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Estados Unidos e Rússia continuavam tentando chegar a uma nova trégua na Síria no âmbito da Assembleia Geral da ONU, nesta sexta-feira (23).

O chanceler russo, Serguei Lavrov, disse na ONU que é necessário salvar o acordo para o fim as hostilidades na Síria, enquanto o secretário de Estado americano, John Kerry, mencionou "pequenos progressos" no diálogo.

Kerry e Lavrov se reuniram nesta sexta-feira, após o fracasso de uma reunião do Grupo Internacional de Apoio à Síria na véspera. De acordo com o chefe da diplomacia americana, os dois trocaram ideias.

"Eu me encontrei com o chanceler (russo), trocamos algumas ideias e fizemos alguns pequenos avanços. Estamos avaliando algumas ideias mútuas de forma construtiva. Isso é tudo", disse Kerry à imprensa em um hotel de Nova York.

Enquanto isso, na Assembleia Geral da ONU, Lavrov delineou as divergências essenciais com Estados Unidos sobre os requisitos para restabelecer um cessar-fogo, mas disse que é "essencial" manter os esforços para salvar o acordo.

"É essencial prevenir o fracasso desse acordo", disse Lavrov, para quem "não há alternativa" fora do processo conduzido por Moscou e Washington.

Lavrov também afirmou que é necessário conduzir uma investigação "imparcial" sobre o ataque a um comboio de ajuda humanitária da ONU e do Crescente Vermelho nas proximidades de Aleppo, para apontar as responsabilidades.

"Essa é uma condição fundamental para fortalecer um regime de cessar das hostilidades e uma trégua nacional", afirmou.

Pouco depois de seu discurso na Assembleia Geral, Lavrov disse em coletiva de imprensa que os contatos diplomáticos estiveram muito perto de alcançar um entendimento.

De acordo com Lavrov, em um momento da negociação, os Estados Unidos pediram à Rússia que consulte a Síria sobre uma trégua de três dias.

O chanceler russo relatou ter consultado o governo sírio e, pouco mais tarde, retornou com uma resposta positiva.

"Mas, nesse momento, os americanos disseram que agora não queriam três dias, mas sete", acrescentou, sem esconder sua frustração.

Lavrov comentou que os acordos negociados para um cessar-fogo deixam de fora da proteção das tropas e posições do grupo radical Estado Islâmico e da Frente Al-Nusra, mas garante que há grupos rebeldes que atuam junto com a Al-Nusra.

Se os Estados Unidos não conseguirem exercer sua influência sobre esses grupos rebeldes que operam junto à Frente Al-Nusra, os esforços não vão prosperar, acrescentou.

Desde quarta-feira, os Estados Unidos insistem em uma proposta para manter em terra todos os aviões (russos e sírios) que operam nas zonas específicas, como forma de restituir a "credibilidade" a todo o plano de cessar-fogo.

Ban e Kerry vão a Cartagena

A 71ª Assembleia Geral da ONU termina oficialmente na segunda-feira de manhã, depois que o secretário-geral Ban Ki-moon viajar para a cidade colombiana de Cartagena, para assistir à assinatura do acordo de paz entre o governo de Juan Manuel Santos e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) na segunda-feira.

O secretário de Estado americano, John Kerry, também estará presente.

Na quarta-feira (21), o presidente Santos protagonizou uma das poucas notas positivas de uma Assembleia Geral frustrada com a violência na Síria, quando apresentou formalmente o acordo de paz para a Colômbia.

"Há uma guerra a menos no planeta", disse ele, em um emocionado discurso, no qual anunciou o fim do conflito armado que deixou, em 52 anos de duração, cerca de oito milhões de vítimas, entre mortos, desaparecidos e deslocados.

O porta-voz presidencial do Quênia, Manoah Esipisu, disse hoje que o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, vai visitar o Quênia neste mês para discutir a segurança regional.

Esipisu disse que Kerry vai se encontrar com o presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, e o ministro de Assuntos Internacionais, Amina Mohamed, para debater a reviravolta no Sudão do Sul e a segurança na Somália, assolada pela violência. O Sudão do Sul está enfrentando uma nova guerra civil. Fonte: Associated Press

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O Secretário de Estado norte-americano, John Kerry, se encontrou neste domingo com o rei Salman, da Arábia Saudita, para negociações sobre os conflitos na Síria, Líbia e Iêmen, antes de reuniões maiores sobre essas crises na Europa, esta semana.

