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Com a suspensão de atividades presenciais das escolas de todo o Brasil diante da pandemia da covid-19, muitos estudantes, principalmente os de escolas públicas, tiveram seu processo de aprendizado interrompido por meses. Para combater os efeitos dessa defasagem, o empreendedor Janguiê Diniz, fundador do grupo Ser Educacional e presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo, lança um projeto social voltado para a Educação Infantil. É a Minha Escolinha Online, plataforma educacional gratuita voltada para o reforço escolar de crianças de escolas públicas entre 2 e 8 anos de idade. O projeto já conta com mais de 800 videoaulas, além de jogos educacionais e sistema de gamificação.

O conteúdo da Minha Escolinha Online foi construído com atividades interativas e conteúdos diversificados que atendem às orientações e regulamentações do Ministério da Educação (MEC). A ideia é oferecer às crianças e aos pais e responsáveis alternativas educacionais que compensem a ausência das escolas formais durante o período da pandemia, garantindo a segurança de todos. “Nossas crianças estão há muito tempo sem aulas presenciais, e muitas não conseguem acompanhar as aulas online. Na Minha Escolinha Online, além da plataforma com videoaulas que podem ser assistidas em qualquer lugar e a qualquer tempo, oferecemos atividades que podem ser impressas, facilitando os estudos”, aponta Janguiê Diniz. “O mais importante é que essas crianças, em idade tão importante de formação, não fiquem desamparadas e possam recuperar o ‘tempo perdido’”, completa.

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A plataforma da Minha Escolinha Online beneficia tanto os pequenos estudantes, quanto pais e responsáveis. “Os pais se tornam tutores de ensino dos seus filhos, podendo acompanhar o progresso das crianças. As aulas também farão com que os pequenos ocupem o tempo vago com atividades lúdicas, que estimulam o raciocínio e agregam conhecimento, além de desenvolverem habilidades socioemocionais”, destaca Diniz. “Dessa forma, o tempo de isolamento social, ainda necessário, torna-se mais produtivo e as crianças são incentivadas a trabalharem conteúdos ricos”, acrescenta.

Pais que quiserem utilizar o material da Minha Escolinha Online como reforço para seus filhos podem acessar o site www.minhaescolinhaonline.com.br e fazer o cadastro gratuito. Além das videoaulas, os materiais de estudo podem ser baixados e impressos para que as crianças realizem as atividades como em uma sala de aula. Escolas que desejarem utilizar o conteúdo da plataforma em suas aulas também podem entrar em contato para adquirir.

Da assessoria

O Governo de Pernambuco decidiu prorrogar, até 31 de outubro, a suspensão das aulas presenciais dos ensinos fundamental e infantil. Anunciada na tarde desta segunda-feira (19), a decisão ocorreu por meio do “Gabinete de Enfrentamento à Covid-19”.

As aulas estão suspensas desde março em decorrência dos efeitos da pandemia do novo coronavírus. Seguem sem aulas turmas de escolas públicas e privadas dos respectivos níveis de ensino.

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Já no que diz respeito ao ensino médio, o Governo do Estado espera retomar as aulas no próximo dia 21. O retorno gradual abrange, inicialmente, alunos do terceiro ano do ensino médio. A retomada, porém, não é obrigatória, devendo as escolas estaduais oferecerem atividades remotas, além das presenciais com turmas reduzidas.

Apesar dessa determinação do Governo de Pernambuco, docentes da rede estadual, por meio do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (Sintepe), decidiram não voltar às aulas no dia 21, após assembleia. A categoria teme a pandemia do novo coronavírus.

"É uma grande pena que não se possa estar ao mesmo tempo nos dois lugares! / Ou guardo o dinheiro e não compro o doce, ou compro o doce e gasto o dinheiro. / Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo… e vivo escolhendo o dia inteiro! / Não sei se brinco, não sei se estudo, se saio correndo ou fico tranquilo". Os versos da poetisa Cecília Meireles refletem bem as escolhas inocentes da infância que todo adulto já teve, e ao menos uma vez, desejou voltar a ter. São recordações da pequenez que muitas pessoas guardam com carinho, seja uma fotografia, um brinquedo ou, até mesmo, alguns trabalhos escolares feitos com muito entusiasmo.

Nostálgicos, esses objetos fazem com que muita gente revisite o passado, época em que as responsabilidades da vida adulta não se faziam presentes e se tinha tempo para ser, essencialmente, uma criança. A universitária Alexcianny Santana, de 21 anos, é um desses casos.

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Foto: Cortesia

Da época de menina, Alexcianny ainda guarda com muito carinho alguns trabalhos feitos na escola. “Creio que o primeiro trabalho que foi em dupla, guardei porque era uma coisa nova, numa escola nova, com outras pessoas (possíveis amizades), e obviamente gostaria da lembrança em mãos”, diz. Ela ainda recorda: “O segundo trabalho guardei porque foi um sacrifício para fazer, porque eu amava a matéria de história e tinha uma admiração enorme pela professora. Mas, sobretudo, guardei os trabalhos porque na minha mentalidade da época, poderia algum dia mostrar a alguém e me sentir orgulhosa pelo trajeto em que passei”, esclarece.

