Tópicos | Magda Chambriard

Magda Chambriard deixa a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) na sexta-feira, após quatro anos como diretora-geral e mais oito em outras funções. Funcionária de carreira da Petrobrás, Magda teve papel ativo na descoberta de grandes áreas do pré-sal e travou embates severos com grandes petroleiras, como a Petrobrás. "Eu falo baixo, mas com firmeza, exigindo respeito ao País afirmou em entrevista exclusiva ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Na sua opinião, o Brasil não conta hoje com um aparato regulatório que permita extinguir o sistema de multa por descumprimento da política de conteúdo local, como pretende a indústria. Mas conta, ao mesmo tempo, que desde 2009 indica ao governo que algumas petroleiras se comprometeram com porcentuais irreais de aquisição interna. A seguir, trechos da entrevista.

##RECOMENDA##

Na sua gestão, houve reclamação de que a ANP teria aplicado multas bilionárias em cima das petroleiras. A crítica é realista?

 

Não houve nenhuma multa bilionária. Elas são da ordem de menos de R$ 500 milhões. Há menos de R$ 400 milhões pagos. Eu diria que parte das multas está no limite de não ser coercitiva. Esse assunto é de extrema importância, porque a indústria fornecedora emprega muito mais do que as petroleiras. A gente pode escolher não ligar para isso ou pode ver que tipo de benefício pode tirar. Eu não tenho dúvida de que exageramos na mão para mais (sobre a capacidade da indústria nacional de atender à demanda das petroleiras). Mas se uma empresa disser que não quer fazer nada no Brasil, talvez a gente esteja exagerando na mão para menos.

Qual o papel da agência no atual ambiente de crise?

Costumo dizer para as empresas: 'Entendo as suas dificuldades. Mas pretendo que a sociedade seja beneficiada num momento de preços altos'. Quando as empresas ganharem muito dinheiro, qual será o benefício para a sociedade? Essa via tem de ser de mão dupla.

É possível adotar um sistema de incentivos no lugar das penalidades, como é proposto pelas companhias petroleiras, sem afundar a indústria fornecedora nacional?

Vou deixar esse desafio para o meu sucessor. O que posso fazer é trazer essa discussão para o âmbito do TCU (Tribunal de Contas da União), um órgão de controle. Já ouvi no governo dizerem: 'TCU, não recomende, determine. Se você recomendar, eu não cumpro'. Será que penalidade zero resolve, se há posturas desse tipo, passíveis de acontecer até pela conjuntura legal do País? Se a gente tem um aparato regulatório que não permite gerar incentivos, como motivaríamos as empresas sem gerar penalidades? Se não propusemos, é porque ainda não descobrimos isso e a própria indústria ainda não nos trouxe uma solução diferente.

O quanto dessa discussão está impregnado de interesses empresariais e políticos?

Não discutimos política. O que fazemos aqui é implementação de política e cumprimento de contrato. Se não fizéssemos isso teria um nome: prevaricação. A gente não está de brincadeira nem querendo atrapalhar a vida de ninguém.

Há má-fé no pedido da revisão completa do compromisso de conteúdo local feito pela Petrobrás e sócias para a área de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos?Fizemos um pedido de esclarecimento e estamos analisando. Mas nem tanto ao mar nem tanto à terra. Para conversar com a ANP, precisa vir com argumentos elaborados. Agora, que poderia contratar tudo no Brasil não foi a ANP que disse. Ao contrário, dissemos (ao governo) desde o primeiro momento que não seria possível.

Você gostaria de ter feito mais leilões?

Fizemos quatro leilões em cinco anos e recomendamos o quinto. A ideia da regularidade dos leilões é ótima, endossamos, entendemos que pagamos o preço de cinco anos sem leilões, mas quando fizemos o 12.º leilão, em 2013, sentimos o esgotamento do mercado. Em 2014, não tínhamos mais o que ofertar, mas desenhamos um leilão. Em 2015, com os preços baixos, fizemos novo leilão, mas as empresas não se interessaram. Para um período de quatro anos e meio como diretora-geral, quatro leilões e recomendação de um quinto, além das rodadinhas (de áreas marginais), foi de bom tamanho. Agora, cinco anos antes sem leilão... Realmente.