Kerry também previa se encontrar com o príncipe herdeiro e o ministro das Relações Exteriores. Sua visita acontece em um momento crítico dos esforços para controlar os combates e incentivar o diálogo político em todos os três países, que tem sido assolados pela violência há anos.

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Kerry está tentando dar apoio à instável trégua na Síria, que tem sido violada por ambos os lados. Enquanto os EUA e seus parceiros acusam o

governo pela grande maioria das violações, eles também reconheceram

violações por parte da oposição.

A situação tem sido ainda mais complicada pelo entrelaçamento de alguns

rebeldes ocidentais e grupos rebeldes apoiados pelos árabes com grupos como a filial da Al-Qaeda, conhecida como Frente Nusra, que a ONU considerou uma organização terrorista e, portanto, não abrangida pela trégua. A Arábia Saudita e os EUA rejeitaram tentativas da Rússia de colocar os rebeldes na

lista de terroristas da ONU.

Kerry viaja ainda neste domingo para Viena, onde ele será coanfitrião nas negociações sobre a Líbia com ministro das Relações Exteriores da Itália e, em seguida, sobre a Síria com sua contraparte russa. Ele, então, irá a Bruxelas para uma reunião de ministros de relações exteriores da OTAN antes de voar para a Ásia para se reunir com o presidente Barack Obama no Vietnã.

Fonte: Associated Press

Em visita ao Egito, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, pressionou os líderes locais por uma reforma política, como parte de uma estratégia para confrontar o extremismo religioso. Kerry também citou as eleições parlamentares como um marco importante para o país.

O secretário também reforçou, em reuniões com as autoridades egípcias no Cairo, que os Estados Unidos estão comprometidos em apoiar a luta do presidente Abdel Fattah Al de Sisi contra os extremistas, que realizaram ataques em todo o país nos últimos meses, principalmente na Península do Sinai. Mas Kerry disse que a campanha contra o terrorismo terá sucesso no longo prazo somente se o governo fizer mais para promover um sistema político aberto e com imprensa livre.

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"Todos nós sabemos que derrotar o terrorismo exige uma estratégia de longo prazo. Ações de segurança nas fronteiras e aplicação da lei são partes significantes desta equação, mas é preciso, em primeiro lugar, persuadir e impedir que jovens se voltem para o terror", disse.

John Kerry liderou uma delegação dos Estados Unidos em um diálogo estratégico com o governo egípcio. O encontro não ocorria desde 2009, devido ao conturbado cenário político que atingiu o Egito desde a derrubada do ditador Hosni Mubarak, em 2011.

O secretário norte-americano viaja para o Qatar nesta noite de domingo para reuniões com líderes da Arábia Saudita, Qatar, Kuwait, Oman, Bahrain e Emirados Árabes Unidos, para conquistar apoio para o acordo nuclear com o Irã. Kerry falou, na reunião de hoje, no Cairo, que o acordo irá conter as capacidades nucleares de Teerã e será capaz de fazer os Estados árabes mais seguros. Fonte: Dow Jones Newswires.

O Secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, está na Rússia para um encontro com o presidente, Vladimir Putin, em meio a relações estremecidas entre os dois países por causa dos conflitos na Ucrânia e na Síria.

Antes do encontro com Putin, Kerry conversou com o chanceler russo, Sergey Lavrov. Mais tarde, ele foi se encontrar com Putin em uma breve visita. Esta é a primeira ida de um líder norte-americano desde maio de 2013.

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De acordo com autoridades norte-americanas, Kerry deverá conversar com Putin sobre o cumprimento do acordo de cessar-fogo entre os militares pró-Rússia e os separatistas na Ucrânia. O acordo, feito em fevereiro, não tem sido cumprido, levando a morte de milhares de pessoas.

Kerry irá avaliar também o apoio da Rússia ao presidente da Síria, Bashar Assad, cujas forças têm perdido espaço para os rebeldes. O Secretário deve pressionar Moscou para apoiar uma transição política que poderia acabar com a guerra civil na Síria.

