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A Fifa pediu "bom senso" na aplicação de possíveis punições a jogadores ou clubes que homenageiem durante partidas o norte-americano George Floyd, cuja morte no último dia 25 após uma ação policial gerou uma onda de protestos antirracistas nos Estados Unidos. Em um comunicado oficial emitido nesta terça-feira (2), a entidade pede às federações nacionais para mostrar alguma flexibilidade, como foi feito pela Federação Alemã de Futebol (DFB, na sigla em alemão) após vários atletas terem prestado alguma homenagem no final de semana.

"A Fifa compreende totalmente o sentimento profundo e as preocupações mostradas por vários jogadores devido às trágicas circunstâncias do caso de George Floyd", afirmou a entidade.

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O organismo que comanda o futebol mundial lembra que a aplicação das leis (que preveem penas para jogadores que mostrem mensagens políticas durante os jogos) é da responsabilidade dos organizadores das competições, mas pede que se use "bom senso e se tenha em consideração o contexto que envolvem estes eventos".

O futebol tem sido muito criticado por fazer pouco para erradicar o racismo, mas a Fifa garante que se tem "expressado repetidamente (...) contra o racismo e a discriminação de qualquer espécie". "Recentemente (a Fifa) reforçou as suas próprias regras disciplinares para tentar ajudar a erradicar esses comportamentos", prosseguiu o comunicado.

George Floyd, um afro-americano de 46 anos, morreu em Minneapolis, no estado americano de Minnesota), depois de um policial branco ter pressionado o seu pescoço no chão com o joelho durante cerca de oito minutos em uma operação de detenção, apesar de Floyd dizer que não conseguia respirar.

Desde a divulgação das imagens nas redes sociais, tem acontecido protestos contra a violência policial e o racismo em dezenas de cidades norte-americanas, algumas das quais foram palco de atos de vandalismo.

Pelo menos quatro mil pessoas foram detidas e o toque de recolher obrigatório foi imposto em várias cidades, incluindo Washington e Nova York, mas diversos comentários do presidente norte-americano, Donald Trump, contra os manifestantes têm intensificado os protestos.

Gusttavo Lima se assustou com os preços de comida de aeroporto nesta quarta-feira (6). Ao ir atrás de um lanche, o cantor se deparou com uma coxinha de frango com requeijão no valor de R$ 9, e se mostrou indignado. “Ta faltando bom senso”, escreveu ele em uma publicação feita no Instagram.

Em vídeo, ele enfatizou sua perplexidade com o valor. “Tô aqui no aeroporto de Guarulhos aguardando para decolar e fui comer uma coxinha. Olha o preço dessa coxinha! Eu não dou conta não”, comentou.

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Nas redes sociais, muitos internautas acharam engraçada a reação do cantor, e até se identificaram. “Se nem o Gusttavo Lima que é podre de rico aceita o preço da coxinha, quem sou eu para aceitar”, escreveu um. “Não da pra comer em aeroporto, é mais caro que passagem de avião”, brincou outra.

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Pamela Anderson se pronunciou sobre as várias denúncias de assédio que pesam contra o produtor Harvey Weinstein, algo que o levou a ser demitido do próprio estúdio. Segundo ela, “era do conhecimento de todo mundo que certos produtores e certas pessoas em Hollywood deveriam ser evitadas”. A atriz e modelo afirmou ainda que usou do ‘bom senso’ para evitar situações parecidas ao longo da sua carreira.

"Quando eu vim para Hollywood, é claro que recebi muitas ofertas para audições privadas e coisas que não faziam nenhum sentido, absolutamente. Apenas bom senso: não vá a um quarto de hotel sozinha. Se alguém entra pela porta usando roupão de banho, vá embora. Essas coisas são de bom senso”, afirmou Pamela, que disse também: “Você sabe onde está se metendo se está indo a um quarto de hotel sozinha”.

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Ela continuou citando que muitas vezes são as próprias agentes ou assistentes das atrizes, também mulheres, que as atraem para esses encontros. A sugestão da modelo é de que essas profissionais deveriam sempre pedir para alguém acompanhá-las, e nunca ir sozinhas. “Acho que é um jeito fácil de resolver isso. Essa não é uma boa desculpa”, concluiu.

