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Em seu discurso de abertura, Kimmel, o mestre de cerimônia do Oscar 2018, referiu-se ao magnata Harvey Weinstein, que caiu em desgraça após dezenas de acusações de assédio sexual. "Nós não podemos deixar que o mau comportamento aconteça mais, o mundo está nos observando, precisamos dar um exemplo", disse ele. "E a verdade é que, se conseguirmos aqui, se pudermos trabalhar juntos para acabar com o assédio sexual no local de trabalho, se pudermos fazer isso, as mulheres só terão de lidar com o assédio o tempo todo em qualquer outro lugar que forem", ironizou.

Kimmel mencionou vários destaques da festa, incluindo a candidatura do veterano ator Christopher Plummer, 88 anos, por "Todo o dinheiro do mundo", e o recorde de Jordan Peele, primeiro cineasta negro a ser indicado simultaneamente nas categorias de melhor direção, produção e roteiro em seu filme de estréia e grande sucesso "Corra!".

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"Se esta noite você é um candidato que não está fazendo história, que pena para você", brincou.

Kimmel destacou o trabalho das campanhas #MeToo e Time's Up contra a má conduta e a desigualdade de gênero, observando que apenas 11% dos filmes são feitos por mulheres.

"No ano em que os homens se equivocaram tanto, as mulheres começaram a sair com peixes", afirmou, referindo-se à "A forma de água".

A produtora ‘The Weinstein Company', cujo o co-fundador é Harvey Weinstein, anunciou no último domingo (25) que abriu processo de falência. Após a divulgação das denúncias de assédio e abuso sexual, a empresa enfrenta crise desde outubro de 2017.

Em uma reportagem, publicada nesta segunda-feira (26) no ‘The New York Times', a produtora estava negociando com um grupo, que teria oferecido US$ 275 milhões para comprá-la. No entanto, o procurador-geral de Nova York, Eric T. Schneiderman, entrou com um processo contra a empresa neste mês. Ele apontou negligência com relação aos casos envolvendo Harvey. Com a operação, os conselheiros da 'Weinstein Company' decidiram decretar falência.

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Em 2017, o produtor foi acusado de assédio, estupro e assédio por mais de 50 mulheres. Atrizes como Angelina Jolie, Uma Thurman e Gwyneth Paltrow alegaram que foram vítimas de Weinstein. No entanto, ele nega todas as acusações.

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Em entrevista ao jornal The New York Times, Uma Thurman fez acusações contra dois grandes nomes do cinema: Harvey Weinstein  e Quentin Tarantino. Em relação ao produtor, a atriz se colocou como mais uma na longa lista de mulheres que sofreram assédio sexual nas mãos dele. Quanto ao diretor, com quem trabalhou em clássicos como ‘Kill Bill’ e ‘Pulp Fiction’, ela o acusou de ter cometido abuso de poder no set quando a fez dirigir um carro danificado nas gravações de uma cena perigosa (vídeo ao final da matéria).

Segundo Thurman, inicialmente ela via o comportamento de Weinstein apenas como ‘excêntrico’, até que ele teria passado dos limites em um hotel de Londres. “Ele me empurrou, tentou se expor, fez todo tipo de coisas desagradáveis”, descreveu. A atriz conta que o produtor chegou a tentar se desculpar pelo ocorrido enviando flores, no entanto, quando confrontado sobre o episódio, ele teria ameaçado destruir a carreira da atriz.

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Representantes de Harvey Weinstein confirmaram o caso, mas reforçaram que o produtor se desculpou e enviaram à impresa diversas imagens dos dois juntos em eventos, para comprovar que a relação entre os dois foi mantida. Uma Thurman explica que manteve laços apenas profissionais com Weinstein, mas que passou a vê-lo como uma espécie de inimigo desde então. “Quentin usou Harvey como o produtor-executivo de Kill Bill, um filme que se tornou símbolo do empoderamento feminino. E todos esses cordeiros foram para o matadouro pois estavam convencidas de que ninguém nessa posição fará algo ilegal com você, mas eles fazem”, afirmou ela, dizendo ter se arrependido de manter contato com o produtor.

PROBLEMAS NA RELAÇÃO COM QUENTIN TARANTINO

Ainda de acordo com a entrevista de Uma Thurman, Quentin Tarantino teria chegado a confrontar Weinstein sobre o episódio de assédio após saber do caso, no entanto, isso não foi suficiente para manter uma boa relação entre o diretor e a atriz. Segundo ela, a amizade entre os dois foi abalada após um acidente no set de Kill Bill, o qual ela aponta Tarantino como culpado. Já nos últimos dias de gravação do filme, depois de nove meses de filmagens, o diretor teria obrigado ela a dirigir um carro danificado. “De colaboradora criativa passei a ser uma peça quebrada", disse Uma sobre o acidente que teria causado lesões permanentes no seu pescoço e joelhos.

Ao The New York Times, ela divulgou um vídeo do momento das filmagens no qual bate com o carro contra uma árvore. Ela relata que por muitos anos foi impedida de ter acesso a gravação, e que também não pôde processar o estúdio. O jornal americano sugeriu na reportagem que o caso teria inspirado um outro filme do diretor, ‘À Prova da Morte’, que conta a história de um serial killer que utiliza seu carro para provocar acidentes fatais em carros dirigidos por mulheres. Participa do filme, inclusive, Zöe Bell, dublê de Thurman na época de Kill Bill. 

