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O Diário Oficial da União (DOU) informa que o ministro da Economia, Paulo Guedes, estará de férias por 12 dias, a partir desta segunda-feira (28). Segundo o documento, o período de descanso do ministro vai de 28 de dezembro até 8 de janeiro.

Outros dois ministros também saem de férias nestes dias, segundo despachos publicados no Diário Oficial: Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, no período de 4 a 11 de janeiro; e André Mendonça, da Justiça, de 23 a 31 de dezembro.

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Em meio à disputa da presidência da Câmara e ainda sem definições claras sobre o início da vacinação contra a covid-19 no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro decidiu se refugiar em uma colônia de férias das Forças Armadas, no Forte Marechal Luz, em São Francisco do Sul, litoral norte de Santa Catarina, onde está hospedado desde o sábado, 19, com o filho Carlos Bolsonaro e o secretário nacional de Aquicultura e Pesca, Jorge Seif Junior.

O presidente tem saído para pescar todas as manhãs e na noite de segunda-feira, 21, ofereceu um jantar para convidados nas instalações do Forte. O evento contou com a presença do empresário Luciano Hang, o apresentador Ratinho, o senador Jorginho Mello (PL), o prefeito de Balneário Camboriú, Fabrício de Oliveira (Podemos) e o pastor Luiz Hermínio, que defende "jejum para acabar com a covid".

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Segundo assessoria de Bolsonaro, o presidente está em uma viagem de descanso, sem agenda oficial e sem assessores. Durante o jantar regado a frutos do mar na brasa, segundo apurou a reportagem, o presidente elogiou a atuação do ministro do STF, Kassio Nunes Marques, que no último dia 15 de dezembro liberou a pesca de arrasto no litoral gaúcho. Proibida desde 2018 por força de uma lei estadual, a pesca no litoral gaúcho é defendida pelo secretário da Pesca, Jorge Seif.

Mais cedo, Bolsonaro usou o rádio da base naval na Ilha da Paz para comunicar aos pescadores a decisão do ministro do Supremo: "Última ação nossa foi permitir que os pescadores do Paraná e Santa Catarina possam pescar nos mares do Rio Grande do Sul. Conseguimos uma liminar lá do ministro Kassio Nunes revogando uma lei estadual".

"Vacina não será obrigatória"

Em conversa com apoiadores, Bolsonaro criticou medida do Supremo que autorizou Estados e municípios a obrigarem a vacinação. "Quem quer tomar vacina toma, quem não quiser não toma. O Supremo deu poder aos governadores e prefeitos, uma medida restritiva, um perigo isso daí. Quem tem que ter poder é o presidente com o Ministério da Saúde. A vacina não será obrigatória".

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu na semana que Estados e municípios podem decidir sobre a obrigatoriedade da imunização e até mesmo impor restrições para quem se recusar a ser vacinado. A medida, contudo, não significa vacinação à força, sem o consentimento do indivíduo.

O presidente também voltou a se posicionar contrário ao fechamento de estabelecimentos como medida de prevenção. "Tem gente querendo fechar o comércio no ano-novo. O Brasil não pode se endividar mais, nós nos endividamos em mais de R$ 700 bilhões e quem vai pagar essa conta é vocês."

Na manhã desta terça, ao retornar da pescaria com o apresentador Ratinho, Jorge Seif e o ministro das Comunicações, Fabio Faria, Bolsonaro abraçou e tirou fotos com apoiadores, ele e a grande maioria ignoram o uso de máscara, que continua obrigatória em território catarinense.

O retorno do presidente estava previsto para esta terça, mas fontes que estiveram no Forte com Bolsonaro disseram que o desejo dele é ficar até quarta-feira, 23, antevéspera de Natal.

A apresentadora Ana Maria Braga aproveitou o início do ' Mais Você', nesta terça-feira (22), para negar os boatos de que estaria se aposentando do programa. Segundo Ana, ela terá um pequeno período de afastamento apenas para tirar férias. 

"Quem está de plantão nas fofocas, presta atenção: eu não estou me aposentando... Só estou me preparando para tirar pequenas férias no começo do ano. Eu também sou filha de Deus, também mereço", disse ela sendo aplaudida por sua equipe de trabalho.

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Ana também revelou que durante este período em que ficar longe, cerca de duas semanas, o matinal exibirá programas inéditos feitos por ela, para o público. 

"Estamos trabalhando bastante para que vocês vejam coisas inéditas, vocês vão viajar junto comigo, vão curtir muito", disse a apresentadora. 

Em agenda privada, o presidente Jair Bolsonaro deve permanecer em São Francisco do Sul, no norte de Santa Catarina, até esta quarta-feira (23). Sem compromissos oficiais, o chefe do Executivo está hospedado no Forte Marechal Luz desde sábado (19). O curto período de férias do presidente ocorre em meio às pressões direcionadas ao governo sobre a estratégia de vacinação contra a Covid-19 e enquanto a doença tem nova alta no País.

Em transmissão ao vivo nas redes sociais na semana passada, Bolsonaro disse que viajaria ao Estado para pescar acompanhado do secretário especial da Pesca, Jorge Seif. Como Broadcast/Estadão mostrou, Seif é amigo do presidente e tem sido incentivado a concorrer ao Senado em 2022. Acompanhado do secretário, Bolsonaro esteve na manhã desta segunda-feira no Farol da Ilha da Paz. Ele publicou imagens do passeio em suas redes sociais.