Em meio às recordações, ela conta as emoções que sente ao ter os trabalhos antigos em mãos. “O sentimento que aflora é de amor, dever cumprido e orgulho, porque foram momentos bons, e poder guardar trabalhos, vídeos e fotos, é como colocar todos eles numa caixinha do tempo, e poder de certo modo revisitar, reviver e tentar sentir a mesma sensação, como se realmente por alguns segundos pudesse estar lá novamente”, descreve.

 

Trabalhos escolares fazem Alexcianny relembrar convivência com amigos no ensino infantil. Foto: Cortesia

Para o jornalista Mateus Araújo, estudar em duas escolas que tinham uma pedagogia com atividades práticas e lúdicas, além de estímulo à liberdade criativa, proporcionou a ele uma visão mais humanizada, crítica e inclusiva. “Eu estudei em duas escolas na minha vida. E das duas, que tinham uma pedagogia bem parecida, as melhores lembranças que tenho são da liberdade e da inventividade que elas proporcionavam a gente. Claro que naquela época eu não entendia como entendo hoje, mas foram escolas que sempre associaram aprendizado com um olhar menos mecanizado do processo, mais humanizado, crítico e inclusivo. Isso era incrível”, recorda.

 

Mateus faz questão de guardar trabalhos escolares da época de criança. Foto: Cortesia

Aos 28 anos, o jornalista ainda guarda com carinho seus trabalhos de escola e relata que, há pouco tempo, recebeu uma foto, de uma ex-professora, de alguns trabalhos ensino fundamental. “Esses trabalhos eu recebi de uma ex-professora, Vilma Lins – ela foi minha alfabetizadora em uma escola que não existe mais -. Ela me enviou uma mensagem, há pouco tempo, com as fotos. Na hora, mandei para minha mãe também, que sempre guarda minhas coisas da escola. Acho que guardar esses trabalhos é como guardar fotos, que ajudam a gente a relembrar as coisas, fases, pessoas...”, diz.

Envolvidos neste clima do Dia das Crianças, celebrado nesta segunda-feira (12), os professores também relembram o passado quando tudo o que as crianças queriam era apresentar seus trabalhos que tinham feito com muito entusiasmo “Em relação aos trabalhos, pesquisas, era um reboliço só. Amavam. Cobravam dos membros participação ativa quando era em equipe. Faziam questão de entregar e apresentar, porque sempre gostei de treiná-los para as futuras apresentações de seminários dos anos subsequentes. Eles faziam questão de levar (os trabalhos) para casa. Os de equipe eram sorteados para ver com quem ficava”, recorda Mônica Cunha, educadora infantil da Escola Municipal Margarida Serpa Cossart, localizada no bairro do Ibura, Zona Sul do Recife.

Com vários anos em sala de aula, a professora relembra, em entrevista ao LeiaJá, os trabalhos entregues pelas crianças e fala que na época, o esforço refletia nos trabalhos criativos dos alunos. “Para que escrevessem sobre um determinado tema, eles pesquisavam mesmo, assim como ao preparar a cartolina, desenhavam ou colavam figuras referentes ao tema pesquisado. Tudo com mais responsabilidade, com mais compromisso, com vontade de acertar”, recorda.

Entre muitas lembranças do ensino fundamental, Alexcianny Santana lista, inspirada neste dia, as boas lembranças que teve na escola quando era pequena. “Na hora do intervalo, quando todos paravam para conversar; nas aulas de educação física que era divertido; e em uma ocasião em especial que tenho até hoje guardada em vídeo, todos na sala rindo, fazendo exercícios, conversando, cantando, sendo criança. Minhas maiores lembranças são de conversas aleatórias, de trocas de saberes, de apresentações de seminários, do 'até amanhã' quando largava, até chegar o momento de não poder mais dizer até amanhã, e encerrar o ciclo”, conta.

Não muito diferente, Mateus Araújo também fala sobre os sentimentos e as lembranças que vêm à tona quando rever os trabalhos feitos na infância. “Eu relembro das pessoas com as quais convivi, dos momentos que passei. De certo modo, eu consigo rever até mesmo o papel daquela escola na minha formação pessoal e profissional. Esse trabalho, por exemplo, que a minha alfabetizadora me mandou, me fez escrever um textinho agradecendo às minhas professoras da primeira escola que frequentei. Foram essas mulheres que me alfabetizaram e que, com certeza, me ensinaram valores que carrego até hoje”, diz.

A nostalgia dos trabalhos feitos em salas de aulas, dos professores que marcaram a infância, das brincadeiras com os amigos e das meninices da época, ocorre de formas diferentes em cada pessoa, e traz sentimentos bons que desencadeiam fortes emoções, como explica a psicóloga clínica e escolar Márcia Monteiro.