Confira o vídeo:

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O produtor de Hollywood Harvey Weinstein foi agredido em um restaurante em Scottsdale, no estado norte-americano de Arizona, por outro cliente do local. Ele estava ao lado de um funcionário do centro de reabilitação onde está se tratando.

"Você é um pedaço de m...", disse o agressor, que parecia embriagado, depois de acertar Weinstein com dois tapas na cara. O produtor chegou a perder o equilíbrio, mas não caiu.

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Uma pessoa que filmava o episódio perguntou a Weinstein se ele queria denunciar a agressão, mas o cofundador da Miramax se recusou e deixou o restaurante. Aos 65 anos, Weinstein viu sua carreira como um dos mais poderosos produtores de Hollywood desmoronar após dezenas de denúncias de assédio sexual e até estupro.

A lista de mulheres que o acusam inclui estrelas como Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow, Cara Delevingne, Léa Seydoux e Asia Argento. Por conta das denúncias, que desencadearam um movimento contra o sexismo na indústria do entretenimento, Weinstein passou a se tratar em uma clínica de reabilitação.

Da Ansa

Dois casos de conduta sexual inapropriada do diretor Harvey Weinstein, envolvido em uma série de denúncias de atrizes de Hollywood, foram encaminhados a Promotoria de Los Angeles, informou o site "The Wrap".

O veículo informou que o Departamento de Polícia de Beverly Hills enviou os processos em dezembro e que eles estão "sob análise". Os casos apresentados não foram divulgados.

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Weinstein foi acusado de assédio e abuso sexual por dezenas de mulheres, dentre elas a atriz Angelina Jolie e a modelo Cara Delevingne.

Casos contra o diretor James Toback também foram entregues a Promotoria de Los Angeles. As denúncias contra Toback também envolvem crimes sexuais. Segundo o "Los Angeles Times", ele enganava as vítimas dizendo que seria como "uma porta de entrada para Hollywood".

Da Ansa

Meryl Streep arrancou aplausos no começo do ano por seu discurso de repúdio a Donald Trump; 12 meses depois, seu nome está na berlinda pelo escândalo sexual que sacode Hollywood.

A atriz de 68 anos, ganhadora de três Oscar, está sob ataque pela negativa insistente a qualquer conhecimento sobre a conduta do magnata do cinema Harvey Weinstein, acusado de passar a carreira assediando, abusando, intimidando e estuprando mulheres.

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Streep trabalhou em várias produções de Weinstein e se referiu a ele como "deus", em tom de brincadeira, durante os Globos de Ouro de 2012.

Uma das maiores atrizes de sua geração, Streep tem uma brilhante carreira de 40 anos na qual interpretou de uma sobrevivente de um campo de concentração nazista a uma mãe cantora de ABBA.

Obteve a primeira de um recorde de 40 indicações ao Oscar em 1979 com seu papel no drama de guerra "O Franco-atirador" e ganhou a estatueta em três ocasiões, a última em 2012 pelo papel como a primeira-ministra britânica Margaret Thatcher em "A Dama de Ferro", distribuído pela empresa de Weinstein.

Seu ativismo político ganhou as primeiras páginas quando, em seu discurso ao receber um prêmio honorário no Globo de Ouro, denunciou Trump, ganhando elogios e algumas críticas.

Quando veio à tona o escândalo sobre Weinstein, no começo de outubro, se disse "horrorizada" pelas denúncias "desonrosas" sobre as quais assegurou na ocasião não ter ideia.

Mas nem todos engoliram esta versão, particularmente os ativistas do movimento nas redes sociais #MeToo (Eu também), contra o abuso sexual, que chegaram à conclusão de que os mais próximos do produtor sabiam de seu comportamento e decidiram ignorá-lo.

- "Hipocrisia" -

Rose McGowan, que alega ter sido vítima de Weinstein e é uma das principais ativistas contra ele, criticou a atriz pela intenção de se vestir de preto em um "protesto silencioso" nos Globos de Ouro.

"TEU SILÊNCIO é O PROBLEMA", escreveu no Twitter, em um post que depois apagou. "Desprezo a sua hipocrisia".

Streep respondeu na segunda-feira em um comunicado, enviado ao Huffington Post, no qual insistiu desconhecer a conduta do influente produtor, investigado pelas polícias de Nova York e Los Angeles.

"Não guardei silêncio deliberadamente, não sabia, não aprovo o estupro", disse.

O texto não conseguiu apaziguar as críticas contra ela. Ao contrário, esta semana dezenas de cartazes apareceram em Los Angeles, acusando Streep de facilitar as ações de Weinstein, que afirma que todas as relações sexuais foram consentidas.

Sabo, um artista de rua de 49 anos e ex-membro dos Marines, fuzileiros navais dos Estados Unidos, assumiu a autoria destes cartazes nos quais Streep aparece sorridente ao lado do produtor e sobre seus olhos, uma faixa vermelha diz "Ela sabia".

