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O Portal LeiaJá começa, nesta terça-feira (19), a veicular uma série de sabatinas com os candidatos ao governo de Pernambuco. Nas entrevistas, feitas antes da morte do ex-governador Eduardo Campos, os postulantes expõem suas propostas para gerir o Palácio do Campo das Princesas e avaliam o quadro político nacional e local. Os programas serão divulgados de acordo com a ordem de gravação. O candidato da chapa Mobilização Pelo Poder Popular, José Gomes (PSOL), foi primeiro candidato entrevistado pela equipe de política do Portal. 

Durante a sabatina, Gomes deixou claro que o foco da campanha dela na corrida pelo governo será discutir a dicotomia entre o desenvolvimento econômico e o crescimento social em Pernambuco. Para o postulante, a aceleração do crescimento estadual não resultou em bons índices sociais. “Vamos deixar claro que o modelo de crescimento atual não trás benefícios sociais a população. Temos o índice de crescimento maior do que os regionais e, inclusive, maiores que o do Brasil, mas infelizmente isso não repercutiu nos indicadores sociais. Ou estagnaram ou pioraram”, cravou o candidato, citando Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RMR), como a cidade com mais desempregados do Brasil. 

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Referendando a denominação da chapa que faz com o PMN, o PSOL vai construir as o plano de gestão a partir de alianças sociais, ou seja, parcerias com movimentos que discutem mobilidade, desenvolvimento econômico, saúde, educação e outros assuntos importantes para gerir um estado. “O PSOL é um partido que discute as pautas que são necessárias para a população. Temos uma série de pautas que temos coragem para enfrentar”, frisou mencionando ser a favor da legalização do aborto, união civil entre pessoas do mesmo sexo e a legalização da maconha. 

Zé Gomes pontua também a educação como uma das prioridades dele para o estado. “Existem dois Pernambucos, o da publicidade e o da vida das pessoas. 80% dos estudantes matriculados em Pernambuco não tem acesso às escolas de referência e por isso os índices do IDEB nunca melhoras”, disparou, mencionando dados da avaliação educacional em Pernambuco. 

Sobre o atual cenário político no estado e na disputa, Gomes criticou os dois principais adversários na corrida pelo Palácio do Campo das Princesas – o candidato da Frente Popular, Paulo Câmara (PSB), e da Pernambuco Vai Mais Longe, Armando Monteiro (PTB). Para o psolista, Câmara e Armando se confundem nas propostas. “Eles são iguais e defendem o mesmo projeto político para o estado. Eles têm dificuldade em se diferenciar. Temos duas candidaturas que representam o mesmo projeto político que governou Pernambuco por oito anos”, alfinetou.

As gravações foram realizadas entre o dia 28 de julho e 12 de agosto. Veja a sabatina completa:

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De passagem pelo Palácio do Campo das Princesas, nesta quinta-feira (24), os candidatos a governador de Pernambuco José Gomes (PSOL) e Jair Pedro (PSTU) enalteceram a vida do escritor Ariano Suassuna, falecido nessa quarta (23), que está sendo velado no local. Para eles, apesar de paraibano o mestre do Movimento Armorial deixa um grande legado para os pernambucanos. 

Gomes afirmou que a importância do dramaturgo vai além da arte, destacando a participação política dele. “Ele (Ariano) é muito emblemático para Pernambuco. A opção de ser um militante político atuante é um exemplo de que a sensibilidade da arte pode estar ligada à política, independentemente de que opção seja essa. O fato de ele ter escolhido Pernambuco também é muito importante. Ele é um paraibano que nos deixa como pernambucano”, disse.

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Jair Pedro relembrou que Suassuna foi professor dele na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). "Ariano foi meu professor de Estética da Arte por um período de letras lá na UFPE. Para mim, tem uma grande importância ter passado pelas aulas de Ariano, foi de uma grande aprendizagem popular. Sempre dando uma ênfase muito grande ao cordel, tentava expressar o que é, de fato, a cultura nordestina e pernambucana", ressaltou.

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Abrindo a rodada de debate entre os candidatos a governador de Pernambuco, os postulantes Paulo Câmara (PSB) e José Gomes (PSOL) discutiram, nesta terça-feira (22), as propostas para gerir o Palácio do Campo das Princesas. Durante o encontro, promovido pelo Clube de Engenharia de Pernambuco, além de explanarem algumas ideias que pretendem colocar em prática, se eleitos, também não deixaram de alfinetar um ao outro. 

