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O Corpo de Bombeiros Militares de Pernambuco (CBMPE) foi acionado, nesta sexta-feira (3), para um incêndio que atingiu o terreno da imobiliária Moura Dubeux, localizado na Avenida José Estelita, no bairro de São José, área central do Recife.  

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Foto tirada da Rua da Aurora, de onde foi possível avistar a fumaça. Foto: Cortesia 

Uma viatura foi enviada ao local para realizar o controle das chamas. Imagens de câmeras da Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU), mostram a fumaça escura que tomou o céu na região. 

Câmera localizada na Avenida Sul registrou fumaça na região, no final da tarde. Foto: Reprodução/CTTU 

Ainda não há informações sobre a causa do fogo. Na área não há nada construído e ninguém ficou ferido.

 

A casa de shows Estelita, no bairro do Cabanga, no Recife, reabre nesta sexta-feira (10) após quase dois anos fechada devido à pandemia. Para celebrar o novo ciclo, uma série de artistas passarão pelo palco a partir das 22h. Estão confirmados os shows das bandas Mundo Livre S/A, Barbarize e Benza, além do DJ Patrick Torquato. Os ingressos estão à venda no site Sympla e custam R$ 30 (meia-entrada), R$ 35 (social) e R$ 60 (inteira).

A Mundo Livre S/A, bastante conhecida do público pernambucano, promete um show recheado de sucessos da carreira, além de algumas mais recentes, como os singles: “Baile Infectado” e “Usura Emergencial”, do novo álbum do grupo que será lançado neste ano, o décimo da banda. Já a Benza, projeto musical que surgiu na pandemia. Para o show no Estelita eles prometem o single de trabalho “Sinfonia no5”, além de um repertório recheado de pop, tropical e dançante, produzida eletronicamente com suporte de sons orgânicos e regionais.

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Outro nome de destaque da noite o duo Barbarize, criado em fevereiro de 2018 por YuriLumin e Bárbara Espíndola, com uma estética afrofuturista. O projeto Barbarize mescla diversas linguagens culturais como música, teatro e dança, com mensagens de resistência, reconhecimento, pertencimento e valorização ao povo preto e periférico. Para o show no Estelita eles prometem as canções do álbum SobreVivências Periféricas, além do singles "Spray de Pimenta"  e "KiCalor". E nos intervalos dos shows, o DJ Patrick Torquato assume as picapes.

*Da assessoria de imprensa

A turnê nordestina da banda carioca Maldita acaba de sofrer uma baixa. O show que o grupo faria nesta terça (30), no Estelita, no Recife, foi cancelado. O motivo, segundo a casa, teria sido a polêmica que a apresentação da banda causou no último final de semana em João Pessoa (PB).

A Maldita participou do Festival Grito, no último sábado, e seu show em terras paraibanas resultou em muita discussão. Ao dedicar a música 'Anatomia' a todas as mulheres presentes, parte do público se sentiu ofendido e reclamou nas redes sociais tanto do grupo quanto do evento. A música traz trechos que remetem à violência contra a mulher e necrofilia.

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Após a confusão, a organização do Grito se desculpou através de nota oficial e a Maldita também fez uma postagem explicando do que se trata a música e afirmando ser contra qualquer tipo de violência. No entato, a confusão continua repercutindo e o Estelita, casa que receberia um show dos cariocas no Recife, nesta terça (30), resolveu cancelar o evento. Confira a nota na íntegra.

Viemos por meio deste esclarecer que, devido aos recentes acontecimentos envolvendo a banda Maldita, o Estelita decidiu por cancelar o show que estava previsto para hoje, dia 30 de abril. Lamentamos o transtorno para os que já haviam garantido seus ingressos e informamos que o reembolso integral será realizado através da Sympla. Contamos com a compreensão de todos e agradecemos a atenção.

 

O terreno do Cais José Estelita, na área central do Recife, voltou a ser palco de discussões e protestos após a Prefeitura do Recife emitir um alvará de demolição para o local. Dois armazéns foram derrubados após vai e vem de decisões judiciais.

Através das redes sociais, é possível observar que uma parcela expressiva dos internautas é a favor do projeto imobiliário, com o entendimento de que o empreendimento é a única oportunidade de mudar o abandono da área, gerando emprego, moradia e economia. A ideia que foi assimilada por esta parcela da população é: ou se constrói o projeto Novo Recife ou o local continuará abandonado, servindo para consumo de drogas e oferecendo risco para as pessoas que transitam por lá. “Deve ser um local muito bom para maconheiros e promiscuidade para ser defendido assim!”, escreveu um internauta em uma publicação do LeiaJá, um exemplo da visão de que o mercado é o caminho para o cais.

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Na prática, entretanto, a disputa progresso e abandono não existe. Isso porque o Movimento Ocupe Estelita, principal grupo contrário ao projeto imobiliário não defende o vazio urbano do cais da forma que está. Quem destaca isso é o arquiteto e urbanista Vítor Araripe, integrante do movimento, segundo o qual as próprias ocupações realizadas no local são um símbolo da necessidade de intervenções e uso no terreno. Além disso, desde o acirramento das discussões em 2014, projetos alternativos para a área foram produzidos por estudantes, arquitetos e coletivos de arquitetura - alguns projetos mais realistas que outros.

Abaixo, segue um resumo dos projetos alternativos encontrados e que circularam ao longo desses últimos anos. Mesmo considerados menos nocivos, os projetos a seguir não são classificados como ideais por integrantes do Ocupe Estelita. Falta neles, por exemplo, um enfoque no tema moradia popular, que tem protagonismo na pauta dos movimentos urbanísticos. Por motivos óbvios, os projetos também não são considerados ideais pelo consórcio. Servem, entretanto, para indicar que outras ideias foram cogitadas para a área. Um tópico a seguir também apresenta a visão de integrantes do Ocupe Estelita sobre a destinação do terreno. Antes, um resumo do projeto Novo Recife, que se apresenta como inovador e respeitoso à cidade e se encaminha para ser erguido no local.

Novo Recife

Segundo o site do projeto Novo Recife, no site da construtora Moura Dubeux, serão erguidos 13 edifícios no terreno. As construções terão entre 12 e 38 andares.

Como ação mitigadora, está previsto que 65% do terreno, 65 mil m², será voltado para a população, com parques, ciclovia e espaços de convivência. O projeto também promete a preservação de um conjunto de galpões próximo ao viaduto das Cinco Pontas - este será demolido -, além das antigas casas dos funcionários e a oficina de eletrotécnica, com administração pelo poder público e pela iniciativa privada, sendo transformados em museus, cafés e comércio.

Não haverá grades e muros separando os prédios, que contarão com comércio e serviço no térreo. As calçadas terão cinco metros de largura e fiação embutida. Os edifícios contarão com telhado verde e as águas serão reutilizadas para irrigação do parque. Estão previstos ainda um parque linear, quadra poliesportiva e biblioteca municipal.