“Existem pessoas que vivenciam coisas maravilhosas relacionadas a essa primeira infância, e o resgate de trabalhos, cartas e fotografias promovem sensações de prazer e resgatam um passado positivo que nos leva a fortes emoções. Esse resgate pode chamar de saudade e se intensifica com o bom humor, uma vez que ela é baseada em experiências passadas, geralmente felizes em escola, festas de família, com amigos, viagens, entre outros”, explica a psicóloga.

As recomendações das autoridades sanitárias do mundo inteiro são que a população fique em casa, para evitar a propagação do novo coronavírus. Apesar da restrição de circulação, a quarentena deve ser encarada também como uma oportunidade para estimular novos aprendizados e até dar um novo rumo na carreira profissional. Entendendo a importância do Ensino a Distância (EAD) nesses dias de isolamento, o Instituto Êxito de Empreendedorismo disponibiliza mais de trezentos cursos online em diversos segmentos. Todos gratuitos. 

Com a disseminação da Covid-19, a metodologia de ensino a distância se torna a forma segura de continuar estudando, além de contar com toda a flexibilidade em relação ao tempo diário de estudo. “Acreditamos que a educação empreendedora será um agente transformador do futuro do nosso país e, neste momento, aprender ‘de casa’ tem sido uma das maneiras mais eficientes para estimular a mente e ampliar o conhecimento”, relata o presidente do Instituto, Janguiê Diniz. “Em momentos como o que estamos passando, é preciso agir com sabedoria, discernimento, e pensar lá na frente. Quando tudo isso acabar, estaremos estagnados, ou nos preparamos para um futuro empreendedor?”. 

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Na plataforma online do Instituto Êxito de Empreendedorismo, o usuário encontra cursos de tecnologia, marketing, saúde, exatas, humanas, ensino infantil e, claro, empreendedorismo. Todos são ministrados por sócios fundadores do Instituto, grandes nomes do empreendedorismo brasileiro, que transmitem conhecimento em suas áreas.

Sobre o Instituto Êxito de Empreendedorismo 

O INSTITUTO ÊXITO DE EMPREENDEDORISMO é o resultado de um sonho que envolve empreendedores visionários dos mais variados segmentos do Brasil, e que hoje já conta mais com mais de 400 sócios, que compactuam de um mesmo propósito: fazer do empreendedorismo a turbina para alavancar vidas e histórias.

O Êxito tem a filosofia de que, independente da classe social e econômica, qualquer pessoa pode transformar suas ideias em ações que mudem e melhorem a realidade e a comunidade na qual vive. Por isso, nasceu com o objetivo de estimular o dom empreendedor dos jovens, especialmente os de escolas públicas, onde há muitos talentos escondidos e boas ideias a serem impulsionadas. 

Nomeada como uma instituição sem fins lucrativos, seu principal plano de ação está em oferecer uma plataforma de cursos online e gratuitos, além de diversas ações voltadas para o fomento ao empreendedorismo.

Tão importante quanto a figura familiar, os professores são essenciais não só na formação acadêmica dos alunos, mas também, na construção do caráter e personalidade dos futuros cidadãos. Ao acompanhar o crescimento no decorrer da vida acadêmica, os docentes desenvolvem o sentimento de compromisso com os estudantes, que durante sua trajetória, levam um pouco daquele professor, que o ensinou não só matemática, história ou geografia, mas também, as disciplinas da vida, formando acima de tudo, um ser humano. Exemplo em sala de aula, muitos deles são tidos como heróis, nos quais, os educandos se espelham.

Alguns deixam marcas indeléveis na história pessoal dos estudantes; outros criam laços afetuosos que durarão para o resto da vida. Com certeza, cada um que passou pelo ambiente escolar, lembra-se daquele ou daquela professora pela qual sempre obteve um sentimento de afeto, carinho e identificação. No Colégio Damas, que fica no bairro das Graças, Centro do Recife, os laços construídos entre aluna e professora passaram de geração a geração.

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De mãe para filha

 A esteticista Thatiane Marroquim relembra com carinho das aulas de educação física da professora Olindina Mendonça. A ex-aluna relata que Olindina sempre a tratou como uma filha, de maneira afetuosa e carinhosa, sempre com os braços abertos e um olhar sincero, de uma profissional que ama o que faz. “Ter aula com tia Olindina para mim foi uma honra. Ela sempre me tratou de forma muito amorosa, com certeza é uma professora que marcou a minha vida”, destacou.

O carinho e admiração pela professora fizeram com que Thatiane matriculasse sua filha, a pequena Isadora Marroquim de apenas seis anos, nas aulas da educadora. “A minha filha fala dela com o mesmo entusiasmo que eu tinha quando participava das aulas. Tia Olindina se envolve com os alunos como se fossem filhos. Eu guardo um carinho muito grande por ela, principalmente porque agora ela cuida da minha filha”, falou.