Qual foi sua marca na ANP?

Minha marca foi sempre procurar ser justa, mas exigir que tecnicamente as coisas fossem feitas da melhor forma, como aprendi na Petrobrás. Não poderia cobrar dessa empresa menos do que ela me ensinou.

Em algum momento houve embate entre Petrobrás e ANP?

A agência teve de ocupar um espaço na indústria. Não vou personalizar em uma empresa. Quando houve o acidente com a Chevron (derramamento de óleo), eu também fui acusada de ter sido dura demais. Cobramos o que uma indústria de grande porte, intensiva em capital e com todo acesso à melhor tecnologia do mundo tem para oferecer ao setor e à sociedade.

Quais feitos da sua gestão destacaria?

Uma coisa da qual me orgulho muito foi o protagonismo que a agência teve na melhoria da segurança operacional no Brasil. Tivemos também uma atuação que chamou muita atenção que foi a negociação da cessão onerosa (discussão sobre o quanto a Petrobrás deveria ressarcir à União por áreas cedidas no pré-sal). Outro momento importante foi a definição da perfuração de poços que geraram as descobertas de Franco e Libra (áreas de pré-sal). Com essa descoberta, obtivemos um bônus de assinatura de R$ 15 bilhões em 2013. Para ter ideia do que foi isso, tivemos de alterar a Guia de Recolhimento da União (GRU), que não permitia pagamento de bilhão. Foi a primeira vez que licitamos ativo de pré-sal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A crise econômica põe em risco a realização de leilões de petróleo e gás no pós-sal, segundo a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard. Com os dados exploratórios que possui, a agência garante a realização da 14.ª rodada. Mas é possível que cortes no orçamento deste ano destinado a pesquisas nas bacias sedimentares afetem os leilões que deveriam acontecer no período de "três a cinco anos". A crise atinge também o pré-sal, que não deve ser ofertado até que as petroleiras - Petrobras e multinacionais - refaçam seus caixas.

A agência teve o orçamento reduzido em 51% neste ano por determinação do Ministério do Planejamento, em função da crise fiscal. Agora, negocia com o governo quais atividades serão afetadas pelo corte. Para Magda, é possível que o corte comprometa a continuidade da pesquisa das bacias sedimentares que serão levadas a leilão.

##RECOMENDA##

Para evitar isso, propôs que os orçamentos de sísmica e de perfurações de poços, realizados para identificar novas oportunidades, sejam inseridos na terceira fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 3).

"(A crise) inviabilizaria a realização de leilões mais adiante. Quando a companhia e o governo interrompem (a exploração), em um momento de crise econômica, essa falta de atividade se reflete anos depois", afirmou Magda, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

Já os leilões de pré-sal, avalia ela, despertam interesse natural por causa da alta produtividade e do retorno financeiro da região. Para a diretora, "há muita coisa boa no pré-sal", mas as empresas vivem "um momento de restrição (de caixa)".

Em 2013, quando a área de Libra foi leiloada, a promessa era promover nova concorrência em até dois anos. Mas, diante da queda do preço do barril de petróleo, de US$ 100 para US$ 40, a visão é que é preciso discutir mais o ritmo de desenvolvimento dos 40 bilhões de barris de recursos já descobertos no pré-sal.

"Se colocar (em leilão) oportunidades grandes e múltiplas, não sei se existe necessidade e apetite. A ANP não está aqui só para colocar áreas no mercado, mas para sugerir o fomento da indústria e zelar pelo retorno dos investimentos para a sociedade. É uma agência de Estado", afirmou.