A Moura Dubeux também destaca ter assumido o compromisso de construir 200 moradias de interesse social a cerca de 300 metros do projeto. O consórcio espera gerar mais de dois mil postos de trabalho direto e indireto.

O primeiro passo do projeto é o Mirante do Cais, composto de duas torres e um edifício garagem de cinco andares. O empreendimento possui apartamento com quatro suítes, sala para dois ambientes e varanda gourmet, além de quatro vagas de garagem cobertas por apartamento. “Além dos espaços tradicionais, como piscina, sauna, salão de festas, playground, brinquedoteca e espaço gourmet, a área de lazer terá quadra de tênis profissional, piscina coberta e aquecida, pista de cooper, horta e pomar orgânicos”, informa a construtora.


Movimento Ocupe Estelita

O Movimento Ocupe Estelita nunca apresentou um projeto próprio para a área. Segundo o arquiteto e urbanista e integrante do movimento Vítor Araripe, essa foi uma decisão tomada no início dos conflitos, em 2014, para que o grupo não fosse comparado às construtoras. “Na época, houve uma certa resistência porque se acreditava que a proposta deveria passar por um projeto bem amplo de discussão, o movimento se sentia sem toda essa legitimidade para promover essa discussão”, ele explica. Agora, com a iminente construção dos prédios, o grupo tem pensado diferente: “O movimento está no momento de tentar fazer alguma proposta, montar algumas diretrizes. Temos um grupo de trabalho tentando montar esse projeto”, acrescenta Araripe.

O mais próximo que os ativistas têm de projeto para área divulgado é um documento com diretrizes que foi enviado à Prefeitura do Recife na época da discussão do plano urbanístico para a área do cais, em 2015. O projeto é assinado por integrantes do grupo Direitos Urbanos, de onde o Movimento Ocupe Estelita surgiu.

Constam como sugestões: no quesito mobilidade, edifícios voltados para a rua; uso de galerias e térreos livres, para criação de espaços de convivência; continuação da Avenida Dantas Barreto em linha reta até o Cais José Estelita; criação de um binário na avenida, cortando o terreno do pátio ferroviário ao meio; demolição do Viaduto Das Cinco Pontas sem implementação de túnel; estabelecimento de número máximo de garagens por empreendimento residencial ou comercial na área; implementação de sistema de transporte coletivo de alta capacidade ao longo do eixo da Avenida Sul e Avenida Dantas Barreto; implementação de linhas circulares de ônibus ou bonde com tarifa gratuita ligando principais pontos de interesse da Ilha de Antônio Vaz, em particular a comunidade do Coque, às estações de metrô e a região do comércio popular do bairro São José;

Sócio-espacial: estabelecimento de uma cota de solidariedade em habitação de interesse social para empreendimentos imobiliários no território e no Cais José Estelita; Demarcação de Zona Especial de Interesse Social (Zeis) na área da comunidade Vila Zenaide, no quadrilátero formado pela Avenida Central, Travessa do Raposo, Rua Lourenço Silva e Rua Imperial; estabelecimento de cota de solidariedade em habitação de interesse social para empreendimentos imobiliários no território e no cais; oferta de habitação de mercado popular, financiada por programas como Minha Casa, Minha Vida; implementação de Habitação de Interesse Social na forma de edifícios inseridos na malha urbana, com maior incidência próximo à infraestrutura de transporte público; concurso público de projetos para a implementação de projetos habitacionais; e requalificação de edifícios antigos para habitação social.

Patrimônio: preservar os armazéns de açúcar, as casas e toneis e outras estruturas remanescentes da atividade ferroviária; preservar como parque o espaço entre os armazéns de açúcar; preservação do máximo de remanescentes dos trilhos do pátio ferroviário; preservar a vista de marcos históricos, urbanísticos e arquitetônicos

Proposta #penserecife

O #penserecife, segundo os próprios integrantes, é um grupo de arquitetos e urbanistas que se dizem insatisfeitos com os rumos do planejamento urbano da capital pernambucana. A proposta para o cais foi publicada em um blog em 2014. De acordo com o #penserecife, a ideia era algo que juntasse os interesses financeiros e imobiliários sem que houvesse prejuízo aos interesses urbanos. “Não há uma polarização antagônica. Há, sim, um radicalismo, de origem egoísta e preguiçosa, das empresas de ramo imobiliário associado a uma exacerbada conivência, impotência e preguiça do setor público, resultando em um sistema fadado ao fortalecimento privado em detrimento da qualidade pública. O nosso projeto é a representação de que esse modelo, vigente por uma acomodação geral, está ultrapassado. Não há vilões, nem heróis. A iniciativa privada é necessária, mas o interesse público tem de prevalecer”, afirmam.

O grupo considera como primeiro elemento estruturador da proposta a conexão da Avenida José Estelita com a Avenida Dantas Barreto, o que criaria “um novo equilíbrio na avenida do camelódromo e possibilitando sua conexão direta à zona sul”. Haveria ainda a ampliação da Praça Sérgio Loreto, conectando-se com uma grande Praça Cívica, que dividiria o lote em duas porções.

Na porção Sul do terreno estariam setorizados os empreendimentos com edifícios residenciais e corporativos, enquanto na Norte estaria o setor hoteleiro, mais próximo à Praça Cívica, e o setor cultural, próximo do Forte das Cinco Pontas e do Bairro do Recife. “Ainda na porção Norte, buscamos criar uma conexão direta com a frente do rio, possibilitando que a população apreenda e se utilize do potencial paisagístico do local”, diz o coletivo.

No polo cultural, 28 galpões seriam revitalizados, transformando-se em equipamento de recreação, lazer e cultura. Haveria para o público geral um complexo com quadras e piscinas cobertas, salas de cinema e teatro, restaurantes e áreas de exposições. O projeto também previa a retirada do Viaduto das Cinco Pontas.

Os edifícios residenciais e corporativos seriam implantados de modo elevado, livrando o passeio para os pedestres e possibilitando a presença de comércio no térreo. O projeto do #penserecife contaria com os dois grandes galpões, que se tornariam um complexo empresarial. Esses galpões foram demolidos na recente intervenção do terreno.

Proposta (Re)pensando a cidade

Este projeto foi apresentado por um grupo de arquitetos chamado JMW Arquitetura e Urbanismo. Segundo o grupo, a proposta se apoia em potenciais investimentos de infraestrutura, estimulando a interação dos cidadãos com as frentes de água e com a malha urbana existente no bairro de São José. O projeto prevê a criação de um parque linear com áreas esportivas, restaurantes e mirante, um píer para embarcações de pequeno porte, praça aquática, galeria comercial e a conversão da Praça Frei Caneca em uma área social.

O viaduto das Cinco Pontas sofreria demolição parcial, com a estrutura sendo transformada em um parque linear elevado que integraria o centro comercial do Recife com as margens da bacia portuária. O parque idealizado é composto por uma pista de corrida, expansão da área verdade e de lazer e um mirante que permite uma vista privilegiada ao Forte das Cinco Pontas, ao Centro do Recife e à Bacia Portuária.

