Bom Senso planeja manifestação na rodada do Brasileiro
O movimento Bom Senso FC, que reúne jogadores dos principais clubes de futebol do Brasil, planeja fazer uma manifestação "pacífica e organizada" na rodada deste fim de semana do Campeonato Brasileiro. A ideia é que os atletas façam algo dentro de campo - não foi revelado o que -, para mostrar a união do grupo.
O Bom Senso foi criado no final de setembro, numa "mobilização espontânea dos jogadores profissionais, que não concordam com a forma como vêm sendo conduzidas as decisões do futebol brasileiro". A principal reivindicação do grupo é a melhoria do calendário de jogos, o que já foi discutido com a CBF.
Segundo comunicado divulgado pelo movimento nesta sexta-feira, os jogadores que integram o Bom Senso pretendem "demonstrar publicamente sua legitimidade e representatividade" durante a rodada deste fim de semana do Campeonato Brasileiro. Eles prometem fazer "algo simples, mas que diz muito".
"A manifestação, feita de forma pacífica e organizada, será uma demonstração legítima para a opinião pública, para a imprensa, para os torcedores e, principalmente, para todas as demais entidades interessadas ou representativas do futebol nacional", explica o comunicado oficial do movimento.
Entre centenas integrantes, o Bom Senso reúne alguns dos principais jogadores do futebol brasileiro na atualidade, como Rogério Ceni (São Paulo), Paulo André (Corinthians), Seedorf (Botafogo), Dida (Grêmio), Juninho Pernambucano (Vasco), Alex (Coritiba), Fernando Prass (Palmeiras) e D'Alessandro (Inter).
Dizendo contar já com a adesão de 860 jogadores, os integrantes do Bom Senso avisam que "não abrem mão de serem ouvidos e que pretendem se expressar diretamente, sem intermediários". E também avaliam como "muito positivas" as discussões que começaram a ser feitas sobre o futebol brasileiro.
Na última quinta-feira, inclusive, representantes dos principais clubes brasileiros tiveram uma reunião na CBF para discutir a adoção do fair play financeiro (que prevê punição para quem tiver dívidas salariais) e também admitiram rever o calendário, duas medidas defendidas pelo Bom Senso.