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Um dos alvos preferenciais dos partidos de centro, de direita e de esquerda para compor uma chapa presidencial em 2022, o MDB lança nesta quarta (8) a pré-candidatura da senadora Simone Tebet (MS) ao Palácio do Planalto. Única mulher até agora a ter o nome colocado na disputa e fortalecida por uma participação importante da CPI da Covid, Simone terá o desafio de fazer seu nome decolar mais rapidamente do que a ação dos partidos que desejam ter o apoio do MDB para seus próprios candidatos.

Reposicionamento

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Citada como uma espécie de "vice ideal" por aliados de pré-candidatos como João Doria (PSDB), Sérgio Moro (Podemos) e Rodrigo Pacheco (PSD), Simone trabalha para fortalecer sua candidatura. Tem o apoio do presidente do MDB, deputado Baleia Rossi (SP), que enxerga o movimento como uma possibilidade de reposicionar o partido no jogo político. Além disso, o perfil da candidatura de Simone é visto com grande potencial para atrair o eleitor insatisfeito com a polarização entre Lula e o presidente Jair Bolsonaro. Com a exceção de Sérgio Moro, cuja candidatura começou a ganhar tração nas pesquisas, outros nomes da chamada terceira via são vistos no mesmo estágio (ou abaixo) de popularidade que o de Simone.

Em conversas recentes, questionada sobre a possibilidade de uma composição como vice, Simone tem sido aguda na resposta. E rebate dizendo que vai conversar c sobre a vaga de número dois na chapa que pretende encabeçar.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O MDB lança a sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto apostando em um diferencial. Será o primeiro grande partido - e possivelmente o único - com uma mulher na disputa de 2022. A senadora Simone Tebet (MDB-MS), de 51 anos, é tratada internamente como uma peça fundamental nos planos da sigla, que busca resistir ao governismo e recuperar protagonismo para a corrida sucessória. Ela é cortejada por Sérgio Moro (Podemos) para compor sua chapa nas eleições presidenciais, mas o partido descarta aproximação com o ex-juiz. O perfil arejado da parlamentar, a história familiar nas fileiras emedebistas e a atuação destacada na CPI da Covid fizeram a senadora ser vista como oportunidade de o partido renovar a própria imagem e de se diferenciar no congestionamento da terceira via.

A cúpula emedebista quer chegar ao evento de lançamento, ainda sem data prevista, com a definição dos nomes que vão liderar a estratégia de marketing e o plano econômico. Uma mulher deverá ficar a cargo das questões fazendárias - a economista Zeina Latif foi convidada. O detalhe importante para uma senadora feminista que não gosta de se autodefinir com o termo, mas milita nas pautas de gênero. Ela foi a primeira a liderar a bancada do MDB e a presidir a Comissão de Constituição e Justiça. Este é, sobretudo, um grande marco simbólico para o partido como um todo, que destronou a primeira mulher presidente da República e formou um governo composto exclusivamente por homens brancos, na maioria sêniores.

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Entre correligionários, a avaliação é a de que Simone ajudará o MDB, e vice-versa. A senadora está disposta a abrir mão da campanha à reeleição ao Senado, onde as pesquisas internas apontam boas chances de reeleição, em contrapartida poderá ser o novo nome do partido para futuros arranjos e influenciar os rumos da agremiação. Por outro lado, ainda precisa superar desconfianças gerais cultivadas até entre colegas de plenário. O MDB perdeu a vocação de concorrer ao Planalto e é conhecido pelo adesismo. Depois de Tancredo Neves, em 1985, só teve a cabeça de chapa duas vezes, com candidaturas frágeis. A de Orestes Quércia, em 1994, e a de Henrique Meirelles, em 2018.

Agora, Simone Tebet é apontada como a melhor opção para uma unidade partidária e para uma candidatura sólida. Contudo, o lançamento à Presidência da filha do "rábula do Pantanal", como o ex-senador Antonio Carlos Magalhães chamava seu pai, o também ex-senador Ramez Tebet, ainda expõe uma disputa antiga dentro de um partido marcado pelo caciquismo e governismo. Uma parte, puxada pelo ex-senador Eunício Oliveira (CE), quer se reaproximar do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Outra defende o governo de Jair Bolsonaro no Senado e no conjunto do Congresso, com os líderes Fernando Bezerra (PE) e Eduardo Gomes (TO).

"Não conheço essa questão eleitoral (da pré-candidatura), fiquei sabendo agora por você. O MDB precisa fazer reuniões para todos conhecermos as intenções do partido. Mas é bom ter o nome de uma mulher para encarar uma disputa nacional", diz a senadora Rose de Freitas (MDB-ES), primeira mulher a ocupar vaga na Mesa Diretora do Senado. "Nesse momento político que estamos, com uma pessoa na Presidência e outra que já foi presidente querendo disputar, é tarefa árdua viabilizar a terceira via. Só se todos tiverem desprendimento político de discutir o País."

O maior incentivador da candidatura de Simone é o presidente nacional do partido, o deputado Baleia Rossi (SP). Ele assumiu o comando em 2019, com um discurso de renovação e de reconexão com as bases. Simone movimenta a militância do partido e representa para os segmentos temáticos o que Meirelles passou longe de significar na eleição anterior. O ex-ministro da Fazenda de Michel Temer pagou R$ 57 milhões pela própria campanha e só obteve 1,2% dos votos. "Simone é a candidata das massas do partido, da militância, do segmento jovem, do trabalhista, de diversidade. Meirelles foi um arranjo de última hora para justificar os avanços do governo Temer", frisou Nestor Neto, presidente nacional do MDB Afro.

Há tempos Baleia aposta em Simone. Ambos enfrentaram os candidatos preferidos do governo na eleição interna para as presidências da Câmara e do Senado, em fevereiro, e foram superados numa disputa marcada pelo despejo de verbas milionárias do orçamento secreto, esquema montado pelo presidente Jair Bolsonaro para obter apoio político. Na "super live" que fez em comemoração aos 55 anos do MDB, em março, Baleia recebeu apenas três lideranças: ela e os ex-presidentes Michel Temer e José Sarney. "Você não é hoje presidente nacional do MDB, mas tenho muita esperança de que outra presidência chegará muito rapidamente", disse o deputado.

A expectativa é a de que ela incorpore, na pré-campanha, as diretrizes do "Todos por um só Brasil", documento lançado em agosto com as bases do que o partido quer defender em 2022. Com toda sua trajetória política no partido, Simone se apresenta como alguém equilibrada. Católica, diz-se progressista nos costumes, mas é contra a descriminalização do aborto, por motivos religiosos. Tem críticas à Lava Jato, mas não é "garantista". Na economia, fincou os dois pés contra a PEC dos Precatórios, batizada de "PEC do calote" e contra o esquema do orçamento secreto.

Com a visibilidade, virou uma novidade que tem interessado o mercado. Convidada para um evento do Itaú na última sexta-feira, 12, adotou discurso de pré-candidata. "Temos que acabar com o discurso velho de que a esquerda se assenhora das políticas sociais, de que só eles têm compromisso com a responsabilidade social. Da mesma forma, acabar com esse discurso de estado máximo e estado mínimo", afirmou.