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Sobrevoo

Na chegada ao Estado, no sábado, Bolsonaro sobrevoou áreas afetadas pelo forte temporal que atingiu parte de Santa Catarina na semana passada. Acompanhado do ministro Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, e do governador do Estado, Carlos Moisés (PSL), o presidente sobrevoou a região do Vale do Itajaí.

Em vídeos publicados nas redes sociais, Bolsonaro lamentou as mortes causadas pelas fortes chuvas e destacou que o governo atuará para "atender no que for possível os municípios atingidos". O temporal deixou famílias desabrigadas em cerca de 20 cidades.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, terá férias entre 18 de dezembro próximo e 8 de janeiro de 2021. A autorização foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (11).

Estão abertas, a partir desta segunda-feira (16), as inscrições para os cursos de férias de idiomas promovido pelo Núcleo de Línguas e Culturas (NLC), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Serão cursos on-line intensivos de inglês, francês e espanhol. Inscrições através deste link

Para participar das aulas é necessário ter um celular, computador ou notebook, além de internet. Segundo o cronograma, as aulas acontecem no período de 6 de janeiro a 9 de fevereiro de 2021, de segunda a sexta-feira. Serão turmas de inglês para iniciantes e outros níveis para os veteranos. Os estudantes que optarem pelo francês ou espanhol, contarão com turmas de ‘Básico 1’ para iniciantes.

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Os inscritos farão um investimento de R$ 400,00, podendo parcelar o valor no boleto. Este valor é destinado as pessoas pertencentes a comunidade acadêmica da UFPE, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) ou do Colégio de Aplicação (CAp). Para o público externo, o investimento é de R$ 500.

Não há necessidade de comprar material. Por outro lado, o NLC recomenda livros para ajudar na experiência ao longo do curso intensivo. O conteúdo pode ser consultado através do site do Núcleo. Confira, abaixo, os prazos para matrícula por curso disponível:

Inglês Básico 1: de 16 a 20 de novembro

Francês e Espanhol Básico 1: de 23 a 27 de novembro

Segunda chamada para Básico 1 

Todos os idiomas (inglês, francês e espanhol): de 1º a 4 de dezembro

Última semana

Para todos os idiomas e níveis: de 14 a 18 de dezembro

O presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Dias Toffoli, determinou que os tribunais federais e do Trabalho comprem um terço das férias dos juízes que solicitarem a conversão do benefício em abono salarial. Com a decisão da última sexta-feira (28), magistrados, que têm direito a 60 dias de descanso por ano, poderão optar por vender 20 deles.

Um levantamento da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), que ajuizou a ação, mostra que a nova regra pode custar até R$ 57 milhões aos cofres públicos apenas no caso dos magistrados federais. Com a entrada da Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra) no processo, o montante pode chegar a R$ 164 milhões.

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Em meio ao contingenciamento de despesas na crise causada pela pandemia de Covid-19, uma das justificativas para o pagamento é o espaço no teto de gastos das Justiças Federal e do Trabalho, ampliado em R$ 1,5 bilhão pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Como as defesas foram reduzidas no primeiro semestre deste ano com a adoção do home office na quarentena, sobraria dinheiro para cobrir os pagamentos.

"Com a adoção do regime extraordinário de trabalho remoto, as unidades permaneceram sem normal funcionamento, o que acarretou drástica redução de despesas e, consequentemente, a não execução de parte do orçamento previsto para o primeiro semestre de 2020. Tais sobras, se remanejadas, poderiam ser utilizadas nos pagamentos relativos às conversões efetivadas no primeiro semestre de 2020", diz Toffoli no parecer.

Na ação, as entidades de juízes argumentam que o benefício já vale para outras carreiras jurídicas e que os tribunais vêm descumprindo uma resolução do próprio CNJ. Em agosto do ano passado, o Conselho decidiu uniformizar o direito de venda das férias, não previsto na Lei Orgânica da Magistratura (Loman), mas garantido a carreiras equivalentes da magistratura e do Ministério Público.

Na Itália, as praias e festas em discotecas viraram sinônimos de infecção de Covid-19 para muitas pessoas de férias, uma situação que preocupa as autoridades.

Sem atingir os níveis da Espanha ou França, o país observa o retorno do novo coronavírus, provocado em parte pela volta de pessoas infectadas dos locais em que passaram féria, tanto na Itália como no exterior.

"Na comparação com os meses sombrios de março e abril, quando a epidemia estava concentrada no norte, na Lombardia, agora está propagada por todo o país com centenas de focos (...) O fenômeno está parcialmente relacionado às pessoas de férias", disse o presidente do Conselho Superior de Saúde, Franco Locatelli.

"De acordo com as regiões, de 25% a 40% dos casos foram importados por cidadãos que retornavam de viagem ou por estrangeiros que residem na Itália", explicou.

A imprensa italiana divulga os relatos vários jovens infectados durante as férias.

"Tenho COVID-19, peguei na Costa Esmeralda, na Sardenha", declarou Luca, romano de 20 anos, ao jornal La Stampa. Os jovens de famílias ricas adoram esta costa entre Porto Cervo e Porto Rotondo, onde o político e empresário milionário Silvio Berlusconi tem uma gigantesca mansão.

As férias do sonho de Luca foram bruscamente interrompidas em 11 de agosto, quando recebeu um SMS de duas amigas: "Testamos positivo".

"Eu me isolei, comuniquei a agência de saúde local. Não quero infectar meus amigos nem a minha família", explica.

- Baleares e Mykonos -

A mensagem provocou pânico no grupo de amigos de Luca, todos moradores de Roma. As duas amigas não sabem onde foram infectadas.

