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Na última terça-feira (19), em entrevista no Festival de Cinema de Roma que acontece até o próximo fim semana, o cineasta Quentin Tarantino cogitou a possibilidade de  “Kill Bill Vol. 3” ser seu próximo filme. Segundo ele, a trama apresentaria a filha da antagonista Vernita Green (Vivica A. Fox), em busca de vingança pela morte de sua mãe.

Ainda que existam os projetos para o cinema, Tarantino possui grande experiência com escrita e roteiro e, de acordo com o diretor, fora das telonas ele já pensa em outros planos para o futuro, como um livro sobre crítica de cinema, além de uma série para televisão, que vai mesclar os gêneros faroeste e comédia.

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Vale lembrar que o diretor já revelou em outras ocasiões que pretende encerrar sua carreira no cinema após lançar cerca de dez filmes, por isso, é possível que o próximo projeto seja o último de sua carreira. Desta forma, “Kill Bill” seria a única trilogia do diretor, fora outros sete filmes com histórias isoladas, lançados desde a década de 1990.

Sua história no cinema começou de forma independente, quando estava fora do circuito de Hollywood e lançou “Cães de Aluguel” (1992), “Pulp Fiction: Tempo de Violência” (1994) e “Jackie Brown” (1997). Já na virada do século, Tarantino continuou a lançar grandes obras, como “Kill Bill - Volume 1” (2003), e “Kill Bill - Volume 2” (2004).

Após ingressar de vez no mainstream, Tarantino continuou adaptando histórias fictícias e reais, como “Bastardos Inglórios” (2009), “Django Livre” (2012) e “Os Oito Odiados” (2015). Seu último projeto, “Era Uma Vez Em... Hollywood” (2019) contou com um trio de peso no elenco: Leonardo DiCaprio, Brad Pitt e Margot Robbie.

 

 

No festival internacional Séries Mania, em Lille, para apresentar uma série que será lançada em breve na Netflix, a atriz americana Uma Thurman falou de sua trajetória, de suas relações com Quentin Tarantino e sobre a ascensão dos papéis femininos em Hollywood.

"Aos 12 anos, eu disse a minha mãe que eu queria ser atriz, e ela me respondeu: sim, como todo mundo", lembrou a atriz em um evento lotado aberto ao público na terça-feira.

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"Não sei como isso foi possível. É, provavelmente, um dos milagres da minha vida. Aos 15 anos, meus pais me autorizaram a ficar independente. Aos 16, fui contratada para meu primeiro filme e nunca mais parei de trabalhar desde então", contou.

Suas modelos? Doris Day, Meryl Streep, Diane Keaton, ou Audrey Hepburn.

Desde a estreia com Terry Gilliam ("As aventuras do barão de Munchhausen"), sua carreira conta com vários filmes icônicos, como "Ligações perigosas", "Gattaca - experiência genética", "Ninfomaníaca, e algumas séries de televisão. Mas foi principalmente por seu papel no filme de Quentin Tarantino "Pulp Fiction - tempo de violência" e depois em "Kill Bill" que ela se tornou conhecida.

"Tenho muita sorte de ter vivido isso", reconhece a atriz, de 49 anos, que também falou das difíceis condições de filmagem de "Kill Bill".

No início de 2018, seu testemunho se somou ao de uma longa lista de vítimas do produtor Harvey Weinstein, e ela acusou Tarantino de tê-la posto em perigo quando ela foi vítima de um grave acidente de carro na produção de "Kill Bill 2".

Embora não tenha comentado este episódio, a lembrança de uma cena clássica, quando ela tenta escapar de um caixão aos socos, a faz reagir: "vivi 12 momentos de estresse pós-traumático só de olhar para isso".

- Melhores oportunidades -

"Todo mundo ama ouvir os diálogos de Quentin e ver sua criatividade, não tem realmente ninguém que não goste deles", comenta ela, vendo nele "um verdadeiro senso de humor, que não corresponde, com certeza, exatamente ao meu".

"Quando revejo 'Pulp Fiction', penso na minha filha, Maya. Ela tem 20 anos, um bebê...", continua a atriz, celebrando a "correção muito tardia" de Hollywood sobre os papéis femininos, que há alguns meses passou a criar mais heroínas fortes e independentes.

"Estou feliz de ver que há melhores oportunidades para as mulheres e que minha filha terá oportunidades diferentes", acrescenta a atriz, comemorando sua presença no elenco da terceira temporada da série de sucesso no Netflix "Stranger Things".

Uma considera que o movimento #MeToo (sem citá-lo de forma direta) "criou definitivamente um melhor ambiente de trabalho, mais seguro".

"Mas não é preciso que isso restrinja a criatividade das pessoas. É preciso que a gente possa se apaixonar pelo papel principal sem se deixar aprisionar", acrescentou.

Sem revelar sua preferência entre cinema e televisão, ou entre gêneros, Uma Thurman também apresentou a série "Chambers", um "drama familiar, um thriller sobrenatural, onde uma jovem vai viver estranhos efeitos após o transplante de um coração que pertencia a uma garota da idade dela".