Outro assunto que deverá estar em pauta é o pedido que Kerry deverá fazer à Rússia para que não prossiga com seu plano de fornecer ao Irã um sistema avançado de mísseis. Fonte: Associated Press

Em rápida passagem pela 20.ª Conferência das Partes sobre Mudança Climática (COP20), em Lima, o secretário de Estado americano, John Kerry, fez enérgico apelo em favor de um acordo multilateral para conter o aquecimento global. Kerry não direcionou seus argumentos às nações industrializadas, mas aos países em desenvolvimento. Tampouco indicou que os Estados Unidos virão a apresentar um compromisso mais ambicioso do que o anunciado há um mês com a China.

"Mais de 50% das emissões mundiais (de gases do efeito estufa) vêm dos países em desenvolvimento. Eles também são responsáveis", disse, em discurso para a imprensa. O secretário de Estado não abriu possibilidade de perguntas da plateia.

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Kerry repetiu que nenhum país está imune aos efeitos da mudança climática nem pode, sozinho, resolver o desafio do aquecimento global. Se apenas um fizer sua tarefa, disse, todos continuarão prejudicados. Países ricos e em desenvolvimento fazem, igualmente, parte do problema e, para o fracasso das nações na construção do acordo, não haverá perdão, afirmou.

"Ainda há tempo para a comunidade internacional fazer a sua escolha por uma (matriz limpa de) energia. Há uma janela pequena para mudar o rumo, mas ela está se fechando", disse. "Temos de chegar a um grande acordo em Paris. Mensurável e com medidas claras", completou, referindo-se ao compromisso que os 195 países da Convenção-Quadro das Partes sobre Mudança Climática devem concluir em novembro de 2015.

Não houve menção aos tópicos que os Estados Unidos não querem aceitar nas negociações em curso em Lima. Entre eles está a apresentação de compromissos obrigatórios por todos os países. A delegação americana alega que, se assim for, o acordo de Paris terá de ser submetido a aprovação do Congresso americano, de maioria republicana, sem chance de aprovação. Os países em desenvolvimento, especialmente o Brasil, veem nessa ressalva um meio de a Casa Branca puxar para baixo a ambição do acordo final.

Kerry repetiu a promessa americana de reduzir em 83% as emissões de gases do efeito estufa até 2050, em comparação com as de 2005. Em 2025, já seriam diminuídas entre 26% e 28%. Ele elencou ações voluntárias tomadas pelo governo de Barack Obama para reduzir as emissões nas áreas de transporte e de energia. Mas não emitiu nenhum sinal de que a Casa Branca possa ampliar seus compromissos no ano que vem, como parte do acordo de Paris. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, confirmou nesta segunda-feira que o país entregou armas e munição aos curdos que enfrentam o grupo Estado Islâmico na cidade síria de Kobani. Os equipamentos foram lançados aos militantes de aviões americanos utilizados pela coalizão aliada em bombardeios contra os extremistas.

Em discurso em Jacarta, na Indonésia, Kerry afirmou que seria "irresponsável" e "moralmente muito difícil" não apoiar os curdos no combate em Kobani. O apoio norte-americano é complicado sobretudo por questões diplomáticas, já que os curdos em questão são ligados ao PKK, um partido separatista da Turquia.

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Kerry disse entender os motivos que levam à Turquia se opor ao apoio dos Estados Unidos aos rebeldes, mas diz que o países tomaram "um esforço de coalizão para desintegrar e destruir o Estado Islâmico, e o grupo está presente em grande número nesse lugar chamado Kobani".

Segundo ativistas consultados pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos, baseado em Londres, os aliados lançaram "uma grande quantidade de armas e munição" para os militantes curdos na madrugada desta segunda-feira. A coalizão liderada pelos EUA também realizou cinco ataques aéreos na região de Kobani.

O secretário de Estado afirmou ainda que os Estados Unidos pediram permissão à Turquia para que combatentes curdos do Iraque entrem em Kobani pelo país para ajudar no combate aos extremistas. Fonte: Associated Press.

Blogueiros chineses se reuniram neste sábado (15), em Pequim, com o secretário de Estado americano John Kerry, a quem pediram que intervenha a favor dos direitos e das liberdades na China, onde sofrem perseguição e são presos.