"Estivemos em Ibiza (Espanha) e depois seguimos para a Sardenha. Quando voltamos para casa (Roma) em 11 de agosto, algumas amigas que estiveram conosco em Ibiza informaram que testaram positivo".

De acordo com uma investigação do Serviço de Saúde, o vírus foi importado na Sardenha por um grupo de turistas romanos procedentes das Baleares (Espanha) e de Mykonos (Grécia). Muitos deles ficaram assintomáticos e podem ter infectado ainda mais pessoas.

Uma festa em particular está no olho do furacão. Mais de 500 jovens se reuniram em uma discoteca de Porto Rotondo para um evento com a presença de um DJ de Roma.

"O grande problema é que não sabemos quantas pessoas tiveram contato com os que estiveram na festa de 9 de agosto", afirmaram Roberto e Melania Rossi, dois turistas em Porto Rotondo entrevistados pelo jornal La Stampa.

A região da Sardenha anunciou na segunda-feira um plano para rastrear e encontrar todas as pessoas que compareceram à famosa festa. Um trabalho difícil, pois esta região do noroeste do país tem um aeroporto internacional e está entre os pontos da Europa com o maior número de voos privados.

A Sardenha não é a única região afetada por contágios importados. Na província de Como, na Lombardia (norte), as autoridades de saúde registraram nove casos positivos entre jovens de 18 a 21 anos. Alguns deles retornaram de uma viagem à Croácia.

De acordo com o balanço mais recente do ministério da Saúde, a idade média dos novos casos passou de 68 a 39 anos. O número de testes positivos entre os menores de 19 anos multiplicou por 10.

A Itália anunciou no domingo o fechamento de todas as discotecas e obrigação de usar máscara em locais públicos muito frequentados entre 18H00 e 6H00.

De férias pela Normandia, na França, uma família britânica tomou um susto ao descobrir que transportava dois jovens imigrantes africanos. Durante a viagem de carro, eles ouviram sons estranhos vindos do bagageiro e se surpreenderam ao se deparar com a dupla.

No segundo dia de férias, o casal e os dois filhos pararam em um posto de gasolina para averiguar o barulho que incomodava. Ao estacionar, dois jovens de 16 anos, um da Eritreia e outro da Guiné, saltaram de dentro do bagageiro.

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Pela placa do veículo, eles acreditavam que o destino seria o Reino Unido e revelaram que se esconderam no carro quando a família dormiu em Calais. Sem muita demora, eles saíram do esconderijo e fugiram em uma mata às margens da rodovia. Contudo, os britânicos acionaram a polícia e os jovens foram apreendidos.

Confira

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A pandemia pegou de surpresa aqueles que planejaram viajar nas férias de julho. Foi assim com a advogada Ana Flávia Minquete, 43 anos, que realizaria uma viagem internacional pela primeira vez. Com pacotes já contratatos e parcialmente pagos, os planos dela tiveram de tomar outros rumos. "Comprei em setembro do ano passado e iria para Nova York [EUA] em setembro deste ano. Porém, por conta da atual realidade, a viagem foi cancelada", conta. "O valor que foi pago fica no site como pontos para trocar por uma próxima viagem, mas já não estou tão empolgada como antes", complementa.

Mas há uma esperança. A assessora de investimentos e especialista em finanças Luciana Ikedo lembra que as crises passam e com a atual não será diferente. Nesse período, é importante manter a responsabilidade financeira para, posteriormente, conseguir realizar planos que tiveram que ser postergados.

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Para aqueles que já haviam contratado viagens, Luciana aconselha contatar todas partes envolvidas, como hotéis, companhias aéreas e agências de viagens, para chegar a um acordo. "A grande maioria das empresas não está trabalhando com reembolso e para aquelas que estão há um acréscimo de alguma taxa ou multa, que no final acaba não sendo muito atrativo para quem contratou. Portanto, a possibilidade de uma nova data da viagem pode ser o mais oportuno", explica. 

A estudante de Pedagogia Petra Nuí, 25 anos, estava prestes a fechar um pacote de viagem para o nordeste brasileiro em janeiro deste ano, antes da Covid-19 ganhar proporções pandêmicas. Com o surgimento da doença, ela não contratou a viagem e guardou o dinheiro para uma futura data. "Não mexi em nada do que já havia economizado para viajar, e assim permanecerá. É como se esse dinheiro não existisse", comenta.

A especialista Luciana aconselha que é importante incluir além das despesas básicas, com deslocamento e hospedagem, a da alimentação ou possíveis passeios, mesmo que a viagem seja no futuro. "Dessa forma será mais fácil planejar mensalmente um valor a ser poupado para essa finalidade", finaliza.

 

A garotada e os pais vão vivenciar o recesso de julho em casa, devido à pandemia, e não vai falar atividade no Centro Cultural Cais do Sertão para incrementar a programação diária de crianças, jovens e adultos. O museu, situado no Bairro do Recife, preparou uma programação interativa e online bastante variada, que poderá ser acompanhada direto do perfil do Instagram do espaço.

Debates, brincadeiras, bate-papo e, principalmente, música compõem o cardápio. Todo o conteúdo compartilhado ficará disponível para acesso do internauta, assim como as playlists temáticas no Spotify. "Desde o início do isolamento social, temos buscado métodos para promover o acolhimento virtual a partir das nossas atividades, com novos debates e formas de se pensar a cultura na sociedade", analisa Rodrigo Novaes, secretário de Turismo e Lazer de Pernambuco.