As declarações foram feitas durante uma entrevista ao programa Megyn Kelly Today, aonde Pamela foi questionada sobre seu posicionamento diante das inúmeras acusações de abuso na indústria do cinema. A atriz, que já afirmou ter sido assediada e estuprada na infância, continuou dizendo que conseguiu evitar isso no mundo dos famosos.

“De alguma forma escapei de tudo. Recebi ofertas de muitas coisas. Uma casa e um Porsche para ser a garota número um na lista de alguém. Eu apenas disse, ingenuamente: 'Bem, aí deve haver a garota número dois, então não estou interessada'. Dinheiro, casa, papéis em filmes. E eu não queria fazer isso, de qualquer modo. Não tinha vontade. Sou uma romântica, e isso não me atraía", lembrou.

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O Bom Senso FC, movimento criado por jogadores no segundo semestre do ano passado com o objetivo de melhorar o futebol brasileiro, vai organizar um seminário na próxima segunda-feira, em São Paulo, para expor suas ideias. O evento acontecerá no auditório da Uninove, universidade localizada em Santa Cecília, na capital paulista, das 11h às 15h.

Os dois principais pontos defendidos pelo Bom Senso para o futebol brasileiro são a adoção de um calendário de jogos mais equilibrado e do fair play financeiro (punição para os clubes devedores). Essas duas propostas serão apresentadas no seminário de segunda-feira, contando, inclusive, com debates entre jogadores que fazem parte do movimento.

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No tema do fair play financeiro, o painel de debates contará com os goleiros Fernando Prass (Palmeiras), Dida (Inter) e Roberto (Ponte Preta). E a discussão sobre a proposta de mudança no calendário, também no seminário de segunda-feira, terá a participação do zagueiro Juan (Inter), do meia Alex (Coritiba) e do zagueiro Rafael Silva (Nacional-MG).

Com a adesão de mais de mil jogadores em todo o Brasil, o Bom Senso chegou a realizar protestos em algumas rodadas do Campeonato Brasileiro do ano passado para chamar a atenção da CBF e dos dirigentes dos clubes para suas propostas. Também já se posicionou contra a violência no futebol e os atrasos salariais, ameaçando até mesmo fazer greve nos campeonatos.

No ano passado, os líderes do movimento chegaram a se reunir com dirigentes de clubes e a direção da CBF para apresentar suas propostas, mas sempre reclamaram de um certo descaso dos cartolas. Apesar disso, os jogadores que integram o Bom Senso prometem continuar a luta para implantar suas ideias, fazendo para isso, por exemplo, o seminário de segunda-feira.

O zagueiro Paulo André acertou a sua saída do Corinthians e vai se transferir para o Shanghai Shenhua, da China. A saída do jogador, líder do movimento Bom Senso FC, foi confirmada, nesta quarta-feira (12), por Ronaldo Ximenes, diretor de futebol do clube paulista.

A boa proposta financeira do clube chinês, que já teve o atacante marfinense Didier Drogba no seu elenco, para Paulo André pesou para a saída do zagueiro, que também só tinha contrato com o Corinthians até o final deste ano.

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Além disso, a invasão do CT do Corinthians por torcedores no dia 1º de fevereiro também pode ser apontada como uma das razões que levaram Paulo André a deixar o clube. O zagueiro, aliás, é o terceiro jogador a sair do time após o protesto dos torcedores - anteriormente, o meia Douglas foi para o Vasco, enquanto o atacante Alexandre Pato se transferiu para o São Paulo, em negociação que envolveu a chegada do meia Jadson.

Líder do Bom Senso FC, movimento que reivindica melhores condições de trabalho para os jogadores, Paulo André tentou, sem sucesso, realizar uma paralisação no Campeonato Paulista após a invasão do CT do Corinthians. O zagueiro foi o principal mentor da ideia de que o time não jogasse contra a Ponte Preta, mas acabou sendo voto vencido.

Depois, tentou realizar uma greve no último fim de semana, quando o Corinthians enfrentou o Mogi Mirim, pelo Campeonato Paulista, mas não teve o seu desejo alcançado. E, na última segunda-feira, ele desabafou em texto publicado na rede social Facebook.

"É hora de parar de se apegar a argumentos frágeis para me responsabilizar ou me culpar por problemas do futebol brasileiro como a violência no futebol, a Portuguesa, o Fluminense, a audiência da TV, o nível dos jogos, etc", escreveu o zagueiro.

