas que o mundo vem sofrendo e frisou que tais situações sugerem uma “pré-catástrofe”. “Há três anos tivemos a grande seca na Amazônia. Vivemos com a realidade de muita chuva em lugares que normalmente fazem sol e muito sol nos lugares que normalmente chove. Portanto, duas são as questões que o assunto nos impõe: primeiro, precisamos mitigar o aquecimento global e, segundo, nos adaptarmos a ele. Se temos um grande fórum que é o Rio+20 temos que focar na questão do aquecimento global”.

O deputado maranhense teceu críticas à Lei Ambiental que será votada no Congresso. “O Brasil tem uma responsabilidade muito grande. Nós, diferentemente de muitos países, somos emissores não por causa da indústria, mas por causa do desmatamento, por causa do uso do solo. E agora, perto do Rio+20, tendo um fórum como este, dessa importância, não podemos nos omitir. O congresso, ao invés de estar discutindo formas de preservar os nossos biomas, maneiras de cobrar pelos serviços ambientais que a Amazônia presta ao Brasil e ao mundo, está discutindo um retrocesso na legislação ambiental”. E concluiu fazendo uma chamada à sociedade: “Pressionem o congresso para que não aja na contramão da história”.

Também participaram da mesa o ex-ministro da cultura, Gilberto Gil, o governador Eduardo Campos (PSB), os deputados Sarney Filho (PV-MA), Márcio Macedo (PT-SE), Aspásia Camargo (PV-RJ) e Fernando Ferro (PT-PE), o prefeito do Recife, João da Costa (PT), o secretário estadual de Meio Ambiente, Sérgio Xavier (PV), o coordenador-geral da Prefeitura do Rio de Janeiro para a Rio+20, Sergio Bessermann, representando o prefeito Eduardo Paes; líderes das subcomissões da Rio+20 da Câmara dos Deputados e do Senado, além dos facilitadores internacionais e nacionais.

 

Protesto - No momento em que os políticos discursavam, o integrante do Grupo #OcupeEstelita e cineasta Cláudio Assis subiu ao palco para entregar uma carta de solicitação ao governador Eduardo Campos para que o projeto Novo Recife não seja concretizado. “O Recife não precisa de mais um projeto de verticalização”, disse Cláudio, que teve o áudio do seu microfone cortado pela organização do evento.

O grupo irá se reunir novamente, no próximo domingo (16), das 9h às 16h, nas calçadas dos armazéns do Cais José Estelita, no bairro do Recife, com o apoio de diversos segmentos da sociedade. Segundo a página criada no Facebook para o evento, "o #OcupeEstelita não se opõe apenas à criação, na região central do Recife, de ao menos 12 torres, algumas com mais de 40 andares. O movimento busca manter vivo o debate sobre o modelo de ocupação verticalizado que a cidade adotou nas últimas décadas. No alvo, também está a controversa construção de quatro viadutos sobre a Avenida Agamenon Magalhães".

Os manifestantes do #OcupeEstelita vão a abertura do evento “Pernambuco no Clima”, que vai ser realizado às 14h, no Arcádia de Boa Viagem, e terá a presença do governador Eduardo Campos, dos prefeitos João da Costa (Recife) e Eduardo Paes (Rio de Janeiro), além do ex-ministro, cantor e compositor, Gilberto Gil. Na ocasião, eles entregam uma carta aberta à população contra a construção de 12 prédios, na área do Cais Estelista, localizada no centro do Recife.

O Movimento considera que a ação é nociva ao meio ambiente e a qualidade de vida dos recifenses - o projeto da iniciativa privada pretende construir um complexo de edifícios torres na região, seguindo um modelo de ocupação verticalizada. No documento, eles também divulgam a manifestação prevista para ocorrer neste domingo (15), a partir das 9h, e que deverá reunir representantes de vários segmentos da sociedade - artistas, produtores culturais, profissionais liberais, ciclistas, estudantes.

##RECOMENDA##

O #OcupeEstelita é uma iniciativa do grupo Direitos Urbanos, criado a partir de uma mobilização nas redes sociais. "Será um grande ato da sociedade civil em defesa do direito às cidades sustentáveis, pelo meio ambiente e em protesto por um uso do solo responsável, ambientalmente equilibrado e socialmente justo na Região Metropolitana do Recife", diz um dos trechos da carta - a íntegra você confere aqui.

 

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando