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Após quase sete anos de estudos, pesquisas e diálogos, o grupo Narramazônia (Narrativas Contemporâneas na Amazônia Paraensepublicou seu primeiro e-book: “Narr’Amazônia: Modos de Ser e Estar no Mundo”. A obra é uma coletânea formada com base nas relações das narrativas com as práticas sociais e culturais na Amazônia, organizada por duas comunicólogas e um letrólogo, os coordenadores do projeto: Professoras Alda Cristina Costa e Vânia Torres Costa e professor Paulo Nunes.

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Segundo Vânia Torres, jornalista e doutora em Comunicação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), a complementação entre Comunicação e Literatura funciona muito bem, visto que são áreas afins quando se pensa em narrativas. “Discutimos a partir dos textos literários, dos textos jornalísticos, dos textos publicitários e dialogamos com outras áreas também”, diz.

De acordo com Alda Costa, jornalista e pós-doutora em Comunicação, Linguagens e Cultura pela UNAMA - Universidade da Amazônia, o sentimento de ver a primeira obra do projeto publicada é de gratidão e orgulho. “Estamos mostrando para a sociedade o que nós fazemos nas universidades: pesquisamos, estudamos e apresentamos resultados, para que todos possam participar desses resultados”, relata.

Criado em outubro de 2015, o grupo de pesquisa é realizado em parceria entre o Programa de Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Linguagens e Cultura (PPGCLC) da UNAMA e o Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Cultura e Amazônia (PPGCOM) da Universidade Federal do Pará (UFPA), registrado no Diretório de Grupos de Pesquisas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). “A gente precisa mostrar que a Amazônia não é uma terra do exótico nem um vazio de inteligência. Assim, as duas instituições de pesquisa, UFPA e UNAMA, se reuniram para pensar uma forma de dar sistematização à teoria e à prática, ou estudar as práticas de narrativa na região amazônica”, disse Paulo Nunes, letrólogo e doutor em Letras - Literaturas em Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG).

O e-book possui duas partes e foi escrito com 24 colaboradores, dentre eles professores, pesquisadores e alunos de graduação e pós-graduação da UNAMA e UFPA, todos integrantes do grupo de pesquisa, reunindo, em 20 capítulos, Comunicação, Letras, Literatura e Artes. Alda Costa diz que a interdisciplinaridade só valoriza o saber. "Foi muito frutífero, a gente dialoga muito bem.”

Vânia Torres acredita que a obra pode e deve ser fonte para futuros pesquisadores. “Acho que qualquer produção científico-acadêmica é base para outras produções. Então, se tem alguém pensando em estudar narrativas, alguém da comunicação, da literatura, pensando em narrar como experiência humana, ele deve consultar nosso livro, deve ser, sim, uma fonte de consulta para futuras reflexões”, aponta.

Para ter acesso ao e-book, basta clicar no link abaixo.

https://www.editorafolheando.com.br/narr-amazonia-pg-9c318

Por Lívia Ximenes e Clóvis de Senna (sob orientação e acompanhamento de Antonio Carlos Pimentel.

 Recife será a segunda cidade a receber a edição 2019 do projeto itinerante Teatro Móvel. A ação aporta na capital pernambucana a partir desta segunda-feira (13) e segue até a sexta-feira (17). Durante esta semana serão encenadas peças voltadas para o incentivo das crianças no mundo da tecnologia e da ciência.

Protagonizado pela Companhia Realejo, a ação conta com histórias autorais e com contação de obras importantes da literatura brasileira que de forma lúdica leva para o universo infantil temas contemporâneos, como igualdade de gênero, tecnologia e empoderamento. Nesta edição, o projeto visita 10 cidades.

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No Recife, o Teatro Móvel ocupa a Praça do Arsenal, na área Central da cidade. A programação é gratuita. O projeto é realizado pelo Ministério da Cidadania e pela Magma Cultura.

Serviço

Teatro Móvel

Segunda-feira (13)

Praça do Arsenal 

Gratuito

 

Programação

Segunda: 14h/15h30 (apresentações teatrais)

Terça: 8h30/10h/14h/15h30 (apresentações teatrais)

Quarta: 8h30/10h/14h/15h30 (apresentações teatrais)

Quinta: 8h30/10h/14h/15h30 (apresentações teatrais)

Sexta: 8h30/10h (apresentações teatrais)

Será realizado nos dias 29 e 30 de maio o I Círculo de Saberes do Narramazônia. O objetivo é reunir, durante dois dias, estudantes de graduação, pós-graduação, professores, pesquisadores e demais interessados em discutir e refletir sobre a construção de narrativas sobre e da Amazônia. O evento prevê conferência, mesas-redondas, rodas de conversa, performances e programação cultural.