Paulo André, de 30 anos, defendeu Águas de Lindoia, Guarani, Atlético-PR e Le Mans, da França, antes de chegar ao Corinthians em 2009. O zagueiro disputou 153 partidas pelo clube, com dez gols marcados, e faturou os títulos do Campeonato Brasileiro (2011), da Libertadores (2012), do Mundial de Clubes (2012), do Campeonato Paulista (2013) e da Recopa Sul-Americana (2013). Com a sua saída a tendência é que Cleber passe a formar a dupla de zaga do Corinthians com Gil.

A pouco mais de uma semana do início dos campeonatos estaduais, um dos líderes do movimento Bom Senso FC, o zagueiro Paulo André, afirmou nesta terça-feira que a greve de jogadores no futebol brasileiro pode mesmo ocorrer em 2014 caso as reivindicações do grupo não sejam atendidas. "É mais do que possível. Nada está descartado", avisou o defensor do Corinthians.

Paulo André disse que a greve é necessária porque o Bom Senso obteve poucos avanços nas exigências que fez em relação às mudanças estruturais no futebol brasileiro. Segundo ele, apenas um pedido foi atendido até agora, o de uma pré-temporada mais longa em 2015. Mas o zagueiro admitiu que isso aconteceu mais por uma vontade da TV Globo, detentoras dos direitos de transmissão, do que por exigência do movimento.

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"(A greve) é a única medida viável para que as pessoas que dirigem o futebol se preocupem com o que estamos falando. O Bom Senso vai tentar um diálogo para que os responsáveis pelo futebol tomem uma atitude. Lamentamos o desprezo e a falta de consideração com o futebol brasileiro, que está jogado às traças", criticou o zagueiro, um dos líderes do grupo que já conta com cerca de mil jogadores.

O Bom Senso, em reunião com dirigentes do futebol brasileiro, propôs um modelo de fair play financeiro (punição aos clubes devedores) e um calendário mais equilibrado. "Os times do interior jogam três meses. A partir de abril, 18 mil atletas ficarão desempregados. Eles são boias frias do futebol e estamos lutando por eles", afirmou Paulo André.

Ele também revelou que o grupo trabalhou "intensamente" no mês de dezembro, mesmo durante as férias dos jogadores, preparando novos protestos para este ano. Nas próximas semanas, segundo Paulo André, o Bom Senso vai divulgar novas ações - provavelmente, elas acontecerão na primeira rodada do Campeonato Paulista, que começa no dia 18 de janeiro.

Em entrevista coletiva nesta terça-feira no CT do Corinthians, o zagueiro ainda emitiu opinião sobre o "caso Lusa", mas fez questão de ressaltar que esta não é uma posição oficial do Bom Senso e, sim, uma visão dele. Sem entrar no mérito se a Portuguesa deve ou não ser rebaixada à Série B, Paulo André culpou a desorganização da CBF pelo polêmico caso.

"Em um campeonato de escola, de clube, existe um mesário que não deixa o cara que está proibido jogar. A CBF tem um cara para isso, que é o delegado da partida, mas nada acontece. Se a punição é correta ou não, não sei. Deveria punir? Talvez. Mas é fruto da desorganização. Agora já foi. E se tentarem uma virada de mesa, vai ficar mais explícito (a desorganização)", avaliou.

Quando Paulo André pegou o microfone para falar sobre o Bom Senso FC em um evento do Sindicato dos Atletas, uma voz soou forte no auditório, sem pedir licença. "O que vocês vão fazer pelo Nordeste?", perguntou o representante baiano. Calmo, o zagueiro do Corinthians e um dos líderes do movimento dos jogadores respondeu: "A CBF nunca fez nada nos últimos 20 anos pelo Nordeste e você não reclamou. Nós temos poucos meses e você já está reclamando?"

O diálogo curto, num debate recente em São Paulo sobre melhorias no futebol brasileiro, sintetiza o presente, o passado e o futuro do Bom Senso, raro movimento de atletas e estudiosos que propõe melhorias e, por isso, fez mundo da bola trepidar em 2013.

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Primeiro, o presente. Paulo André reconhece que o sindicalista tem razão e disse, em entrevista exclusiva, que a principal missão do Bom Senso é expandir as fronteiras para o interior do País, mobilizando os atletas das séries C e D do Campeonato Brasileiro.