Para a audiência recorde da CPI da Covid, ela destacou falsidades em documentos do governo sobre vacinas, brigou para que as senadoras tivessem voz na comissão, não aceitou arroubos do senador Flávio Bolsonaro e extraiu confissões de testemunhas. A atuação rendeu dos colegas de plenário elogios à "sensibilidade" com do drama que enlutou mais de 610 mil famílias. No Twitter, ganhou mais de 100 mil seguidores.

A articulação junto aos segmentos econômicos vem de antes da CPI. Na campanha para a presidência do Senado, ela recebeu integrantes do Mulheres do Brasil, grupo coordenado pela empresária Luiza Helena Trajano, para colher propostas de gestão. Cortejada para ingressar na política partidária, a dona do Magazine Luiza ressaltou a "coragem e a coerência" da senadora.

Sul-mato-grossense de Três Lagoas, Simone até aqui trilhou caminho muito parecido com o do genitor, por meio de quem deu os primeiros passos na vida pública. Imiscuída nas reuniões políticas do pai desde pequena, foi quem, dos quatro irmãos, herdou o legado. Como Ramez, Simone sempre foi filiada ao MDB. Ambos foram prefeitos, deputados estaduais, vice-governadores e chegaram ao Senado. Ele ocupou a presidência da Casa, de 2001 a 2003, em uma construção finalizada pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL).

O político alagoano era o presidente quando Simone chegou a Brasília, em 2015, e providenciou que ela herdasse o gabinete que fora ocupado pelo pai. Anos depois, ela protagonizaria com Renan disputas que marcariam reviravoltas no poder em Brasília e sedimentariam o perfil austero, combativo e pragmático da senadora. Em 2019, ela disputou na bancada a indicação do partido à presidência do Senado e foi derrotada pelo correligionário em um atrito que a fez ameaçar deixar a sigla. Em reação, declarou apoio a Davi Alcolumbre (DEM-AP), que impôs a maior derrota já sofrida por Renan e desalojou o MDB do comando do Congresso.

Dois anos depois, a senadora renovou o ímpeto de presidir a Casa. Desta vez, optou pelo pragmatismo e contou com o apoio de Renan, que mobilizou parte do gabinete para ajudar a correligionária a enfrentar Rodrigo Pacheco (DEM-MG) - a sintonia se repetiria na CPI. Novamente, foi vencida na bancada. Concorreu de forma avulsa e perdeu por 57 votos a 21. Os aliados consideraram o resultado bastante satisfatório.

Em ascensão na política nacional, Simone agora transporta sua influência para o Mato Grosso do Sul. Em um movimento que surpreendeu os emedebistas locais, o marido dela, o deputado estadual Eduardo Rocha (MDB), virou secretário do governo de Reinaldo Azambuja (PSDB). A escolha acendeu o alerta no diretório estadual porque os emedebistas querem lançar o veterano ex-governador André Puccinelli. Azambuja, por sua vez, quer encaminhar um de seus secretários para a sucessão. "Claro que Puccinelli não queria a saída do Eduardo porque se utiliza isso para dizer que é enfraquecimento do MDB. É estratégia do governo para tentar isolá-lo", comentou o presidente regional do partido, Júnior Mochi.

Com a decisão do presidente Jair Bolsonaro de se filiar ao PL, integrantes do partido condicionam a permanência na legenda a uma autonomia para manter alianças regionais. Em Estados do Nordeste, o partido tem acordos fechados para compor com governadores de oposição ao governo, inclusive do PT. No Norte, como é o caso do vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), também há desconforto.

O deputado federal Fabio Abreu (PL-PI) disse ao Estadão que "com certeza" sai da sigla se ele não tiver autonomia para apoiar o grupo do governador Wellington Dias (PT-PI), que pretende lançar a candidatura do seu secretário de Fazenda, Rafael Fonteles (PT), para ser seu sucessor.

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Abreu, que é ex-secretário de Segurança Pública de Dias, declarou que o presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto, firmou um compromisso de manter o arranjo feito no Piauí. "A autonomia já está bem clara na conversa que tive com presidente do partido, continuar na aliança com o governador do Piauí que é do PT", disse o deputado. "(A permanência no partido) poderá mudar se nós do PL no Piauí não tivermos nossa autonomia."

Após Costa Neto e Bolsonaro confirmarem a filiação, planejada para acontecer no próximo dia 22, o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), também expôs sua insatisfação, mas evitou dizer se vai se desfiliar. "Todos sabem que não é uma situação cômoda para mim e, no momento oportuno, irei me pronunciar", afirmou ele, que, mesmo com seu partido integrando a base aliada do Palácio do Planalto, tem feito duras críticas ao governo.

Ao programa Roda Viva, da TV Cultura, Ramos declarou que aguarda a filiação de Bolsonaro acontecer formalmente para decidir qual rumo irá tomar.

Antes de definir a entrada no PL, Bolsonaro também negociava para se filiar ao Progressistas, do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. Em meio a indefinição, o vice-presidente da Câmara chegou a afirmar que torcia para o outro partido conseguir filiar Bolsonaro. Apesar de ser uma legenda um pouco maior e com mais capilaridade que o PL, o partido de Ciro tem mais ligações com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) do que o PL, com alianças com petistas na Bahia e em Pernambuco

Em Alagoas, o PL compõe o governo estadual com o ex-deputado Maurício Quintella, que é secretário de Infraestrutura de Renan Filho (MDB-AL). O governador é filho do senador Renan Calheiros (MDB-AL), ex-presidente do Senado e relator da CPI da Covid. Renan elaborou parecer recomendando o indiciamento de Bolsonaro por crimes cometidos durante a pandemia e, mais de uma vez, classificou o presidente como "genocida".

O adjetivo também é usado pelo político do PL de Alagoas. No dia 10 de agosto, quando houve um desfile de blindados na Esplanada dos Ministérios no dia da votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso, Quintella pediu "fora, Bolsonaro" e o chamou de genocida.

Agora colega de partido do presidente, no dia 29 de maio, durante protestos que pediam o impeachment de Bolsonaro, Quintella postou uma foto vestindo uma camisa estampada de "Fora Bolsonaro".

Desde novembro de 2019, Bolsonaro está sem partido. Após ter brigado com o comando do PSL, ele tentou fundar o Aliança pelo Brasil, mas não conseguiu as assinaturas necessárias para formalizar a sigla no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Tentou, então, entrar em vários outros partidos, como Republicanos, PRTB e Patriota, mas enfrentou uma série de obstáculos porque sempre apresentava a exigência de ter influência sobre os diretórios e as verbas das legendas.

A cúpula do MDB decidiu lançar a senadora Simone Tebet (MS) como pré-candidata à sucessão do presidente Jair Bolsonaro. O partido e Simone já discutiam havia meses a possibilidade, mas ela queria aguardar o fim da CPI da Covid para tornar públicas as articulações políticas.