O encontro, organizado pela embaixada dos Estados Unidos em Pequim, durou cerca de 40 minutos. Um dos blogueiros, Zhang Jialong, acusou empresas americanas de colaborar com as autoridades chinesas para bloquear o acesso dos internautas chineses às redes sociais.

Zhang Jialong pediu a Kerry que apoie os "chineses que aspiram a liberdade". Ma Xiaolin, um ex-jornalista da agência oficial chinesa Xinhua (Nova China), se queixou, por sua parte, das restrições ao uso da internet na China.

O governo chinês elaborou uma censura muito sofisticada da internet para impedir que sirva de instrumento da dissidência. Twitter, YouTube e Facebook estão proibidos no país.

Nos últimos meses se multiplicaram na China as prisões de blogueiros pelos mais variados motivos, como a do sino-americano Charles Xue, acusado de ter solicitado os serviços de uma prostituta.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, alertou a Síria de que a "ameaça de uso da força é real" no caso de o país não cumprir com o plano de destruir suas armas químicas.

Kerry falou durante uma visita a Jerusalém neste domingo. Ele viajou para discutir com autoridades israelenses detalhes do acordo firmado entre Estados Unidos e Rússia sobre o uso de armas químicas na Síria. Kerry afirmou que será essencial que o regime de Bashar al-Assad cumpra o acordo. "Não podemos ter palavras ocas", reforçou. Fonte: Associated Press.

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Nesta terça-feira (10), o Chefe da Diplomacia americana, John Kerry afirmou que o país esperará para ver um plano rápido e real para a retirada das armas químicas da Síria. Ele se referia ao plano da Rússia em colocar o arsenal de armas químicas sírias sob controle internacional. Essa, segundo Kerry, seria a saída ideal, porém de difícil concretização.

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Entretanto, essa espera não durará muito. "Quero que todos aqui saibam que estamos esperando pela proposta, mas não vamos esperar por muito tempo. (…) O presidente (Barack Obama) não quer uma manobra como o objetivo de ganhar tempo", enfatizou.

Segundo o Secretária da Defesa Chuck Hagel, a ameaça de uma ação militar deve ser mantida. "Devemos ser muito claros em garantir que a proposta não seja uma medida para ganhar tempo. A ameaça de uma ação militar dos Estados Unidos deve continuar", finalizou.

A agitação internacional aumentou depois de denúncias de que armas químicas foram usadas contra civis opositores ao regime de Bashar Al Assad.

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O secretário de Estado americano, John Kerry, assegurou que as provas recolhidas após o ataque de 21 de agosto, nas proximidades de Damasco, e analisadas pelos Estados Unidos, deram resultado positivo para materiais nocivos a saúde humana. "As amostras foram fornecidas pelos primeiros socorristas que chegaram ao local do ataque e deram positivo para traços de gás sarin", afirmou o chefe da diplomacia americana.

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Numa rápida passagem por Brasília, o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, visitou nesta terça-feira a sede da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), em Brasília, para, em teoria, conhecer a experiência dos brasileiros inscritos no programa Ciência sem Fronteiras. Mas não bolsistas do programa estavam entre os expositores.

"Ligaram ontem (nesta segunda-feira) da embaixada americana e pediram para que fôssemos expor. Tivemos menos de 12 horas (de preparação)", disse o engenheiro elétrico Ticiano Bragatto, que apresentou um veículo não tripulado do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Universidade de Brasília (UnB).

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Outro expositor escalado pra recepcionar Kerry e que não faz parte do programa, o estudante Rafael Cortes, apresentou experimento do Laboratório de Automação e Robótica, também da UnB. Cortes pensa em pegar uma das bolsas do Ciência sem Fronteiras para doutorado, provavelmente nos Estados Unidos. De acordo com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, os expositores que ainda não estão no programa são "alunos em potencial" do Ciência sem Fronteiras. Mercadante admitiu que foram convidados alunos da UnB para mostrar a produção científica ao secretário de Estado dos EUA.