Ele explicou que a campanha é uma represália à atriz por usar seu filme mais recente, "The Post" para atacar Trump, que também foi acusado de abuso sexual por 16 mulheres.

- Por que ela? -

O colunista de entretenimento Ira Madison III escreveu que acha que Streep diz a verdade e que os ataques pelo caso Weinstein não são mais que uma manifestação de machismo do showbiz.

"Aqui estamos atacando uma mulher por algo que talvez soubesse ou não, quando todo mundo insiste em que todos na indústria sabiam", lançou.

"Por que então George Clooney ou Brad Pitt não foram atacados tão agressivamente quanto Streep? Por que não Bob Weinstein, seu próprio irmão, que tem se saído relativamente ileso da queda de Harvey?".

Mas o público não parece dar a ela o benefício da dúvida.

Jeetendr Sehdev, especialista na imagem das celebridades, recolhe duas vezes por ano a opinião de 2.000 pessoas ao acaso nos Estados Unidos para falar sobre os ricos e famosos como parte de um estudo que iniciou em 2012.

Ele disse que 58% dos consultados em outubro sobre o caso Weinstein manifestaram repúdio à atriz.

"As afirmações de Streep de que ela não sabia [de Weinstein] são ridículas e um beijo da morte para sua imagem em Hollywood", disse à AFP o bem sucedido autor do livro "The Kim Kardashian Principle".

Ele acusou a aclamada atriz de subestimar a inteligência do público e a coragem demonstrada por suas colegas que o denunciaram, ao mesmo tempo em que disse que Clooney também tem explicações a dar.

"Muita gente acha que Weinstein procurava seus amigos mais próximos para ver se podiam falar ao seu favor para tentar reduzir os danos. Streep e Clooney eram parte desse pacto?".

O diretor vencedor do Oscar Peter Jackson acusou nesta sexta-feira (15) o produtor americano Harvey Weinstein de ter orquestrado na década de 1990 campanhas de desprestígio contra atrizes que depois o acusaram de assédio e abuso sexuais.

Jackson, que trabalhou no projeto de "O Senhor dos Anéis" com a produtora Miramax Films, de Harvey Weinstein e seu irmão Bob, assegura que os dois se comportavam como "valentões mafiosos de segunda".

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O diretor neozelandês afirmou não ter tido conhecimento direto das acusações de assédio sexual contra Weinstein, mas assegurou que o produtor o pressionou para que não contratasse Ashley Judd e Mira Sorvino em seu filme. As duas atrizes americanas foram uma das primeiras a acusar publicamente Weinstein de agressões sexuais.

Segundo Jackson, ambas eram possíveis candidatas no fim da década de 1990 para atuar em "O Senhor dos Anéis" antes da chegada da Miramax. "Lembro que a Miramax nos disse que era um pesadelo trabalhar com elas e que tínhamos que evitá-las a todo custo. Provavelmente foi em 1998", afirmou ao jornal Fairfax New Zealand.

"Naquele momento, não tínhamos nenhum motivo para colocar em dúvida o que nos diziam, mas agora vejo que isso muito provavelmente era uma campanha de desprestígio da Miramax em todo o seu apogeu", acrescentou. A Miramax acabou se retirando de "O Senhor dos Anéis", projeto que foi retomado pela New Line.

Um porta-voz de Harvey Weinstein desmentiu as afirmações de Jackson. "Embora Bob e Harvey Weinstein fossem produtores executivos do filme, não tiveram absolutamente nenhuma influência no elenco", escreveu em um comunicado à AFP, antes de apontar que durante anos as duas atrizes nunca se queixaram publicamente de terem sido marginalizadas.

Em uma mensagem emotiva no Twitter, Mira Sorvino reagiu às afirmações de Peter Jackson: "vi isso assim que acordei e comecei a chorar".

"Aqui está a confirmação de que Harvey Weinstein prejudicou a minha carreira, algo que eu suspeitava, mas não estava certa. Obrigada, Peter Jackson, por ser honesto. Estou desolada", escreveu Sorvino, vencedora de um Oscar de melhor atriz coadjuvante em 1996 por "Poderosa Afrodite". Ashley Judd simplesmente tuitou: "lembro bem disso".

A atriz Salma Hayek se uniu nesta quarta-feira (13) a lista de centenas de mulheres que denunciaram Harvey Weinstein, alegando que o magnata de Holywood a assediou sexualmente e até a ameaçou de morte.

"Durante anos foi meu monstro", escreveu a estrela mexicana em uma matéria publicada no The New York Times que detalha a tortuosa produção do filme "Frida" de 2002, pelo qual concorreu ao Oscar de Melhor Atriz.

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Quando a produtora de Weinstein fechou um acordo para financiar o filme que Hayek sonhava em fazer, a atriz teve que começar a "dizer que não", segundo contou no artigo.

"'Não' para abrir a porta a qualquer hora da noite, hotel após hotel, locação após locação", relatou a atriz e produtora de 51 anos.

"'Não' para (a proposta de) tomar banho com ele. 'Não' para deixar que me veja tomar banho. 'Não' para que eu deixe ele me massagear. 'Não' para que eu deixasse um amigo seu sem roupas me massagear. 'Não' para deixar que ele fizesse sexo oral em mim. 'Não' para que eu ficasse nua junto a outra mulher."