A senadora é a única mulher a se apresentar para a disputa até agora e integra o grupo de desafiantes da chamada terceira via ao Palácio do Planalto. O presidente do MDB, deputado Baleia Rossi (SP), disse que o anúncio será feito ainda neste mês, mas a data não está fechada. "Vamos oficializar, sim", afirmou ao Estadão. "Simone tinha pedido para aguardar o final da CPI apenas para não confundir os temas. A ideia amadureceu muito dentro do partido. Já existe um apoio muito grande para o lançamento da pré-candidatura."

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Após ocupar o Planalto com Michel Temer, na esteira do impeachment de Dilma Rousseff, o MDB quer voltar ao jogo político. Uma ala do partido, no entanto, é contra a estratégia de candidatura própria. Os líderes do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (TO), e no Senado, Fernando Bezerra Coelho (PE), defendem o apoio a Bolsonaro. Na outra ponta, senadores como Renan Calheiros (AL) e Jader Barbalho (PA), além do ex-presidente do Senado Eunício Oliveira (CE), são próximos ao ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva.

Nos últimos meses, Simone Tebet teve encontros virtuais com representantes do mercado financeiro e participou de grupos de discussão política, como o Direitos Já e o Prerrogativas. A exposição que ela ganhou na CPI é citada como um impulso para sua candidatura.

"A CPI deu conhecimento da qualidade, desenvoltura e do preparo dela, jurídico e político", disse Baleia.

Na prática, nem Simone nem o MDB descartam abrir mão da pré-candidatura para negociar o apoio a um concorrente de outro partido. "Claro que para sentar à mesa você tem de querer apoio, mas também tem de se dispor a apoiar alguém, se for a melhor conjuntura", observou Baleia. "Mais importante do que ser de um partido ou de outro é o centro ter um nome competitivo para ganhar do Lula e do Bolsonaro", afirmou o deputado Alceu Moreira (MDB-RS).

Antes do início da apresentação do relatório da CPI da Pandemia, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) criticou o documento elaborado pelo senador Renan Calheiros (MDB-PE) e defendeu a gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A leitura do relatório acontece nesta quarta-feira (20).

Para ele, o documento é fraco e inconstitucional porque, de acordo com o senador, a Constituição não permite a uma CPI investigar ou indiciar o presidente da República.

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"Não há outra coisa a ser feita pela Procuradoria-Geral da República a não ser arquivar o relatório", declarou.

Veja a entrevista completa:

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Humberto Costa considera o texto sólido

Em econtrapartida, o senador Humberto Costa (PT-PE) afirmou que considera o relatório da CPI "consistente e sólido", espelhando o que aconteceu no país na pandemia. Imprecisões identificadas no texto foram resolvidas nesta terça, relatou o senador, para evitar questionamentos de autoridades que deverão fazer avançar o processo. Ele explicou a retirada, do documento, da acusação de genocídio, explicando que ainda poderá ser feita investigação mais aprofundada sobre a questão.

*Da Agência Senado

O senador Renan Calheiros (MDB) recusou participar de um jantar que está sendo organizado pelo ex-senador Eunício Oliveira (MDB) para o ex-presidente Lula (PT), na próxima quarta-feira (29). 

A informação foi confirmada pela coluna do Igor Gadelha, no site Metrópoles. A recusa aconteceu nesta quarta (29), quando o senador Paulo Rocha (PT) se encontrou com Calheiros no Senado e perguntou sobre a participação dele no Jantar. 

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O senador emedebista, que é relator da Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19, teria afirmado ao petista que só participaria de qualquer encontro político depois de entregar o relatório final da CPI no Senado - que está previsto para a metade de outubro. 

Em defesa de mudanças no sistema eleitoral brasileiro, o ex-presidente José Sarney afirmou, nessa quarta-feira (15), que é preciso partir para o parlamentarismo e acabar com o voto proporcional, como forma de vencer as recorrentes crises pelas quais passam o País. "Temos que partir para um regime como o português, francês", disse Sarney.

As declarações foram feitas em painel do ciclo de debates virtuais 'Um Novo Rumo para o Brasil', organizado por quatro partidos políticos - MDB, PSDB, DEM e Cidadania. Os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Michel Temer também participaram.

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Na avaliação de Sarney, voz bastante ouvida dentro do MDB, o Brasil tem uma tradição pacífica e deve deixar o ódio de fora dos debates. "Há desejo de pacificação do País e, através de diálogo, de encontremos soluções", declarou, no evento.

Em seguida, o ex-presidente teceu críticas à "judicialização da Justiça e politização da política" e chamou o golpe de 1964, que deu início à ditadura militar, de "última intervenção salvacionista" da história brasileira. Sarney foi aliado dos militares, inclusive nos anos de arbítrio e tortura, mas se distanciou das Forças Armadas ao final do regime e tornou-se o primeiro presidente civil depois de 21 anos de ditadura. Ele assumiu o poder com a morte de Tancredo Neves, o cabeça de chapa, falecido antes mesmo de tomar posse.

Ainda dentro o MDB, o presidente do partido, Baleia Rossi, que também participou do evento virtual, afirmou que a legenda é independente, mas colaborativa com as pautas do Brasil. "Temos dever de fiscalizar, e estamos fazendo isso com presença marcante na CPI da Covid", disse.

Rossi elogiou o ex-presidente Michel Temer, outro participante, pela produção da carta à nação assinada pelo presidente Jair Bolsonaro. O documento selou a aparente trégua do Planalto nos ataques ao Judiciário. "Temer fez um gesto de pacificação do país muito comentado e comemorado por todos. Temos nesse momento problemas reais que precisamos enfrentar. Presidente Michel, parabéns por sua atuação", declarou.

O presidente do MDB também voltou a criticar os aspectos antidemocráticos nas manifestações de 7 de setembro e reafirmou o compromisso da sigla com a democracia brasileira.

"Respeito à democracia e às instituições deve ser algo inerente no nosso dia a dia", acrescentou, sobre o tema, o presidente do DEM, ACM Neto, que também integrava o painel.

Sem citar nenhum dos três Poderes, o ex-presidente Michel Temer afirmou, nessa quarta-feira (15), que as instituições brasileiras "saem do seu quadrado constitucional" com muita frequência.

"Eu percebo, com muita frequência, que as instituições saem do seu quadrado constitucional. Eu chamo de quadrado constitucional as competências e as funções que foram dadas pela soberania popular", afirmou Temer em painel do ciclo de debates virtuais 'Um Novo Rumo para o Brasil', organizado por quatro partidos políticos - MDB, PSDB, DEM e Cidadania.

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Autor da "carta à nação" assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, que selou a "trégua" entre o Executivo e o Judiciário, Temer ainda voltou a clamar pela harmonia entre os poderes no Brasil. Segundo o ex-presidente, a paz é um princípio constitucional que deve ser respeitado. "Basta que nós ajamos no sentido de pacificar o País, de fazer relacionamento entre poderes, dar ao povo esta visão de que todos estamos todos trabalhando pela paz interna", seguiu. "Isso faria muito bem como está fazendo muito bem essa iniciativa", acrescentou Temer, sobre a rodada de debates.

Bolsonaro costuma acusar ministros do STF de extrapolar seus limites constitucionais quando tomam decisões contrárias ao governo ou aos seus apoiadores mais próximos.

