Catapultado à Esplanada dos Ministérios após a fritura de seu antecessor, Mário Negromonte, o novo ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, disse não temer ser alvo de fogo amigo. Negromonte entregou nesta quinta-feira à presidente Dilma Rousseff uma carta de demissão, depois de passar por um processo de desgaste com sucessivas denúncias envolvendo sua gestão e ser abandonado pelo próprio partido, o PP.
"Acho que o ministro Mário Negromonte deu a sua contribuição ao partido no governo. O que sempre nos motivou com as mudanças foi a melhoria e o fortalecimento do partido. Sempre buscamos a unidade todo o tempo. Acredito que foi isso que possibilitou que tenhamos agora esse caminho da unidade", disse Ribeiro a jornalistas, após audiência no Palácio do Planalto com a presidente Dilma Rousseff e o presidente do PP, senador Francisco Dornelles (RJ). Questionado se temia fogo amigo, respondeu: "Não. Estamos preocupados agora é em trabalhar".
##RECOMENDA##Ribeiro disse que deve procurar Negromonte para falar da transição na pasta e, a partir desta sexta-feira, se voltar para a montagem da equipe. Perguntado se considerava a secretária nacional de habitação, Inês Magalhães, um bom nome para ocupar a secretaria-executiva do ministério, limitou-se a responder que as referências dela são "muito boas".
O sucessor de Negromonte disse que será um "desafio grande" assumir a pasta e aperfeiçoar a operacionalização do próprio ministério, que considerou "bastante complexo". Ribeiro disse que uma das recomendações da presidente é agilizar o programa "Minha Casa, Minha Vida".
Ribeiro disse que "esse assunto já está vencido", ao ser provocado sobre questões judiciais, como o processo na Justiça Federal por improbidade administrativa na época em que era secretário de Agricultura da Paraíba. De acordo com o novo ministro, a cerimônia de posse deve ocorrer na próxima segunda-feira.