A "ira maquiavélica" de Weinstein foi demonstrada todas as vezes em que ela se recusou e uma vez incluiu "as terríveis palavras 'vou te matar, não acredite que eu não possa fazer isso'", contou.

Depois de se esquivar dos pedidos de Weinstein para que a produção do filme não fosse afetada, desde que as filmagens começaram o assédio sexual parou, disse Hayek, "mas a raiva se intensificou".

O produtor criticou a sua atuação e aceitou deixá-la terminar o filme apenas se fizesse uma cena de sexo com outra mulher. Então, exigiu que ela fizesse "nudez frontal completa", lembrou Hayek, que ao filmar a cena sofreu um ataque de nervos e teve que tomar um calmante.

Quando as filmagens acabaram, Weinstein disse que o filme não era bom o suficiente para ser lançado nos cinemas e ameaçou lançá-lo diretamente em DVD.

"Frida", um filme biográfico aclamado pela crítica, conta a história da pintora mexicana Frida Kahlo. Ganhou dois Oscar e arrecadou mais de 56 milhões de dólares nas bilheterias.

"Até que haja igualdade em nossa indústria, com homens e mulheres que tenham o mesmo valor em todos os aspectos, nossa comunidade continuará sendo um terreno fértil para predadores", ressaltou Hayek.

"Os homens assediavam sexualmente porque podiam. Nós mulheres falamos hoje porque, nessa nova era, finalmente podemos".

Uma investigação criminal sobre acusações de agressão sexual contra o produtor de Hollywood, Harvey Weinstein, está avançando, disse o detetive-chefe da Polícia de Nova York, Robert Boyce.

"Este caso está avançando neste momento", disse ele em um comunicado, citando um contato regular com o procurador do distrito de Manhattan, Cyrus Vance Jr.

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"Não houve nenhuma determinação sobre aonde está indo, sobre uma linha de tempo ou sobre quando vai a um grande júri", explicou o funcionário do Departamento de Polícia de Nova York. Boyce disse ter enviado detetives a Los Angeles para cuidar do caso.

"Estou com dois detetives em Los Angeles agora. Mandei-os para Paris. Eu os enviei praticamente para o mundo todo... Mais mulheres se manifestando é uma coisa boa. Nós vemos um aumento significativo de pessoas que se apresentam e tendo fé", ressaltou.

A atriz de Nova York, Paz de la Huerta, afirma que Weinstein a estuprou em sua casa de Manhattan em 2010.

Mais de 100 mulheres tornaram públicas desde outubro acusações contra Weinstein nos últimos 40 anos, que vão de intimidação a estupro.

Entretanto, muitas das denúncias não podem ser investigadas criminalmente pelo fato de os supostos crimes terem prescrito.

Poucas mulheres apresentaram acusações criminais: esse foi o caso de Paz de la Huerta e outras duas mulheres em Los Angeles e Londres.

Pamela Anderson se pronunciou sobre as várias denúncias de assédio que pesam contra o produtor Harvey Weinstein, algo que o levou a ser demitido do próprio estúdio. Segundo ela, “era do conhecimento de todo mundo que certos produtores e certas pessoas em Hollywood deveriam ser evitadas”. A atriz e modelo afirmou ainda que usou do ‘bom senso’ para evitar situações parecidas ao longo da sua carreira.

"Quando eu vim para Hollywood, é claro que recebi muitas ofertas para audições privadas e coisas que não faziam nenhum sentido, absolutamente. Apenas bom senso: não vá a um quarto de hotel sozinha. Se alguém entra pela porta usando roupão de banho, vá embora. Essas coisas são de bom senso”, afirmou Pamela, que disse também: “Você sabe onde está se metendo se está indo a um quarto de hotel sozinha”.

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Ela continuou citando que muitas vezes são as próprias agentes ou assistentes das atrizes, também mulheres, que as atraem para esses encontros. A sugestão da modelo é de que essas profissionais deveriam sempre pedir para alguém acompanhá-las, e nunca ir sozinhas. “Acho que é um jeito fácil de resolver isso. Essa não é uma boa desculpa”, concluiu.

As declarações foram feitas durante uma entrevista ao programa Megyn Kelly Today, aonde Pamela foi questionada sobre seu posicionamento diante das inúmeras acusações de abuso na indústria do cinema. A atriz, que já afirmou ter sido assediada e estuprada na infância, continuou dizendo que conseguiu evitar isso no mundo dos famosos.

“De alguma forma escapei de tudo. Recebi ofertas de muitas coisas. Uma casa e um Porsche para ser a garota número um na lista de alguém. Eu apenas disse, ingenuamente: 'Bem, aí deve haver a garota número dois, então não estou interessada'. Dinheiro, casa, papéis em filmes. E eu não queria fazer isso, de qualquer modo. Não tinha vontade. Sou uma romântica, e isso não me atraía", lembrou.

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O produtor de cinema Harvey Weinstein é alvo de um novo processo, apresentado em Nova York por Kadian Noble, que também acusa seu irmão e a empresa de ambos de negligência por "facilitar" o comportamento daquele que já foi um dos homens mais poderosos de Hollywood.