O reconhecimento e gratidão de Thatiane Marroquim é confirmado na confiança que deposita na professora, para ensinar sua filha de seis anos / Foto: Reprodução/TV LeiaJá

Alunos vêm e vão, as lições ensinadas pelos professores ficam. Ser professor é bem mais do que apenas algumas horas em sala de aula, ser professor é ter responsabilidade com o futuro. Antigos estudantes, hoje homens e mulheres já formados, reconhecem a grandeza desses profissionais. Thatiane é grata por ter encontrado em sua trajetória, professores como Olindina Mendonça, que com cuidado, atenção e paciência, ajudaram na formação acadêmica e pessoal da cidadã que é hoje. “Profissionais como a professora Olindina devem ser parabenizados por todo amor e compromisso que durante todos os anos de trabalho sempre dedicaram a nós alunos. Isso fica marcado para sempre em nossas vidas e com certeza passa para nossos filhos, como é o meu caso, que tenho a honra de ver minha filha sendo ensinada por uma profissional talentosa como ela”, afirmou.

Uma vida dedicada à educação

Olindina Mendonça Bezerra tem 39 anos de profissão, todos dedicados à educação infantil. Estar rodeada por crianças é o desejo de uma recifense que ama o que faz. Segundo a professora, a vocação de lecionar para os pequenos vem com ela desde quando decidiu se tornar uma profissional de educação. Com a emoção no olhar, Olindina relata a satisfação de ver os ex-alunos retornarem ao ambiente escolar com seus filhos, trazendo com sigo um abraço apertado e um “obrigado”, de quem reconhece a importância do trabalho feito com dedicação e muito amor. “Com certeza é criado um laço de afeto com meus ex-alunos, e vê-los já grandes, trazendo seus filhos para ter aula comigo depois de anos, é muito gratificante, demonstra o carinho e confiança de uma pessoa que desde pequena contribuí em sua formação acadêmica e pessoal”, disse.

Professores carregam e deixam marcas dos alunos, guardam consigo os detalhes de cada turma que passou por suas mãos. Muitas vezes os papeis se invertem, e os tutores também aprendem com os pupilos. O prazer de ter os pequeninos todos os dias faz com que Olindina ame o que faz. “A minha vida é isso aqui, eu amo isso, eu os amo, meus alunos para mim são tudo, não tem como eu viver sem eles. A parte mais gratificante do meu dia é quando eles chegam e me dão um abraço apertado, esse carinho é o que me move para ser uma profissional cada vez melhor. Eu amo ser professora, educar para mim é tudo”, falou emocionada.

Um dia seria pouco para homenagear esses profissionais fundamentais para o desenvolvimento da sociedade. Professores são dádivas, presentes que são dados os estudantes ainda pequeninos e que permanecem em sua memória e coração para o resto da vida. Valorizar esses profissionais é mais que um dever, é uma obrigação. Olinda conta que já educou famílias; pais, mães e agora filhos. A da marca da professora está presente nos lares de cada um que já recebeu suas instruções. Neste dia 15 de outubro, a docente revela que o maior presente que pode receber é a gratidão e o reconhecimento. “Eu os vejo voltar e me abraçar, agradecendo por tudo que ensinei, pela contribuição que dei para sua vida, isso é o meu presente, é extremamente gratificante ver o reconhecimento desses ex-alunos”. O agradecimento mais profundo a esses profissionais que marcam, ensinam e educam gerações.

O documento que estabelece as diretrizes para os currículos das escolas de ensino médio será enviado pelo Ministério da Educação ao Conselho Nacional de Educação (CNE) só no início do ano que vem. A previsão inicial do governo era que a Base Nacional Comum Curricular do ensino médio fosse concluída até o fim deste ano.

Segundo o secretário de Educação Básica do Ministério da Educação, Rossieli Soares, o adiamento aconteceu porque ainda está sendo finalizada a análise da Base Nacional Comum Curricular para a educação infantil e o ensino fundamental.

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“Agora vamos concentrar todas as nossas energias aqui, mas em paralelo estamos ouvindo muitas pessoas sobre a base do ensino médio para que ela reflita tanto a reforma do ensino médio quanto outros pontos que precisam ser aperfeiçoados”, disse Rossieli.

O presidente do CNE, Eduardo Deschamps, informou que o conselho também realizará consultas sobre a base para o ensino médio, assim como fez com o documento que trata da educação infantil e do ensino fundamental. Segundo ele, por causa da reforma do ensino médio, o CNE também vai elaborar a revisão das diretrizes curriculares nacional do ensino médio.

O CNE deverá votar a proposta da base para a educação infantil e o ensino fundamental na primeira semana de dezembro. Após a aprovação, o documento ainda deverá ser homologado pelo ministro da Educação.