Atualmente, o Bom Senso conta com cerca de mil assinaturas de atletas das séries A e B do Campeonato Brasileiro. A ideia é se aproximar dos mais de 15 mil jogadores profissionais no País. Esse é o foco do grupo, que não tirou férias para tentar crescer.

A primeira medida é a criação de um portal na internet, que deve ser lançado em janeiro, para facilitar a adesão dos jogadores de outros Estados e disseminar os ideais do movimento. Também estão previstas ações nas redes sociais com objetivos semelhantes. Paralelamente, o Bom Senso vai continuar usando as novas tecnologias, como aplicativos de mensagens via celular (WhatsApp) ou videoconferências via internet (Skype) para atrair seguidores.

A tecnologia não vai substituir "o olho no olho". Nos primeiros meses de 2014, líderes do grupo pretendem colocar o pé na estrada e percorrer o interior do Brasil em busca de apoio. Cada região também terá um representante para facilitar os contatos pessoais, importante na visão dos atletas.

O principal argumento das conversas é o planejamento de um calendário para todos, inclusive os clubes "nanicos" do futebol brasileiro. Os líderes do Bom Senso querem mostrar que a discussão vai além dos 30 dias de férias, de um período adequado de pré-temporada e, somando tudo isso, da melhoria dos jogos. Vão dizer que o movimento está preocupado com os clubes que não têm competições o ano todo e, por isso, tornam-se deficitários.

Dos 641 clubes das quatro divisões nacionais, só 15,8% desfrutam de um calendário de atividades para o ano inteiro. Com isso, milhares de jogadores trabalham apenas três meses por temporada. "Os problemas do futebol brasileiro não serão resolvidos apenas com as mudanças de calendário, mas é o ponto de partida para reflexões e melhorias essenciais", diz Eduardo Tega, diretor da Universidade do Futebol, principal parceira técnica e acadêmica do Bom Senso.

Esse olhar para os clubes menores inclui a possibilidade de uma greve em janeiro, no início dos campeonatos estaduais. O motivo principal seria o atraso dos salários dos atletas do Náutico. "A possibilidade de greve é grande. Em minha opinião, ela já deveria ter sido feita", diz João Henrique Chiminazzo, advogado e parceiro do movimento na área jurídica.

O futuro do Bom Senso, não daqui a dois anos, mas na primeira esquina de janeiro, é se transformar em uma associação. Na prática, terá uma sede em São Paulo, telefone, funcionários, presidente e assim por diante. O nome não vai mudar. "Hoje o Bom Senso existe de fato, mas não de direito. Como uma associação, vai ganhar reconhecimento", explica Chiminazzo.

Faltou falar sobre o "passado" de três meses de Bom Senso. Por causa desse estardalhaço, Paulo André foi eleito o dirigente do ano pela TV Gazeta na premiação do programa "Mesa Redonda". As justificativas para a homenagem foram os protestos dos jogadores, como o abraço coletivo na 30ª rodada e os braços cruzados na 34ª rodada do Brasileirão.

O barulho chegou aos salões da CBF que adiou o início da temporada 2014 em uma semana. Isso é pouco, na opinião do movimento dos jogadores. O impacto das ações, no entanto, aumentou a expectativa sobre quais serão os próximos passos do Bom Senso.

Uma reunião de mais de três horas entre a Comissão de Clubes e a cúpula da CBF, realizada na tarde desta terça-feira (10) na sede da entidade, no Rio, discutiu propostas para atender as demandas do movimento Bom Senso e tentar melhorar o futebol brasileiro. Entres os diversos temas abordados, como calendário de jogos e fair play financeiro, os clubes começaram a defender que sejam adotados contratos de produtividade para os jogadores.

Formada pela própria CBF, a Comissão de Clubes reúne os presidentes do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade, do Vitória, Alexi Portela, do Corinthians, Mário Gobbi, e do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello - recém-eleito presidente da Portuguesa, Ilídio Lico também foi à reunião desta terça-feira, mas não faz parte formalmente do grupo. Os presidentes de Inter, Atlético-MG e Fluminense estavam convidados, mas não puderam comparecer.