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Ao longo das semanas, serão publicados vídeos interativos com declamação de cordel, vídeo-aula sobre o cangaço e ainda um tour gravado pelo museu. E a música vai acompanhar os nossos internautas durante todo o mês. O perfil do Spotify do Cais do Sertão está recheado de playlists temáticas, para todos os gostos. A proposta das seleções casa perfeitamente com a decisão do museu de tratar temáticas de relevância social.

Desde o seu lançamento, já colaboraram Josildo Sá, Cristina Amaral, Rádio Frei Caneca, Carlota Pereira e Quinteto Violado. Há, claro, seleção especial do Rei do Baião, Luiz Gonzaga.

Papo de Museu e Conexão Cais

Além das playlists e dos vídeos interativos, o Cais continua realizando lives, graças ao sucesso obtido na Semana Nacional dos Museus, no São João e no Encontro de Pesquisadores de Quadrilha e Festa Junina, todos realizados online. Nas terças e quintas-feiras do mês de julho, a equipe educativa, de gestão e de coordenação de conteúdo vão ter a oportunidade de promover a interlocução entre gestores de instituições culturais, pesquisadores e artistas, nos quadros "Papo de Museu" e "Conexão Cais".

Na próxima terça-feira (7), a equipe do Cais do Sertão realiza a primeira edição do Papo de Museu do mês. Maria Rosa Maia, gestora do Cais, recebe a Amélia Campello, pós-graduada em História e gestora do Museu do Barro de Caruaru (MUBAC), para bate-papo sobre a herança cultural do barro em Pernambuco. As lives seguintes contarão com participação de representantes do Museu do Poço Comprido e do Museu do Cangaço.

Já a quinta-feira (9) será regada a histórias, tradições e culturas. O ao vivo do "Conexão Cais" recebe o ator Marconi Bispo e Kemla Baptista, do projeto Caçando Estórias. Eles realizam contação focada na "mitologia dos Orixás para Crianças: Nanã e Oxum", que representam a figura dos avós. Ao longo do mês, o quadro contemplará pesquisadores, pensadores culturais e sócias, além de artistas musicais e gestores de espaços culturais.

Os encontros virtuais vão trazer à baila o movimento do cangaço no Nordeste, a história do grupo Cavalo Marinho Boi Pintado e a trajetória dos artesãos e mamulengueiros de Glória do Goitá, na Zona da Mata.

*Da assessoria

Graças a crise do novo coronavírus, as férias de julho de 2020 não serão aproveitadas da forma como as pessoas planejavam.

Apesar da flexibilização da quarentena e reabertura dos comércios em alguns locais, o número de casos do Covid-19 continua crescendo e muitos ainda temem sair de suas casas.

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A estudante de Rádio TV e Internet Cindy Cardoso, 20 anos, planejava viajar para os Estados Unidos nas férias mas, por conta da pandemia, teve que adiar os planos para 2021.

A universitária Cindy Cardoso trocou a viagem de férias pelos estudos em casa. Foto:arquivo  pessoal

“Em julho eu vou ficar em São Paulo e colocar em dias todas as matérias atrasadas da faculdade”, planeja.

A profissional de relações públicas Priscila Micchi, 39 anos, planejava viajar com a família para o Chile durante as férias escolares, com o objetivo de comemorar o seu aniversário de 40 anos.

“É a segunda viagem que cancelamos na quarentena, pois também viajaria com o meu marido no aniversário de 40 anos dele”, lamenta.

A família da relações públicas Priscila Micchi cancelou viagens e a opção foi improvisar brincadeiras em casa. Foto: arquivo pessoal

Priscila desejava que seus filhos Eduardo Felipe e Pedro, de 6, 4 e 2 anos respectivamente, conhecessem a neve. “Agora o plano é ficar em casa, nos cuidando e cuidando de quem amamos”, comenta.

“Já passamos 3 aniversários em quarentena, 40 anos do meu marido, 6 anos do Dudu e 4 do Felipe”, conta.

Enquanto algumas famílias se preparam para férias atípicas, outras já tiveram esse processo adiantado. A empresária Andréa Jacoto, 49 anos, está em home office desde o início da quarentena e precisou se adaptar a uma nova rotina ao mesmo tempo em que cuidava de seus 4 filhos: Larissa, de 7 anos, e os trigêmeos Anna, Alexandre e Filipe, de 5 anos.

A escola dos filhos de Andréa antecipou as férias de julho para maio e por isso ela precisou arrumar maneiras de entreter o quarteto durante os 30 dias de férias. “Decidimos manter uma rotina de estudos, imprimindo atividades para realizarem, desenhos para colorir, propondo leitura para a Larissa, jogos de tabuleiro e gincanas que eles mesmos desenvolviam”, diz Andréa.

Os filhos da empresária Andréa Jacoto tiveram as férias antecipadas para o mês de maio. Foto: arquivo pessoal

Para garantir a diversão das crianças, Andréa reorganizou os móveis de sua casa para brincar de praia e piquenique, além de soltar a imaginação com oficina de massinha, pintura com guache e cinema, sempre dividindo o tempo entre brincadeiras e estudos.

Andréa sempre restringiu o uso de celulares, mas nessa quarentena o aparelho foi um aliado nos momentos em que necessitava do silêncio de todos para poder trabalhar. “Instalamos alguns joguinhos educativos e deixamos que eles se entretenham por no máximo três horas por dia”, conta. 

O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, fez um apelo nesta quinta-feira (21) para que os cidadãos do país façam viagens nacionais no próximo verão europeu.