Nos armazéns já derrubados, deveriam ser instalados equipamentos e atividades de uso público, visando priorizar a integração da população existente no centro e nas comunidades vizinhas, como o Coque e Coelhos, com o novo fluxo de pessoas que iria trabalhar e residir no empreendimento. Consta ainda a construção de quadras esportivas elevadas, com o objetivo de equalizar as diferenças sociais através da criação de equipamentos públicos paralelos a equipamentos privados similares. O projeto sugere ainda a instalação de um novo equipamento público de grande porte, como o Sesc, para garantir o uso contínuo do parque.

Projeto de conclusão de curso

Em seu trabalho de conclusão de curso na Universidade de Brasília (UNB), a arquiteta e urbanista Tamiris Stevaux apresentou um projeto para o Cais José Estelita que tinha entre as diretrizes promover a integração do cais com o bairro de São José e o restante da cidade, estimular o adensamento da área de modo sustentável, aproveitando e melhorando a infraestrutura existente, promover suporte para o desenvolvimento de um sistema de transporte eficiente valorizando o pedestre, a bicicleta e o transporte público nesta ordem e projetar espaços públicos de qualidade e acessíveis a toda a população dando preferência a pequenas praças e parques ao longo do cais.

O projeto visa respeitar a paisagem de um Recife horizontal, garantindo a visibilidade do conjunto urbano dos bairros de Santo Antônio e São José, onde estão localizados 16 bens tombados do IPHAN.

A área teria uma nova dinâmica viária. A Avenida Engenheiro José Estelita passaria a ser uma via coletora, enquanto a Avenida Sul ganharia um caráter de via arterial, garantindo um fluxo contínuo para os automóveis que passam pela área. Uma proposta presente é o compartilhamento da Avenida Engenheiro José Estelita, para reaproximar o Forte das Cinco Pontas da Bacia do Pina, cuja aproximação era uma característica desde a construção do Forte, mas foi perdida ao longo do tempo, principalmente com a construção do Viaduto das Cinco Pontas.

Para que o fluxo do vento não fosse prejudicado, o projeto previa a estratégia de escalonamento dos edifícios, posicionando os mais altos, de no máximo 12 pavimentos, atrás dos mais baixos, com o mínimo de cinco pavimentos.

Nosso Cais, workshop da Unicap

Em 2012, o Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) promoveu um workshop para desenvolver diretrizes de intervenção para o Cais José Estelita. Este projeto propõe a construção de um grande parque urbano, com possibilidade de implementação de ciclovias, área para a prática de esportes, áreas verdes e de contemplação, etc; demolição do viaduto das Cinco Pontas; túneis de ligação entre a zona sul e o Bairro do Recife. A Avenida Dantas Barreto interligaria a área ao centro comercial do bairro de São José, facilitando a conexão entre zona sul e centro da cidade.

Além disso, o patrimônio histórico seria preservado, como galpões, silos e linha férrea, que deveriam ser incorporados à intervenção. Essas estruturas poderiam abrigar teatros, museus, galerias, áreas esportivas e centros culturais.

Comércio e serviço operariam no térreo e sobreloja. Já os estacionamentos estariam alocados acima das lojas, para não promover paredões que separem o transeunte do edifício. “Compreende-se a importância da parceria público-privada para o empreendimento da intervenção proposta. Compreende-se também que há um desejo latente de camadas da população que a intervenção nesta área venha a contemplar a todos, não apenas uma camada da população, que, por ventura, adquira apartamentos na área”, assinala trecho do documento.

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O Estelita vai promover uma noite de de bregafunk na próxima sexta com o Baile do Passinho. O evento promete alguns dos maiores nomes dessa cena, como MC Reino e a dançarina Clara do Passinho, e muito som com os grandes hits do gênero.

Além de MC Reino, dono do hit Barulho da Kikada, o baile vai contar com Banca 9K, DJ Bregoso, Iury Andrew e Kananda PX. A dançarina Clara do Passinho, leva suas coreografias que ficaram famosas pela internet e nos encontros de passinho em locais públicos do Recife. Os ingressos já estão à venda pela internet.

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Serviço

Baile do Passinho

Sexta (12)  | 22h

Estelita  (Avenida Saturnino de Brito, 385 - Cabanga)

R$ 15

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Após uma liminar que freou as demolições do projeto do Consórcio Novo Recife, escavadeiras voltaram a derrubar os galpões do Cais José Estelita, área Central do Recife, nessa quinta-feira (28). A retomada está amparada na derrubada da liminar anterior.

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Em uma noite truculenta entre manifestantes e seguranças, o grupo Ocupe Estelita garantiu a continuidade na luta pela requalificação do espaço em prol da utilização pública.

Perguntada se a retomada das máquinas enfraquece o movimento, uma das ocupantes, Inês Maia, garantiu que esse fato “só mostra que realmente é um projeto que tende, e continua, se envolvendo em ilegalidades. Como eles conseguem colocar máquinas aqui dentro com pessoas no lugar?”, questionou.

Insatisfeitos com o “teatro midiático” envolto aos galpões, os manifestantes relataram o reinício das demolições, apontando que as máquinas funcionaram com cerca de 60 manifestantes no local, pondo em risco a integridade dos mesmos.

De acordo com os manifestantes, escombros caíram no acampamento. Eles reivindicam um diálogo linear com o Prefeito do Recife, “A noite de ontem foi extremamente tensa, com imagens muitos brutais. O prefeito Geraldo Julio garantiu um ato homicida, e a gente precisa no mínimo de uma explicação, de preferência pessoal, cara a cara com o Ocupe Estelita”, solicitou Inês.

Em relação ao diálogo horizontal com a sociedade civil, o representante da Moura Dubeux no consórcio, Eduardo Moura, declarou que “O projeto foi democraticamente discutido pela sociedade organizada. A PCR coordenou todo esse processo, o movimento foi convidado e não quis participar”. Sobre algum percalço no desenvolvimento das obras pela atuação dos manifestantes, o representante revelou estar “tranquilo”, e complementou: “O que já temos demolido é suficiente para tocar a obra. Muitas áreas que estão ocupadas serão transformadas em avenidas e um parque, na etapa final das construções”, finalizou.

Com o projeto acusado de ilegalidade, desde a venda do terreno até os processos iniciais da construção, o defensor público da União André Carneiro Leão garantiu que a defensoria acompanha extrajudicialmente todos os acontecimentos com o intuito de evitar os conflitos e assegurar a liberdade de manifestação, já que é um direito assegurado na constituição. “A liberdade deve ser respeitada em qualquer situação, desde que não haja abuso”, finalizou.

Em relação ao cronograma do Novo Recife, Eduardo Moura explicou que nesta sexta-feira (29) já está sendo feita a limpeza do terreno, verificação estrutural dos galpões que serão demolidos e alojamentos dos futuros funcionários. Ele também declarou que ao fim das demolições e sondagens geológicas, programada até o fim do ano, será dado início ao processo de fundações.