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Ao comentar as demandas do Bom Senso, a Comissão de Clubes disse que tem se reunido com os representantes do movimento, que reúne cerca de mil jogadores e cobra melhores condições de trabalho, "para tratar dos temas que dizem respeito à relação entre clubes e jogadores". E aproveitou para implantar sua proposta de contratos por produtividade no futebol.

Nos contratos de produtividade, que seria negociados diretamente entre clubes e jogadores - sem interferência da CBF -, o salário não sofreria alteração, mas haveria eventuais abatimentos no pagamento dos direitos de imagem. Além disso, o atleta passaria a receber pelo INSS a partir do segundo mês de recuperação caso sofresse contusão grave, sendo que seus vencimentos seriam completados com um seguro a ser feito entre as partes.

"Não existe essa cultura de empresas que fazem seguros de atletas no Brasil, mas a CBF assumiu o compromisso de levar ao Ministério do Esporte a proposta para que eles se empenhem junto às seguradoras para que haja esse tipo de seguro", afirmou Vilson Ribeiro de Andrade, presidente do Coritiba, que assumiu o comando da Comissão de Clubes.

Sobre a adoção do fair play financeiro (punição aos clubes devedores), uma das principais reivindicações do Bom Senso, os dirigentes atestam que ainda é preciso negociar com o poder público. "Foi apresentada ao Ministério do Esporte uma proposta de pagamento do passivo fiscal dos clubes que não inclui qualquer pedido de perdão de dívida ou desconto de qualquer espécie. Tendo em vista que tramita na Câmara dos Deputados um projeto de lei que difere da solução apresentada pelos clubes, a Comissão irá pleitear uma reunião com o Ministério do Esporte, deputados e representantes do Ministério da Fazenda e da Secretaria da Receita Federal com o objetivo de se chegar a um a texto que atenda aos interesses de todas as partes", diz a nota oficial divulgada após a reunião.

Do lado da CBF, que esteve representada na reunião pelo presidente José Maria Marin e pelo vice-presidente Marco Polo del Nero, o principal movimento é tentar ajustar o calendário para atender as reivindicações do Bom Senso. A entidade ressaltou nesta terça-feira que já reduziu as datas dos campeonatos estaduais a partir do ano que vem e confirmou que haverá 30 dias de férias e mais 30 dias de pré-temporada em 2015.

Em comunicado divulgado após a reunião, a CBF também avisou que, a partir de 2015, o calendário prevê que os jogadores de cada clube não disputem mais de sete jogos por mês, com exceção daqueles que chegarem às quartas de final, às semifinais e às finais da Copa do Brasil e da Libertadores.

Após a reunião desta terça-feira, a CBF e os clubes afirmaram que vão marcar um novo encontro com os representantes do Bom Senso para discutir as propostas de todos os lados envolvidos e tentar chegar a um acordo. Mesmo porque, o movimento dos jogadores já acenou com a possibilidade de greve no começo da próxima temporada caso não seja atendido.

O movimento Bom Senso FC divulgou nota na noite deste domingo para lamentar a violência ocorrida em Joinville, durante a partida entre Atlético-PR e Vasco, pela última rodada do Brasileirão. E também pediu que sejam tomadas medidas enérgicas para apurar os culpados e mudar esse cenário.

"Esperamos que os culpados, em todos os âmbitos, sejam punidos e que medidas drásticas sejam tomadas por toda a coletividade do futebol para que cenas como essas jamais voltem a ocorrer", defende o movimento, que reúne mil jogadores do futebol brasileiro e defende melhores condições de trabalho.

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O Bom Senso deixou claro que não compactua com nenhum ato de violência. "Apoiamos a tolerância zero para a violência nos estádios. Os verdadeiros torcedores e suas famílias merecem isso", diz a nota oficial do grupo, que, sem acordo com a CBF, está ameaçando greve no começo da próxima temporada.

Em busca da melhoria do futebol brasileiro, o Bom Senso tem duas reivindicações básicas para a CBF. Quer um calendário de jogos mais equilibrado a partir de 2015 e cobra a adoção do fair play financeiro, que pune clubes devedores. Agora, entra na briga também contra a violência.

Por conta da crise entre jogadores e dirigentes do Náutico, o Movimento Bom Senso FC enviou um representante para negociar as queixas com a diretoria alvirrubra em Recife. "Fomos chamados para ajudar a resolver um problema que já existe há algum tempo: o atraso de salários", explicou o advogado Fábio Menezes. Em entrevista nesta sexta-feira (30), ele falou sobre os motivos pelos quais o grupo decidiu intermediar o impasse.  