Harvey Weinstein "atraiu e recrutou a aspirante a atriz Kadian Noble com a promessa de um papel, consciente de que usaria a força, a fraude ou a coerção para ter uma relação sexual com ela em seu quarto de hotel", afirma a demanda desta cidadã britânica.

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Bob Weinstein e a Weinstein Company são acusados de negligência e por terem "conhecimento e facilitado o comportamento" de Harvey Weinstein.

Weinstein, que foi forçado na segunda-feira a renunciar ao sindicado dos produtores de Hollywood, afirma que todas as relações foram consensuais.

Um comunicado publicado em nome de Weinstein, que permanece em terapia no Arizona segundo a imprensa, reafirmou a posição.

"O senhor Weinstein desmente as acusações de relações sexuais não consentidas e confirma que nunca houve um ato de represália contra uma mulher por ter sido rejeitado", afirma o texto.

De acordo com a demanda, em fevereiro de 2014 Harvey Weinstein convidou Kadian a seu quarto em um hotel de Cannes para exibir um vídeo, mas uma vez no local ele forçou a atriz a masturbá-lo, entre outras acusações.

Noble afirma que sofreu "lesões severas e angústia emocional".

Desde outubro, mais de 100 mulheres acusaram Harvey Weinstein de assédio, agressão sexual ou estupros durante os últimos 40 anos.

De acordo com a revista Variety, outra ação foi apresentada em Londres na segunda-feira com denúncias de "agressões reiteradas nos anos 2000".

O produtor é objeto de investigações policiais em Londres, Nova York e Los Angeles sobre as múltiplas acusações.

Uma Thurman resolveu usar o Dia de Ação de Graças, comemorado na última quinta-feira, dia 23, nos Estados Unidos, para falar sobre os recentes casos de escândalos sexuais que chocaram Hollywood e o mundo inteiro. No Instagram, a atriz usou uma foto do filme Kill Bill, na qual ela vive A Noiva, uma mulher sedenta por vingança, para desejar um feliz dia aos seguidores, mas também alfinetar Harvey Weinstein, grande produtor norte-americano acusado em casos de assédio:

Feliz Dia de Ação de Graças. Estou grata hoje, por estar viva, grata por todos que amo e por todos que tiveram coragem de defender outras pessoas. Eu disse recentemente que estava furiosa e tenho alguns motivos para isso. Eu sinto que é importante ter seu tempo, ser justo e exata, então...Feliz Dia de Ação de Graças a todo mundo! (Exceto você Harvey e todos seus conspiradores doentes - que agradeço por estar diminuindo - você não merece um tiro. Fiquem ligados.

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A atriz Daryl Hannah, que contracenou com Uma em Kill Bill foi uma das mulheres que acusou Harvey Weinstein por comportamento sexual inapropriado.

Uma atriz não identificada apresentou uma denúncia à Justiça contra o produtor de Hollywood Harvey Weinstein. Ela afirma ter sido estuprada no quarto de um hotel em Beverly Hills no ano passado, informou a revista Variety nesta terça-feira (14).

A atriz, identificada no processo apenas como "Jane Doe", é a última das mais de 100 mulheres que acusaram Weinstein de mau comportamento sexual - denúncias que vão de assédio a estupro.

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A Variety disse que os representantes de Weinstein negaram essa última acusação, bem como todas as outras feitas ao longo das últimas semanas, afirmando que o produtor "acredita que todas essas relações foram consensuais".

No processo contra Weinstein e a The Weinstein Company, a mulher diz que se reuniu com o magnata do cinema no Montage Hotel em Beverly Hills no fim de 2015 para discutir um papel no elenco da série Marco Polo, da Netflix.

Contudo, uma vez no quarto, Weinstein disse a ela que desejava se masturbar na sua frente e, como ela disse não, continuou a segurar seu pulso com uma mão e a se masturbar com a outra, de acordo com a demanda.

No ano seguinte, Weinstein teria lhe contactado novamente como se nada tivesse acontecido, dando a impressão de que ela tinha ganhado um papel na série.

Ele lhe convidou para um nova reunião no Montage Hotel para comemorar, à qual ela compareceu, segundo o relato da atriz.

Durante o encontro, ele pediu licença e voltou trajando um roupão de banho, mas quando ela disse que não queria nada sexual, ele lhe arrastou para a cama, onde usou "sua enorme força e peso para forçá-la", de acordo com o processo.

A mulher disse que fugiu do quarto assim que conseguiu se libertar.

A atriz, representada pela advogada Gloria Allred, quer uma compensação e reparação de danos, denunciando violência e agressão sexuais, bem como negligência, de acordo com a Variety.

Harvey Weinstein contratou um dos advogados de defesa mais famosos dos Estados Unidos para que o represente em Nova York, disse nesta quarta-feira (8) um porta-voz do produtor, enquanto se informa que procuradores de Manhattan preparam um caso contra ele.

Que Weinstein agregue Benjamin Brafman em sua equipe legal é um claro sinal de que o produtor caído em desgraça teme que se apresentem acusações criminais em Manhattan por suspeita de estupro.

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Entre os clientes anteriores de Brafman estão o rapper Sean Combs, o ex-diretor do FMI Dominique Strauss-Kahn, o empresário farmacêutico Martin Shkreli e Michael Jackson.