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Para que os pais possam acompanhar o desenvolvimento dos filhos na educação infantil - etapa do zero ao 6 anos que não tem provas nem boletim -, escolas particulares de São Paulo estão investindo na produção de relatórios detalhados sobre habilidades e comportamento das crianças. O documento analisa desde se sabem reconhecer as letras de seu nome e contar até dez a se abotoam sozinhos o casaco ou sentam de forma adequada.

No colégio AB Sabin, na Vila São Francisco, zona oeste da capital, os relatórios foram adotados no ano passado como forma de acompanhar o desenvolvimento das habilidades cognitivas, sociais e emocionais das crianças. "Antes, nós mandávamos um relatório dissertativo para os pais, com pontos que a professora e a equipe achavam mais importantes. Agora, temos um modelo a seguir com dezenas de indicadores de avaliação por faixa etária", afirma Monica Mazzo, diretora pedagógica.

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Segundo Monica, a mudança aconteceu porque a escola sentiu a necessidade de dar mais satisfação aos pais não apenas sobre o desenvolvimento da criança, mas também sobre as expectativas de aprendizado para ela. "Na educação infantil a avaliação é contínua, não existem notas ou provas. Por isso, a observação é muito importante nessa etapa porque a evolução das crianças também é muito rápida e depende dos estímulos adequados", diz.

No colégio Gimbernau, em Perdizes, na zona oeste, o comentário descritivo dos professores também foi substituído pelo relatório, que apresenta 153 indicadores. Com eles, é avaliado, por exemplo, se a criança aceita esperar sua vez nas brincadeiras, ajuda os colegas, mostra curiosidade e memoriza canções. "Em toda brincadeira ou atividade cotidiana, como comer, ir ao banheiro, calçar o sapato, é importante observar como a criança está se desenvolvendo", diz Simone Gimbernau, coordenadora.

O relatório é trimestral, mas, se for constatado algum problema mais grave no desenvolvimento da criança, os pais são comunicados antes. "Um comportamento mais irritadiço ou se ela não quer comer, isso não pode esperar", explica.

Autonomia

A designer Joana Alveal, de 39 anos, diz aprovar os relatórios que recebe do filho Gael, de 5, que estuda na Gimbernau. Segundo ela, funcionam como um indicativo sobre o que esperar da criança em cada faixa etária. "Eu fiquei sabendo que meu filho fazia coisas na escola que não praticava em casa, como comer sozinho ou amarrar os sapatos. Acho que, por querer um mimo dos pais, ele não fazia sozinho. Quando ficamos sabendo, começamos a estimular que ele tivesse mais autonomia."

Para Paula Neves Fava Bom, coordenadora do colégio Pio XII, no Morumbi, na zona sul, esse tipo de relatório sinaliza aos pais aspectos que em geral eles não dão atenção. Também ajudam os professores, pois como têm metas estabelecidas para cada faixa etária, são indicadores de quais conteúdos foram absorvidos pelos alunos.

Segundo Claudia Ayres, coordenadora do colégio Marista Glória, no Cambuci, região central, após compartilhar o documento com os pais, estratégias são traçadas. "Concebemos a educação infantil como um período em que as aprendizagens se desenvolvem de maneira processual e em espiral. O que garante para cada criança seu tempo individual de construção."

Isso é importante também para tranquilizar as famílias e desencorajar comparações. "Muitos comparam o desempenho do filho com o dos colegas ou dos irmãos mais velhos e essa pressão é muito ruim para a criança", diz Adriana Meneguello, coordenadora do colégio Mary Ward, no Tatuapé, zona leste.

Para Adriana, os pais precisam entender que algumas das informações apresentadas no relatório dependem da educação em casa. "Uma criança que tem pouca iniciativa na escola, provavelmente tem pouca autonomia em casa. O trabalho precisa ser conjunto."

Professor

Para Gabriela Clotilde Monteiro, especialista em Educação Infantil pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), quando as escolas optam por um relatório muito extenso é importante que elas reservem um tempo e deem ajuda aos professores, para que seja possível prestar atenção em todos os detalhes cobrados. "Tem de haver um equilíbrio para que o professor não fique apenas preocupado com os indicadores e esqueça da parte pedagógica", diz.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

JOÃO PESSOA (PB) - A cidade de Campina Grande terá que criar mais de 2,5 mil novas vagas na educação infantil. A determinação é de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) promovido pelo Ministério Público estadual (MPPB) e assinado pela Prefeitura Municipal (PMCG), nesta quinta-feira (20).