Os pesquisadores do Narramazônia (Narrativas Contemporâneas na Amazônia Paraense) consideram que as narrativas literária e imagética são formas de expressão e comunicação na contemporaneidade. "São modos de narrar que ressignficam as interações e as relações em sociedade. Essas interpretações e representações, ao serem difundidas em determinada cultura, se transformam e se modificam, interferindo, de certo modo, no olhar que os sujeitos têm de si e do mundo em que vivem", informa o release de divulgação do projeto.

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O evento é resultado dos debates e reflexões empreendidos em dois anos de existência do grupo de pesquisa e de estudos. O Narramazônia é fruto de uma parceria entre Universidade Federal do Pará - UFPA (Faculdade de Comunicação e Programa de Pós-Graduação Comunicação, Cultura e Amazônia - FACOM/PPGCOM) e Universidade da Amazônia - Unama (Programa de Pós-Graduação Comunicação, Linguagens e Cultura - PPGCLC). Os professores responsáveis pelo grupo são o professor dr. Paulo Nunes (PPGCLC/Unama), a prof. dra. Alda Costa (FACO/PPGCOM/UFPA) e a profa. dra. Vânia Torres Costa (FACOM/UFPA). 

 O Círculo de Saberes é uma realização da Unama e UFPA, com apoio do SESC Boulevard. Será realizado no SESC Boulevard ( Av. Boulevard Castilhos França, 522/523 - Campina, Belém - PA, 66010-020). As inscrições serão feitas no local, no dia 29 de maio, a partir das 8 horas, gratuitas e com direito a certificado de participação.

 Programação

 29 de maio - terça

8h – Credenciamento e inscrição gratuita

 9h – Mesa de abertura 

 9:30h – Homenagem à Professora Socorro Simões (IFNOPAP/UFPA)

 10 às 12h – Conferência de abertura: “Amazônia, rios de saberes” - Palestrante Profa. Dra. Rosa Acevedo Marín (UFPA)

  Local: Auditório do Sesc Boulevard

  12h – Encerramento

 14h00 – Roda de conversa: Academia do Peixe Frito: literatura e negritude na Amazônia – Prof. Dra. Marinilce Oliveira Coelho (UFPA), Prof. Me. Carla Pereira Soares (doutoranda/PPGCLC) e Marília Menezes (poeta e filha de Bruno de Menezes). Mediador: Prof. Me. Marcos Valério Reis (Doutorando PPGCLC/UNAMA)

Local: Hall do Sesc Boulevard

 16h00 – Mesa de Debate: “Amazônia Cultural: narrativas imagético-visuais”. Prof. Dr. Otacílio Amaral Filho (PPGCOM/UFPA), Prof. Dr. Manoel Ribeiro de Moraes Júnior (PPGCR/UEPA). Mediadora Profa. Dra. Alda Cristina Costa (PPGCOM/UFPA)

Local: Auditório do Sesc Boulevard

 18:30 – Programação Cultural: Show musical com Lídia Rodarte

Local: Hall do Sesc Boulevard

 30 de maio - quarta-feira

09 h – Mesa de Debate: “Narrativas da literatura contemporânea no Pará”. Escritores Salomão Laredo, Alfredo Garcia e Edyr Augusto Proença. Mediador: Prof. Dr. Paulo Nunes (PPGCLC/UNAMA)

Local: Auditório do Sesc Boulevard

 11h – Roda de conversa: “Narramazônia em caleidoscópio: dois anos de história” – Profa. Dra. Vânia Torres Costa (FACOM/UFPA), mestrando Sergio Ferreira Junior (PPGCOM/UFPA); graduanda Denise Salomão (Facom/UFPA); mestranda Alcione Nascimento (PPGCLC/UNAMA).

Local: Hall do Sesc Boulevard

 12h – Programação Cultural: Performance ‘Narrares’- Grupo Performance Poética (UNAMA)

13h – Encerramento.

 Mais informações: Dáleth Oliveira (988894178) e Wallace Júnior (991991181) – bolsistas do Grupo de Pesquisa Narramazônia.

Da Redação do LeiaJá Pará.

O ex-ministro de Lula, o senador Cristovam Buarque (PPS), durante uma entrevista detonou o líder petista e chegou a compará-lo com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. “Lula foi um dos grandes inventores de narrativas falsas, não o Trump”, alfinetou. Parte da conversa onde criticou o governo Lula foi publicado na página do Facebook do senador. 