Em discurso na Câmara dos Deputados, o premiê lembrou que o setor representa 13% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e será submetido a uma "dura prova" por causa dos impactos da pandemia do novo coronavírus.

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"Aproveito a ocasião para convidar todos os cidadãos a passarem as férias na Itália. Vamos descobrir as belezas que ainda não conhecemos e voltemos a visitar aquelas que já conhecemos", disse Conte, recebendo aplausos dos deputados governistas.

O governo já aprovou a concessão de créditos fiscais de até 500 euros para famílias que fizerem turismo interno em 2020, de forma a estimular um setor que já acumula prejuízo de 20 bilhões de euros devido à pandemia de coronavírus, segundo a Confederação Nacional dos Cultivadores Diretos da Itália (Coldiretti). A alta temporada no país ocorre entre julho e agosto.

No mesmo pronunciamento, Conte também prometeu apresentar um decreto-lei (equivalente a uma medida provisória) que promova uma "rápida simplificação burocrática", inclusive com medidas para agilizar obras de infraestrutura.

"O decreto de simplificação é a mãe de todas as reformas, é o momento da reviravolta", acrescentou o primeiro-ministro, reforçando que essa é a única maneira de aumentar a competitividade do país.

Da Ansa

As férias coletivas dos 20 times da Série A do Campeonato Brasileiro começaram na última quarta-feira (1º) e várias equipes vão utilizar o período para negociar com os elencos possíveis reduções salariais para a paralisação do calendário do futebol causada pela pandemia do novo coronavírus. Da elite do futebol nacional, três clubes definiram que não haverá nenhuma diminuição nos vencimentos (Coritiba, Flamengo e Red Bull Bragantino) e outros quatro já acordaram com os jogadores algum tipo de desconto (Atlético-MG, Ceará, Fortaleza e Grêmio).

O período de férias coletivas de 20 dias foi um acordo nacional estabelecido na semana passada entre a Comissão Nacional de Clubes (CNC) e a Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf). As duas entidades deixaram de lado as tentativas de se definir uma redução salarial única para todo os jogadores do futebol brasileiro e deixaram a cargo das equipes cuidarem individualmente dessa questão.

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A discussão teve início após a pandemia forçar a suspensão do calendário de competições. Os clubes alegam que terão grandes prejuízos nesse período pela falta de receitas com bilheteria, cotas de televisão, programas de sócio-torcedor e contratos com patrocinadores. As diretorias têm buscado acordos para adiar as parcelas de pagamento de dívidas e contam com alguns auxílios também. A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), por exemplo, permitiu que os participantes da Copa Libertadores e da Copa Sul-Americana recebessem antecipadamente até 60% do prêmio de participação.

Apesar de 13 clubes ainda não terem uma decisão final sobre a redução salarial, vários deles estão com definições encaminhadas. O Palmeiras quer manter os salários, mas antes fará um estudo de viabilidade econômica. O Botafogo e Santos já sinalizaram que não pretendem fazer reduções. Por outro lado, times como Bahia, Internacional, São Paulo e Sport vão manter conversas com os jogadores nas férias para tentar diminuir as despesas da folha salarial.

O primeiro time a ter fechado o planejamento para o período de pandemia foi o Fortaleza. Os jogadores aceitaram ter uma redução de até 25% nos salários. "Quando surgiu o problema da pandemia, a gente tem uma preocupação com o clube de como sustentar e manter a estrutura", disse o presidente do clube, Marcelo Paz. A alteração nos vencimentos se estendeu também a gerentes e diretores executivos.

O Grêmio propôs uma alteração diferente. Os vencimentos mensais previstos na carteira de trabalho estarão mantidos. A mudança será no pagamento de direitos de imagem, que estarão suspensos durante a paralisação. Os valores pendentes serão pagos em 2021. "O clube reajustou seu quadro de pessoal, fez serviços a domicílio, trabalhou a ideia de férias e organizou uma série de situações funcionais que são relevantes, junto com seus jogadores, com sua comissão técnica, com todos aqueles que prestam serviço", disse o presidente Romildo Bolzan.

Já o Atlético-MG terá uma redução ampla de salários para todo o quadro de funcionários. Só quem ganha até R$ 5 mil não terá alteração. Os demais sofrerão um corte de 25%. O presidente do clube, Sérgio Sette Câmara, adiantou ainda que deve fazer algumas demissões de funcionários para diminuir algumas despesas. "Minha obrigação como mandatário do Atlético e gestor responsável que sou é tomar todas as medidas necessárias para a sobrevivência do clube, tendo em mente não prejudicar a grande maioria dos trabalhadores e colaboradores do clube", afirmou o dirigente em entrevista à rádio 98FM.

SALÁRIOS MANTIDOS - Além de Red Bull Bragantino e Flamengo, o Coritiba é outro clube a ter anunciado até agora a manutenção da folha de pagamento. Porém, a decisão pode sofrer algum ajuste caso a equipe fique sem dinheiro. "Nós já definimos que não haverá redução de salários. Os atletas receberão os seu salários integralmente. O Coritiba não vai pagar apenas CLT, mas a imagem também. O que nós vamos negociar com os atletas é apenas alguns prazos diferentes para pagamentos, se forem necessários dentro do nosso fluxo de caixa", afirmou o presidente Samir Namur.

Confira a situação dos clubes:

Athletico-PR - Com o elenco liberado por tempo indeterminado, equipe estuda como realizar uma redução salarial.