Segundo o MPPB, as creches e berçários precisam ter mais 1260 vagas, enquanto as pré-escolas precisam ter a possibilidade de receber mais 1300 crianças. A decisão precisa ser cumprida até 2017

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A PMCG garantiu que irá construir creches, instalar berçários e ampliar vagas na pré-escola para atender a demanda. “O compromitente (Município de Campina Grande) assume obrigação de fazer, consistente na implantação, manutenção, operacionalização e ampliação da educação infantil, de modo a garantir o acesso, permanência e a oferta de vagas em quantidade suficiente para atender toda a demanda de creche e pré-escola para as crianças de zero a três anos e de quatro a cinco anos de idade, respectivamente, em período parcial e integral”, informou o promotor de Justiça de Defesa da Educação de Campina Grande, Guilherme Câmara.

O MPPB informou ainda que a Prefeitura deve iniciar, ainda este mês, os processos administrativos, licitações, obras, entre outros procedimentos, para que sejam criadas 480 novas vagas para creches para atender crianças de zero a três anos de idade, construir e equipar dez berçários nas estruturas das creches já instaladas no município, sendo que cinco novos berçários deverão ser instalados até o início do ano letivo de 2016 e outros cinco deverão ser entregues no início do ano letivo de 2017. 

“O Município também obriga-se até o final da vigência do Programa Nacional de Educação Infantil (2024) a atender, no mínimo, 50% das crianças com até três anos de idade”, finalizou o promotor. O descumprimento do TAC resultará em multa no valor de R$ 5 mil por dia de atraso, além de outras medidas judiciais cabíveis. O valor da multa será revertido ao Fundo Municipal da Criança e do Adolescente.

O candidato à Presidência Eduardo Campos (PSB) exaltou programas de sua gestão em Pernambuco e reforçou sua promessa de universalizar o Ensino Médio em período integral ao assinar o termo de compromisso com a fundação Abrinq, comprometendo-se com a implantação de políticas públicas para o bem estar de crianças e adolescentes. O candidato também disse que pretende universalizar o ensino Infantil, se eleito, atendendo a mais de um milhão de crianças que não estão na pré-escola.

"Temos um olhar muito forte para a questão da primeira infância. E universalizar não é só construir creches", disse Campos, que citou Paulo Freire na fala de que escolas não são feitas de cal e pedra, mas de gente.

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Campos falou do programa implementado em Pernambuco, de escola em tempo integral e do programa chamado "Mãe Coruja", coordenado por sua esposa Renata Campos e que implementou medidas de humanização do parto. Ele também ressaltou a queda do índice de mortalidade infantil no Estado durante sua gestão. "Tínhamos uma mortalidade em Pernambuco acima da média do Nordeste e, em sete anos, colocamos abaixo da média do Brasil."

"As crianças brasileiras vão sentir a diferença de ver alguém governar o Brasil sabendo a realidade das crianças brasileiras que passam fome, que são vítimas de abuso, das crianças que tem deficiência e precisam de um olhar que vai além das disputas duras muitas vezes desleais da política", disse Campos, que se emocionou no último trecho da fala pela presença da esposa que carregava o bebê Miguel, caçula da família, que tem Síndrome de Down.

O Instituto da Cidadania do Brasil promoverá o 14º “Prêmio Construindo A Nação”. A proposta tem como objetivo reconhecer e difundir ações de cunho social realizadas por escolas da iniciativa privada e da rede pública e seus alunos, que tenham como agentes os próprios estudantes. O intuito é estimular as escolas a desenvolverem projetos de ação que contemplem temas voltados à cidadania.

As inscrições podem ser realizadas até o dia 14 de agosto, através do site do Instituto ou pelo contato construindo@institutocidadania.org.br. A premiação é direcionada para várias categorias, entre elas ensino infantil, ensino fundamental, ensino médio, EJA, ensino técnico e iniciativas publicas e privadas.

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A iniciativa também valorizar o papel do educador no processo de formação do seu aluno como cidadão. Para obter mais informações sobre o Prêmio, os interessados podem acessar o site da ação. 

A Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho convocou 56 aprovados em concurso realizado em 2010. A solenidade de posse dos aprovados será realizada nesta sexta-feira (6) às 10h, no Centro Administrativo Municipal (CAM).

O certame ofereceu vagas para professores do ensino infantil e fundamental, auxiliares de topografia, farmácia, serviços gerais e secretaria, arquivista, coveiro, digitador e médico gastroenterologista, além de agentes de defesa civil.

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A Escola de Música José Ladislau Pimentel, no Cabo de Santo Agostinho, está com vagas disponíveis. A unidade, situada no distrito de Ponte dos Carvalhos, oferece cursos de musicalização infantil e básico da música. As inscrições são gratuitas. 

O curso de musicalização infantil é voltado a crianças de 9 e 10 anos e tem turmas abertas para os turnos da manhã e da noite. O curso básico de música exige idade mínima de 11 anos e tem vagas para todos os períodos (manhã, tarde e noite). 

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Os interessados devem se dirigir à Rua Tabelião João José Alves, 50, Loteamento Ilha, em Ponte dos Carvalhos, das 8h às 11h e das 14h às 20h. No ato da inscrição, os alunos devem portar uma foto 3×4 recente, cópias do RG ou de certidão de nascimento, comprovante de residência, declaração de matrícula em instituição de ensino ou Ficha 19 (caso já tenham concluído os estudos). Todos os itens devem ser levados, a pedido da direção escolar, em um envelope plástico do tamanho A4.