Para realização do projeto, a empreiteira já conta com 70 profissionais terceirizados e abriu vagas para compor o quadro de funcionários. Desde a terça-feira (27), desempregados já formavam fila aos arredores do cais, na intenção de conquistar uma vaga de trabalho. Até essa quinta-feira (28), 2.107 currículos foram recebidos, desses, 10 serão contratados na próxima semana, afirmou Eduardo Moura.

Confira a nota da PCR

A Prefeitura do Recife informa que recorreu, através da Procuradoria Geral do Município, da liminar que proibia o município de conceder alvarás de demolição com o objetivo de recuperar a legitimidade administrativa na regulação de obras e ordenamento urbano, que estava suspensa por liminar. A gestão municipal tem a absoluta segurança, como confirmou a Decisão do Tribunal de Justiça, de que não há impedimento legal para a concessão de alvará de demolição no caso do Cais José Estelita, que conta com anuência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Trata-se de um empreendimento privado, mas que após a Lei 18.138/2015 aprovada pela atual gestão, que obrigou os empreendedores a refazerem o projeto, resultará na entrega de 65% do terreno para uso público, inclusive com um parque linear onde hoje existem pistas, a reforma de 28 galpões que serão um centro cultural aberto a toda população, além de calçadas mais largas, ciclovia, seis quadras esportivas embaixo do Viaduto Capitão Temudo, novo sistema viário, ligação do Cais com a Dantas Barreto, entre outros benefícios públicos para a cidade. Os empreendedores estão obrigados a investir R$ 80 milhões nas áreas públicas.

O Ministério Público Federal (MPF), por meio da Procuradoria Regional da República da 5ª Região (PRR5), apresentou nesta terça-feira (26) um requerimento ao vice-presidente do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5), para que sejam analisados, com urgência, os dois recursos interpostos em novembro de 2018, com o objetivo de impedir o prosseguimento das obras do projeto Novo Recife, no Cais José Estelita, na capital pernambucana. 

O recurso especial, direcionado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), e o Recurso Extraordinário, destinado ao Supremo Tribunal Federal (STF), precisam ser admitidos pelo desembargador federal Cid Marconi Gurgel de Souza, vice-presidente do TRF5, para que sejam encaminhados aos Tribunais Superiores, o que ainda não aconteceu. 

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O MPF também requer uma definição sobre o pedido de concessão de efeito suspensivo, apresentado na mesma data, com o propósito de suspender os efeitos da decisão do TRF5 – que considerou lícita a aprovação do projeto –, até que os recursos sejam enviados ao STJ e ao STF. 

O procurador regional da República Domingos Sávio Tenório de Amorim destaca que o efeito suspensivo busca evitar a formação de um fato consumado, com a eventual implantação do empreendimento antes do julgamento de todos os recursos. Ele reforça que a ação civil pública proposta pelo MPF (por meio da Procuradoria da República em Pernambuco) contra o projeto Novo Recife tem o objetivo de preservar um bem de interesse histórico (a primeira ferrovia do país) e a visibilidade de monumentos tombados nos bairros de São José e Santo Antônio. 

“A suspensão dos trabalhos é necessária para impedir a total descaracterização do local e garantir a integridade do Cais José Estelita até que a ação seja julgada pelos Tribunais Superiores”, argumentou Domingos Sávio

*Da assessoria

Segundo trem de passageiros do Brasil, com 400 pessoas, partindo do Pátio rumo à Vila do Cabo, em 1858. (Acervo do Museu do Trem)

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O oito de fevereiro não é um dia comemorativo para o Estado de Pernambuco por mera desatenção. Nessa data, no ano de 1858, um trem com 400 pessoas a bordo partia do Pátio das Cinco Pontas rumo à Vila do Cabo e à história ferroviária e urbana do país. Segunda composição brasileira e primeira pernambucana a transportar passageiros, ela percorreu o célebre trajeto sob os trilhos da Estrada de Ferro Recife-São Francisco, inaugurada em 1958, para também se tornar a segunda mais antiga do Brasil. Apesar de sua importância, a estação foi demolida na década de 1960, tendo como último resquício o Pátio das Cinco Pontas, localizado no interior do Cais José Estelita e inscrito como Patrimônio Ferroviário do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Agora, o Pátio das Cinco Pontas corre o risco de ser completamente apagado do mapa do Recife, ao lado dos armazéns de açúcar do Cais José Estelita, que voltaram a sofrer com demolições na manhã desta segunda (25).

“É importante destacar o pioneirismo da Estrada de Ferro Recife-São Francisco, onde, pela primeira vez no Brasil, se estabeleceu o ticket de ida e volta, além do abatimento do valor da passagem das pessoas que construíram casas em seu entorno. Infelizmente, o que sobrou de Cinco Pontas foi o Pátio”, comenta Josemir Camilo, doutor em história pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e autor do livro “A primeira Ferrovia Inglesa do Brasil”. Conforme denuncia seu nome, a ferrovia foi criada para chegar ao Rio São Francisco, objetivo que nunca conseguiu concretizar. Apesar disso, a Estrada de Ferro Recife-São Francisco teve seu trajeto prolongado até Garanhuns, no Agreste pernambucano, a partir de onde foi conectada à cidade alagoana de Imperatriz (atual União dos Palmares), através da já existente Estrada de Ferro Sul de Pernambuco.

Registros da antiga Estrada de Ferro Recife-São Francisco, de 1905. (Acervo Fundação Joaquim Nabuco)

De lá, foi novamente integrada a outra linha férrea, desta vez, a Estrada de Ferro Central de Alagoas, estendendo-se até Maceió, Alagoas. “As três foram unificadas quando a Great Western, em 1901 ganhou a concessão da Recife-São Francisco e da Sul de Pernambuco, e em 1903, tornou-se também responsável pela Central de Alagoas. É nesse período que a companhia inglesa cria a chamada Linha Sul”, comenta o coordenador do museu do trem, André Cardoso.

Demolição do Cais José Estelita

Assim, a Sul se tornou uma das três linhas que orientaram a formação do metrô do Recife e parte do desenvolvimento urbano da cidade, intimamente ligado aos trens. Apesar disso, o projeto escolhido para ocupar o espaço do Pátio de Cinco Pontas, de autoria do consórcio formado por Queiroz Galvão, Ara Empreendimentos, Moura Dubeux e GL empreendimentos, foi intitulado “Novo Recife” e não faz nenhuma referência à história do patrimônio. Nele, está prevista a construção de 12 torres comerciais e residenciais de alto padrão serão erguidos e acomodarão uma estrutura que incluirá “terraços gourmet”, “piscina aquecida” e “quadra de tênis”. “A situação de degradação do Pátio de Cinco pontas é fruto de um duplo desamparo: do governo e das empresas. O Estelita poderia ter seus antigos armazéns mantidos para finalidades sociais e próprio pátio continuar existindo como museu aberto, vivo. Não há como conciliar arranha-céus com uma memória tão chã”, lamenta o pesquisador Josemir Camilo.