Kerry atrasou-se cerca de 20 minutos na chegada ao prédio da Capes, trocando rápidas palavras com os pesquisadores. Entre os presentes, estava o aluno de engenharia elétrica Pedro Nehme, de 21 anos, que conseguiu uma bolsa do Ciência sem Fronteiras e fez estágio de dez meses na Nasa. "Todo mundo sonha em fazer parte de um projeto grande. Aprendi muito na Nasa. Eles (americanos) ficaram surpresos com o nível dos estudantes brasileiros, já que não sabiam se a gente poderia competir em pé de igualdade com eles", afirmou Nehme.

Prazo

Banners dispostos perto das bancadas informavam que o Ciência sem Fronteiras prevê a concessão de 101 mil bolsas até 2015. Em entrevista ao programa de rádio Café com a Presidenta, no dia 19 de novembro de 2012, a presidente Dilma Rousseff disse que o País avançava no desafio de "levar 101 mil estudantes para o exterior até 2014". Segundo Mercadante, todas as 101 mil bolsas serão concedidas até 2014, mas alguns alunos só embarcarão em 2015. "Você concede a bolsa e depois tem um prazo para ver a documentação, visto de entrada, e o embarque. Entre a concessão e o embarque tem sempre uma diferença", afirmou.

A visita de Estado da presidente Dilma Rousseff a Washington é moldada como mais uma oportunidade perdida nas relações bilaterais, de acordo com o presidente honorário da entidade Diálogo Interamericano, Peter Hakim. O encontro de Dilma com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, seguido de jantar de gala na Casa Branca em 23 de outubro, dificilmente selará as decisões necessárias dos dois lados para aprofundar os laços entre as duas maiores economias das Américas.

Na perspectiva dos EUA, nada poderia ser melhor do que o início da negociação de acordos de livre-comércio e de investimentos, além do contrato do Ministério da Defesa de compra dos caças F18 Super Hornet, da Boeing. As chances de esses três passos serem adotados pelo governo de Dilma, entretanto, são nulos. A gestão Obama está ciente disso e não oferecerá ao Brasil um degrau mais alto na escala internacional, como o apoio ao ingresso do País no Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) como membro permanente.

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Um dos sinais da antecipada frustração da Casa Branca surgiu com a remoção do embaixador norte-americano no Brasil, Thomas Shannon, para a Turquia antes da visita oficial, que será pilotada pela sucessora, Lilian Ayalde. De acordo com Hakim, se a pauta em 23 de outubro pudesse ter forte conteúdo, Shannon teria a chegada a Ancara postergada e acompanharia a presidente na capital americana.

"A visita traz a oportunidade para Dilma Rousseff e Obama tomarem grandes decisões e de explorar caminhos que não trilhariam sem esse novo encontro", afirmou o presidente honorário do Diálogo Interamericano. "Mas nada do que o Brasil aspira nem que os EUA desejam deve sair. Nenhum dos dois quer tomar as decisões necessárias", completou.

Em boa medida, a declaração desta terça-feira do secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e do ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antônio Patriota, refletiu a situação aguada da agenda entre os dois países. Kerry afirmou ser o Brasil uma das "parcerias essenciais do século 21" para os EUA e a classificou como "notável e dinâmica". Mas, ao chamar a atenção de uma área de avanço brasileiro e de possível acordo bilateral, escolheu a de mudança do clima.

Os EUA, surpreendeu-se Hakim, nem sequer têm uma política nacional sobre mudança de clima para falar em acordo com o País nessa área. Ao elogiar o acerto anterior sobre o envio de estudantes brasileiros a universidades americanas, o secretário de Estado dos EUA estaria rebaixando o país à condição de uma "Fundação Ford". Apesar da posição defensiva de Kerry ao ser questionado, no Palácio Itamaraty, sobre a espionagem americana em Brasília, Hakim afirmou acreditar ser o setor de segurança uma das raras áreas em que a relação pode avançar.

"Não há uma agenda real entre Brasil e EUA", avalia. "Em 28 anos de democracia no Brasil, os dois países conseguiram desenvolver bons laços econômicos, mas nunca chegaram a firmar acordos de comércio e investimentos. Se Obama e Dilma falarem em bolsas de estudos de novo, será uma perda de tempo", criticou. Antes do secretário de Estado, que se apresentou em Brasília com a missão de preparar a agenda da visita de Dilma, o secretário de Defesa, Chuck Hagel, e o vice-presidente americano, Joe Biden, estiveram no País. Nenhum indicou haver uma real oportunidade para elevar a relação bilateral.