O escritório de Brafman, contatado pela AFP, não fez comentários de imediato.

A imprensa americana noticiou na terça-feira que o procurador do distrito de Manhattan estava preparando uma ação penal contra Weinstein. A Polícia de Nova York confirma uma acusação de estupro confiável contra ele e disse que está reunindo provas para uma possível ordem de prisão.

"Não acreditamos que uma acusação contra Weinstein seja iminente", disse seu porta-voz nesta quarta-feira em um comunicado.

"Será feita uma apresentação formal em nome do senhor Weinstein no curso da investigação e acreditamos firmemente que demonstraremos que não se justificam acusações criminais", acrescentou.

O gabinete do promotor do distrito se negou a fazer comentários.

A atriz de "Boardwalk Empire", Paz de la Huerta, acusou publicamente Weinstein de violentá-la duas vezes em seu apartamento de Nova York no final de 2010. Segundo a Polícia de Nova York, sua narrativa é "confiável e detalhada".

Cerca de 100 mulheres acusaram Weinstein de conduta sexual inapropriada desde que se publicou uma denúncia do New York Times no começo de outubro, com acusações que vão de assédio até estupro. Weinstein negou qualquer relação não consentida.

A The New Yorker referiu-se a Brafman como "o último dos grandes advogados de defesa".

A atriz americana Paz de la Huerta afirmou que o produtor Harvey Weinstein a estuprou duas vezes em 2010, aumentando a lista de supostas vítimas do ex-magnata de Hollywood.

A polícia de Nova York "está a par das denúncias de agressão sexual", afirmou à AFP o sargento Brendan Ryan. "Estamos investigando", completou.

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O oficial indicou que a polícia está "colaborando com o Ministério Público de Manhattan", que segundo o canal CBS já teria designado um procurador de crimes sexuais para este caso. A Promotoria não respondeu aos pedidos de comentário da AFP.

De la Huerta, de 33 anos, fez as acusações na revista Vanity Fair. Ela disse que as supostas agressões aconteceram em Nova York, com pouco mais de um mês de diferença.

A primeira aconteceu em novembro de 2010, quando Weinstein se ofereceu para levá-la a seu apartamento em Nova York e pediu para subir e tomar uma bebida.

"Senti medo, não foi consensual, tudo aconteceu muito rápido... Ele se colocou dentro de mim... quando acabou disse que me ligaria. Fiquei na cama em choque", disse a atriz, conhecida por seu papel na série da HBO "Boardwalk Empire".

O segundo estupro teria acontecido em dezembro do mesmo ano. O produtor, embriagado, apareceu em seu edifício e exigiu subir até o apartamento.

"Foi repugnante, é como um porco (...) me estuprou".

Dezenas de mulheres denunciaram nas últimas semanas que foram assediadas ou violentadas pelo outrora influente produtor de cinema.

Segundo os números publicados no Twitter por uma das atrizes que acusam Weinstein, a italiana Asia Argento, 94 mulheres foram assediadas ou abusadas e 14 afirmam que foram estupradas.

Weinstein insiste que todas as relações foram consensuais.

Sua porta-voz Holly Baird afirmou à AFP que o produtor iniciou terapia e busca um "melhor caminho".

"Espera que, se conseguir progredir o suficiente, receberá uma segunda chance".

Outra personalidade de Hollywood afetada pelo escândalo é o diretor Brett Ratner, também acusado de assédio sexual por várias mulheres.

O estúdio Warner Bros. rompeu a relação com o diretor e sua produtora, RatPac, foi descartada para a adaptação de um best-seller que também tinha o envolvimento da Amazon.

Ratner nega as acusações e processou uma das acusadoras por difamação.

Uma atriz norueguesa afirmou nesta quarta-feira (25) ter sido estuprada pelo produtor hollywoodiano Harvey Weinstein em Londres em 2008, porém não decidiu ainda se o denunciará.

Natassia Malthe, 43 anos, relatou em uma coletiva de imprensa em Nova York que conheceu o magnata do cinema durante a premiação britânica BAFTA Awards.

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Algumas horas depois, Weinstein apareceu no quarto em que estava hospedada, batendo e gritando na porta, que ela abriu por medo, para evitar um escândalo. Malthe afirmou que, depois de tê-lo dispensado, ele se atirou sobre ela e a estuprou.

A advogada da atriz, Gloria Allred, explicou que a sua cliente "está estudando suas opções" sobre a possibilidade de apresentar uma denúncia. Os crimes sexuais não prescrevem no Reino Unido.

A atriz acrescentou que, depois do ocorrido, o empresário entrou em contato com ela em Los Angeles para lhe oferecer um papel no filme "Nine".

Quando chegou ao Hotel Península de Beverly Hills, no qual estava hospedada, o produtor vestia um roupão, e a propôs um "ménage à trois" com outra mulher que também estava no local, como relatou a norueguesa.

No início de outubro, cerca de 50 mulheres acusaram publicamente o produtor de assédio, agressão sexual e estupro, porém nenhum testemunho permitiu a abertura de uma investigação sobre o caso até o momento, pois a maioria dos casos já prescreveram.