Tratores destroem o pouco que restou dos armazéns de açúcar do Cais. (Chico Peixoto/LeiaJáImagens)

A advogada do Centro Popular de Direitos Humanos (CPDH) Tereza Mansi questiona ainda o leilão do Cais José Estelita. “O Ministério Público Federal entrou com uma ação para anular esse leilão. Como o terreno era Patrimônio da Rede Ferroviária transferido para a União, antes da venda, ela teria que ter dado preferência ao IPHAN, que inclusive já tinha uma parecer demonstrando seu interesse na área”, completa. Posteriormente, a Polícia Federal (PF) verificou que apenas o consórcio se candidatou durante o processo de licitação. “Por fim, o terreno acabou sendo vendido por um valor muito baixo”, conclui a advogada, referindo-se ao subfaturamento de R$ 10 milhões do leilão, também apurado pela PF.

Em reação à retomada das demolições, o Ministério Público Estadual deu entrada em uma ação na 5ª Vara da Fazenda Pública, que demanda a anulação da lei 18.128/2015, que prevê um plano urbanístico para os bairros do Cabanga, Cais José Estelita e Cais de Santa Rita. “Além disso, o CPDH entrou com uma ação popular na 3ª Vara da Fazenda Pública, em que a gente questiona a ilegalidade do início das obras, no qual não foi colocada a placa de transparência com informações sobre a obra. O espaçamento dos tapumes também está em desacordo com a lei. A gente pede para embargar a obra até que essas questões sejam corrigidas”, afirma Mansi. 

Segundo CPDH, tapumes foram colocados em desacordo com a lei. (Chico Peixoto/LeiaJáImagens)

Nesta segunda-feira, a Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano (Semoc) da Prefeitura do Recife publicou nota alegando que o alvará de demolição dos armazéns do Cais para o empreendimento Novo Recife foi concedido. “O documento foi emitido atendendo à solicitação dos responsáveis pelo projeto e está em conformidade com as normas de licenciamento vigentes, inclusive com anuência do IPHAN. É importante esclarecer que os 28 armazéns próximos ao Viaduto das Cinco Pontas serão preservados e restaurados pelo empreendedores”, informa o comunicado.

Ainda de acordo com a Prefeitura, um novo alvará ainda precisará ser expedido para que as obras sejam iniciadas. “O alvará de demolição concedido estava suspenso pela gestão municipal desde 2014, com o objetivo de rediscutir o projeto. Após amplo debate com a sociedade, o novo projeto, com 65% da área para uso público, foi aprovado em 2015. Vale salientar que, entre as melhorias no projeto, uma delas é o início das obras pela parte de uso público”, conclui a nota.

Também nesta segunda-feira, a reportagem do LeiaJá acompanhou o processo de demolição e a participação de ativistas e autoridades contrários à obra. Confira no vídeo a seguir:

Diante de todo o conflito reavivado na manhã desta segunda-feira (25) com a liberação da demolição do Cais José Estelita, concedido pela Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano (Semoc), o órgão se manifestou afirmando que, ainda em 2014, a Prefeitura do Recife iniciou um diálogo em conjunto com a sociedade e, com a regulamentação do Plano Específico, incorporou “diversos avanços para o território e para a cidade".

“Entre os pleitos da sociedade estava a elaboração de um Plano Específico para o Cabanga, Cais José Estelita e Santa Rita. A Prefeitura do Recife iniciou outro amplo processo de discussão que resultou na Lei 18.138/2015, que regulamenta este Plano Específico”, confirma a secretaria.

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O órgão garante que, com essa lei, as áreas do cais “passam a contar com a mais moderna legislação urbanística da cidade, uma vez que ela contempla conceitos e princípios urbanísticos que estão presentes em várias partes do mundo”.

A Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano acentua que o alvará concedido para a demolição do Cais José Estelita “está em conformidade com as normas de licenciamento vigentes, inclusive com anuência do Iphan, e atende à solicitação dos responsáveis pelo projeto”.

Confira, na íntegra, o posicionamento da Prefeitura através da Semoc:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Sobre o início da execução de empreendimento privado no terreno do Cais José Estelita, a Prefeitura do Recife vem a público esclarecer que:

Ainda em 2014, a Prefeitura do Recife iniciou um amplo processo de diálogo e participação para propor, em conjunto com a sociedade e os setores técnicos envolvidos, uma nova visão de urbanização não só para o antigo terreno da RFSA, no Cais José Estelita, como para os bairros do entorno. Naquele momento já estava aprovado, desde 2012, um projeto privado para o terreno. Entre os pleitos da sociedade estava a elaboração de um Plano Específico para o Cabanga, Cais José Estelita e Santa Rita. A Prefeitura do Recife iniciou outro amplo processo de discussão que resultou na Lei 18.138/2015, que regulamenta este Plano Específico.

O atual projeto aprovado para a área foi adequado para essa nova legislação, incorporando diversos avanços para o território e para toda a cidade. A partir da nova lei, dentro da área privada do Cais José Estelita, hoje temos 65% de área de uso público e 35% de área privada, o que configura um importante ganho para a qualidade do espaço urbano da cidade. Com a lei, essas áreas passam a contar com a mais moderna legislação urbanística da cidade, uma vez que ela contempla conceitos e princípios urbanísticos que estão presentes em várias partes do mundo. O objetivo foi construir referências viáveis para a construção de um espaço melhor ordenado e que seja capaz de promover qualidade urbana e, consequente, qualidade de vida. Entre os avanços alcançados a partir da nova legislação estão:

- Implantação de um parque linear valorizando a borda d'água, outro parque na área da antiga ferrovia e espaços públicos de convivência, esportes, cultura e lazer;

- Eliminação de grades e muros em todas as edificações;

- Redução das quadras;

- Ciclovia em toda a extensão da linha d'água;

- Embutimento de fiação;

- Redução em 2/3 de altura das edificações mais próximas da área histórica (a altura nessas áreas sai de 38 andares para até 12 pavimentos, respeitando recuo de 50 metros a partir da proximidade dos armazéns localizados junto ao Forte das Cinco Pontas);

- Oferta de comércio e serviços no térreo de todas as edificações;

- Implantação de cobertura vegetal no topo dos prédios (telhado verde) e reutilização das águas das chuvas por meio de reservatórios de acúmulo;

- Eliminação do viaduto das Cinco Pontas devolvendo a relação que o Forte tem com a frente d'água;

- Calçadas com aproximadamente cinco metros de largura;

- Construção de habitações de interesse social em área próxima;

- Conexão da Avenida Dantas Barreto com o Cais José Estelita.

É importante frisar que o alvará de demolição concedido na manhã desta segunda-feira (25) está em conformidade com as normas de licenciamento vigentes, inclusive com anuência do Iphan, e atende à solicitação dos responsáveis pelo projeto.