Para outras informações, ligue para (81) 3522-2704 ou 3521-6752.

O Colégio da Polícia Militar de Pernambuco está com inscrições abertas para ingresso na instituição da Educação Infantil ao 1º ano do Ensino Médio no Recife e Petrolina, no Sertão do Estado, para 2014. De acordo com o edital, serão três vagas para a capital pernambucana e outras 17 para Petrolina para quem não é dependente de militares, funcionários civis da Polícia Militar de Pernambuco e Corpo de Bombeiros.

Para os dependentes, serão disponibilizadas 148 vagas, sendo 55 para a unidade da capital e 93 para a do sertão. As inscrições devem ser efetuadas até 14 de novembro, das 8h às 17h na Rua Henrique Dias, número 609, no bairro do Derby, área central do Recife e, em Petrolina, na Avenida Coronel Otacílio Ferraz, 20, bairro de Jatobá.

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O estudante só poderá efetuar a inscrição com a presença de pais ou responsáveis, mediante pagamento de taxa no valor de R$ 35. Caso o responsável não possa comparecer na hora disponibilizada, outra pessoa poderá fazer a inscrição mediante apresentação de procuração pública devidamente registrada em cartório.

Para as vagas da educação infantil, será realizado um sorteio no dia 22 de novembro. Quanto ao processo seletivo para os candidatos do 6º ano do ensino fundamental e 1º ano do médio será realizado no dia 29 de novembro, às 8h, nas sedes do Colégio da Polícia. Outras informações podem ser adquiridas através do edital.

A cidade do Recife foi escolhida para testar um novo projeto de educação que envolve a utilização de games no ensino infantil. Desenvolvida pela empresa Joy Street em parceria com o Instituto Ayrton Senna, a Fundação Telefônica e o Instituto Natura, a plataforma de educação Plinks, busca unir o interesse das crianças por jogos digitais a educação básica, tornando o ambiente educacional mais atrativo e por consequência facilitar o o processo de aprendizado das crianças.

A presidente do Instituto Ayrton Senna, Viviane Senna, afirmou que em breve a plataforma estará disponÍvel em todo o país. E parabenizou a participação de Recife na fase de experimentação. ”É uma grande contribuição que a cidade está dando para as suas crianças, que vão se beneficiar dessa aprendizagem em conjunto que vamos fazer agora no segundo semestre de 2013”, destaca.

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A ideia será testada de agosto até novembro pelo país inteiro. Ao todo, participam da proposta dez redes municipais de ensino, além de duas estaduais (Rio Grande do Sul e Tocantins) que. cidades como Rio de Janeiro, Teresina e Valparaíso (GO) participam da iniciativa. 

Com informações da assessoria



 

 

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Ruas, rios, praias. Do centro ao litoral, o cenário da cidade é modificado pela constante presença do lixo, um dos maiores problemas urbanísticos, ambientais, sociais e econômicos da atualidade. Além disso, pela análise do lixo de uma cidade ou de um país podemos saber muito sobre a educação do povo do lugar.

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Segundo dados da Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), a quantidade de lixo produzida na capital pernambucana, em toneladas, chega a ser, em média, 645 ao dia e 19 mil ao mês. No  do lixo domiciliar juntamente com a varrição feita pelos garis, a média diária de lixo recolhida é de 1 mil, e a mensal, de 43 mil.

“No Recife, como em outros lugares, jogar lixo no chão chega a ser um impulso vicioso. Muitas vezes, o lixeiro está ao alcance da população, mas por conta dos maus hábitos juntamente com a falta de educação, torna-se mais cômodo jogar no chão”, opina a professora Jucy Rocha, 58 anos.

A regra pública é manter a cidade limpa, mas grande parte da população parece não se importar em contribuir com as normas. Por conta disso, assim como no Rio de Janeiro, em que, ainda esta semana, a Prefeitura anunciou que, a partir de junho, vai multar quem jogar lixo na rua, a cidade do Recife também tomará medidas semelhantes. Os valores são similares aos da capital carioca, entre R$ 150 e R$ 3 mil, dependendo do tipo de material e da extensão da poluição. Porém, ainda se estuda como essa cobrança será realizada.

Conforme informações da Prefeitura do Recife, o projeto deve ser concluído dentro de 90 dias e as novas ações terão início entre julho e agosto deste ano.

Em relação à punição, a psicóloga Maria Helena concorda com qualquer medida desde que seja feita de maneira correta e esclarecedora: “É preciso que se façam capacitações e várias outras ações que reforcem o porquê de não sujar e qual a importância disso para o mundo, pois, pessoas que não têm esclarecimento sobre o assunto, não darão a mínima atenção. Não acho que multar é errado. Só acho que, antes de cobrar, é preciso reeducar o cidadão”.