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A falha no planejamento no governo do Estado foi o mote do discurso inicial do candidato do PSOL. Para ele, esta eleição será marcada por um discurso embasado “na dicotomia entre o desenvolvimento estadual e o baixo indicador social”. “Precisamos enfrentar estas questões. É, a grosso modo, a situação que se encontra o nosso Estado. A gente precisa  primeiro encerar este desenvolvimento predatório”, avaliou o candidato. 

Reconhecendo que o Estado cresceu nos últimos anos, Zé Gomes apresentou como contraponto a desigualdade social que tem sido gerada pelo crescimento não uniforme. Além disso, o postulante se colocou contra a renúncia de incentivos fiscais. “Este crescimento econômico não trouxe melhorias para a vida real da população. Renúncias de incentivos fiscais é uma bomba relógio no colo dos pernambucanos. Isto demonstra que caráter o governo teve na relação do setor público com a iniciativa privada”, criticou. “É preciso que a atração de investimentos se dê por outra ótica”, acrescentou.  

Focando no discurso da “nova política” criticada pelo adversário, Paulo Câmara enalteceu o governo do PSB nos últimos sete anos e pontuou que o modelo vigente “busca resultados na ótica da melhoria do serviço público”. De acordo com ele, em 2013 o estado ocupou o quarto lugar em investimentos no país. “Foi investido 21% das receitas liquidas”, informou.

“Pernambuco ainda é um Estado muito pobre, que precisa de um desenvolvimento igual. Passamos mais de 40 anos em declínio econômico. Hoje o estado cresceu 39,4%. Os investimentos que estão rodando em Pernambuco alcançam a sigla de R$54 bilhões”, afirmou o socialista.

Foco de premiações internacionais e vitrine da gestão do PSB, o Pacto Pela Vida também foi alvo de críticas duras do candidato de oposição. Zé Gomes afirmou que o PSOL louvou a criação do programa, no entanto, a forma com que foi posto em prática deixou a desejar. 

“O Pacto pela Vida louvamos quando ele foi construído, mas infelizmente não teve a participação social dentro do projeto. Há mais de cinco anos se nega a realização de conferências para medir o nível da segurança pública no Estado. Participei da reunião do comitê gestor. A ação do governo contradiz muito do discurso que vimos aqui”, disse.   

Em contrapartida, Paulo Câmara apresentou resultados o programa e reconheceu que pretende melhorar. “Pernambuco é o único estado do Brasil que conseguiu reduzir ano o número de homicídios. Sabemos que ainda é um índice alto. Agora a política do Pacto Pela Vida precisa ser fortalecida e ampliada nos municípios”, afirmou o postulante. “O Pacto Pela Vida não é uma política exclusiva do poder Executivo”, complementou retirando a responsabilidade só da gestão socialista. 

Educação

Entre os assuntos ressaltados pelos postulantes, o investimento na educação também esteve em alta. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) pernambucano foi questionado por Zé Gomes, para ele com a implantação das escolas de referência no estado iniciou um 'apartheid' na área. 

“O governo construiu um apartheid na educação de Pernambuco. Foram divididos em dois grupos: 20% dos que estão em escolas ditas como referência e 80% das escolas normais. Isto precisa ser dado um basta”, apontou fazendo uma comparação unidades escolares. De acordo com o candidato algumas escolas regulares sofrem com o descaso. 

Rebatendo as críticas, Paulo Câmara afirmou que a gestão já encontrou o caminho para reerguer o IDEB e garantir o desenvolvimento. “Sabemos da dificuldade dos nossos indicadores, mas estamos melhorando. O caminho que encontramos é lutar para que todos os pernambucanos tenham acesso à escola de tempo integral. vamos continuar tendo escolas regulares, mas vamos investir nas escolas integrais. Vai ter diferença? Sim vai. Pernambuco tem os IDEBs muito baixos, mas vem crescendo”, frisou. 

 

DOMINGO DE MANHÃ

Na próxima terça-feira (22) inicia a rodada de encontros do "Pernambuco Debate". O primeiro debate será entre os candidatos a governador da Frente Popular de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), e da chapa Mobilização pelo Poder Popular, José Gomes (PSOL). Os encontros, que  são organizados pelo Clube de Engenharia de Pernambuco e pela Associação das Empresas de Planejamento e Consultoria Empresarial do Nordeste (ASSEMP), iniciariam na última terça (15), no entanto a agenda foi reorganizada. 