Neste domingo (08), as portas da casa de show Estelita, no bairro do Cabanga, estarão abertas para a melodia e a singeleza das composições do cantor Castello Branco. O músico carioca vem ao Recife apresentar o repertório de seu último disco "Sintoma", lançado em 2017. Semelhante ao seu álbum de estreia ("Serviço", de 2013), o novo trabalho exala simplicidade poética (nas notas e letras) e equilíbrio sensorial, num misto agridoce de folk, indie, com diversas referências regionais. Ambos os discos foram aclamados por crítica e público, figurando, inclusive, em diversas listas de "melhores álbuns do ano" e alçando o cantor à realização de três turnês pela Europa.

A abertura dos portões do Estelita foi agendada para 16h e o evento ainda contará com a abertura da banda pernambucana "Torre". Os ingressos antecipados estão à venda no valor de R$ 25 e estão disponíveis através do site Sympla. 

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Castello Branco já se apresentou no Recife uma vez, também no Estelita, em 2016. Curiosamente, antes de seguir a vida artística, o músico morou num monastério ecumênico no interior do Rio de Janeiro. Lá ficou, acompanhado da mãe, dos 5 aos 16 anos. Suas composições também carregam a essência das experiências que viveu nesse período. Ouça abaixo, na íntegra, o disco "Sintoma". 

 

O Ministério Público Federal (MPF) recorreu da decisão da Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) que considera lícita a aprovação do Projeto Novo Recife pelo Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU) do Recife. O Projeto Novo Recife prevê a construção de um conjunto de 13 torres no Cais José Estelita, centro do Recife. 

Através de embargos de declaração, o MPF está solicitando esclarecimentos sobre pontos da decisão, que considera obscuros ou omissos. Primeiro, o órgão questiona o fato de o desembargador federal convocado Ivan Lira de Carvalho ter assumido a relatoria do caso, quando o desembargador original, Edilson Pereira Nobre, não estava afastado de suas funções e não se declarou suspeito ou impedido.

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A convocação do novo relator, segundo o MPF, parece violar as normas que tratam da nomeação de desembargador federal, pois ultrapassou o número de membros autorizado na legislação e ocorreu em desacordo com os requisitos estabelecidos no Regimento Interno do TRF5.

O MPF também argumenta que o Tribunal, ao tratar da autorização de venda do Pátio Ferroviário das Cinco Pontas, não se pronunciou sobre a norma que estabelece que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) deve se manifestar sobre o interesse histórico, artístico ou paisagístico antes da venda de quaisquer bens oriundos da extinta Rede Ferroviária Nacional S.A.

Também foi questionada a ausência de menção ao artigo 216 da Constituição Federal, que estabelece o dever do Poder Público de proteger o patrimônio cultural brasileiro - incluindo conjuntos urbanos e sítios de valor histórico e paisagístico. Segundo o MPF, vários tribunais brasileiros já declararam que a omissão do Poder Público nesse papel pode ser alvo de controle judicial, para evitar que se destine à satisfação de interesses privados.

Por fim, o MPF alega que o Projeto Novo Recife é nocivo aos bens tombados em toda região dos bairros de São José e Santo Antônio, impedindo a sua visibilidade. O órgão se apoia em pareceres emitidos pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU). "Esses documentos, entretanto, foram solenemente ignorados pelo TRF5", diz texto do MPF. 

Caso o TRF5 não revise sua próprie decisão, o MPF alega estar apto a recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF). Confira o recurso impetrado pelo MPF.

A jovem Agatha Christie, que estava desaparecida desde que saiu de uma festa de Réveillon no Recife, já foi localizada. Em seu perfil no Facebook, a jovem escreveu "Tá tudo certo, tudo ok. Life goes on". 

A página Coletivo Anarco-Festivo Ocupe Estelita, organizadora da festa em que a jovem estava, também confirmou que Agatha Christie não está mais desaparecida. "Ela deu o ar das graças. Tava se recuperando do rolê como todas nós", escreveu.

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O sumiço de Agatha repercutiu nas redes sociais repercutiu nas redes sociais na manhã desta terça-feira (2). A última vez que ela havia sido vista foi em uma barraca nas proximidades da praia do Pina, na Zona Sul do Recife. Na postagem sobre o desaparecimento,  uma jovem que se identificou como amiga disse que ela estava na casa de um rapaz.

Pela segunda vez, os militantes do movimento Ocupe Estelita promovem sua festa da virada, produzida de forma independente, sem patrocínios ou recursos públicos. Intitulado de 'Reveillita', o evento teve sua primeira edição em 2015 e reúne agora centenas de pessoas na avenida Engenheiro José Estelita, onde o trânsito é tranquilo no sentido centro, mas congestionado no Sentido Boa Viagem. Na programação, estão previstas apresentações de Dj’s e grupos locais, como Fino Drão e Diablo Angel, divididos em três pólos: Eletroqueer, DJ’s e Bandas.

De acordo com Flavius Falcão, membro do coletivo de organização do Reveillita, a volta presencial dos ativistas e simpatizantes do movimento ao Cais é fundamental, pois o último evento de ocupação coletiva do espaço havia ocorrido em maio, durante o Ocupe+5, que comemorou cinco anos de movimento. “O ato-político no Cais não é apenas uma festa gratuita na rua, é uma chamada para agregar às tantas pautas relacionadas ao direito à cidade e a sobrevivência no espaço urbano e dos espaços públicos na luta pelo Cais José Estelita”, comenta.

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Para o pesquisador João Cumarú, o Reveillita foi uma oportunidade de reacender o debate sobre a utilização social do Cais. “Acompanho o movimento desde o início e aconteceu um certo revés este ano, então acho muito importante ter reativado esse evento, como mais uma maneira de a gente reafirmar o que acredita”, coloca.

Já a estudante Bárbara Studer enxerga o evento como uma oportunidade de se expressar. “Nós, mulheres, passamos por momentos muito difíceis em 2017, é absurda a forma como estamos sendo mortas. Ocupar este espaço da maneira que estamos fazendo é uma oportunidade de dar nosso grito”, afirma.

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O vereador do Recife Ivan Moraes (Psol) participou da celebração que marcou os cinco anos de existência do Movimento Ocupe Estelita, que aconteceu nesse domingo (21). Em entrevista ao LeiaJá, o parlamentar parabenizou o grupo. “É um grande momento nessa conjuntura que a gente vive no Brasil nesta bagunça política. Estamos diante de uma grande vitória da sociedade que impediu que a gente estivesse hoje diante de 12 torres de 40 andares. Agora é uma grande vitória parcial”. 

Segundo Moraes, é urgente um projeto imobiliário que pense na coletividade. "O importante é que o povo participe. Pode ser qualquer coisa, o que não pode é a construção de 12 prédios de costas para a cidade. É preciso conversar. Temos um terreno fantástico em uma área bastante nobre que pode dar origem a um projeto público ou de habitação popular ou prédios mistos”, explicou. 

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Ivan lembrou que o polêmico projeto Novo Recife para área está parado, mas que é necessário que a população continue atenta. Ele acredita que “os interesses em jogo” são de pessoas muito “poderosas”, o que requer um cuidado redobrado. “Interesses de gente que está acostumada a fazer coisas a revelia da lei, então temos que manter a vigilância. Eu, na Câmara, vou prestar atenção no que passar por lá. A obra está embargada, há ações, a justiça está sendo feita por enquanto, mas a gente continua vigilante”.