A única definição é que as próximas grandes licitações de pré-sal seguirão o mesmo molde adotado em Libra, de ofertas isoladas de áreas, como as de Pau Brasil, Peroba e Saturno, para que uma não dispute investimento com a outra.

Enquanto aguarda a valorização do petróleo, a ANP vai priorizar a oferta de áreas unitizáveis (descobertas menores de pré-sal contínuas a outras de pós-sal) licitadas em regime de concessão. "Se não licitamos, atrapalhamos o desenvolvimento de uma coisa que já está garantida, que tem o interesse das petroleiras. Se não resolvermos isso, atrapalhamos um investimento já em curso", afirmou Magda.

A diretora indica que a 14.ª rodada também trará novidades para atrair investidores em tempos de crise. A proposta é ampliar o tamanho das áreas ofertadas, mantendo o mesmo volume de investimentos exploratórios mínimos. "Para um próximo leilão, precisamos que os programas exploratórios mínimos não estejam no mesmo nível de antes. É preciso reduzir a obrigação e o compromisso imediato da petroleira para que ela possa adquirir a área e não afetar o seu caixa de uma forma contundente demais." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na tentativa de barrar a indicação de dois nomes para a diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a diretora-geral Magda Chambriard recorreu à Casa Civil. A estratégia, porém, fez azedar a relação dela com o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga.

O Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, apurou que o desentendimento é tamanho que Braga estaria dificultando a liberação de recursos para a autarquia, o que restringiu a autonomia de Magda no comando da ANP. Até mesmo contratos inferiores a R$ 10 milhões, que antes eram apenas da alçada da diretora-geral, agora têm de passar pelo crivo do ministro.

##RECOMENDA##

As indicações para a diretoria da ANP costumam ser negociadas com políticos da base aliada da presidente Dilma Rousseff. Desta vez, estavam sendo conduzidas por Braga (PMDB-AM), ao lado do vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) e do ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha (PMDB-RS). Segundo fontes, os três defendem a recondução ao cargo do ex-diretor Florival Carvalho e a contratação da atual diretora de Gás Natural do Ministério de Minas e Energia (MME), Simony Christine Araújo, para o lugar de Helder Queiroz, que deixou a agência no início de julho, ao fim do mandato, para retornar à UFRJ.

Apesar de ter trabalhado com Carvalho por quatro anos e ter boa relação pessoal com ele (neste ano, os dois comemoraram aniversário juntos, na casa do ex-diretor), Magda chegou a ameaçar renunciar ao cargo caso ele fosse reconduzido. Ela também discorda da indicação de Simony. Diante da iminência de aprovação de ambos pela presidente Dilma, a quem cabe a nomeação, Magda recorreu ao ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, com o argumento de que Carvalho e Simony prestariam um "desserviço" à agência.

Desentendimentos entre Magda e Carvalho sobre a condução da ANP e, principalmente, sobre a relação com petroleiras são de conhecimento público e, segundo fontes, ficavam mais evidentes nas reuniões semanais de diretoria, de onde saem as decisões da autarquia.

Magda tem fama de "durona" entre as petroleiras. Já Carvalho defende uma regulamentação mais flexível para a indústria. No episódio em que chegou a ser debatida uma possível mudança de regras para conteúdo local, ele sugeriu mudanças que deveriam valer já na 13ª Rodada de Licitações de áreas para exploração e produção de petróleo, marcada para outubro.

Mas a diretora-geral não abriu espaço para discussão, sobretudo depois que Dilma, em evento em Pernambuco, deixou claro que a regra de conteúdo local não muda.

A resistência à recondução de Carvalho em si não chegou a irritar o ministro Braga, mas sim o fato de Magda ter recorrido a Mercadante, o que foi considerado uma quebra de hierarquia, na visão do ministro. No lugar do ex-diretor, Magda propôs o atual superintendente de Abastecimento da agência, Aurélio Nogueira Amaral.