Fábio Menezes, ao lado do gerente de futebol alvirrubro, Lúcio Surubim, justificou a recorrência de atrasos salariais no futebol, independente da região. "Não é algo particular de Pernambuco ou do Nordeste, é uma situação que boa parte das equipes brasileiras passa. Não estamos interessados em provocar atritos entre clube e atletas. Nossa intenção é apaziguar a situação representando os interesses dos jogadores”, ressaltou  o advogado.

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O representante do Movimento ainda revelou o temor de possíveis represálias. “O Bom Senso solicitou que nenhum membro da diretoria, principalmente o presidente, faça algum tipo de retaliação individual aos atletas. Caso se dirija a alguém, que seja ao grupo inteiro, para que não hajam tratamentos desiguais.”

 

Pouco depois de o Bom Senso FC ter cobrado, nesta quarta-feira, mudanças no projeto de Fair Play Fiscal e Trabalhista no futebol brasileiro a ser apresentado oficialmente no Congresso Nacional, a CBF respondeu às reivindicações do movimento liderado por jogadores por meio de nota oficial publicada nesta tarde.

Para rebater o Bom Senso, que, entre outras coisas, cobrou nesta quarta a criação de uma agência reguladora que fiscalize o pagamento dos salários dos jogadores, a entidade citou investimentos feitos nas Séries C e D do Campeonato Brasileiro para justificar o seu comprometimento com os atletas que atuam nas principais divisões do País.

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"Já nos primeiros meses da nova administração, no ano de 2012, a CBF investiu 25 milhões de reais para dar suporte a 40 equipes da Série D e mais 15 milhões de reais para a Série C, perfazendo o montante de 40 milhões de reais, aplicados às duas Séries C e D, garantindo a esses clubes, às voltas com sérios problemas financeiros, prestes a paralisar suas atividades e as da competição que disputavam, o pagamento de viagens e hospedagem, o custo de arbitragens e até de material esportivo, como bolas para os jogos", escreveu a CBF, em um trecho da longa nota que publicou em seu site oficial.

A entidade destacou que, sem o aporte financeiro que garante aos clubes, as Séries C e D "não poderiam se desenvolver", assim como listou uma série de itens para defender a sua atual conduta em relação aos times e jogadores do Brasil.

Para defender o seu calendário, a CBF enfatizou que diminuição no número de partidas pode provocar perda de receitas aos clube, mas admitiu que se estabeleça um limite de 65 partidas anuais por cada time.

Já em relação ao Fair Play Financeiro, destacou que "a medida deu bons resultados na Federação Paulista, mas requer aperfeiçoamento para implantação em âmbito nacional".

No que diz respeito à participação dos atletas nos conselhos técnicos, a entidade pontuou que o fato de já ocorre "de forma extraoficial com o Sindicato dos Atletas, mas poderá ser oficializado". "Para tanto, faz-se necessária a aprovação pela Assembleia Geral da CBF ou em reunião dos clubes", ponderou.

O Bom Senso FC publicou uma nota oficial nesta quarta-feira na qual "comemora" a divulgação oficial por parte da CBF do projeto que prevê a prática de Fair Play Fiscal e Trabalhista no futebol brasileiro. Entretanto, o movimento pediu por ajustes e pela adição de alguns itens em seu conteúdo para que o mesmo seja apresentado oficialmente no Congresso Nacional.

E o item que chamou mais a atenção neste comunicado foi o pedido pela criação de uma agência reguladora que controle o pagamento dos salários dos jogadores. E a agência, no caso, teria de ser "independente e com poderes para fiscalizar, evitando-se, deste modo, a exposição do atleta".

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"Os clubes assumirão o compromisso de apresentar, mensalmente, o comprovante de pagamento de salários e demais verbas à Agência Reguladora. Em caso de não apresentar os comprovantes, ficará caracterizado o inadimplemento dos mesmos, com a respectiva penalização", disse o terceiro item da nota oficial desta quarta.