Para Ivan, outra importância do Ocupe Estelita é que se não houvesse surgido o movimento, as torres representariam os tipos de acordos que se fazem. “É muito simbólico que a gente esteja nesta luta quando existe muita incerteza na pauta nacional e quando muitas coisas se revelam. Quando as interações, nem sempre republicanas entre a classe política e a classe empresarial, se desnudam em toda a sociedade”.   

“Este terreno daqui é um dos símbolos disso que sempre aconteceu na nossa política. Se não tivesse sido criao o movimento, essas torres que seriam construídos aqui representariam esse tipo de acordo que se faz. Eu patrocino tua eleição, te dou a grana para tu ser eleito, agora tu quebra meu galho ali e a gente faz um leilão meio mal-assombrado. Esse tipo de acordo, da falta de transparência como a coisa publica é tratada, é o que faz o Ocupe Estelita ser tão importante”, acrescentou. 

Ivan Moraes ainda disse que os recifenses estão percebendo que as “mudanças de verdade” acontecem com pessoas organizadas em grande quantidade em espaços públicos e visíveis. “O movimento mostrou isso para todo mundo e é preciso que a gente saiba da força que a gente tem para poder mudar as coisas porque do jeito que está ninguém está gostando”, concluiu. 

O Movimento Ocupe Estelita realizou um ato simbólico na tarde e que entrou pela noite deste domingo (21) para comemorar os cinco anos do movimento. Entre as atividades: lançamento de livro, feira, exposição de fotografias e roda de debates. A iniciativa também foi importante, segundo um dos integrantes do movimento Fernando Ribamar, para ressaltar que o projeto para a área deve ser pensado em coletivo. 

“A importância do ato é simbólico, especialmente porque a gente está comemorando cinco anos que esse bando de desocupados e maconheiros vem impedindo que as 12 torres se ergam aqui no Cais. Então, é uma comemoração nesse sentido e também uma reflexão com relação ao momento em que estamos vivendo”, ironizou.

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Ribamar declarou que o Ocupe Estelita não é contra que seja construído algo na área, no entanto que deve ser feito de forma coletiva. “A gente não defende que aqui seja construído nada ou que seja construído alguma coisa. O que a gente defende é que este espaço como sendo o último vazio urbano do Recife entre o centro e a Zona Sul deve ser pensado com a sociedade de modo a atender da forma mais ampla possível os anseios de toda a sociedade e não somente da construtora que adquiriu o terreno”. 

“Quantas milhares de pessoas moram aqui no Coque, no bairro São José e em Afogados que vão ser impactadas diretamente por um empreendimento de luxo que vai inflacionar os alugueis e os terrenos que eles moram? Eles vão ser expulsos daqui para ir morar onde? Então, a gente tem que fazer o debate que inclua todo mundo. A gente não tem uma receita pronta, não, a gente quer é debater com a participação popular. O projeto para o Cais deve ser pensado em coletivo”, acrescentou.

O representante ainda disse que o grupo também discute o momento que o Brasil está passando. “E a necessidade de garantir que lutas sejam unificadas, por isso estamos chamando para o Cais para poder questionar que lutas cabem aqui. O Ocupe Estelita é fruto de uma luta que, no Recife, unificou diversos movimentos e áreas diferentes que entenderam que o direito da cidade era muito mais amplo do que simplesmente urbanismo e que cabia a discussão de raça, de gênero, de classe e tudo isso foi congregado aqui no Cais Estelita”, finalizou. 

Uma campanha de arrecadação de recursos foi viabilizada entre os participantes do movimento. O objetivo foi custear o pagamento de toda a estrutura necessária para montar a programação do encontro. 

Após protestos e ocupações do terreno do Cais José Estelita, no dia 27 de novembro de 2015 foi proferida a sentença que anulava o leilão do Pátio Ferroviário das Cinco Pontas. Quase sete meses depois, foi anunciado, na tarde desta terça-feira (14), pela Justiça Federal em Pernambuco (JFPE), que o juiz federal titular da 1ª Vara, Roberto Wanderley, reafirmou, na íntegra, a sentença.

Segundo o JFPE, o Ministério Público Federal (MPF), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e a União haviam entrado com três embargos de declaração no órgão. O documento consiste em peça processual que visa esclarecer obscuridade, contradição ou omissão na sentença, no entanto, tiveram suas defesas negadas em totalidade pelo magistrado.

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De acordo com o JFPE, o magistrado explicou que “o MPF fez uma série de exigências, a título de omissão, buscando, em verdade, que este Juízo declare tudo aquilo que já está na lei ou no dispositivo da sentença. Isso porque, ao anular o ato de alienação do imóvel em questão por não ter o procedimento obedecido à lei, disse também que esta deveria ser cumprida, jamais violada, no todo ou em parte”.

A partir disso, foi determinado que o IPHAN atuasse neste e em qualquer outro ato de alienação do mesmo imóvel, de acordo com a lei, visto que quando o procedimento de alienação foi declarado nulo por não ter havido atuação do Instituto no momento oportuno, além de o bem público não ter sido previamente desafetado - Imóvel público tornado, por ato administrativo, um bem sem destinação específica - do patrimônio do povo. 

Em contrapartida, segundo informado pelo magistrado, o IPHAN informou que “não sabe exatamente o que vem a ser o projeto que controverta ao ambiente histórico, paisagístico, arquitetônico e cultural das áreas dos entornos do Forte das Cinco Pontas, incluindo o Cais José Estelita". Diante disso, o juiz afirma que a sentença é clara e afirma que o Instituto deve se abster de autorizar todo e qualquer projeto que controverta a área em questão. 

O papel do IPHAN diante da discussão e para a decisão judicial fica apontado que o órgão deve adotar providências no sentido de preservação do imóvel e a proteção do patrimônio público. 

Além do Instituto, a União também alegou obscuridade. Ainda, de acordo com o juiz, “a União, e não este Juízo, faz confusão com a declaração do IPHAN de que era desnecessária sua autorização por se tratar de imóvel privado, pressuposto rigorosamente inválido”. Ele ainda continua explicando que “o imóvel só 'se tornou privado' por haver sido alienado de forma irregular (ficção ilícita), ou seja, sem a devida autorização do próprio IPHAN". 

O juiz aponta que o caminho correto que deveria ter sido tomado, seria de que o imóvel fosse desafetado do patrimônio do povo, antes mesmo da alienação, no entanto, o órgão responsável por esse papel, o IPHAN, não realizou o processo. 

Aclamadas entre os fãs do “emocore” e “post-hardcore” nacionais, as bandas Glória e Dance of Days protagonizarão um dia de muito rock pesado na casa de shows “Estelita”, localizada no bairro do Cabanga. A edição especial do “União Fest” acontece em 24 de junho e reúne, além dos grupos supracitados, as pernambucanas Projeto D’ávilla e Cronimos.