Em resposta ao Broadcast, a ANP afirmou "que não houve desentendimento" entre a diretora-geral e o ministro. O Ministério das Minas e Energia informou que as "conversas entre o ministério e a ANP estão em harmonia". Em nota, a Casa Civil negou ter sido procurada por Magda ou pelo ministro Braga.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras ouviu hoje (26) a diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Magda Chambriard. Ela foi convidada para falar sobre a segurança nas plataformas de extração de petróleo, e disse que a ANP adota uma política rígida de prevenção de acidentes, após o desastre com a Plataforma P-36.

“Em 2001, os senhores lembram, nós tivemos um evento extremamente chocante, que foi o afundamento da plataforma P-36, no Campo de Roncador. Foi um acidente terrível que matou mais de uma dezena de trabalhadores. Logo no ano seguinte, nós tivemos o adernamento da P-34. Os dois acidentes levaram a ANP a aprimorar a sua regulação, explicou Chambriard.

##RECOMENDA##

Ela evitou comentar sobre a pertinência dos inúmeros aumentos de preço feitos no contrato de construção da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, que é um dos focos de investigação da CPMI.  Ela disse que não acompanhou a questão de perto, porque a ANP é informada sobre o custo final da refinaria após o fim do projeto.

A oposição considerou o depoimento da diretora da ANP uma manobra da base governista para ganhar tempo. A CPMI deve ser encerrada até 22 de dezembro e o líder do DEM na Câmara, deputado Ônix Lorenzzoni (RS), ressaltou que o depoimento dela terá pouca influência no relatório final.

“Seria fantástico ouvir, na finalização de uma CPMI que cumprisse com o seu papel investigatório, as contribuições que a doutora Magda tem a dar. Acho que seria ótimo. Mas, neste momento, desculpe, é de indignação, porque alguém aqui, que está aqui, quer investigar. E é a negação da investigação o depoimento da doutora Magda”, disse.

Lorenzzoni voltou a pedir a saída da presidenta da Petrobras, Graça Foster. Ele acusa Foster de ter mentido à CPMI, quando disse que não teve conhecimento de irregularidades nos contratos da petroleira. O deputado disse ter apresentado hoje uma queixa-crime contra ela no Ministério Público por falso testemunho.

“Hoje de manhã, entreguei ao Dr. Marcus Marcelos Goulart, Procurador-chefe da Procuradoria da República do Distrito Federal. [A queixa-crime] está protocolada sob o número 41.602, de 2014. A Presidente da Petrobras pode muitas coisas, [mas] não pode mentir”, disse.

A CPMI deveria ter ouvido hoje o ex-gerente-geral das obras da Refinaria Abreu e Lima, Glauco Colepicolo, mas ele apresentou atestado médico, alegando estar hipertenso.

A diretora geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, fez uma nova estimativa para as reservas no pré-sal da área Pau-Brasil. Em vez dos 500 milhões de barris recuperáveis projetados inicialmente, agora a previsão é de 2,5 bilhões de barris de óleo recuperável. In situ, são 8 bilhões de barris, o que representa uma expectativa de produção de 25%.

Presente em evento promovido pela Câmara Britânica no Rio de Janeiro, Magda informou também que aguarda para o ano que vem a realização de novas rodadas de licitações de áreas para exploração e produção de petróleo e que há uma recomendação de leilão no pré-sal para 2016, possivelmente incluindo Pau-Brasil.

##RECOMENDA##

Em sua avaliação, a realização de três rodadas de 2013 foi excessiva. Segundo ela, já na 12ª rodada "as empresas demonstraram exaustão. As companhias assimilaram menos as áreas. Melhor do que ter várias rodadas anualmente é ter rodadas com boas reservas", segundo a diretora geral da ANP.