"Sou a mãe em luto da jovem falecida. Há muita energia feminina nesta série" criada por Leah Rachel e que tem Uma como coprodutora.

"Sou um pouco a madrinha dela", concluiu a estrela dessa série selecionada para competição na Séries Mania, antes de seu lançamento na Netflix em 26 de abril.

Quentin Tarantino abriu o jogo sobre o acidente de Uma Thurman nos bastidores de Kill Bill. Em entrevista ao Deadline, o diretor confessou que o acidente da atriz durante as filmagens foi o maior arrependimento de sua vida e que ele se sente culpado por isso.

- Como diretor, você aprende coisas e às vezes você aprende por meio de erros terríveis. Esse foi um dos meus piores erros, que eu não tive tempo para pegar a estrada mais uma vez, só para ver o que deveria.

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Tarantino, que dirigiu Thurman em Pulp Fiction, em 1994, e nos dois filmes da franquia Kill Bill, revelou que a relação entre eles nunca voltou a ser mesma depois do acidente:

- Nós não paramos de nos falar, mas a confiança foi quebrada. A confiança foi quebrada após um ano de gravações, de nós fazendo um trabalho notável. Eu queria que ela fizesse todo o possível e nós [a produção] tentamos cuidar dela. E então nos últimos quatro dias, que deveria ser uma cena simples dela dirigindo, nós quase a matamos.

Na última segunda-feira, dia 5, Uma compartilhou o vídeo do acidente no seu Instagram, após ter sido publicada sua entrevista para o jornal New York Times, em que ela abre o jogo sobre o assunto e sobre os casos de assédio de Harvey Weinstein.

Na legenda, ela declarou:

As circunstâncias desse evento foram negligentes ao ponto da criminalidade. Eu não acredito que em intenções maliciosas. Quentin Tarantino ficou muito arrependido e permanece cm remorso em relação a essa história e me deu essas cenas anos depois. Então eu pude expor isso para ser visto na luz do dia, apesar de ser um evento que a justiça jamais será possível.

A atriz defendeu o diretor e não deixou de citar os nomes dos culpados:

Ele [Tarantino] fez isso [entregar as cenas do acidente] sabendo que poderia lhe causar prejuízo e eu estou orgulhosa dele por ter feito a coisa certa e por sua coragem. O fato é inesquecível. Por isso eu asseguro que Lawrence Bender, E. Bennett Walsh e o notório Harvey Weinstein foram os principais culpados. Eles mentiram, destruíram evidências e continuaram a mentir sobre os prejuízos permanentes que causaram.

E finalizou:

Eles tiveram intenções maliciosas e tenho vergonha desses três por toda a eternidade. CAA [Agência de Artistas nos Estados Unidos] nunca enviou ninguém ao México. Eu espero que eles olhem para outros clientes com mais respeito se eles de fato querem fazer com decência o trabalho com o qual ganham dinheiro.

Uma Thurman resolveu usar o Dia de Ação de Graças, comemorado na última quinta-feira, dia 23, nos Estados Unidos, para falar sobre os recentes casos de escândalos sexuais que chocaram Hollywood e o mundo inteiro. No Instagram, a atriz usou uma foto do filme Kill Bill, na qual ela vive A Noiva, uma mulher sedenta por vingança, para desejar um feliz dia aos seguidores, mas também alfinetar Harvey Weinstein, grande produtor norte-americano acusado em casos de assédio:

Feliz Dia de Ação de Graças. Estou grata hoje, por estar viva, grata por todos que amo e por todos que tiveram coragem de defender outras pessoas. Eu disse recentemente que estava furiosa e tenho alguns motivos para isso. Eu sinto que é importante ter seu tempo, ser justo e exata, então...Feliz Dia de Ação de Graças a todo mundo! (Exceto você Harvey e todos seus conspiradores doentes - que agradeço por estar diminuindo - você não merece um tiro. Fiquem ligados.

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A atriz Daryl Hannah, que contracenou com Uma em Kill Bill foi uma das mulheres que acusou Harvey Weinstein por comportamento sexual inapropriado.

Uma Thurman pode até estar em outro relacionamento, mas até hoje tem problemas com Arpad Busson, seu ex-noivo e pai de sua filha Luna. Desde os dois anos de idade da pequena, que atualmente está com quatro aninhos, a atriz vive uma intensa batalha judicial com Arpad pela custódia da pequena. Agora, segundo informações do site TMZ, Uma quer cancelar as visitas do empresário, que, segundo ela, não merece o prêmio de pai do ano.

Uma fonte próxima da artista garantiu que Arpad quase não vê Luna. Ele cancela a maioria de seus compromissos com a filha, deixando Uma bastante irritada. O empresário quer, inclusive, pedir para o juiz mais tempo com a menina, mas Uma detesta dividir a custódia, já que sempre termina cuidando de Luna sozinha.

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Arpad também estaria brigando pelo anel de noivado. Segundo o informante, ele deseja ter a joia de volta, mas Uma alega que foi um presente e que o noivado foi cancelado depois de receber o acessório. O representante do empresário não quis comentar o caso.

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