Atlético-GO - Clube vai avaliar futuramente como vai proceder com a negociação dos salários. As conversas envolvem também o Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado de Goiás (Sinapego).

Atlético-MG - Vai reduzir 25% dos salários dos jogadores, comissão técnica e diretoria pelo período que perdurar os efeitos da pandemia.

Bahia - Plano é oferecer uma redução, mas haverá uma conversa com o elenco na próxima semana para definir o valor.

Botafogo - Diretoria não pretende reduzir salários.

Ceará - Vai distribuir parte dos vencimentos referentes a abril e maio nos meses seguintes.

Coritiba - Vai manter os salários.

Corinthians - Diretoria avalia possíveis mudanças.

Flamengo - Clube entende que pode absorver os impactos financeiros da paralisação e vai manter os salários normalmente.

Fluminense - Diretores e gerentes reduziram os salários em 15%, mas a negociação sobre os pagamentos ao elenco ainda não está definida.

Fortaleza - A diretoria estabeleceu que 25% do salário referente ao mês de março só será pago após a crise passar. Sobre o mês de abril, os atletas abriram mão definitivamente de 10% dos vencimentos e outros 15% só serão recebidos depois da paralisação terminar. Dirigentes executivos remunerados também vão enfrentar reajuste, ao receber 15% menos dos salários de abril.

Grêmio - Acordou com o elenco que os direitos de imagem dos período sem jogos será pago somente em 2021.

Goiás - Assim como o Atlético Goianiense, conversa com o sindicato local para definir como ficará a negociação salarial.

Internacional - Diretoria vai debater com o elenco durante as férias para avaliar possível redução.

Red Bull Bragantino - Vai pagar os salários integrais durante o período.

Palmeiras - Clube vai fazer estudo financeiro durante abril para avaliar a capacidade de manter os salários. O plano é não fazer redução.

Santos - Diretoria se compromete a pagar as férias até o quinto dia de maio e pode parcelar os valores. Uma possível redução salarial ainda será discutida, mas o interesse é manter os valores.

São Paulo - Diretoria vai conversar com o elenco sobre o assunto. A primeira proposta foi de redução de 50% dos salários, oferta que foi recusada.

Sport - Vai realizar reuniões com os jogadores nos próximos dias para definir o que fazer.

Vasco - Depende de conversas com o elenco para resolver a redução salarial.

Ao longo do período de quarentena muitas empresas mudaram a dinâmica de funcionamento das atividades. O Grupo Petrópolis, por exemplo, anunciou que deu férias a 10 mil funcionários da cervejaria como forma de manter empregos e incentivar o isolamento social. As férias coletivas iniciaram, segundo a empresa, nessa segunda-feira (30). 

Devido a queda no consumo de cerveja, ocasionada pelo fechamento de bares e restaurantes, a empresa diz ter “estoques em alta, a produção será feita seguindo o cronograma das linhas de envase de cada fábrica. No momento, o grupo tem produto suficiente para o atendimento aos supermercados e pontos de venda que seguem abertos”.  

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Desde o início da pandemia, o grupo diz que adota as medidas preventivas sugeridas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Foram afastados preventivamente empregados pertencentes ao grupo de risco e cerca de 20% dos funcionários estão em regime de home office. Além de outras medidas de circulação, como comunicados sobre os cuidados e hábitos seguros, horários alternativos para uso dos refeitórios, proibição de viagens sem urgência, entre outras ações.

O Grupo Petrópolis conta com sete unidades fabris - Alagoinhas (BA), Boituva e Bragança Paulista (SP), Itapissuma (PE), Petrópolis e Teresópolis (RJ), e Rondonópolis (MT) -  além de mais de 180 unidades de distribuição espalhadas pelo país.

Com suas atividades suspensas há duas semanas por causa da pandemia de coronavírus, os jogadores do Santos foram avisados, neste domingo, que vão entrar em férias entre os dias 1.º e 20 de abril. O período, segundo o presidente José Carlos Peres, poderá ser ampliado conforme a proliferação da covid-19.

A decisão vai de encontro do que foi discutido em reunião, na sexta-feira, entre a Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf) e a Comissão Nacional de Clubes. A remuneração das férias será paga, a princípio, no quinto dia útil de maio.

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Funcionários de indicados por gerências e diretorias ao departamento de recursos humanos vão continuar a trabalhar no sistema de "home office" (de casa).

A comissão técnica do Santos, orientada pelo português Jesualdo Ferreira, formulou uma "cartilha" para orientar os atletas a se exercitarem em casa durante o período de isolamento para manter a forma física.

O CT Rei Pelé está fechado, enquanto a Vila Belmiro recebe ações de combate ao coronavírus. Um exemplo é uma campanha de vacinação "drive thru" para evitar aglomerações em postos de saúde.

No momento em que o futebol foi paralisado, o Santos liderava o Grupo A do Campeonato Paulista, com 15 pontos, após dez jogos disputados. Na Libertadores, a equipe tinha o primeiro lugar no Grupo G, com duas vitórias obtidas, depois de duas rodadas.

Os 20 clubes do Campeonato Brasileiro da Série B anunciaram em conjunto nesta quinta-feira as medidas para diminuição dos gastos durante a paralisação do calendário do futebol pela pandemia do novo coronavírus. Os dirigentes das equipes decidiram dar férias coletivas de 20 dias aos elencos a partir de 1.º de abril e reduzir os salários dos atletas em 25% após esse período.