A presidente, entretanto, fará a única visita de Estado agendada pela Casa Branca para 2013 - uma retribuição ao mesmo padrão oferecido pelo governo brasileiro a Obama, em março de 2011. Nos cinco anos anteriores, a Casa Branca recebeu com a mesma pompa os líderes da China, Índia, México, Grã-Bretanha e França. O último presidente brasileiro a ser acolhido dessa maneira foi Fernando Henrique Cardoso, em 1995.

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, deixou no início da noite desta terça-feira (13) o Palácio do Planalto, onde esteve reunido por quase uma hora com a presidente Dilma Rousseff. Na saída, Kerry disse que o encontro foi muito bom e que os Estados Unidos estão ansiosos pela visita de Dilma em outubro.

Participaram também da reunião o ministro de Relações Exteriores, Antônio Patriota; o embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Mauro Vieira; e o assessor especial da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia.

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Sem comentar "detalhes operacionais" do programa de espionagem promovido pela Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês), o Secretário de Estado norte-americano, John Kerry, defendeu a coleta de informações pela inteligência do seu país. "Os EUA adotam a inteligência, assim como todas as nações, para proteger os nossos cidadãos", resumiu.

Kerry respondeu a uma pergunta de jornalista sobre as denúncias divulgadas com base em informações vazadas pelo ex-analista da NSA Edward Snowden, segundo as quais os americanos coletam dados sigilosos da rede, inclusive de cidadãos brasileiros. "Estamos convencidos que a nossa coleta de informação ajudou a proteger a nossa nação de uma série de ameaças e que também protegeu brasileiros", disse o chefe da diplomacia americana.

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Ele destacou que a atuação dos americanos está baseada em lei aprovada após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2011, e que conta com a supervisão do judiciário. Kerry também disse que os Estados Unidos vão atender aos questionamentos levantados pelo governo brasileiro sobre os métodos para a obtenção dessa informação.

Relações bilaterais

Antes de falar sobre as denúncias de espionagem, John Kerry fez um apelo às pessoas do Brasil. "Eu peço que as pessoas fiquem focadas na importância das nossas relações bilaterais", disse. Essas relações, segundo ele, podem ter um impacto positivo em diversas questões, entre elas o meio ambiente. "Todas as questões precisam estar no foco das pessoas quando se considera essa questão da segurança nacional, que desapontou algumas pessoas", afirmou.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, destacou nesta terça-feira o trabalho que os EUA e o Brasil têm desempenhado em questões climáticas. "Estou feliz em ver que o comprometimento do Brasil com o meio ambiente continua até hoje", disse, em declaração conjunta com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antônio Patriota.

Kerry citou como avanços do Brasil a redução do desmatamento e investimentos em energias renováveis. Ele também afirmou que os dois países precisam se associar para tornar viável um acordo climático que possa ocorrer em 2015. "O Brasil e Estados Unidos formam uma parceria dinâmica e notável", resumiu. "Elos crescentes entre o Brasil e os EUA são uma das parcerias essenciais do século XXI."

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Kerry também destacou que o país reconhece o crescente papel que Brasil tem assumido no cenário internacional e agradeceu a liderança brasileira na missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti, onde atuam 1.400 militares. Ao fim da declaração, o secretário de Estado dos EUA disse ainda que é importante que o Brasil tenha presença forte na Organização dos Estados Americanos (OEA).

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, recebeu nesta terça-feira, 13, o Secretário de Estado norte-americano, John Kerry, e afirmou que pediu informações sobre as atividades da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês), que teria interceptado informações, por meio de chamadas telefônicas e e-mails, de brasileiros. "Hoje, enfrentamos um novo desafio na relação (dos dois países): as notícias de interceptação de comunicação de brasileiros", disse o ministro.

"Esse processo de esclarecimento não é um fim em si mesmo", disse. "Esclarecimentos estão sendo solicitados e ouvi-los não significa aceitar o status quo."

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Patriota cobrou transparência dos americanos. "Consideramos que os EUA não encontrarão melhor parceiro no combate ao terrorismo, na medida em que as informações sejam levadas a cabo de forma transparente", concluiu.