Cristovam falou que o discurso de que o Brasil tirou milhões de pessoas da pobreza, que teriam ingressado na classe média durante o governo Lula, é uma narrativa falsa. “A ideia de que os filhos dos pobres entraram na universidade é narrativa falsa, ele pegou um item que de fato alguns puderam entrar por cotas, não foi uma verdade plena. Essa verdade só haveria se a educação de base fosse boa para todos. Filho de pobre e filho de rico um estudando ao lado do outro”. 

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“Eu tenho a impressão que no Brasil tem uma coisa mais grave do que a narrativa falsa hoje são as realidades falsas ou as realidades alternativas. A diferença é que na narrativa falsa ainda fica a dúvida, eu vou atrás para ver se é verdade, mas quando você tem uma realidade falsa, que ela está introjetada na mente, aí não adianta argumento. Hoje, a gente está nesse tempo. Você é de um lado ou é de outro”, expôs o senador. 

O pernambucano ainda disse que, no governo Lula, os marqueteiros criavam o que chamou de “narrativa alternativa”. “Ao longo do governo Lula, nós tivemos muitas narrativas falsas. Os marqueteiros faziam a narrativa alternativa. Só que a narrativa alternativa virou verdade para algumas pessoas", salientou. 

 

O grupo de estudos e pesquisa “Narramazônia: a narrativa na Amazônia paraense” realiza nesta sexta-feira (11) evento interdisciplinar que reúne estudiosos da área de Letras e de Comunicação Social da Universidade da Amazônia (Unama) e Universidade Federal do Pará (UFPA). A programação é gratuita, e ocorre às 16 horas, no auditório D 200, no campus Alcindo Cacela da Unama. 

Realizado mensalmente, o “Narramazônia” convida personalidade de destaque no campo acadêmico para trocar ideias com o grupo de cerca de 40 estudiosos que se reúnem em torno da temática das narrativas. Para compor a mesa do evento desta sexta-feira, foi convidado o poeta e teórico da cultura amazônica João de Jesus Paes Loureiro. O poeta é  doutor em Sociologia da Cultura pela Universidade de Paris V (Sorbonne, França). Possui diversas obras publicadas, como o livro "Cultura Amazônica - Uma Poética do Imaginário".

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Paes Loureiro é hoje um dos mais célebres nomes da literatura paraense. Como poeta, já foi parceiro de vários compositores paraenses, tais como Wilson Dias da Fonseca, e é autor da inspirada letra da valsa "Rachelina" (1922), escrita em 1996, cujo texto procura retratar, com fidelidade, o espírito da música composta por José Agostinho da Fonseca (1886-1945), em homenagem à pianista santarena Rachel Peluso.

O projeto Narrativas Contemporâneas na Amazônia Paraense (Narramazônia) é coordenado pelos professores doutores Paulo Nunes (Unama), Vânia Torres (Unama) e Alda Cristina Costa (UFPA). A proposta do Narramazônia é a formação de um espaço de discussões e pesquisas multi e transdisciplinar sobre a constituição e circulação de narrativas na sociedade.

Segundo informações do projeto, por meio do ato de narrar é possível compreender as interações humanas: a relação do eu com o outro, bem como a constituição dos contextos históricos, culturais e sociais em que estão inseridos.

O romance de Contardo Calligaris, A mulher de vermelho e branco (Companhia das Letras, R$ 39,00, 208 págs.), é desses lançamentos que recebem expressiva atenção da mídia e dos eventos literários. Amanhã, por exemplo, ele estará na mesa que encerra o 9º Festival Recifense de Literatura. Como tem acontecido quase sempre, a intriga e as qualidades ou defeitos do livro não serão pauta principal. O fato de Contardo ser psicanalista provoca indagações sobre as fronteiras entre ficção e realidade, invenção e memória, loucura e sanidade etc. Basta uma rápida pesquisa para descobrir como o autor tem respondido exaustivamente questões em torno desses temas.

Assim como ocorre na coluna Redor da Prosa, onde as obras muitas vezes parecem meros ganchos, esses desvios não significam que os livros e a literatura sofram prejuízo. Pelo contrário, são reflexões que podem muito bem estimular a leitura, suscitar outras discussões, além do que seria possível apenas com críticas que beiram o relatório – cartas de navegação que têm sua importância, mas não precisam se transformar em rotas inescapáveis.

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Contardo retorna com Carlo Antonini, personagem psicanalista de seu primeiro romance, O conto de amor (2008). Agora, o narrador faz parte de um enredo que mistura trama policial, dramas familiares, especulações filosóficas e, entre tantos outros, existem ensinamentos. O protagonista, que obviamente possui laços estreitos com o próprio autor, não se omite, tenta ajudar sua paciente, ainda que desconfie sempre que sua sabedoria não é infalível, que suas tentativas de fazer o bem podem facilmente levar ao mal.