Os times da Série B tomaram essa decisão após as seguidas negociações entre o Conselho Nacional de Clubes (CNC) e a Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf) terminarem sem acordo. A maior divergência entre as duas partes é justamente a possível redução salarial e o tempo de férias coletivas. Quem anunciou a decisão coletiva válida para a Série B foi a Chapecoense, em nota publicada no site.

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No entanto, o presidente da Fenapaf, Felipe Augusto Leite, disse ter sido surpreendido pela nota, pois os clubes, a CBF e a entidade que representa os jogadores têm uma reunião marcada para a tarde desta quinta-feira, a partir das 16 horas. "Foi uma decisão precipitada de divulgar essa nota. As férias coletivas devem ser adequadas ao período que a CBF determinar. Estamos procurando discutir com uma unidade, com 46 clubes juntos. O que adianta decidir as férias agora se podem na semana que vem arrumar uma vacina?", afirmou ao Estado.

Os participantes da segunda divisão nacional anunciaram que inicialmente os jogadores e funcionários vão ter férias coletivas de 20 dias, prorrogáveis por mais 10. A possível extensão do período de descanso será definida em reunião em 15 de abril, quando os dirigentes vão avaliar o cenário da pandemia. Os clubes querem ainda uma intertemporada de 20 dias antes da retomada das competições.

Na questão salarial, os times da Série B definiram que caso a paralisação se estenda para depois das férias coletivas, os jogadores teriam redução de 25% nos vencimentos. Enquanto não tiver calendário, não haverá pagamento de direitos de imagem e cada equipe deverá avaliar como fará essa negociação. As diretorias se comprometem também a bancar os salários do mês de março.

Segundo a Chapecoense, o pacote de reajustes foi apresentado por videoconferência na manhã desta quinta-feira ao técnico Umberto Louzer e aos jogadores Alan Ruschel, Anselmo Ramon, João Ricardo e Kadu.

A quarentena causou situação inusitada para as escolas particulares e também um embate de como agir. O Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (Sieeesp) recomendou a antecipação das férias de julho para abril e o início do ensino a distância a partir da maio. A Associação Brasileira de Escolas Particulares (Abepar), por sua vez, considerou a decisão absurda e aconselhou que as aulas online comecem a partir do próximo mês.

O presidente do Sieeesp, Benjamin Ribeiro da Silva, explicou que a decisão teve como preocupação as escolas privadas menores, que ainda não estão estruturadas para ensinar pela internet. "Por isso sugerimos a antecipação. É uma situação inusitada e as atitudes tomadas visam a minimizar o problema, que não tem como ser resolvido 100%."

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O sindicato criou uma equipe de crise e, na opinião dela, a antecipação das férias dará tempo para essa estruturação. "Sabemos que as grandes escolas conseguem se organizar de uma forma ou de outra e aplicar a educação a distância. Mas as menores, não. No Estado de São Paulo são 10 mil escolas, 80% delas têm menos de 500 alunos. A maioria não está preparada", declarou.

Mauro Aguiar, diretor da Abepar e do Colégio Bandeirantes, discorda. "É uma decisão completamente equivocada do Sieeesp. Estamos fazendo esforço grande, mobilizando conselhos estaduais do Brasil inteiro, escolas, famílias e professores para tentar normalizar a vida. Seria absurdo desmobilizar todo processo."

A associação entende que dar férias aos professores neste momento seria tirar de cena quem mais pode auxiliar a minimizar os problemas provocados pela quarentena. "É absurdo o que o Sieeesp publicou", prosseguiu. Para Aguiar, a educação a distância não demanda que se fique online o tempo inteiro. "Há várias formas que vão de aplicativos em smartphones a métodos mais convencionais de enviar o material para casa dos alunos."

Benjamin rebate. "A Abepar só atende escolas de classe A e A+ e B+. São escolas que estão estruturadas. Para eles é bastante fácil propor isso. Cada um tem de conversar com sua comunidade e ver a melhor forma de passar por este período."

O Sieeesp não obriga as escolas sindicalizadas e antecipar as férias - trata-se apenas de uma recomendação. Benjamin também prefere não fazer previsão de quando as aulas presenciais vão recomeçar. "O que digo hoje pode não valer amanhã. Tudo tem mudado em uma velocidade muito rápida. Mas estamos monitorando diariamente e nos readequando."

A Abepar acredita que o ensino a distância acontecerá nos meses de abril, maio e junho e espera que os alunos voltem a frequentar as escolas a partir de agosto. "Vamos seguir essa linha e terminar o semestre, porque é uma recomendação também do Sindicato dos Professores manter as férias em julho", finalizou Aguiar.

Exemplos

Entre as escolas paulistanas, a estratégia adotada para esse período de quarentena tem variado. O Colégio Albert Einstein aderiu à antecipação das férias e informou por meio de comunicado que dará desconto na mensalidade enquanto a escola estiver fechada. O quadro completo de funcionários do período integral entrou em férias desde a última semana, com salários e benefícios mantidos integralmente. O restante dos professores sairá de férias a partir de abril.

Já a Waldorf São Paulo começou desde a última semana o ensino a distância para turmas a partir do ensino fundamental - já os alunos do maternal e do jardim de infância continuam sem aula. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na última segunda-feira (24), uma medida provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi publicada no Diário Oficial da União. Entre outros pontos, o texto continha um artigo que permitia a suspensão de contratos de trabalho, sem pagamento de salário, durante quatro meses, como forma de evitar demissões. Após várias reações contra a medida, ainda na tarde de segunda, Bolsonaro voltou atrás e revogou o artigo da MP que tratava sobre os contratos. No entanto, o texto tem muitos outros pontos e está em vigor até que seja votado pelo Congresso Nacional dentro de um prazo de 120 dias, ou perca sua validade.