Enquanto grupos políticos tentam dirimir divergências em nome de uma frente contra o presidente Jair Bolsonaro, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, presidente de honra do PSDB, ressaltou, nessa quarta-feira (15), a necessidade de uma união pela liberdade e pela democracia.

"Não dá para negar o fato de que o presidente Bolsonaro tem arroubos que não são condizentes com futuro democrático. Ele não vai conseguir, nem creio que tenha objetivo de consegui-lo, mas cabe a nós, que temos experiência histórica, reavivar na memória de todos os brasileiros a necessidade de estarmos juntos em defesa da liberdade e pela democracia", disse FHC em painel do ciclo de debates virtuais 'Um Novo Rumo para o Brasil', organizado por quatro partidos políticos - MDB, PSDB, DEM e Cidadania. "É chegada a hora de um toque de alerta", acrescentou.

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Além de FHC, participaram da plenária os ex-presidentes Michel Temer e José Sarney, além do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Jobim e os presidentes dos quatro partidos organizadores: Baleia Rossi, do MDB; Bruno Araújo, do PSDB; ACM Neto, do DEM; e Roberto Freire, do Cidadania.

O tucano afirmou ainda que a estabilidade nunca está garantida, mas ponderou que a situação do País é de "relativa tranquilidade, apesar de tudo". "Apesar de que as vezes sentimos certa intranquilidade, o fato de pertencermos a partidos diferentes e estarmos juntos é importante. Mostra que há clima para isso", declarou FHC. "O significado do nosso encontro é importante para o momento atual do Brasil."

Com a apresentação do relatório de Simone Tebet (MDB-MS), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado começou a analisar nesta quarta-feira (15) a proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma eleitoral (PEC 28/2021), mas um pedido de vista adiou a votação da matéria. Simone recomendou a aprovação do projeto, mas barrou os artigos que resgatam a volta das coligações.

A relatora retirou outros pontos do texto aprovado em agosto pela Câmara. Ela manteve, no entanto, o incentivo a candidaturas de mulheres e pessoas negras. As mudanças eleitorais precisam ser aprovadas até o 2 de outubro a tempo de valerem paras eleições de 2022.

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Segundo Simone, as coligações distorcem a vontade do eleitor, ao eleger candidatos com orientações políticas diferentes daqueles escolhidos, além de aumentarem a fragmentação partidária e dificultarem a governabilidade.

"O eleitor sempre sabe em quem vota; nunca sabe, contudo, a quem seu voto ajudará a eleger. Muitos partidos implicam muitos acordos, num investimento maior, portanto, de tempo e recursos políticos para construir e manter coalizões governamentais. O resultado pode ser paralisia decisória, descontentamento dos eleitores, perda de legitimidade dos governos", disse. 

As coligações em eleições proporcionais estão proibidas desde a promulgação da Emenda Constitucional 97, de 2017, e não puderam ser usadas nas eleições municipais de 2020.

De acordo com o senador José Aníbal (PSDB-SP), o impacto do fim das coligações nas eleições municipais de 2020 foi muito positivo.

"Retroceder é inaceitável. O Senado tem o dever de rejeitar [a volta das coligações]", defendeu. 

Alvaro Dias (Podemos-PR) lamentou o curto prazo para analisar a proposta e afirmou que o Senado não deveria abrir mão de sua prerrogativa de Casa revisora. Ele e outros senadores chegaram a pedir vista, o que empurraria a votação para a próxima semana, mas concordaram com a votação após acordo para desmembrar emendas de senadores em projetos autônomos. 

"A impressão que fica é que estamos abdicando da nossa prerrogativa de casa revisora", lamentou Alvaro.

No entanto, Jorginho Mello (PP-SC) não concordou e manteve o pedido de vista. 

Candidatos negros e mulheres

Entre os pontos aprovados pela Câmara e mantidos por Simone Tebet no relatório, está a contagem em dobro dos votos dados a candidatas mulheres e a candidatos negros para a Câmara dos Deputados, nas eleições de 2022 a 2030, para fins de distribuição, entre os partidos políticos, dos recursos do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanhas (Fundo Eleitoral).

Além disso, a relatora manifestou apoio à possibilidade de deputados (federais, estaduais ou distritais) e vereadores se desfiliarem da legenda sem perda de mandato, quando houver concordância do partido.

*Da Agência Senado

 

 

 

 

 

 

Com o lançamento na quarta-feira (25) do documento "Todos por um só Brasil", o MDB tenta marcar posição a favor da construção de uma terceira via na disputa presidencial fora da polarização entre Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva. A partir deste posicionamento, a legenda busca não apenas participar da montagem de uma alternativa, mas também colocar um freio nas conversas políticas que setores do MDB vêm tendo com Lula.

Nos últimos dias, o ex-presidente se reuniu com importantes lideranças emedebistas, como Roseana Sarney, Garibaldi Alves e Eunício Oliveira, entre outros. Como Lula é politicamente forte no Nordeste, líderes emedebistas locais têm aceitado discutir a sucessão de 2022 com o ex-presidente, que hoje lidera as pesquisas de intenção de voto.

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O problema é que esse movimento contraria a opinião de parte da cúpula do MDB, que defende a participação na candidatura de uma terceira via. Para isso, inclusive, o MDB já estuda organizar um evento nas próximas semanas para apresentar a pré-candidatura da senadora Simone Tebet (MS) dentro das opções para a terceira via, mas sem impor seu nome como cabeça de chapa.

O presidente do MDB, deputado Baleia Rossi (SP), disse que o partido é contra qualquer radicalização política dentro de todo o espectro político. Baleia citou que tem feito parte da discussão de um grupo de nove partidos em torno da construção da terceira via. E acredita ser importante o fato de o partido apresentar um documento com suas propostas para o Brasil em vez de "fulanizar" o processo eleitoral e tendo de adaptar o partido às ideias prévias de um candidato.

Apontado como um dos principais adversários do PSB na disputa ao Governo de Pernambuco em 2022, o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, pode estar de saída do MDB. A expectativa é que ele confirme a filiação ao Democratas (DEM) até o fim do mês.

Apesar do futuro indefinido, Miguel está em contato com o DEM e deve se reunir ainda nesta semana com o presidente local da sigla, Mendonça Filho, confirmou a assessoria.

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Ambos estão em Brasília e devem retornar a Pernambuco nesta quinta (26), mas rumores apontam que a troca de partido pode se confirmar na segunda (30).

A assessoria do prefeito informou que o desembarque será direto em Petrolina e a agenda da semana segue com compromissos administrativos, além de uma rápida visita à Belém de São Francisco, também no Sertão.

Família Coelho no DEM

O vínculo do DEM com a família favorece a mudança de casa. Dois irmãos do gestor atuam pela sigla. O deputado federal Fernando Filho está no partido desde 2018, após passagem pelo PSB. Já Antônio Coelho foi eleito para o primeiro mandato como deputado estadual pela mesma legenda.

Após passagem pelo PSB, Miguel seguiu o rumo do pai, o senador Fernando Bezerra Coelho, e se filiou ao MDB. Ele foi reeleito pelo partido. 

O prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (MDB), segue em discussões com diversas forças políticas do Estado para articular a oposição e construir soluções para o desenvolvimento das regiões pernambucanas. Nesta terça (17), o político sertanejo se reuniu com lideranças de Palmares, Garanhuns, Tracunhaém e Carpina.

O primeiro encontro foi com o ex-prefeito Izaías Régis, que governou a cidade de Garanhuns por oito anos. Miguel Coelho ouviu relatos da falta de investimentos do Governo do Estado no Agreste, que tem causado problemas estruturais na mobilidade, falta de água e saúde básica.

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Miguel também conversou com os ex-prefeitos de Carpina, Carlos e Joaquim Lapa. Além deles, participou do encontro Regina Lapa, que concorreu nas últimas eleições à prefeitura de Tracunhaém. Por fim, o gestor de Petrolina se reuniu com o prefeito e o vice-prefeito de Palmares, Junior de Beto e Luciano Junior. "Seguimos discutindo o futuro de Pernambuco com grandes lideranças. Tanto a família Lapa, quanto Izaías e Junior de Beto demonstraram entusiasmo de nos ajudar a debater Pernambuco. Não temos outro caminho senão procurar formas de enfrentar o marasmo que nosso estado atravessa. Seja no Agreste, na Zona da Mata, no Sertão ou na Região Metropolitana, o clima é o mesmo de insatisfação e busca de um novo tempo", resumiu Miguel Coelho após a rodada de reuniões.

*Da assessoria 

Depois de eleger 52 deputados federais na esteira de Jair Bolsonaro, em 2018, e romper com o presidente no ano seguinte, o PSL fechou uma aliança estratégica com o MDB para tentar se manter relevante nas articulações políticas visando as eleições de 2022. A aproximação entre as legendas começou durante um jantar em São Paulo, no início de junho, que reuniu o ex-presidente Michel Temer, o presidente do MDB, deputado Baleia Rossi (SP), e o presidente do PSL, deputado Luciano Bivar (PE).

Pelo acerto inicial, as duas siglas vão lançar um programa conjunto produzido pelas fundações Indigo (PSL) e Ulysses Guimarães (MDB), e apresentar candidaturas presidenciais próprias com o intuito de convergir em uma chapa única no começo do ano que vem. Os emedebistas apostam na senadora Simone Tebet (MT) e o PSL, no apresentador José Luiz Datena.

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Nos bastidores, porém, Datena já avisou que prefere disputar o Senado, e Bivar, então, seria indicado como vice de Simone nas negociações que buscam um nome da terceira via para enfrentar Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022.

Em outra frente, o PSL mantém acesa a possibilidade de uma fusão, seja com o MDB ou outra sigla. Ao Estadão, Bivar admitiu negociações nessa linha e disse que as fusões são uma "tendência" no longo prazo.

Independentemente da sucessão presidencial, MDB e PSL querem estar juntos nas disputas estaduais e já trabalham na construção de um mapa nacional que privilegie essa dobrada. "O MDB e o PSL largaram na frente e estarão irmanados. Lá na frente vamos conversar sobre quem será nosso candidato (a presidente)", disse o deputado federal Júnior Bozella (SP), vice-presidente do PSL. Segundo ele, quem estiver "mais bem posicionado" vai indicar a cabeça de chapa.

Nas eleições de 2018, os dois partidos viveram momentos opostos. O MDB caiu de 66 deputados eleitos em 2014 para 34, enquanto o PSL saltou de 1 para 52.

Apesar das tratativas, há obstáculos como a proximidade de emedebistas com Lula e o PT em palanques estaduais prioritários - incluindo Pará, com Jader e Helder Barbalho; e Alagoas, com Renan Calheiros e Renan Filho.

Em meio a essas tratativas, foi Baleia Rossi quem articulou a ida de Datena para o PSL. O objetivo foi isolar a ala bolsonarista da sigla, que ainda tem influência do deputado Eduardo Bolsonaro (SP). "Há uma tentativa de juntar as fundações dos dois partidos em uma reflexão conjunta sobre os rumos do País. Até meados de setembro vamos apresentar um documento conjunto", disse o presidente da Fundação Indigo, Marcos Cintra. O documento já tem nome: "Ponto de Equilíbrio".

"A gente não se curvou. Seria mais fácil ter ficado no projeto de poder do Bolsonaro, como fez o Centrão. Mas não nos deixamos seduzir. Ficamos fiéis aos nossos objetivos: as bandeiras liberais", afirmou Bozzella. Dono da segunda maior fatia do fundo eleitoral e do tempo de TV (atrás do PT), o PSL é cortejado ainda por Progressistas e Podemos, que vislumbram uma fusão ou federação partidária, caso esse modelo seja aprovado no Congresso. A articulação também envolve o DEM e culminaria na formação de um "superpartido", hoje com 121 deputados e 15 senadores. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O vereador e líder do governo na Câmara Municipal do Recife, Samuel Salazar (MDB), classificou como “equivocada” a Nota Técnica (N°10) elaborada pelo mandato do também vereador, Ivan Moraes (PSOL), sobre aspectos relacionados à desigualdade na cobertura vacinal do Recife.

Em nota, Salazar afirmou que “o estudo trata-se, na verdade, de um desserviço à sociedade e, sobretudo, ao esforço municipal em avançar o mais rápido possível no processo de imunização, buscando vacinar o maior número de pessoas na cidade frente ao avanço de novas variantes do coronavírus, em especial a Delta”. Ele disse ainda que o documento apresenta “resultados precipitados” e induz “parte da opinião pública ao erro de interpretação de dados sobre a vacinação no Recife”.

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O líder do governo criticou a metodologia empregada na construção da nota técnica publicada pelo mandato de Moraes, e apontou supostos erros no cálculo da letalidade da Covid-19 por bairro, ponto de destaque no levantamento.

“De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) é possível calcular a taxa de letalidade de duas formas diferentes – e que não estão contidas no documento. Uma é utilizando o número de óbitos em relação ao número de casos confirmados da doença e, segundo o Boletim Epidemiológico usado na NT, o índice seria de 3,47%, extremamente menor do que o publicado. O outro modo, ainda segundo a OMS, é utilizar o número de óbitos em relação ao número de recuperados mais o número de óbitos. Da mesma maneira, é possível observar que o Recife que a taxa de letalidade de 3,50%, novamente abaixo dos dados apresentados na nota técnica”, destacou Salazar.

Ele defendeu a gestão do prefeito João Campos (PSB), e se referiu ao plano de vacinação do Recife como “referência nacional, ao permitir que qualquer cidadão adulto apto a receber a vacina pode agendar o dia, horário e local para receber o imunizante, sem gerar aglomerações e filas nos postos de vacinação. Tudo isso é feito por meio da plataforma Conecta Recife”.

“No afã de querer desconstruir um programa que vem salvando vidas no Recife, em vez de somar esforço em buscar ampliar a cobertura vacinal de nossa população, o vereador Ivan Moraes perde, mais uma vez, a oportunidade de demonstrar seu espírito público e cobrar mais ações concretas ao Governo Federal, quem, de fato, administra o envio de doses de imunizantes para todos os estados e municípios do Brasil”, finalizou a nota.