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Outros dois debates já estão sendo preparados, um no próximo dia 29, com os candidatos ao Senado - da Coligação Pernambuco Vai Mais Longe, João Paulo (PT), e da Frente Popular, Fernando Bezerra Coelho (PSB) - e o segundo, que deveria ter acontecido no dia 15, com os candidatos a governador Jair Pedro (PSTU) e Armando Monteiro (PTB). Este ainda sem data definida. As três reuniões, serão mediadas por jornalistas do Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco (Sinjope), vão acontecer sempre às 8h no auditório do Hotel Mercure, na Ilha do Leite.

Para o presidente de Clube de Engenharia de Pernambuco, Alexandre Santos, o objetivo  dos debates é ampliar o conhecimento do eleitorado sobre os candidatos e respectivas plataformas eleitorais. Além de questioná-los em relação ao campo da engenharia.

“Nas eleições anteriores, sempre tivemos um resultado muito positivo com esses debates. Apesar de não haver um enfrentamento direto entre eles, nós, o público, temos a oportunidade de questioná-los diretamente sobre diversos temas. É papel do Clube estimular esse tipo de discussão”, pontua Alexandre.

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Com o início daqui a pouco mais de um mês, o período de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão é uma das estratégias de campanha mais focada pelos candidatos. Em Pernambuco, com as alianças fechadas, o tempo que os candidatos a governador terão deve variar entre um e treze minutos. Os maiores períodos de inserção estão concentrados nos candidatos das coligações da Frente Popular de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), e Pernambuco Vai Mais Longe, senador Armando Monteiro (PTB). 

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Com o apoio de 21 partidos, entre eles PP, PMDB, PSDB e o PV, Câmara vai contar com 10 minuto e 37 segundos de guia. A chapa do PTB tem mais quatro legendas na base de sustentação, como o PT e o PDT, o que vai proporcionar para Monteiro 5 minutos e 14 segundos de propaganda gratuita. 

Para o analista político, Maurício Romão, a Frente Popular sai em vantagem com relação aos outros postulantes, por ter o maior tempo de exibição. “É vantagem. Mas é preciso que ela seja transformada em conquista de votos. O guia é apenas uma das circunstâncias que pode contribuir para alavancar a candidatura dele (Paulo Câmara) que está atrás nas pesquisas”, afirmou, citando dados do último levantamento do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), que além de apontar Paulo Câmara no segundo lugar, também verifica que mais de 50% dos pernambucanos não conhecem o candidato.

Apesar desta vantagem, Romão destacou que, mesmo com a metade do tempo dos socialistas, Armando Monteiro configura uma postulação com “alianças importantes” e, principalmente, com “prestígio no estado”. “Paulo Câmara está se deparando com uma candidatura muito bem posta e preparada, alguém que tem histórico em Pernambuco com alianças importantes, como o PT”, pontuou. “Tempo de rádio e TV não necessariamente significa conquistar o eleitor. É preciso que ele seja bem utilizado. O candidato tem que transmitir confiança e cativar com as propostas”, acrescentou o especialista.

A disputa pelo Palácio do Campo das Princesas este ano terá cinco candidatos. Além das duas coligações, vistas como principais, também pleiteia a vaga a aliança Mobilização por Poder Popular composta pelo PSOL e o PMN. O candidato a governador das legendas é José Gomes. Os dois partidos juntos somam um tempo de quase 1 minuto e 29 segundos no guia eleitoral. Ainda no rateio do tempo, participam o PCB, que disputará o pleito com Miguel Anacleto, e o PSTU, com Jair Pedro. As duas legendas contabilizam 1 minuto e 20 segundos cada. 

Analisando os partidos de “menor expressão política”, Maurício Romão afirmou que eles terão dificuldade em prender a atenção do eleitor. “Eles têm muita dificuldade de transmitir as suas mensagens e propostas, pois aparecem muito rapidamente. Mas não é impossível. Muitas vezes, as estratégias usadas pelas equipes dos candidatos conseguem cativar por um slogan que chama a atenção por ser rápido”, frisou. 

A divisão oficial do tempo de TV e rádio ainda não foi concluída pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE). O órgão só poderá determinar os minutos exatos após o registro e a aprovação das candidaturas. O prazo final para homologar as postulações no TRE-PE encerra no próximo sábado (5).

A propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão começa no dia 19 de agosto e segue até o dia 2 de outubro. Ela será dividida em dois blocos de 20 minutos cada, um à tarde e outro à noite.