O produtor pediu demissão do seu cargo na The Weinstein Company, mas nega todas as acusações.

As repercussões da queda de Harvey Weinstein superaram os limites de Hollywood e atingiram a indústria da moda e o mundo das finanças: as empresas começaram a demitir poderosos executivos acusados de assédio sexual para legitimar sua política de tolerância zero.

As revelações sobre atos de assédio e abuso sexual que o magnata praticou durante anos destruíram sua carreira e seu casamento, e mostraram um problema endêmico na meca do cinema.

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Mas quase três semanas depois das primeiras acusações virem à tona, a história se repete em outros setores.

O grupo editorial Condé Nast confirmou nessa terça-feira a demissão de Terry Richardson, fotógrafo de Nova York de 65 anos conhecido por suas imagens de conteúdo explícito e há anos acusado por modelos de assédio.

No mundo masculino das finanças americanas, uma fonte anunciou que o fundo de investimentos Fidelity Investments demitiu Robert Chow, de 56 anos, que trabalhava na empresa há 30 anos, e Gavin Baker, de 41, que administrava um fundo de tecnologia de 16 bilhões de dólares.

Sua presidente executiva, Abigail Johnson, considerada a mulher mais poderosa das finanças nos Estados Unidos, estava há semanas exigindo as demissões dos dois funcionários da empresa.

"Simplemente não toleraremos esse tipo de comportamento", disse em entrevista por e-mail à AFP o porta-voz do Fidelity, Vincent Loporchio.

Johnson, com um patrimônio de 17,5 bilhões de dólares segundo a revista Forbes, lidera un fundo que administra 6,4 bilhões de dólares em ativos e faz parte dos 2% de mulheres que ocupam o cargo de presidente executiva, segundo a organización Catalyst.

- "Inaceitável" -

A decisão da Condé Nast de não publicar o trabalho de Richardson é um grande sinal de que a tolerância com os homens poderosos acusados de condutas sexuais inapropiadas é cada vez menor.

Os funcionários da Condé Nast International -editora de revistas como Vogue, Vanity Fair e Glamour- foram informados por e-mail de que o trabalho de Richardson nos arquivos da empresa deveria ser "eliminado ou substituído".

"O assédio sexual de qualquer tipo é inaceitável e não deve ser tolerado", diz a empresa.

Assim como Weinstein, Richardson insiste que todas as suas relações foram consentidas. Na terça-feira, um representante disse que o fotógrafo estava "decepcionado".

Marido e pai de dois filhos, Richardson fotografou campanhas de moda, retratou Barack Obama antes de sua eleição à Casa Branca e dirigiu o videoclipe de Miley Cyrus para sua canção de 2013, "Wrecking Ball", em que aparece nua.

O jornal britânico Sunday Times se pergunta por que Richardson era "ainda celebrado", apesar de ter "uma reputação como um Harvey Weinstein da moda".

- Assédios sexuais -

Enquanto isso, o escândalo Weinstein cresce. Uma ex-assistente de produção afirmou na terça-feira ter sido agredida pelo magnata cinematográfico em Nova York em 2006, quando foi vítima de assédio não denunciado à Polícia.

Mimi Haleyi relatou que o produtor a bombardeou com ligações e mensagens, e foi até seu apartamento insistindo para que ela voltasse com ele em um avião particular para Paris para ver os desfiles de moda. Ela se negou todo o tempo.

Ao voltar, continuou a assediá-la, obrigando Mimi a fazer sexo oral nele.

"Nunca quis que alguém fizesse isso comigo, nem mesmo se fosse meu namorado. Lembro que Harvey disse: "Não acha que agora estamos muito mais próximos um do outro?", e respondi: "Não", contou Haleyi.

O caso não foi denunciado à Polícia. Sua advogada, Gloria Allred, que representa outras supostas vítimas, disse que pode ser difícil seguir com um processo porque os supostos crimes já prescreveram.

Paralelamente, a atriz Dominique Huett denunciou, também na terça-feira, a The Weinstein Company, alegando que sofreu agressões sexuais e que a produtora permitiu que isso acontecesse porque há anos tinha conhecimento da conduta de seu cofundador..

O famoso chef americano John Besh, garoto-propaganda de culinária de Nova Orleans que já cozinhou para líderes mundiais e apareceu em programas de televisão, também renunciou nessa segunda-feira ao cargo em sua empresa após várias mulheres alegarem que o assédio sexual é comum em seus restaurantes.

Besh reconheceu uma "aventura amorosa", mas negou uma cultura abusiva em sua companhia, onde mulheres asseguraram que seus companheiros de trabalho e supervisores as tocavam e faziam comentários de forma inapropriada, e por vezes tentavam coagi-las a ter relações sexuais.

Lupita Nyong'o é mais uma atriz a acusar Harvey Weinstein por assédio sexual. Em entrevista ao The New York Times, ela relembrou alguns episódios desagradáveis com o produtor na época em que estava na Yale School of Drama.