O que diz Ivan Moraes?

Por meio de sua assessoria, o vereador Ivan Moraes afirmou que a Nota Técnica N° 10 foi feita com base em “informações oficiais, disponíveis tanto através da democracia ativa quanto através de pedido de acesso à informação”.

Moraes disse também que “se, por um lado, a escolha da Prefeitura do Recife por um processo digital de cadastro tem facilitado muito o processo de vacinação para quem tem acesso e familiaridade à Internet, há barreiras conjunturais gritantes e inequívocas que fazem com que boa parte de nossa população tenha dificuldades de completar seu ciclo de imunização”.

“Importante ressaltar que não somos apenas nós quem tem cobrado mais vacinação em áreas periféricas, em que se concentra grande parte da população negra da nossa cidade. Recentemente, acompanhamos demanda semelhante a partir de recomendação publicada de forma conjunta pelo Ministério Público de Pernambuco, Ministério Público Federal, Defensoria Pública de Pernambuco e Defensoria Pública da União cobrando maiores esforços de comunicação e também maior cobertura para o Distrito Sanitário V (Afogados, Areias, Barro, Bongi, Caçote, Coqueiral, Curado, Estância, Jardim São Paulo, Jiquiá, Mangueira, Mustardinha, Sancho, San Martin, Tejipió e Totó). A mesma cobrança tem sido feita pela campanha “Queremos a Periferia Viva: Vacina para Todos!”, liderada por integrantes da academia e militantes pelo direito à saúde”, frisou.

“Continuamos reconhecendo a importância do esforço da gestão e a qualidade técnica de suas gestoras. E continuaremos cobrando os necessários ajustes na estratégia municipal, cumprindo com nosso dever de fiscalizar o poder executivo, cobrando as medidas necessárias para que possamos superar de uma vez a crise sanitária causada por esta pandemia”, finalizou Ivan Moraes.

Confira, abaixo, o posicionamento dos parlamentares na íntegra:

Em resposta à matéria com o título “ Vereador faz estudo expondo desigualdade vacinal no Recife”  o líder do governo e vereador do Recife Samuel Salazar (MDB) esclarece:

A análise realizada na nota técnica elaborada pelo mandato do vereador Ivan Moraes (PSOL) é equivocada devido a erros conceituais e conclusões sem fundamentos técnicos e metodológicos, apresentando resultados precipitados e induzindo parte da opinião pública ao erro de interpretação de dados sobre o processo de vacinação no Recife. O estudo trata-se, na verdade, de um desserviço à sociedade e, sobretudo, ao esforço municipal em avançar o mais rápido possível no processo de imunização, buscando vacinar o maior número de pessoas na cidade frente ao avanço de novas variantes do coronavírus, em especial a Delta.

É preciso esclarecer que o Recife, sob a liderança do prefeito João Campos, desde o início estruturou um robusto plano de vacinação que é referência nacional, ao permitir que qualquer cidadão adulto apto a receber a vacina pode agendar o dia, horário e local para receber o imunizante, sem gerar aglomerações e filas nos postos de vacinação. Tudo isso é feito por meio da plataforma Conecta Recife. Esse esforço está sendo possível graças à decisão de aliar processos de transformação digital que está sendo implementada em toda gestão municipal aliada a abertura de postos para atendimentos exclusivos para vacinação, mantendo toda a estrutura municipal de Saúde em funcionamento para as demais demandas da população.

Além disso, o Recife vem seguindo orientações técnicas estabelecidas no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19, ao elencar os grupos prioritários para recebimento da vacina. Sendo assim, não corresponde à verdade que determinadas taxas de letalidade se devem a suposta priorização na vacinação de grupos populacionais e bairros, fazendo com que esse tipo de cobrança se mostre indevida e significaria o não cumprimento do plano nacional.

Uma análise mais aprofundada na nota técnica do vereador mostra que a taxa de letalidade apresentada foi calculada de maneira errônea, gerando taxas de letalidade extremamente altas, com valores acima de 100%, o que é conceitualmente impossível. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) é possível calcular a taxa de letalidade de duas formas diferentes – e que não estão contidas no documento. Uma é utilizando o número de óbitos em relação ao número de casos confirmados da doença e, segundo o Boletim Epidemiológico usado na NT, o índice seria de 3,47%, extremamente menor do que o publicado. O outro modo, ainda segundo a OMS, é utilizar o número de óbitos em relação ao número de recuperados mais o número de óbitos. Da mesma maneira, é possível observar que o Recife que a taxa de letalidade de 3,50%, novamente abaixo dos dados apresentados na nota técnica.

No afã de querer desconstruir um programa que vem salvando vidas no Recife, em vez de somar esforço em buscar ampliar a cobertura vacinal de nossa população, o vereador Ivan Moraes perde, mais uma vez, a oportunidade de demonstrar seu espírito público e cobrar mais ações concretas ao Governo Federal, quem, de fato, administra o envio de doses de imunizantes para todos os estados e municípios do Brasil.

Líder do Governo e Vereador do Recife Samuel Salazar (MDB)

 

Nota Oficial em resposta ao líder do governo na Câmara Municipal

Debruçado sobre informações oficiais, disponíveis tanto através da democracia ativa quanto através de pedido de acesso à informação, nosso mandato publicou esta semana a Nota Técnica 10, que mostra com dados, de forma objetiva, uma lacuna grave no sistema de vacinação na cidade do Recife. Se, por um lado, a escolha da Prefeitura do Recife por um processo digital de cadastro tem facilitado muito o processo de vacinação para quem tem acesso e familiaridade à Internet, há barreiras conjunturais gritantes e inequívocas que fazem com que boa parte de nossa população tenha dificuldades de completar seu ciclo de imunização.

Nossa pesquisa demonstra que, de fato, há uma distorção na distribuição de vacinas, causada por desigualdades históricas presentes na nossa sociedade. É fato inquestionável que a letalidade do vírus tem sido maior em áreas periféricas, como também demonstram diversos estudos realizados por diferentes sujeitos ao longo da pandemia. Como também é verdade que bairros de renda per capita mais elevada têm, via de regra, apresentado índices maiores de imunização que territórios mais pobres. É inútil brigar com os números.

Também é fato que boa parte dos postos de vacinação se encontram em regiões centrais e a posse de comprovante de residência continua sendo obrigatória, impondo ainda mais barreiras à população que sofre com a falta de transporte e de informação. Mais uma vez: contra os dados, não há argumentos.

Importante ressaltar que não somos apenas nós quem tem cobrado mais vacinação em áreas periféricas, em que se concentra grande parte da população negra da nossa cidade. Recentemente, acompanhamos demanda semelhante a partir de recomendação publicada de forma conjunta pelo Ministério Público de Pernambuco, Ministério Público Federal, Defensoria Pública de Pernambuco e Defensoria Pública da União cobrando maiores esforços de comunicação e também maior cobertura para o Distrito Sanitário V (Afogados, Areias, Barro, Bongi, Caçote, Coqueiral, Curado, Estância, Jardim São Paulo, Jiquiá, Mangueira, Mustardinha, Sancho, San Martin, Tejipió e Totó). A mesma cobrança tem sido feita pela campanha “Queremos a Periferia Viva: Vacina para Todos!”, liderada por integrantes da academia e militantes pelo direito à saúde.