Para esclarecer melhor as medidas que o Governo Federal deseja adotar, o LeiaJá entrevistou a procuradora do Ministério Público do Trabalho de Pernambuco, Jailda Pinto. Confira:

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Qual é a diferença legal entre suspensão de contrato e demissão?

Na suspensão o trabalhador passa um tempo sem trabalhar e sem receber salário. Passada a situação que permitiu a suspensão do contrato de trabalho, o empregado volta à atividade e passa a receber pelos serviços prestados. A demissão é o encerramento do vínculo empregatício. Há regras específicas para o teletrabalho (além da necessidade de oferecer meios para exercer a função remotamente) como quais profissionais e atividades podem ou não ser exercidas a distância? A decisão que autoriza o teletrabalho deverá ser notificada ao empregado com antecedência de no mínimo 48 horas, por escrito ou por meio eletrônico. Diversas atividades podem ser exercidas remotamente, incluindo algumas operações dos órgãos públicos. No entanto, as atividades consideradas essenciais incluídas no decreto 10,282, por sua própria natureza, não poderão ser exercidas em regime de teletrabalho.

Quais são os serviços essenciais de que trata a medida provisória no que diz respeito à suspensão de férias?

Pela medida provisória, durante o período de calamidade pública o empregador poderá suspender as férias ou licenças não-remuneradas dos profissionais da área de saúde ou daqueles que desempenham funções essenciais, mediante comunicação formal da decisão ao trabalhador, por escrito ou por meio eletrônico, preferencialmente com antecedência de 48 horas. Os serviços essenciais de que trata a medida provisória neste caso são aqueles elencados no decreto 10,282 de 10 de março de 2020. Além disso, são consideradas essenciais também as atividades acessórias de suporte e a disponibilização dos insumos necessários à cadeia produtiva, relativas ao exercício e funcionamento dos serviços públicos e das atividades essenciais.

Como fica a situação trabalhista de profissionais que tiveram as férias suspensas no momento em que desejarem gozar do restante do tempo a que tinham direito?

Há uma lacuna legislativa quanto ao tema. Entende-se que o trabalhador não pode sair prejudicado, sendo assim, ao acabar o período excepcional que ocasionou a suspensão das férias, é recomendável que o empregado tire o saldo restante. Se ultrapassado o período concessivo, o empregador terá que pagar em dobro as férias vencidas em obediência ao que dispõe a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT)

Como funcionam as férias coletivas? Como se dá a remuneração dos trabalhadores? A duração é a mesma das férias individuais?

De acordo com a MP 927 as férias coletivas poderão durar mais do que 30 dias, já que não há período máximo nem período mínimo para o gozo das férias, devendo a comunicação ser feita com 48 horas de antecedência. Já as férias individuais não poderão ser gozadas por um período inferior a cinco dias corridos, podendo ser usufruídas ainda que não tenha transcorrido o período aquisitivo. O pagamento do salário poderá ser feito até o quinto dia útil do mês subsequente ao início do gozo das férias e o terço constitucional pode ser pago juntamente com o 13º

Que impacto pode ter a suspensão das medidas de saúde e segurança no trabalho?

De acordo com a MP 927, a obrigatoriedade de realização dos exames médicos ocupacionais, clínicos e complementares ficará suspensa durante o estado de calamidade. Sabe-se, no entanto, que em meio à pandemia de COVID-19, os trabalhadores que permanecem laborando estão constantemente expostos ao risco de contaminação, que poderá afetar sua qualidade de vida, sua saúde e a saúde de toda a sua família. Assim, sem a realização dos exames médicos ocupacionais, clínicos e complementares, é possível que o trabalhador contaminado continue frequentando a empresa sem saber da contaminação, infecte o ambiente de trabalho e os demais colegas, o que interfere diretamente no ambiente de trabalho. Essa determinação poderá impactar na vida, na saúde, segurança, e na integridade não só dos trabalhadores das empresas, mas de toda a coletividade.

O adiamento do recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) prejudica o trabalhador? De que forma?

A exigibilidade do depósito do FGTS fica suspensa para para posterior pagamento com parcelamento de até seis meses. No entanto, o trabalhador não será prejudicado, pois o pagamento fica diferido. O empregador não fica desobrigado de recolher o valor do FGTS. Caso haja rescisão contratual e o empregador tiver realizado o parcelamento, deverá antecipar e recolher essas parcelas ainda não pagas, devendo, portanto, realizar o pagamento de pronto.

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Após reunião entre o Sindicato das Empresas de Transporte Integrado (Urbana-PE) e o Sindicato dos Rodoviários do Grande Recife, realizada nessa quarta-feira (18), foi acordado que os motoristas e cobradores inseridos no grupo de risco do Covid-19 serão liberados. Produtos de higiene pessoal também será distribuído para a categoria.

Dessa forma, os rodoviários com mais de 60 anos ou com doenças crônicas serão postos em férias antecipadas ou licença remunerada. A jornada de dupla função dos condutores também foi debatida, mas não houve acordo entre as organizações.

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"As vidas são muito mais valiosas que os lucros. Estaremos, junto com a sociedade e a categoria rodoviária, cobrando do poder público e dos empresários para que estas medidas sejam cumpridas. Iremos continuar observando o avanço da pandemia para verificar se novas iniciativas se farão necessárias", garantiu o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Aldo Lima.

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