Pouco tempo depois de terem se conhecido, ele a convidou para ir à casa dele para gravar uma cena. Na ocasião, ela chegou a conhecer os funcionários de Weinstein e até os filhos dele. Convidada a ir até o quarto dele, a princípio, ela se recusou. Mas diante da insistência dele, aceitou:

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- Harvey me levou até um quarto, seu quarto, e anunciou que me faria uma massagem. Eu pensei que ele estava brincando, a principio. Ele não estava. Pela primeira vez desde que o conheci, eu me senti em perigo. Eu entrei em pânico e rapidamente pensei em lhe oferecer uma (massagem) ao invés disso. Isso me permitiria estar no controle fisicamente, saber onde minhas mãos estavam o tempo todo.

Ela explica que não racionalizou muito a situação naquela hora, pois, na faculdade, não era tão estranho usarem essa técnica para promover uma conexão entre corpo, mente e emoção:

- Mas depois de um tempo, ele quis tirar as calças. Eu lhe disse para não fazer isso e disse que isso me deixaria extremamente desconfortável. Mas ele se levantou do mesmo jeito para fazer isso e eu fui até a porta, dizendo que não estava confortável.

Também em entrevista ao The New York Times, o diretor Quentin Tarantino revelou que já desconfiava do comportamento abusivo do produtor, mas que não fez nada a respeito:

- Eu sabia o suficiente para fazer mais do que fiz. Havia mais nisso do que os rumores normais. Não era algo de segunda mão. Eu sabia que ele tinha feito algumas dessas coisas. Eu queria ter feito algo com o que ouvi [...] O que eu fiz foi marginalizar esses incidentes. Qualquer coisa que eu diga agora irá soar como uma desculpa esfarrapada.

E completou:

- Todo mundo que fosse próximo a Harvey já tinha ouvido sobre pelo menos um desses incidentes. É impossível que não tenham.

O cineasta americano Quentin Tarantino admitiu, em entrevista publicada nesta quinta-feira (19), que sabia há décadas que o produtor Harvey Weinstein cometia abusos sexuais e confessou sentir-se envergonhado por não ter feito nada a respeito.

"Sabia o suficiente para ter feito mais do que fiz", disse o cineasta, ganhador de dois Oscars, ao jornal The New York Times, citando vários episódios envolvendo atrizes famosas.

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"Havia algo mais que os tradicionais boatos e as fofocas habituais. Não era (informação) de segunda mão", destacou.

Weinstein, de 65 anos, foi acusado de abuso e assédio sexual por 40 atrizes, entre elas Gwyneth Paltrow, Angelina Jolie e Mira Sorvino, ex-namorada de Tarantino.

A Polícia de Los Angeles abriu uma investigação sobre uma possível sexta vítima de abuso sexual.

O ex-produtor de Hollywood renunciou ao cargo no conselho administrativo de seu estúdio esta semana, depois de ter sido demitido da Presidência.

Tarantino disse ao Times ter ouvido sobre a conduta de Weinstein muito antes da publicação dos artigos deste jornal e da revista The New Yorker, que revelaram o escândalo.

"O que fiz marginalizou os incidentes", disse. "Qualquer coisa que diga agora soará como uma desculpa barata", acrescentou o diretor, premiado com o Oscar de melhor roteiro por "Django Livre" em 2013 e "Pulp Fiction" em 1995.

Weinstein e Tarantino trabalharam juntos por décadas, desde que o produtor distribuiu "Cães de Aluguel" em 1992.

Depois, ambos trabalharam em "Pulp Fiction", "Kill Bill", "Bastardos Inglórios" e "Os Oito Odiados".

Principalmente após o escândalo envolvendo Harvey Weinstein, produtor de Hollywood que abusou e assediou muitas mulheres, várias celebridades estão expondo as ocasiões as quais elas foram vítimas. Isso está acontecendo até com os homens, que também não escapam de casos assim.

Agora, foi a vez de Reese Whiterspoon contar a sua história, relembrando assédios que sofreu ao longo de sua carreira. Na última segunda-feira (16) a atriz subiu no palco da premiação no evento Elle Women in Hollywood e deu um discurso reflexivo sobre tudo o que está acontecendo, segundo informações da People.

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- Essa foi uma semana muito difícil para as mulheres em Hollywood, para mulheres ao redor do mundo, e muitas situações e muitas indústrias são forçadas a lembrar e reviver um monte de verdades sujas. Eu tenho as minhas próprias experiências que voltam para mim de forma muito vívida e eu acho muito difícil dormir, difícil de pensar, difícil de comunicar vários dos sentimentos que estou tendo por causa da ansiedade, honestidade, por não ter falado antes.

Ela continua:

- (Eu me sinto) realmente enojada por causa do diretor que me assediou quando eu tinha 16 anos de idade e a raiva que os agentes e produtores me fizeram sentir que o silêncio era uma condição do meu emprego. E eu gostaria de dizer que foi um incidente isolado em minha carreira, mas infelizmente, não foi. Eu tive muitas experiências de assédio e agressões sexuais e eu não falo sobre elas com muita frequência.

Por fim, a atriz de Big Little Lies ainda conclui:

- Mas após ouvir todas essas histórias nos últimos dias e ouvindo essas corajosas mulheres falarem hoje à noite sobre as coisas que nós meio que ouvimos para jogar embaixo do tapete e não falar sobre, me fez querer falar e falar em voz alta porque eu realmente me sinto menos sozinha essa semana do que eu já senti em toda a minha carreira.

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