É lamentável a postura do líder do governo na Câmara que, ao invés de receber a crítica pertinente e construtiva e utilizá-la no sentido de reforçar a evidente demanda pela universalização real da população, busca deslegitimar o esforço deste mandato para de forma técnica e propositiva contribuir para o objetivo comum que é fazer com que a vacinação de fato avance sem deixar ninguém para trás.

Importante ressaltar que o desrespeito ao nosso trabalho explícito na nota divulgada pela liderança do governo não traduz a relação respeitosa e republicana que este mandato tem para com a prefeitura do Recife e principalmente com a secretaria de Saúde.

Continuamos reconhecendo a importância do esforço da gestão e a qualidade técnica de suas gestoras. E continuaremos cobrando os necessários ajustes na estratégia municipal, cumprindo com nosso dever de fiscalizar o poder executivo, cobrando as medidas necessárias para que possamos superar de uma vez a crise sanitária causada por esta pandemia.

Ivan Moraes Filho, vereador do Recife pelo PSOL.

O prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (MDB), foi vacinado contra a Covid-19 nesta terça-feira (3). A cidade do Sertão de Pernambuco iniciou hoje a vacinação para pessoas a partir dos 30 anos, o que contemplou o gestor.

Miguel foi vacinado na sede do Igeprev junto a outros moradores da cidade. Após tomar sua primeira dose, o prefeito fez uma retrospectiva do processo de enfrentamento ao coronavírus e demonstrou esperança no futuro.

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"Já estamos há 15 meses lutando contra essa pandemia. Perdemos muitas vidas nessa batalha, mas agora sabemos que a vacina é o caminho mais seguro para superar esse momento delicado. Estamos esperançosos e em ritmo rápido da imunização. Petrolina iniciou, hoje, a vacinação de pessoas com 30 anos e temos a expectativa de 100% da população tomar a segunda dose até fim de outubro", adiantou o prefeito.

Petrolina já aplicou mais de 175 mil doses de vacina na campanha de combate ao coronavírus. Esse quantitativo propiciou que 127 mil petrolinenses já estejam vacinados. A meta é concluir a campanha de imunização em outubro e planejar, em seguida, uma nova fase com aplicação dos imunizantes em adolescentes de 12 a 17 anos.

Após o prefeito de Petrolina soltar nota pública se queixando com a direção do MDB de Pernambuco, o presidente estadual do partido Raul Henry, se posicionou. O deputado federal foi duro com o correligionário, chegando a dar a impressão de estar sugerindo que Miguel Coelho deixe a sigla.

Raul Henry falou sobre grandes contradições políticas de uma eventual candidatura do filho do senador Fernando Bezerra Coelho ao governo de Pernambuco. Citou a relação da família Coelho com o presidente Jair Bolsonaro, reforçou que a aliança do partido com o PSB segue firme no Estado e disse ainda que não há força no nome de Miguel Coelho dentro do MDB.

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Por fim, Henry dá a impressão de sugerir que Miguel saia do partido ou de que fez a leitura da nota do prefeito de Petrolina como sendo uma despedida do MDB. “Ao tomar conhecimento da sua nota, desejamos boa sorte em sua já vitoriosa trajetória”, escreveu.

O MDB integra a Frente Popular de Pernambuco que deve lançar o ex-prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), como candidato ao governo.

O que disse Miguel?

Prefeito de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, Miguel Coelho (MDB) enviou uma nota à imprensa, nesta terça-feira (13), criticando a postura do partido de permanecer na base aliada do governador Paulo Câmara (PSB). O MDB é presidido no Estado pelo deputado federal Raul Henry.

No texto, Miguel – que tenta cacifar o seu nome para concorrer ao comando da gestão estadual em 2022 – lista críticas ao governo de Câmara e pondera que Pernambuco está “à deriva no pior dos momentos, numa das maiores crises da história”.

Confira a nota de Raul Henry, na íntegra:

Nota

Em relação à nota divulgada hoje, 13 de julho, pelo prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, temos a esclarecer o seguinte.

O prefeito nos procurou para uma primeira conversa no dia 7 de abril passado. Na ocasião, ele colocou, de forma legítima e correta, seu projeto de disputar o Governo de Pernambuco pelo MDB e solicitou que o partido se pronunciasse até o mês de julho, um ano antes das convenções de 2022. Segundo ele, esse seria o prazo necessário para organizar um calendário de iniciativas que pudessem fortalecer o projeto.

Nessa oportunidade, salientei que não tínhamos nenhuma restrição pessoal a ele, mas que havia algumas contradições políticas a serem enfrentadas.

A primeira delas é que, hoje, temos uma aliança com a Frente Popular de Pernambuco, com colaborações na administração do estado e da prefeitura do Recife. Essa aliança foi construída por Jarbas e Eduardo Campos ainda no final de 2011.

Em segundo lugar, para iniciar um novo ciclo na vida partidária é indispensável que esse seja o sentimento majoritário na legenda. E pelas conversas diárias que mantivemos com as lideranças do partido - parlamentares, prefeitos, vice-prefeitos, diretorianos - não percebemos essa intenção.

Por fim, há uma contradição intransponível. É pública a aliança política entre o grupo liderado pelo senador Fernando Bezerra Coelho e o presidente Bolsonaro. Enquanto a nossa trajetória é marcada pela defesa dos valores democráticos, o presidente, todos os dias, aumenta a escalada do seu discurso contra as instituições e a ordem democrática.

No dia 31 de maio, voltamos a conversar e reiterei que nenhuma dessas variáveis tinha sido superada e que seria prudente alongar o calendário para uma decisão. O prefeito, então, solicitou que a nossa definição não ultrapassasse o mês de agosto.

Mantive Jarbas informado do conteúdo das conversas e também troquei ideias com vários quadros do partido. De Jarbas, ouvi a ponderação que deveríamos atender ao desejo do prefeito Miguel Coelho de acelerar o calendário. Não seria adequado deixar nele a impressão que estávamos adiando a decisão para trazer prejuízo ao seu projeto.

Dessa forma, na última quinta-feira, dia 8 de julho, tivemos o nosso mais recente encontro. Enfatizamos mais uma vez que não havia qualquer restrição pessoal ao prefeito, mas as contradições políticas, além de permaneceram de pé, estavam se aprofundando. Na ocasião, o deixamos à vontade para, diante de nossa posição, encaminhar da maneira que lhe fosse mais conveniente os passos seguintes.

Hoje, ao tomar conhecimento da sua nota, desejamos boa sorte em sua já vitoriosa trajetória.

Raul Henry

Presidente do MDB de Pernambuco

Prefeito de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, Miguel Coelho (MDB) enviou uma nota à imprensa, nesta terça-feira (13), criticando a postura do partido de permanecer na base aliada do governador Paulo Câmara (PSB). O MDB é presidido no Estado pelo deputado federal Raul Henry.

No texto, Miguel – que tenta cacifar o seu nome para concorrer ao comando da gestão estadual em 2022 – lista críticas ao governo de Câmara e pondera que Pernambuco está “à deriva no pior dos momentos, numa das maiores crises da história”. 

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Ao tratar diretamente do MDB, o prefeito de Petrolina diz: “Sou filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), agremiação política de larga história de luta e posicionamento, que nunca se absteve de seus compromissos com uma sociedade melhor e justa. Encontrei ressonância com inúmeros colegas de partido que também estão insatisfeitos com a falta de rumo que nosso Estado sofre. Contudo, nem a inquietação de nossas lideranças, nem o cansaço das mulheres e homens de nossa terra com o atual estado das coisas, fez nossa direção estadual assumir um compromisso pela mudança urgente”. 

Filho do líder do governo de Jair Bolsonaro no Senado, Fernando Bezerra Coelho, Miguel declara também que apesar da direção do MDB, seguirá “com todas as nossas forças e de forma respeitosa o debate pela construção de um novo Pernambuco. Mesmo que a direção estadual de nosso partido tenha decidido manter o MDB onde está, num projeto que nada mais tem a oferecer, apenas a desesperança”. 

O emedebista também segue: “Lamento profundamente tal decisão. Ao mesmo tempo, respeito a escolha da direção estadual do MDB. Sigo ao lado da esperança de mudança em Pernambuco. Expresso isso com a tranquilidade de saber que o desejo de mudar para melhor não ser apenas meu, e sim de milhões de pernambucanas e pernambucanos ansiosos por um novo tempo. Com este compromisso por um futuro melhor, renovo minha disposição de seguir lutando por um novo Pernambuco”.

O MDB integra a Frente Popular de Pernambuco que deve lançar o ex-prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), como candidato ao governo. O LeiaJá entrou em contato com a assessoria de imprensa do presidente estadual do MDB, Raul Henry, mas até o fechamento desta matéria não houve nenhuma manifestação sobre o assunto.

Veja a nota na íntegra:

"Sigo ao lado da esperança de mudança em Pernambuco"

Existe uma carência latente por dias melhores em todas as pernambucanas e pernambucanos. É um sentimento que cresce a cada minuto diante da falta de perspectiva e do retrocesso que nosso Estado vivencia. Largamos em algum lugar do passado recente o brilho de ser a referência, abandonamos a liderança natural do povo nordestino. Pior que isso, perdemos o protagonismo e passamos a ser destaque em rankings que nos envergonham: na ausência de oportunidade, no topo do desemprego, na demanda por uma segurança eficiente, na falta de políticas públicas para retomar o desenvolvimento. Ficamos à deriva no pior dos momentos, numa das maiores crises da história. 

Em situações como essa, de ausência de projeto e liderança de um povo, a mudança não deve ser um desejo apenas, mas sim um compromisso de uma sociedade. Por isso, tenho defendido a construção de um projeto coletivo de transformação. Não uma mudança de nome, de desejos pessoais ou de sigla partidária. Queremos, como milhões de pernambucanos insatisfeitos, um novo Pernambuco.

Precisamos de um projeto que una lideranças políticas, religiosas, acadêmicas, movimentos sociais, toda a sociedade. É urgente e necessário. Tenho provocado esse debate publicamente, bem como, dentro da esfera partidária. Sou filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), agremiação política de larga história de luta e posicionamento, que nunca se absteve de seus compromissos com uma sociedade melhor e justa. Encontrei ressonância com inúmeros colegas de partido que também estão insatisfeitos com a falta de rumo que nosso Estado sofre. Contudo, nem a inquietação de nossas lideranças, nem o cansaço das mulheres e homens de nossa terra com o atual estado das coisas, fez nossa direção estadual assumir um compromisso pela mudança urgente. 

Manteremos com todas as nossas forças e de forma respeitosa o debate pela construção de um novo Pernambuco. Mesmo que a direção estadual de nosso partido tenha decidido manter o MDB onde está, num projeto que nada mais tem a oferecer, apenas a desesperança. 

Lamento profundamente tal decisão. Ao mesmo tempo, respeito a escolha da direção estadual do MDB. Sigo ao lado da esperança de mudança em Pernambuco. Expresso isso com a tranquilidade de saber que o desejo de mudar para melhor não ser apenas meu, e sim de milhões de pernambucanas e pernambucanos ansiosos por um novo tempo. Com este compromisso por um futuro melhor, renovo minha disposição de seguir lutando por um novo Pernambuco. Vamos construir o Pernambuco do futuro com desenvolvimento econômico, inclusão social e com um governo que leve saúde, educação e segurança para todos os cantos do Estado.

O apresentador de TV José Luiz Datena assinou sua ficha de filiação ao Partido Social Liberal (PSL) nessa segunda-feira (5). De acordo com informações do jornal O Globo, Datena deve ser lançado como pré-candidato da “terceira via” para a Presidência da República em 2022.

As movimentações políticas ao redor do apresentador tornaram-se mais intensas no último dia 28, quando Datena participou de um jantar com o deputado Luciano Bivar (PSL-PE), presidente nacional da sigla. Na ocasião, também estiveram presentes o deputado Baleia Rossi (SP), presidente nacional do MDB, e o ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (sem partido-RJ).

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José Luiz Datena já foi filiado a inúmeros partidos, inclusive ao Partido dos Trabalhadores (PT), onde permaneceu por 13 anos. Também já esteve entre os nomes do Progressistas (PP), Partido Republicano Progressista (PRP), Democratas (DEM), e mais recentemente no Movimento Democrático Brasileiro (MDB).

 

O apresentador e jornalista José Luiz Datena deixará o MDB para migrar ao PSL. A troca foi negociada durante jantar na noite dessa segunda-feira (28), em São Paulo, e contou com a presença dos presidentes nacionais dos dois partidos, o deputado Luciano Bivar (PSL-PE) e Baleia Rossi (MDB-SP). A informação foi repassada por Bivar à coluna de Igor Gadelha, do site Metrópoles, e diz ainda que estiveram presentes na reunião o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (sem Partido) e o deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

Segundo o presidente do PSL, a candidatura de Datena é “indiscutível”, mas o cargo segue indefinido. Ele é mais cotado como um dos nomes do centrão para a chamada “terceira via”, que contam com novos nomes para enfrentar Jair Bolsonaro (sem partido) e Luís Inácio Lula da Silva (PT).

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“Acho que a presidente da República é o foco”, ressaltou Bivar sobre o registro de Datena, e acrescentou que “ontem, ele já comunicou aos amigos para transmitir sua filiação ao partido. Disse que já se considera filiado ao PSL”. A sigla encomendou, há algumas semanas, pesquisa eleitoral para testar o nome dele na disputa para o Planalto, governo de São Paulo ou Senado.

A coluna não conseguiu contato com Datena. Vale lembrar que o apresentador ensaiou candidaturas em outras eleições gerais e municipais, mas acabou desistindo antes mesmo da campanha.

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