Os candidatos a prefeito do Recife do DEM, Priscila Krause, e do PV, Carlos Augusto, criticaram a falta de planejamento da atual gestão da Prefeitura do Recife ara o desenvolvimento da cidade. A postura dos dois foi exposta durante um debate, na manhã desta quarta-feira (24), promovido pelo Sindicato de Arquitetos e Engenheiros de Pernambuco e pelo Clube de Engenharia de Pernambuco, no plenarinho da Câmara dos Vereadores.
A discussão girou em torno de temas que norteiam a infraestrutura do município, entre subitens como mobilidade, meio ambiente, planejamento urbano, moradia e gestão.
##RECOMENDA##Primeiro a discursar, Carlos Augusto iniciou condenando o comprometimento da administração municipal com os cargos comissionados e as funções gratificadas, segundo ele, isso tem ampliado as despesas, reduzido os investimentos e prejudicado o bom andamento da gestão. Para o verde, caso haja maior racionalização nos gastos públicos, a economia pode chegar a render R$ 400 milhões ao ano, incluindo a recuperação de R$ 100 milhões ao ano da dívida ativa do município.
Citando os subitens propostos pelo seguimento, Carlos Augusto citou a falta de acesso ao saneamento, o déficit habitacional, a poluição dos rios e a "ineficácia" do Estatuto da Metrópole e do Plano de Mobilidade. "É urgente a necessidade de rever a forma de planejar. Tem que respeitar as pessoas, o meio ambiente, a memória e a cultura", argumentou. Segundo o candidato, "tem que planejar bem para não construirmos elefantes brancos".
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Corroborando com a necessidade de reduzir a máquina para ampliar a capacidade de investimento da PCR, Krause disse que "a gente não tem gestão". "É preciso pensar o Recife não apenas como uma cidade, mas com um planejamento metropolitano que atinja o espaço onde realmente a cidade acontece", destacou. Para modificar o quadro atual, ela adiantou alguns eixos que deve apresentar nesta quinta-feira (25) com o programa de governo e propôs que em 2017 a administração seja dedicada a rever o Plano e o Estatuto.
Além disso, Krause também afirmou que pretende criar um comitê para avaliar periodicamente os gastos da gestão e redividir a cidade, criando uma nova fronteira de expansão e cuidando das áreas verdes.
O debate, que teve um público pequeno, também estava na agenda do candidato Daniel Coelho (PSDB) para esta quarta, mas ele não compareceu. Na mesa, a ausência, entretanto, era do postulante João Paulo (PT). O presidente do Clube de Engenharia, Alexandre Santos, disse que na realidade o tucano é esperado para o debate na próxima segunda-feira (29).