No itens a seguir, o Bom Senso defende que, se a dívida em questão com um ou outro jogador não for paga, o clube ficará impossibilitado de contratar novos atletas. Já se o valor devido não for saldado até o final de um ano, a proposta pedida prevê que "o clube ficará impedido de disputar competições no ano subsequente, ficando rescindidos, automaticamente, os contratos de todos os atletas, por culpa única e exclusiva do clube, sem prejuízo do pagamento das verbas rescisórias e demais valores devidos".

O Bom Senso também fez questão de enfatizar que o pagamento de salários tratados neste documento em questão também diz respeito aos recebidos pelos demais funcionários do clube.

DIREITO DE IMAGEM - O oitavo item do comunicado divulgado nesta quarta-feira também estipula que o direito de imagem recebido por um jogador "poderá representar até 20% da remuneração total do atleta, com o objetivo de se evitar fraudes". Essa medida também faz com que os clubes paguem menos impostos trabalhistas.

Representantes do grupo liderado por jogadores que lutam por melhorias no futebol brasileiro se reuniram com o secretário do Ministério do Esporte, Toninho Nascimento, na última segunda-feira, quando falaram sobre a necessidade de algumas mudanças nesta proposta de Fair Play Fiscal e Trabalhista, em adição ao que a CBF e a comissão de clubes já haviam colocado anteriormente.

"Esta pauta foi exposta como um dos pontos prioritários do movimento e sua implantação poderá trazer, enfim, transparência, credibilidade e desenvolvimento ao futebol no País. Entretanto, na "Proposta de Sucesso" exibida pela CBF é necessário que outros dispositivos sejam inseridos como contrapartida e garantia para que os clubes e seus gestores cumpram o plano à risca", disse a nota oficial publicada pelo Bom Senso nesta quarta.

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, reconheceu nesta sexta-feira (22) a necessidade de mudanças no futebol brasileiro e disse que tem acompanhado as repercussões provocadas pelo Bom Senso FC. O Movimento reúne os principais jogadores do Brasil com objetivo de defender um calendário mais enxuto e a adoção do fair play financeiro (punição para clubes e dirigentes que deixarem dívidas).

Segundo Rebelo, o secretário nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor, Antônio José Carvalho do Nascimento Filho, vem assumindo a tarefa no Ministério de buscar um entendimento entre as partes envolvidas na discussão. "Ele tem conversado, com os atletas e com a própria CBF, sobre os caminhos para encontrar uma solução satisfatória", explicou o ministro.

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As partes envolvidas já tiveram reuniões para discutir as mudanças, mas o Bom Senso vem reclamando de um certo descaso da CBF com o assunto. Os jogadores já fizeram duas manifestações durante rodadas do Campeonato Brasileiro e prometem repetir a dose neste fim de semana. E algumas vozes mais radicais ameaçam até com paralisação caso não aconteça nenhum avanço na entidade.

Rebelo não quis se envolver nessa disputa entre Bom Senso e CBF, mas admitiu que é preciso mudanças no calendário do futebol brasileiro. "Há tempos o Ministério aponta que existe uma superexposição de um grupo de clubes e de atletas", afirmou o ministro, ao deixar um evento nesta sexta-feira, em São Paulo, reconhecendo que o calendário é extenso para uma elite no Brasil.

Ele também voltou a dizer que as medidas para melhorar o futebol não podem se restringir à elite do esporte. "Um problema importante é a ausência de calendário para a imensa maioria dos clubes e jogadores, que muitas vezes só tem um campeonato estadual de curta duração e depois fica sem atividade ou renda", disse o ministro. "O Bom Senso envolve atletas muito conhecidos e por isso tem uma grande repercussão. Mas esses outros jogadores também são motivo de preocupação. Temos que trabalhar nos dois sentidos", completou.

A CBF realizou, na tarde desta segunda-feira (28), uma reunião com representantes dos clubes, dos jogadores e da TV Globo, que detém os direitos de transmissão dos principais campeonatos nacionais, para discutir mudanças no futebol brasileiro. Ficou decidido que o novo calendário será adotado a partir de 2015, porque não existe margem para alterações no ano que vem, quando acontecerá a Copa do Mundo no Brasil.

Responsável por levantar a discussão, ao reclamar do excesso de jogos e da falta de pré-temporada adequada, o movimento Bom Senso FC, que reúne os principais jogadores do futebol brasileiro, esteve presente na reunião desta segunda-feira, na sede da CBF, no Rio. E aceitou que mudanças no calendário aconteçam a partir de 2015, por entender que não daria mesmo para alterar as datas no ano que vem.