No final do romance, por exemplo, ao saber do destino trágico de um de seus personagens, o narrador assume que sua participação na trajetória do mesmo, através de um texto, de um relatório, pode ter sido determinante, de modos bem díspares. Ele não sabe dizer qual seu peso ou lado nessa balança.

O século XX assistiu a duas correntes, reverberadas e aparentemente antagônicas: de um lado, tudo em nosso redor acabou preenchido de narrativas, incontáveis, nossas próprias concepções de mundo sendo devedoras dessas narrativas; na outra margem, o narrador morreu ou, pelo menos, entrou em estado terminal. E muitos teóricos trabalharam sobre os dois alicerces, que não são incompatíveis, absolutamente.

Quando Walter Benjamin escreveu o clássico ensaio O narrador: considerações sobre a obra de Nicolai Leskov, em 1936, apontando algo em extinção, ele se referia aos indícios da morte de um tipo de narração específico, aquele onde são passadas experiências exemplares, ensinamentos. Ou seja, o conceito de narrador implicado está ligado a uma funcionalidade:

“Essa utilidade pode consistir seja num ensinamento moral, seja numa sugestão prática, seja num provérbio ou numa norma da vida – de qualquer maneira, o narrador é um homem que sabe dar conselhos. Mas, se ‘dar conselhos’ parece hoje antiquado, é porque as experiências estão deixando de ser comunicáveis”.

Em seu lugar, para Silviano Santiago (em Nas malhas da letra, 2000), surgiu um narrador que deseja “extrair a si da ação narrada, em atitude semelhante à de um repórter ou de um espectador. Ele narra a ação enquanto espetáculo a que assiste (literalmente ou não) da platéia, da arquibancada ou de uma poltrona na sala de estar ou na biblioteca; ele não narra enquanto atuante”.

Equívoco geralmente vem das sentenças, dos anúncios prematuros de morte. O narrador não morreu, tampouco o autor, a narrativa, o romance, os gêneros literários. Mas tudo mudou, está em movimento, e ainda lidará com outras infindáveis transformações. A literatura, como qualquer outro discurso, é um fenômeno lingüístico vivo, dinâmico, daí deriva sua universalidade e permanência.

Vários autores, em tantas línguas, têm levado aos leitores seus mortos que narram e ensinam, assim como seus velhos, gurus, monstros e outros muitos narradores que oferecem supostas sabedorias, com resultados não menos diversos (dentro e fora da narrativa). Suas vozes, no entanto, não passaram incólumes pelos debates literários e demandas sociais contemporâneas.

O Antonini de A mulher de vermelho e branco participa e tenta ajudar com seus aprendizados, porém, cônscio das incertezas que acompanham seu trabalho e da inconfiabilidade da narrativa que desenvolve. E seu tom não é professoral, pedagógico, suas sugestões são dadas de maneira que fica nítida sua falibilidade, a possibilidade de estar errado, de que suas palavras possam não conter alguma das solução. Como ele poderia ter certeza de algo, se trabalha com as memórias e impressões, se ele “entra na história do paciente”? Se, portanto, lida com ficções. Em entrevistas, Contardo Calligaris insiste que “a história que a gente se conta como se fosse nossa é, em geral, apenas a ficção na qual preferimos acreditar”.

Toda narrativa é uma refiguração da realidade que afirmamos observar e tomar como inspiração. E, mesmo se negamos algum real como ponto de partida, sempre construímos nossas histórias a partir das narrativas que nos rodeiam e/ou engendram. Somente através das narrativas nós conseguimos dar totalidade às coisas, compreender o mundo. Selecionamos, montamos, relacionamos causas e efeitos, fazemos as sínteses sem as quais nosso universo seria ininteligível. Decorre que o narrado é uma refiguração, realidade erigida sobre terrenos que também são devedores de outras referências, em infinito jogo de espelhos.

A força da narrativa de ficção – e muito especialmente no gênero romance – reside na sua maior autonomia. É permitido ao ficcionista todo um repertório e jogos temporais que são vetados ao discurso histórico, ao científico, ao filosófico etc. Como explica Ricoeur, “não que a narrativa histórica seja extremamente pobre a esse respeito. (...) Tudo se passa como se a ficção, criando mundos imaginários, abrisse à manifestação do tempo uma carreira ilimitada” (Tempo e Narrativa).

Entre uma mulher de vermelho e branco, crimes, afetos, previsões de mortes, narrativas, ficções e tantas outras calhas que giram o que entendemos por humano, há autores como Contardo Calligaris e narradores como Carlo Antonini, que não rejeitam oportunidades de refletir sobre as possibilidades e conseqüências das histórias que criamos ou, como leitores, fazemos seguir em eterno nascimento.

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