Conteúdo local

A ANP está atualmente debruçada sobre a revisão de relatórios de investimento trimestrais de petroleiras que teriam apresentado erros em informações sobre conteúdo local, informou Magda. São relatórios da 7ª rodada de licitações de áreas para exploração e produção de óleo e gás. Na opinião de Magda, não houve má fé por parte das empresas. Ela diz que são grandes projetos de produção de petróleo e que, por isso, são passíveis de erro.

Magda afirmou também que não há perspectiva de a agência alterar a atual política de conteúdo local para o setor de petróleo e que a própria ANP deve seguir as regras previstas em lei sem flexibilidade. Qualquer ajuste, segundo ela, será para reforçar a exigência de aquisição de bens e serviços da indústria brasileira. Caberia às empresas com dificuldade de compra de equipamentos localmente desenvolver a sua própria cadeia de fornecedores.

O próximo leilão de áreas para a exploração de petróleo e gás no Brasil deve acontecer apenas em 2015. A sinalização foi dada nesta terça-feira, 20, pela diretora geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, responsável por sugerir os termos de novas rodadas de licitação do setor. Caso respeitadas as sugestões da ANP, será realizado apenas um leilão em 2015, com a oferta de áreas em terra e no mar. Um novo leilão de áreas do pré-sal, por sua vez, aconteceria apenas em 2016.

"Realizamos três leilões no ano passado, um em maio, o segundo em outubro e outro em novembro. O leilão de novembro é, para mim, a rodada de 2014. Assinamos nesta semana o último contrato de concessão referente à 12ª rodada", destacou Magda, que participa hoje do evento LETS, organizado em parceria pelas federações das indústrias de São Paulo (Fiesp) e do Rio de Janeiro (Firjan). "Por isso, nós da ANP não entendemos como necessária uma nova rodada para 2014", complementou.

##RECOMENDA##

De acordo com a executiva, a agência analisa alternativas de novas áreas a serem leiloadas, mas tendo como foco uma nova disputa apenas em 2015. Neste momento, o foco ainda está na assinatura do contrato, na assunção das áreas leiloadas pelas vencedoras e no início das atividades locais. No próximo leilão, áreas em mar e em terra devem ser disputadas.

"Estamos estudando a margem leste, que vai do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte, e também a fronteira terrestre com vistas ao gás natural. Também há o estudo contínuo de bacias maduras com vistas à oportunidade de negócios para pequena e média empresa", afirmou Magda, em referência a áreas já maduras.

Pré-sal

A licitação de uma nova área do pré-sal, assim como ocorreu com Libra no ano passado, ficaria para 2016. "No caso de oportunidades grandes de bilhões de barris, a ANP não recomenda para o ano que vem. Acabamos de licitar Libra, que é um mega projeto e deve pegar de 12 a 18 plataformas de grande porte. Falamos de um investimento mínimo de US$ 65 bilhões", alertou. "Acho antiprodutivo assolar o mercado com oportunidades gigantescas sem que essas oportunidades licitadas estejam mais maturadas", ressaltou.

Embora esteja com os estudos em curso, a ANP tem apenas o papel de sugerir ao governo federal um cronograma e condições dos certames. O modelo comentado por Magda nem sequer foi enviado ao governo, de acordo com a executiva. A avaliação deve ser discutida na próxima reunião do conselho de política energética.

 

9ª rodada

Magda afirmou também que a agência não recebeu, salvo algumas exceções de áreas menores, nenhuma declaração de comercialidade de áreas leiloadas na 9ª Rodada de Licitações, realizada em 2007. A afirmação foi uma resposta da executiva aos comentários de que o prazo de cinco anos sem a realização de novos leilões no Brasil foi prejudicial ao País.

"Não sei se (o prazo de) cinco anos foi ruim, se o de dois anos teria sido melhor. A única resposta é que, até hoje, não tenho, salvo uma pequena exceção, declaração de comercialidade de nenhum bloco da 9ª rodada", afirmou a executiva, após o debate. Magda destacou que as poucas declarações recebidas pela ANP até o momento se referem apenas a pequenas áreas.