Nostalgia juvenil

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O ápice do sucesso de Glória e Dance of Days aconteceu na primeira década dos anos 2000. A paulistana “DOD” foi fundada em 1997 e é considerada por muitos como a banda percursora do movimento emocore no país. Depois do sucesso de álbuns como “A História não tem fim” e “A valsa de Águas Vivas” o grupo entrou em hiato, mas anunciou retorno em 2016 com o lançamento de um novo álbum intitulado “Amor-Fati”. 

Já a também paulistana Glória despontou com o som pesado e letras que circundam a esfera emotiva em 2005, logo após o lançamento do álbum “O Fim é uma Certeza”. Entretanto, a popularidade alcançou de vez a banda com o disco auto-intitulado de 2009. Remetendo a crueza do metalcore, o grupo se apresentou no Rock in Rio de 2011. Um ano depois a banda liderada por Mi Vieira lançou o álbum “(Re)Nascido”.

Dance e Glória marcam a adolescência de uma geração que, hoje com seus vinte e tantos anos, caminha acompanhada por novos sons, todavia, sem renegar as raízes do rock disseminado internacionalmente por bandas como Blessthefall, Emery, As I Lay Dying, Asking Alexandria, dentre outras. Eventos como o “União Fest” trazem de volta à tona essa paixão que, em muitos, reside parcialmente escondida, além de ser uma grande oportunidade para a divulgação do trabalho das bandas locais, elogiadas em todo o país, como é o caso da Cronimos e do Projeto D’ávilla. 

Ingressos

A venda de ingressos físicos para o evento começa no dia 02 de maio. Os tickets do primeiro lote estarão disponíveis nas lojas Disco de Ouro e Redley no valor de R$ 30. Entretanto, para quem já quiser garantir as entradas basta acessar o site www.eventick.com.br/gloriaedod.

Para quem é fã dos artistas ou simplesmente curte uma boa festa de rock, 24 de junho é uma boa pedida. Nostalgia sonora na medida certa.  

Os amantes do Blues já podem começar a contagem regressiva. No dia 14 de maio, a Casa de shows Estelita sedia o Festival Recife Blues Connection. O evento pretende unir nomes de peso com atrações nacionais e internacionais. A grande atração da noite é o guitarrista argentino Danny Vincent, que volta à capital pernambucana com nova apresentação. Radicado em São Paulo, o artista que funde o blues americano ao rock latino, já fez o show de abertura em uma das turnês brasileiras do mestre BB King, em 1999.

O argentino também dividirá o palco com o guitarrista caruaruense Joanatan Richard. Fundador de uma das bandas pioneiras do blues pernambucano, a The Bluz, com quem gravou dois discos, em 2013, lançando o álbum de estreia na carreira solo, intitulado ‘Rockin’ this crazy world’. Com influências do rock’n’roll, blues e rockabilly dos anos 50 e 60, o artista já dividiu o palco com o norte-americano Rudy "Tutti" Grayzel, parceiro de Elvis Presley e Roy Orbison na década de 1950.

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Já conhecido pelas noites pernambucanas, o guitarrista Rodrigo Morcego também se apresenta na noite. Com mais de 15 anos de estrada, Morcego foi membro da banda ‘Má Companhia’, onde tocou ao lado do roqueiro Lula Côrtes. Para completar o line up, o festival traz a banda Motorciclano, com sua sonoridade que remete às orquestras de blues dos anos 1960 e 1970.

Festival Recife Blues Connection

Danny Vincent (ARG), Joanatan Richard (PE), Rodrigo Morcego (PE) e Motorciclano (PE)

Bar Estelita (R. Saturnino de Brito, Cabanga)

Sábado (14) | 22h

Ingressos: R$ 50 (portaria) ou antecipados com desconto pelo site Eventick 

 

Como resposta à decisão do Tribunal Regional Federal em Pernambuco, tomada nesta semana, o Movimento Ocupe Estelita promoverá uma jornada de luta, que se iniciará com um protesto na próxima segunda-feira (21), e prosseguirá com outro na terça (22).

Com o nome de "Na Lei ou na Marra: cancelem a reunião do CDU (Conselho de Desenvolvimento Urbano)", o ato começará às 16h20, e terá concentração na Praça Olavo Bilac, que fica em frente à Câmara dos Vereadores, no bairro de Santo Amaro, Centro do Recife.

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O movimento também planeja outra ação, desta vez na terça-feira (22), às 8h na Prefeitura do Recife, e terá o nome de "#OcupePrefeitura". Esta manifestação da terça será realizada no mesmo dia da reunião do CDU, que terá como pauta o projeto Novo Recife.

Justiça Federal – A decisão do juiz Roberto Wanderley, da 1ª Vara da Justiça Federal em Pernambuco, proferida no dia 28 de novembro, condenava o consórcio a devolver para o patrimônio público o terreno do Pátio Ferroviário das Cinco Pontas, no Cais José Estelita, no prazo de 30 dias. 

Além disso, a decisão também determinava ao Município do Recife a obrigação de não realizar qualquer licença ou alvará de construção ao Consórcio Novo Recife sem o projeto ter sido aprovado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). 

Investigação - O Consórcio Novo Recife também está sendo investigado pela Polícia Federal na Operação Lance Final. O leilão do terreno, arrematado pelo grupo de empreiteiras, apresenta indícios de fraude no caráter competitivo. A operação ainda investiga crimes de tráfico de influência, uso de documento falso, corrupção ativa e passiva. 

Entre as irregularidades identificadas está o valor de venda do terreno. Uma consultoria contratada teria levantado que o preço de mercado  do local era de R$ 65 milhões, mas ele foi arrematado por R$ 55 milhões, trazendo um prejuízo de R$ 10 milhões aos cofres públicos. 

O projeto – O projeto Novo Recife prevê a construção de torres na área do Cais José Estelita. Ativistas do Movimento Ocupe Estelita apontam que o empreendimento vai afetar a paisagem urbana e agravar problemas sociais.  

Após dois finais de semana de shows, o FestivalDoSol chega ao fim, nesta sexta-feira (20). Para a última apresentação, as bandas Móveis Coloniais de Acaju, Dead Fish e Medulla são algumas das atrações que estão na programação do evento, que acontece no Estelita às 22h.

A primeira banda da noite a se apresentar é a pernambucana AMP, em seguida tem Far From Alaska (RN) e para fechar a noite, Supercombo (ES). Os ingressos custam R$ 25 e estão à venda nas lojas Disco de Ouro, Redley (Shopping Recife), Chilli Beans (Shoppins Recife, RioMar, Plaza, Tacaruna e Boa Vista) e online.

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Serviço

“Festival DoSol”
Sexta-feira (20) | 22h
Estelita - Av. Saturnino de Brito, 385 - São José
Ingressos: R$ 25
Vendas: Lojas Redley (Shopping Recife), Loja Disco de Ouro e Lojas Chilli Beans (Shopping Recife, Riomar, Plaza, Tacaruna e Boa Vista)

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