Israel e Palestina

Em declaração conjunta com o secretário de Estado norte-americano, Patriota disse também que o Brasil apoia a retomada das negociações de paz entre israelenses e palestinos. O ministro disse esperar que resultados apareçam das conversas dentro de noves meses.

"Congratulamos os esforços que deverão levar a um processo que esperamos que, dentro de nove meses, levem a resultados", disse Patriota na declaração conjunta com Kerry.

A viagem do secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, ao Brasil e Colômbia, nessa semana, tem como objetivo aprofundar as relações com a América Latina.

Mas Kerry pode esperar uma recepção pouco amistosa dos dois países após relatos do programa de espionagem, direcionado a e-mails e telefonemas na região.

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A primeira viagem de Kerry na América do Sul terá como assunto a questão da espionagem, comércio e energia, além de discussões sobre a pauta da visita oficial de Dilma Rousseff aos EUA, no dia 23 de outubro.

A chegada de Kerry a Bogotá, capital da Colômbia, está programada para a manhã desta segunda-feira. Fonte: Associated Press.

As denúncias de espionagem, por parte dos Estados Unidos, estarão nas conversas entre o governo brasileiro e o secretário de Estado americano, John Kerry, que chega ao Brasil, na terça-feira (13). Segundo o ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota, a questão já é objeto de tratamento bilateral com o governo norte-americano e permanecerá sendo tratada, por sua natureza, em ambiente de relativa reserva, mas o Brasil continuará na busca das explicações. "De maneira alguma deixaremos de buscar os esclarecimentos necessários e superar dificuldades que surgiram em função das denúncias que estão sendo apuradas", disse.

O ministro destacou que depois da reunião do Mercosul, em julho, em Montevidéu, no Uruguai, que decidiu levar o assunto à Organização das Nações Unidas (ONU), onde houve uma gestão com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. "Não é uma coisa corriqueira, e a gestão encontrou interesse, compreensão e uma repercussão favorável", declarou.

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Patriota acrescentou, que ainda no âmbito da ONU, o tema foi incluído nas discussões do Conselho de Segurança. O ministro disse que o debate começou, coincidentemente, este mês, quando a Argentina, como membro não permanente, está na presidência do conselho. Segundo Patriota, a reunião do Conselho de Segurança foi presidida pela chefe de Estado da Argentina, Cristina Kirchner, com a presença de 12 chanceleres.

O ministro ressaltou que a agenda bilateral entre o Brasil e os Estados Unidos é muito ampla e vai desde comércio e investimentos até cooperação tecnológica. Patriota destacou, ainda, o Programa Ciência sem Fronteiras para estudantes brasileiros nos EUA. Esses assuntos também serão conversados com o secretário de Estado americano, John Kerry.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, fará uma visita ao Brasil na terça-feira, 13. A agenda oficial prevê compromissos em Brasília. A visita de Kerry ocorre em meio ao mal-estar causado no País com a notícia de espionagem dos EUA. Esta semana, o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Antônio Patriota, esteve em Nova York e declarou que o Brasil ainda está insatisfeito com as justificativas apresentadas até agora pelos norte-americanos para as práticas de espionagem. Patriota afirmou que a ação fere direitos individuais e internacionais e precisa ser esclarecida.

Na Organização das Nações Unidas (ONU), os países do Mercado Comum do Sul (Mercosul) entregaram na segunda-feira, 05, ao secretário-geral do organismo mundial, Ban Ki-moon, uma nota de repúdio sobre as práticas de espionagem americana. No mesmo documento, os chanceleres também expressaram revolta por países da Europa não terem permitido a aterrissagem do avião que carregava o presidente da Bolívia, Evo Morales, suspeito de levar o fugitivo americano Edward Snowden, acusado de vazar segredos da inteligência dos EUA.

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Na agenda de conversas do secretário de Estado dos EUA, além do tema espionagem, também deve fazer parte o acerto final da viagem da presidente Dilma Rousseff a Washington em outubro, na primeira visita de Estado de um líder brasileiro aos EUA em mais de 15 anos. A data oficial da visita ainda não foi divulgada. A agenda oficial de Kerry na próxima semana inclui ainda uma passagem pela Colômbia.

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