O Partido da Mobilização Nacional (PMN) deve formalizar a coligação com o PSOL nas eleições estaduais deste ano. A legenda realiza sua convenção, nesta quinta-feira (19). A chapa será formada por José Gomes (PSOL) e Viviane Benevides (PMN) para o Governo do Estado. 

A presidente nacional do PMN, Telma Ribeiro, participa do evento, que também irá homologa as candidaturas para deputados federais e estaduais.

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Embasados no desejo de “desfazer a falsa polarização de dois palanques” que já estão postos na disputa para o Governo de Pernambuco, o PMN anunciou, nesta terça-feira (22), o apoio à chapa majoritária do PSOL na disputa pelo comando do Palácio do Campo das Princesas. Durante o evento, que aconteceu na sede do PSOL no bairro da Boa Vista, os dirigentes das duas legendas pontuaram os critérios usados para a confirmação da coligação e garantiram “não ser uma aliança para somas numéricas”. 

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Para o presidente da legenda socialista e pré-candidato a governador, José Gomes, a chapa vai representar “verdadeiramente” a oposição no Estado. “Nós estamos estabelecendo um debate político, dentro de uma alternativa para os partidos políticos que querem se desprender deste processo eleitoral já posto”, disse. As costuras entre as legendas acontecem há cerca de um mês.

Sobre a postulação dos adversários, Paulo Câmara (PSB) e do senador Armando Monteiro (PTB), Gomes avaliou como “o que existe de mais retrogrado”.  “O Paulo Câmara é a face desconhecida de uma velha política e Armando tem uma candidatura que não se esforça nem para se apresentar como nova”, alfinetou, não poupando ainda críticas ao Fundo Estadual de Apoio aos Municípios (FEM), atualmente usado como vitrine para a postulação de Câmara. "Ele (o FEM) não chega nem perto do que se apresenta midiaticamente", cravou. 

Para o PMN, a união com o PSOL é base para reorganizar a legenda em Pernambuco. “O PMN ficou ligado, muito tempo, a esta política de velharia e nós não podíamos fazer isso novamente aqui no Estado. Estamos nos desligando de tudo o que nos remetia aos outros partidos (PTB e PSB) e nos colocamos como a única coligação de fato de oposição”, ressaltou o dirigente nacional da sigla, Almir Vasconcelos. 

Como o PSOL já compõe as pré-candidaturas a governador e ao Senado – com a dirigente nacional Albanise Pires a expectativa, segundo Gomes, é que outras siglas se juntem a eles para que seja escolhido quem vai candidatar-se como vice na chapa. “Estamos isso tratando com o PMN, mas também deixamos em aberto. Esperamos que outros partidos que já se posicionaram como independentes possam se deslocar das candidaturas já postas e se juntarem a nós”, frisou. Partidos como o PSTU e o PCB, são alguns dos poucos que formam a relação de possíveis alianças com o PSOL. 

Ainda de acordo com o dirigente, o programa de governo da coligação vai ser construído a partir de “Diálogos Pernambucanos” que começarão a ser realizados nas próximas semanas, seguindo o modelo nacional dos encontros do PSOL. A homologação das candidaturas que serão apresentadas pelos partidos aos pernambucanos acontecerá no dia 19 de junho, quando será realizada a Convenção Partidária da coligação. Com a aliança, a postulação majoritária terá algo em torno de 57 segundos do total do guia eleitoral de rádio e TV, o que diante das outras chapas é ofuscado. 

Foco maior na Alepe

Apesar da pré-candidatura já posta para o governo, um dos principais intuitos do PSOL para o pleito é eleger o primeiro parlamentar para a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), um dos que pleiteiam a vaga é o dirigente nacional da legenda, Edilson Silva. Com a participação do PMN é possível que os partidos apresentem a chapa proporcional completa, com os 98 candidatos. 

“Não temos na Alepe hoje uma força necessária para fazer uma costura com os movimentos sociais, certamente, com a coligação mais ampla, diante da forma de cálculos para a eleição, nós vamos conseguir eleger o primeiro parlamentar do PSOL”, cravou Silva. Acrescentando que atualmente existe “uma espécie de monarquia” em Pernambuco, onde é “notória a forma do governador influenciando a Alepe” e outras instituições estaduais. 

“Estamos da idade da pedra, isto é velho, é medieval, não é a nova política”, disparou Edilson Silva fazendo menção ao método usado pela chapa do PSB para apresentar a candidatura ao Executivo pernambucano e nacional.

 

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