Durante o evento, o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie), Adriano Pires, fez duras críticas em relação ao prazo de cinco anos sem a realização de novos leilões no País. Durante o debate, Magda destacou que o prazo era necessário para que a sociedade brasileira discutisse o que seria feito com os ganhos provenientes da exploração do pré-sal.

A diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, disse nesta quarta-feira, 11, que as importações de diesel terão de aumentar devido ao incêndio em uma refinaria no Paraná - a Repar. "Não fiz a conta de quanto vai ser importado a mais, mas certamente vai ser importado mais um pouco", afirmou, após participar de audiência pública na Câmara dos Deputados. A Refinaria Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, está totalmente parada desde o dia 28 em função do incêndio que atingiu a unidade.

Segundo Magda, na segunda-feira, 09, a ANP autorizou o uso de um duto para fazer o transporte de diesel e viabilizar a importação do combustível com mais agilidade. Atualmente, esse duto é utilizado para o transporte de óleo cru. "Isso será feito para que não haja solução de continuidade de fornecimento de combustíveis no Sul", afirmou.

##RECOMENDA##

A expectativa, segundo Magda, é que o duto esteja funcionando a plena carga a partir de quinta-feira. "Essa operação estará completa a partir de amanhã. Então, estaremos chegando com diesel onde é preciso com regularidade", afirmou. Devido ao incêndio na Repar no fim de novembro, a ANP está controlando a oferta do combustível. Com a paralisação da refinaria, as distribuidoras limitam as vendas para portos do Paraná e Santa Catarina.

Leilões

A diretora-geral da ANP disse que o órgão ainda não decidiu se vai realizar novos leilões em 2014. Segundo ela, essa análise será feita no próximo ano. Por essa razão, o prazo pode ficar apertado e as licitações de blocos de petróleo e gás ficariam para 2015. "Vamos ver se vamos recomendar algum leilão ou não em 2014. Em princípio, estou achando apertado para nós sugerirmos leilões no ano que vem. Mas é possível."

Magda afirmou que a ANP vai perfurar mais poços em 2014 e que, a partir disso, vai poder avaliar se vai recomendar um leilão no próximo ano. "Ainda temos que olhar bacias sedimentares como um todo, com quantidade de dados e informações suficientes para atrair interesse dos investidores", afirmou. "Vamos começar a fazer isso em 2014. Se der tempo, vamos sugerir, senão, vai ficar para 2015."

Quanto à OGX, Magda disse que a empresa poderá manter seus ativos offshore se conseguir comprovar que possui capacidade econômico-financeira para tal. Ela afirmou que há uma cláusula nos contratos de concessão que fala, especificamente, de casos como o da empresa, que está em recuperação judicial.

"A empresa poderá, ou não, manter os ativos, desde que tenha completo adimplemento das cláusulas contratuais", afirmou. "Se inadimplir com alguma cláusula, perde o contrato. Se não, persiste com obrigações."

A diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, afirmou, nesta quinta-feira, que pelo menos 12 empresas manifestaram interesse formalmente em participar do leilão do pré-sal, em 21 de outubro. O prazo terminou ontem, também data final para que as companhias pagassem taxa de participação de R$ 2,067 milhões. Magda disse que o número pode ser maior, já que a agência recebeu uma papelada grande de empresas até as 19 horas da quarta-feira, 18, e que ainda está sendo conferida.

"Recebemos muito material ontem, mas ainda não sabemos se foi referente à R12 (12ª rodada, voltada para gás em terra e marcada para novembro) ou pré-sal.", disse, em seminário técnico sobre a 12ª rodada. As empresas que manifestaram interesse ainda precisarão serem habilitadas para participar do leilão do pré-sal. O número de empresas que de fato farão lances pode ser diferente. A manifestação de interesse não significa que empresas farão necessariamente ofertas.