Crianças e meio ambiente: a importância da educação ambiental no ensino infantil

Respeitar o meio ambiente, saber separar o lixo e a importância da reciclagem, são alguns dos ensinamentos que pais e instituições de ensino devem passar para os pequenos. Somente assim, eles crescerão com a mentalidade de que, com pequenas ações, se pode fazer a diferença.

“Nossas crianças são o futuro do país, então, nada melhor do que ensiná-las, desde cedo, o que é certo e o que é errado e as vantagens de preservar o meio ambiente e ser um cidadão sustentável”, diz o vice-diretor do BJ Colégio e Curso, Eduardo Barbosa.

Para conscientizar os alunos, o vice-diretor explica que não são feitas ações isoladas e sim, métodos que ajudam a reforçar a ideia de responsabilidade e compromisso com o meio ambiente. “Reforçamos com estudantes do primeiro ano do ensino fundamental ao ensino médio a separar o lixo comum do orgânico. Assim, é uma forma dos estudantes incorporarem ao cotidiano deles, seja na escola, em casa, ou em qualquer outro lugar. E, caso eles venham a jogar lixo no pátio da escola, eles são imediatamente chamados atenção”, ressalta.

“Ano passado, eu resolvi tirar umas fotos de cada parte do colégio que os estudantes costumavam sujar com mais frequência e resolvi fazer uma breve apresentação. Com isso, eu consegui provocar uma conscientização neles e reforçar a importância do cuidado que se deve tomar com o local que frequentamos. Além disso, juntei também a equipe de limpeza para enfatizar o respeito que os estudantes devem ter com esses profissionais que, diariamente, sempre estão trabalhando para manter uma boa aparência da instituição. Foi uma abordagem pedagógica que encontrei para dialogar com eles e que funcionou bastante”, completa.

Para reforçar o compromisso junto aos pais, Barbosa deixa clara que a participação dos responsáveis pelas crianças nos trabalhos escolares faz com que eles acabem se envolvendo com o tema. “Nessa fase, em que a criança ainda está no ensino fundamental, é imprescindível a participação dos pais na realização dos trabalhos. Já fizemos um painel sobre reciclagem e diversos outros trabalhos ligados à sustentabilidade e meio ambiente que, indiretamente, acabamos educando os pais, além própria criançada”, afirma.

Conforme a psicóloga Maria Helena, “é fundamental que a criança tenha noções de conservação do meio ambiente e esse papel tem que partir, principalmente, dos pais. A função do colégio, nesse âmbito, é reforçar com ações, oficinas e trabalhos escolares. Não adianta nada os professores ensinarem que não pode jogar lixo no chão se as crianças se deparam com alguém de sua família fazendo isso”, frisa.

O pai de Sandy Lima Bastos, 9 anos, Sérgio Melo, 42, é um desses exemplos de pai que concorda que a educação ambiental deve começar em casa. Segundo ele, deve-se mostrar à criança, de maneira simples e didática, quais as consequências que a poluição pode causar ao ambiente. “Eu faço da minha casa uma sala de aula. Sento com minha filha e aponto os principais problemas que podem acontecer se ela jogar lixo no chão. Eu falo sobre questões de alagamento, entupimento de bueiros, os animais transmissores de doença que são atraídos pelo lixo, entre outros assuntos. Meu papel é deixá-la atenta aos possíveis problemas para que ela pense duas vezes antes de jogar algum papel de bombom ou qualquer outra coisa no chão. Caso ela não me desobedeça, eu chamo atenção. Se ainda assim, não adiantar, eu parto para o castigo, ou seja, corto tudo o que ela gosta”, conta Melo.

Sobre a falta de educação das pessoas com a cidade, ele dá sua opinião: “As pessoas poluem por puro comodismo. Sabem que a prefeitura irá limpar, logo, sujam sem peso algum na consciência. Não têm em mente que se trata de uma questão de educação e que, fazendo sua parte, se tornam maiores as chances de evitar problemas futuros. Eu, particularmente, tenho o hábito de colocar um lixeirinho dentro do meu carro e de reforçar junto a minha família a importância de reaproveitar materiais e não jogar tudo no fora. Por exemplo, com o óleo de cozinha, dá tanto para preparar outras comidas como produzir sabão”.

Melo ainda explica de onde veio esse seu compromisso assíduo com o meio ambiente. “Eu trabalhei em supermercados que reforçavam a importância de adquirir métodos sustentáveis ao dia a dia pessoal e profissional, o que acabou sendo um aprendizado para a vida toda e me estimulou a repassar ensinamentos para outras pessoas, não só à minha família. É importante ressaltar que o lixo é uma responsabilidade de todos. Somos nós que produzimos em nossas casas, no nosso trabalho, e, portanto, devemos nos responsabilizar pelo mesmo”, conclui.

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