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"Quando a gente começou a discussão, já sabia das dificuldades para 2014, mas tinha que começar em algum momento", reconheceu o meia Alex, do Coritiba, um dos representantes do Bom Senso que compareceu à reunião - os outros jogadores presentes nesta segunda-feira na CBF foram Seedorf (Botafogo), Paulo André (Corinthians), Alessandro (Corinthians), Fernando Prass (Palmeiras) e Juan (Inter).

"Para 2015, não tem discussão: são 30 dias de férias e 30 dias de pré-temporada. Não tem mais jogo em janeiro. Isso é certo. Mas, para 2014, seria até covardia pensar em mudança com uma parada de 40 dias da Copa do Mundo", afirmou o presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil. Vale ressaltar, porém, que algumas federações estão adiando em uma semana o começo dos campeonatos estaduais do ano que vem.

Além de Kalil, Eduardo Bandeira de Mello (Flamengo), Vilson Ribeiro Andrade (Coritiba), João Bosco Luz (Goiás) e Mário Gobbi (Corinthians) foram outros presidentes de clube que compareceram à reunião. O encontro ainda teve o anfitrião José Maria Marin, presidente da CBF, Marco Polo del Nero, vice-presidente da CBF, e Marcelo Campos Pinto, executivo da TV Globo, entre outros dirigentes.

Outro tema de discussão foi a adoção do "fair-play financeiro", que prevê punição para os clubes que tiveram atraso no pagamento de impostos e salários. Nesse caso, porém, a conversa ainda está longe de um final, porque envolve também o governo federal. "Essa é uma questão mais complexa. Ninguém quer perdão de dívida. Só queremos uma forma viável de pagar as dívidas do passado", disse Kalil.

Agora, novas reuniões devem ser agendadas no futuro, para que todas as partes possam avaliar as mudanças na gestão do futebol no Brasil. "Hoje foi uma vitória do futebol brasileiro, quebramos um paradigma, fomos recebidos pela CBF, pelos representantes dos clubes. Mas não tem nada resolvido, ainda tem muitas conversas pela frente para discutir as questões", explicou Alex.

O movimento Bom Senso FC, que reúne jogadores dos principais clubes de futebol do Brasil, planeja fazer uma manifestação "pacífica e organizada" na rodada deste fim de semana do Campeonato Brasileiro. A ideia é que os atletas façam algo dentro de campo - não foi revelado o que -, para mostrar a união do grupo.

O Bom Senso foi criado no final de setembro, numa "mobilização espontânea dos jogadores profissionais, que não concordam com a forma como vêm sendo conduzidas as decisões do futebol brasileiro". A principal reivindicação do grupo é a melhoria do calendário de jogos, o que já foi discutido com a CBF.

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Segundo comunicado divulgado pelo movimento nesta sexta-feira, os jogadores que integram o Bom Senso pretendem "demonstrar publicamente sua legitimidade e representatividade" durante a rodada deste fim de semana do Campeonato Brasileiro. Eles prometem fazer "algo simples, mas que diz muito".

"A manifestação, feita de forma pacífica e organizada, será uma demonstração legítima para a opinião pública, para a imprensa, para os torcedores e, principalmente, para todas as demais entidades interessadas ou representativas do futebol nacional", explica o comunicado oficial do movimento.

Entre centenas integrantes, o Bom Senso reúne alguns dos principais jogadores do futebol brasileiro na atualidade, como Rogério Ceni (São Paulo), Paulo André (Corinthians), Seedorf (Botafogo), Dida (Grêmio), Juninho Pernambucano (Vasco), Alex (Coritiba), Fernando Prass (Palmeiras) e D'Alessandro (Inter).

Dizendo contar já com a adesão de 860 jogadores, os integrantes do Bom Senso avisam que "não abrem mão de serem ouvidos e que pretendem se expressar diretamente, sem intermediários". E também avaliam como "muito positivas" as discussões que começaram a ser feitas sobre o futebol brasileiro.

Na última quinta-feira, inclusive, representantes dos principais clubes brasileiros tiveram uma reunião na CBF para discutir a adoção do fair play financeiro (que prevê punição para quem tiver dívidas salariais) e também admitiram rever o calendário, duas medidas defendidas pelo Bom Senso.

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