##RECOMENDA##

A diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, confirmou nesta quarta-feira, 18, que 18 empresas adquiriram o pacote de dados sobre o prospecto de Libra, que será leiloado em outubro, na primeira rodada do pré-sal. Onze empresas já manifestaram interesse formal de participar do leilão, segundo levantamento confirmado na terça-feira, 17, à noite. Magda participa hoje de audiência pública sobre a 12ª rodada de licitações, voltada para gás em terra e marcada para novembro.

A diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, afirmou nesta terça-feira, no Rio, que o Comitê Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou 240 blocos para a 12.ª rodada de licitações. A resolução deve ser publicada no Diário Oficial da União (DOU) ainda nesta semana, disse.

A rodada será focada em blocos de gás em terra e está prevista para novembro. O diretor de Exploração e Produção da Petrobras, José Miranda Formigli, disse que a companhia tem fortes estudos, desde novembro, sobre o potencial de blocos de gás. De acordo com Formigli, os projetos da estatal para o setor devem ser incluídos no próximo plano de negócios da companhia, para o período 2014-2018.

##RECOMENDA##

Sócio

Apesar de não antecipar se esta será a estratégia da Petrobras no leilão do pré-sal, o Formigli admitiu ser possível que um sócio da estatal antecipe o bônus de assinatura e a companhia pague posteriormente com óleo. Ele disse que a estatal está "em fase inicial" de interação com possíveis sócios para participação de um consórcio e seria precipitado falar de estratégias para participação no leilão.

Produção

Formigli disse que o segundo semestre terá uma tendência média crescente de produção com a chegada de algumas plataformas, e algumas já chegaram, e a interligação de alguns poços. "A produção vai ter uma tendência crescente. As paradas vão continuar existindo ainda. Mas a tendência é crescente", disse, antes de cerimônia para assinatura dos contratos da 11.ª rodada de licitações, realizada pela ANP em maio.

A diretora geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriard, falou nesta quinta-feira (17) sobre a possibilidade de um aumento no porcentual de etanol na composição da gasolina, que passaria dos atuais 20% para 25%, no final da safra de cana-de-açúcar. Questionada durante a cerimônia de lançamento de um navio da Transpetro, a diretora afirmou: "a gente tem de confirmar a safra, mas estamos achando que sim." Um aumento do porcentual de álcool à gasolina abre espaço para que o governo possa reajustar combustíveis sem que haja um impacto maior nos índices de inflação.

A presidente Dilma Rousseff reconduziu Magda Maria de Regina Chambriard para o cargo de diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), com mandato de quatro anos. Pelo mesmo período ela foi reconduzida ao cargo de diretora da agência. Os decretos foram publicados nesta terça-feira no Diário Oficial da União.

Chambriard foi designada diretora-geral da ANP em março deste ano, para substituir Haroldo Lima, que deixou o cargo em dezembro do ano passado. Ela já ocupava o cargo de diretora de Gás Natural e Biocombustíveis da agência.

##RECOMENDA##

A presidente Dilma Rousseff decidiu nomear hoje a engenheira Magda Maria de Regina Chambriard para o cargo de diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Magda ocupa atualmente o cargo de diretora de Gás Natural e Biocombustíveis da ANP - o nome dela já foi aprovado pelo Senado em outubro de 2008.

Com a promoção ao cargo de diretora-geral, não será necessária outra apreciação do Congresso, informou a Secretaria de Comunicação da Presidência da República.

##RECOMENDA##

A engenheira substituirá na direção-geral Florival Rodrigues de Carvalho, que ocupava o cargo interinamente com a saída de Haroldo Lima. Magda Maria nasceu no Rio de Janeiro, formou-se em engenharia civil pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e tem pós-graduação em engenharia química pela mesma instituição. Entrou na Petrobras em 1980, como estagiária. De 1998 a 2001, integrou a área de Novos Negócios de Exploração e Produção da Petrobras. A engenheira ingressou na ANP em 2002, na condição de assessora de diretoria, com atuação nas áreas de exploração e produção.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando