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Foi reportado neste domingo, dia 7, que os comportamentos de Lady Gaga estão chamando a atenção de seus amigos mais próximos. Segundo o Radar Online, as fontes suspeitam de um colapso nervoso secreto.

Segundo os amigos de Gaga, ela estaria escondendo seu sofrimento. Eles temem que as inseguranças de longa data da cantora estão começando a tomar conta de seus pensamento e, por esse motivo, ela estaria agindo de maneira bem diferente do usual.

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Lady Gaga marcou presença na estreia da cinebiografia Maestro. E foi esse evento que deixou uma pulguinha atrás da orelha de seu círculo de amigos mais próximo. Acontece que, segundo o site, a artista parecia desligada.

- Ela ficou se posicionando em fotos com Bradley [Cooper] e Carey Mulligan como se fizesse parte do filme. As pessoas pareciam chocadas, e Carey ficou confusa.

O convite para Gaga ir à estreia foi feito pelo próprio Cooper. Vale lembrar que os dois trabalharam juntos no filme Nasce Uma Estrela, que rendeu à cantora o Oscar de melhor canção original.

- Algumas pessoas próximas dizem que ela parece diferente nos últimos meses, quase como se tivesse tido um colapso nervoso secreto. Ela se afastou dos amigos e passa a maior parte do tempo sozinha quando não está com o namorado, Michael Polansky. [...] Vários meses atrás, Gaga confessou a uma amiga que se sentia um pouco perdida em sua carreira. Ela tem tido muito sucesso em todos os seus empreendimentos, mas se sente um pouco perdida no cenário da indústria musical.

Depois de ser palco de episódios de assédio sexual e discriminação que se tornaram públicos, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) organizou uma cartilha comportamental que define a conduta adequada no ambiente de trabalho. Uma dessas recomendações é que beijos e abraços sejam evitados.

"Um abraço e um beijo no rosto não são vistos como um problema para uma parte das pessoas. Já para outras, podem soar como extremamente invasivos e ofensivos. Na dúvida, não abrace e não beije. Estenda a mão em um cumprimento cordial, que é um gesto simples, inofensivo e demonstra educação", diz o documento. A cartilha vai ser lançada nesta quinta-feira, 21.

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É a primeira vez que a Alesp tem uma iniciativa do gênero. Além dos casos de assédio sexual e discriminação racial, o documento explica o que são comportamentos gordofóbicos, etaristas, capacitistas, o que é cyberbullying e outros tipos de assédio, como o moral.

O texto destaca que "o respeito por todas as pessoas em todas as situações é fundamental" e cita que "a boa convivência tem limites, exigindo cautela com as brincadeiras".

A cartilha estabelece um protocolo para atendimento de vítimas e elenca quais são os canais de denúncia possíveis. Para os pontos citados no documento, a Assembleia diz ainda que criou um espaço exclusivo para queixas, com sigilo garantido.

Porém, alerta que a denúncia deve apresentar o "autor da irregularidade, a descrição verídica dos fatos e a indicação de provas ou testemunhas", e declarações "infundadas ou não comprovadas poderão caracterizar denunciação caluniosa e estarão sujeitas às sanções previstas em lei".

'Compliance' da Assembleia

Um dos casos que acelerou o processo de construção dessa cartilha é o da deputada Thainara Faria (PT). No dia 31 de março, ela subiu aos prantos na tribuna da Alesp para relatar um episódio de racismo que sofreu. Naquele dia, uma servidora da Casa impediu a parlamentar de assinar o livro de presença porque era "só para deputados".

Thainara Faria estava usando um broche exclusivo para parlamentares e mostrou que todos os servidores receberam as fotos dos novos deputados. Ela também disse que, no dia da cerimônia de posse, uma servidora e uma policial a barraram na entrada da Assembleia por não acreditarem que ela é deputada.

Se a cartilha já existisse naquela época, Faria crê que os episódios de racismo de que foi vítima "não teriam acontecido, porque os funcionários estariam mais orientados". "Se a Casa fosse mais progressista, teríamos uma cartilha mais robusta. Mas dadas as condições objetivas, foi o melhor que pudemos fazer. É um excelente início", disse a deputada, em referência ao novo documento.

Dias depois do episódio, o presidente da Alesp, André do Prado (PL), disse ao Estadão que a ideia era organizar um "compliance da mulher" na Casa. A palavra, de origem inglesa, é uma prática empresarial de fiscalização e cumprimento de boas condutas no ambiente de trabalho - o que vai desde prevenir corrupção até casos de assédio e racismo. A reportagem procurou o deputado nesta quarta-feira, 20, mas ele disse que comentará sobre a cartilha depois do lançamento.

A cientista política Mayra Goulart, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), explica que há "diferentes episódios que demonstram que não há o que possamos chamar de 'consenso pleno' sobre o que é discriminação, racismo, machismo". Para ela, medidas como a cartilha servem para "conscientizar e reforçar a objetividade dos limites".

Ao colocar no papel, em detalhes, o que são comportamentos não aceitos, eles deixam de ser subjetivos, saindo do crivo dos "achismos". Mesmo diante do fato de muitos desses comportamentos já serem crimes, Goulart diz que não existe uma concorrência. "A cartilha e a penalização se reforçam mutuamente. A regulamentação de práticas de convívio no ambiente de trabalho reforça o que já deveria ser um consenso."

Caso Isa Penna

O caso de assédio com maior repercussão envolvendo a Alesp é o da ex-deputada Isa Penna (PCdoB). No dia 16 de dezembro, durante uma sessão da Casa, transmitida ao vivo pelo YouTube, o ex-deputado Fernando Cury a abordou pelas costas e apalpou seus seios, enquanto Penna conversava com o ex-presidente da Assembleia.

Cury foi expulso do Cidadania, sigla à qual era filiado na época, e a Alesp o suspendeu por seis meses das atividades da Casa, período durante o qual ficou sem receber salário. O episódio também rendeu um processo criminal contra o ex-deputado.

Procurada pelo Estadão, Penna diz que a cartilha é "um avanço da luta contra as opressões". "Eu acredito que não seja tanto pela cartilha em si, mas pela luta social, que teve como consequência o reconhecimento, pela instituição legislativa, de que o assédio é um problema e de que ele existe enquanto um problema", disse a ex-deputada.

A advogada Aline Santiago da Cruz, coordenadora Comissão da Igualdade Racial da OAB São Paulo, diz que falta a conscientização e interpretação da lei quando se fala em casos de discriminação racial e assédio. "Existe tolerância e banalização dessas práticas, apesar de serem ilícitas. A cartilha tem maior alcance, objetividade e facilita a compreensão do leitor (não jurista). Consequentemente, encoraja a denúncia, além de fomentar a prevenção", afirmou a coordenadora.

Cassado por unanimidade

Outro episódio de grande repercussão ocorreu há cerca de um ano e meio, envolvendo o ex-parlamentar Arthur do Val (União Brasil), conhecido nas redes sociais como "Mamãe Falei".

Em maio de 2022, a Alesp cassou o mandato dele por ter dito que as mulheres ucranianas vítimas da guerra "são fáceis porque são pobres". A declaração foi feita por meio de um áudio enviado a um grupo de WhatsApp enquanto Do Val representava o Movimento Brasil Livre (MBL) na Ucrânia. A cassação foi aprovada por unanimidade.

Diante da nova realidade do mundo atual, que exige cada dia mais e não dá trégua nos desafios, como ficam as esperanças, os sonhos e os planos de construir sucesso e prosperidade? Como cada pessoa é capaz de lidar com todos os questionamentos intensos que essa realidade de mudanças traz? Mais ainda, como lidar com as emoções, que por vezes parecem ter vida própria, diante da eventual dificuldade de mantê-las sob controle, ou de, pelo menos, conviver com elas?

Mexer em nossas convicções, em nossos apegos, nos valores que estamos praticando ou mesmo em nossos vícios de comportamento causa dor, desconforto, conflitos e dificuldades. Desse modo, é preciso aprender a lidar com a dor emocional para nos despedirmos com gratidão de tudo o que ficou para trás e passarmos, com confiança, pelo necessário processo de transformação que nos levará rumo ao nosso próximo patamar de conquistas, sucesso e evolução. É necessário, portanto, um gerenciamento emocional que ajude a ter consciência dos sentimentos e das emoções mais profundas e a encarar e aprender a lidar com eles, a fim de que se possa ter dias mais felizes e se consiga virar a situação a favor. Sem dúvida, a batalha é árdua e exige muito empenho e determinação, além da crença forte de que dias melhores virão. É fundamental confiar na vida e na sabedoria com que ela se desenrola.

É importante ter a noção de que todo o trabalho a ser realizado na busca da felicidade e do prazer de viver deverá ocorrer a partir de uma motivação interna. Cada um terá de trabalhar em seu autodesenvolvimento se quiser melhorar a forma como transita na nova realidade de cada dia e superar as dificuldades emocionais. Mesmo que o estímulo e as razões dessas dificuldades provenham do mundo externo, ainda assim essa batalha se dará no íntimo, nos recônditos da individualidade. Somente então, uma vez resolvidas intimamente essas questões, é possível influir de forma positiva no mundo e contribuir para que ele seja um lugar melhor para todos viverem.

É preciso trabalhar em cada uma dessas frentes: aceitar que os desafios existem, aprender com eles, fortalecer-se e, então, provocar as mudanças no modo de ser. É assim que alguém pode se tornar um ser humano ainda melhor e desfrutar ainda mais da alegria de viver com esperança, confiança, fé e plenitude.

Depois da eliminação de Sarah Aline, as sisters do antigo quarto deserto comemoraram muito. Mesmo com um novo paredão formado, deixando Amanda e Larissa na berlinda com Domitila, as quatro pularam muito e se mostraram confiantes em eliminar mais uma rival.

"Eu juro que estou começando a acreditar que tem uma galera torcendo por nós quatro. [...] Conseguimos tirar cinco pessoas do lado de lá [Quarto Fundo do Mar]. Vocês têm noção de que se tudo der certo, o Fundo do Mar vai ser nosso também?", disse Bruna.

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Ainda assim, Larissa não está 100% confiante. Em conversa com as aliadas, ela chorou e disparou: "Me dá muito receio porque querendo ou não são duas pessoas que, desde que eu entrei, falei que acreditava que tinham muito potencial. Estou falando do meu coração".

Vale lembrar que o grupo é formado por Bruna, Aline, Larissa e Amanda.

Ricardo Alface x Amanda

De novo na liderança, Ricardo Alface estava acompanhando a casa direto do Quarto do Líder. Ao ver Amanda dormindo, enquanto as aliadas dela conversavam sobre jogo, ele comentou com Domitila: "Esse é o perfil de jogador que o Brasil quer? Me desculpe, mas se existir um Top 3 só com elas [Quarto Deserto], eu entrei na edição errada".

Ainda durante a madrugada, os dois se estranharam. Afinal, Ricardo indicou a loira direto para o paredão.

"Eu tenho os meus posicionamentos, sempre me posicionava. Não foi à toa que me posicionei a favor de você muitas vezes", disse Amanda.

"Quando eu trouxe que você não era ouvida, você não era mesmo ouvida. E sobre votação, eu lembro que você discordava da galera. Teve uma vez que você me perguntou como poderia fazer para mudar isso", rebateu Alface.

Dinheiro e juventude não trazem felicidade. E não se trata de nenhum ditado ou pensamento filosófico, mas do Mapa da Felicidade do Estado de São Paulo, maior pesquisa sobre o tema no País, realizada pela primeira vez em 2004 e reeditada agora, em celebração ao Dia Internacional da Felicidade, 20 de março. Outros resultados interessantes, divulgados a seguir com exclusividade pelo Estadão, indicam que a espiritualidade é o atributo mais decisivo para a sensação de felicidade dos paulistas e as mulheres se tornaram mais felizes do que os homens.

"Como a percepção de felicidade é subjetiva, a melhor forma de avaliação é propor que os entrevistados definam o nível de felicidade que estão sentindo e os atributos que mais interferem nessa sensação", explica o estatístico e cientista da felicidade Jorge Oishi, coordenador da pesquisa, realizada pelo Instituto Cidades.

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E quais seriam os principais ingredientes da sensação dos paulistas? Entre 11 pilares avaliados, "Espiritualidade" obteve o maior impacto, com índice 7,3, enquanto "Governo" ficou no lado oposto, com 5,1. As regiões que mais valorizam a espiritualidade são Guarulhos e São Paulo, enquanto as regiões mais críticas à contribuição do governo para a sensação de felicidade são Campinas e o ABCD.

Dos entrevistados em 2023, 72% se disseram "felizes" ou "muito felizes", ante 84% há duas décadas. Houve, no entanto, diferença significativa a favor de 2023: 39% dos entrevistados se definiram como "muito felizes", ante 25% em 2004.

Na situação oposta, 13% dos entrevistados se disseram "infelizes" ou "muito infelizes" em 2023, ante 4% em 2004. São indícios de que parece estar havendo radicalização dos sentimentos: mais pessoas se sentindo muito felizes e mais pessoas se sentindo muito infelizes. Entre os resultados surpreendentes da pesquisa está a constatação de que não há relação direta entre renda e sensação de felicidade.

Das pessoas com renda familiar mensal abaixo de R$ 1.320, 44% se classificaram como "muito felizes", ante 37% das pessoas com renda familiar acima de R$ 13.200. Houve uma forte inversão entre essas duas faixas em comparação aos resultados de duas décadas atrás, quando apenas 22% dos mais pobres e 52% dos mais ricos se disseram muito felizes.

O índice de felicidade subiu de 6,21 para 6,54 entre os mais pobres - a melhor média entre todas as faixas de renda - e caiu de 7,79 para 6,53 entre os ricos. Outra revelação: o índice da faixa entre 16 e 24 anos caiu de 7,11 para 6,32, passando do primeiro para o último lugar entre as cinco faixas etárias avaliadas. No lado oposto, pessoas com mais de 60 anos têm nível de felicidade 6,48, ante 6,26 em 2004.

Chama a atenção também o fato de que as mulheres passaram a se sentir mais felizes do que os homens. O índice dos homens foi reduzido, no período, de 6,84 para 6,37, enquanto o das mulheres caiu bem menos, de 6,53 para 6,44.

Litoral tem maior queda; e tragédia pode ser o motivo

A queda no nível de felicidade da capital, 7%, só não foi maior do que a redução de 21% no índice do litoral, que despencou de 7,16 para 5,67. Embora nenhuma cidade do litoral norte tenha participado da pesquisa, a tragédia durante o carnaval pode ter influenciado mais as respostas dos participantes do litoral sul, avalia Jorge Oishi, coordenador da pesquisa realizada pelo Instituto Cidades.

Como a pesquisa foi feita?

Para que a comparação entre as duas edições da pesquisa fosse possível, o Instituto Cidades aplicou a mesma metodologia de levantamento e análise dos dados, com amostragem semelhante. Em 2004, foram feitas 5.952 entrevistas em 74 municípios, representantes das 11 regiões. Na edição de 2023, foram realizadas 5.777 entrevistas em 71 municípios das mesmas regiões, com o trabalho de campo sendo realizado entre 1º e 10 de março. O cálculo envolve diferentes fatores de multiplicação de acordo com os pilares e as categorias.

A metodologia utilizada no Mapa da Felicidade do Estado de São Paulo será em breve oferecida à população de todo o País por meio de uma solução de desenvolvimento humano da startup ZenBox, da qual Oishi é um dos sócios-fundadores.

"A ideia é, por meio da adesão voluntária das pessoas às atividades e avaliações propostas por nossa metodologia, elas possam compreender os impactos dos pilares da vida na sua felicidade e desenvolver comportamentos para aumentar esse índice", descreve o pesquisador.

A fase é de valorização do tema felicidade no mundo corporativo, movimento impulsionado pelas pesquisas científicas que indicam a importância dessa sensação para a saúde mental e a gestão das emoções. Muitas empresas até já criaram um cargo executivo para cuidar do tema, conhecido pela sigla CHO - que não vem de "xô, tristeza!", mas da sigla em inglês Chief Happiness Officer, ou simplesmente Diretor de Felicidade.

Pai de Bruna Griphao, Kakau Orphão, usou as redes sociais, no último domingo (22), para comentar a relação da filha com o participante Gabriel na casa do BBB23. Como você vem acompanhando, os dois ficaram juntos desde a primeira festa da casa, mas o relacionamento se mostrou abusivo logo de cara, principalmente devido aos comentários do rapaz com a atriz, chegando a uma ameaça de agressão.

Ao ver a situação sendo retratada no programa, Kakau fez um Stories dizendo: "Abusador filha da p**a".

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Após isso, Kakau compartilhou diversos stories com detalhes sobre como identificar um relacionamento abusivo. E, por fim, declarou seu amor pela filha. "Eu te amo. Minha russa, estou com você", escreveu.

O perfil oficial de Bruna também se pronunciou sobre o caso: "Estamos acompanhando todas as postagens e o apoio que vocês tem dado à nossa Bru. Primeiramente, MUITO OBRIGADA! Esse apoio é muito importante, bem como é importante levantarmos questões sérias sobre relacionamentos tóxicos. Em nenhum contexto é passível ouvir falas grosseiras, desrespeitosas e agressivas de outra pessoa. Infelizmente a Bruna não consegue enxergar como está sendo tratada em diversas situações dessa forma como vemos aqui fora. E acontece no jogo, como acontece na vida. Nós como equipe, família e amigos, repudiamos esse tipo de comportamento. Torcemos para que nossa Rino siga seu jogo de maneira individual. Ela é uma pessoa divertida, alto astral e queremos que ela volte a brilhar como antes".

E continua: "Em nenhum contexto é passível ouvir falas grosseiras e agressivas de outra pessoa. Infelizmente a Bruna não consegue enxergar que está sendo tratada desta forma em diversas situações. Nós, como equipe, família e amigos, repudiamos este tipo de comportamento. Torcemos para que a nossa Rino siga o seu jogo de maneira individual e volte a brilhar como antes".

Neste mês, o humorista Fábio Porchat anunciou o término do seu casamento com a produtora cinematográfica Nataly Mega após oito anos de relacionamento. Segundo ele, o motivo foi a divergência entre os dois sobre o desejo de ter filhos. Enquanto o ator não se vê como pai, o que ele já manifestou em várias declarações públicas, Nataly teria o sonho de ser mãe.

A psicanalista Natália Marques diz que esse tipo de situação é mais comum do que parece. Isso porque, se décadas atrás muitas pessoas acabavam tendo filhos sem refletir muito sobre o assunto, hoje esse tipo de decisão se tornou cada vez mais planejado, em especial entre pessoas de classe média a alta, que têm investido mais em autoconhecimento.

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A consultora de imagem Priscila Citera, de 42 anos, é um exemplo. Ela tinha 30 anos e estava casada havia oito quando percebeu que não queria aumentar a família, ao contrário do então marido. "Já estávamos juntos tinha um bom tempo e entendemos que era a hora de ter filhos. Parei de tomar o remédio que evita gravidez, mas, toda vez que eu menstruava, ele ficava triste e eu me sentia aliviada", diz. "Percebi que tinha algo de errado e comecei a trabalhar isso na terapia. Com o tempo, percebi que aquele não era um sonho meu de verdade. Eu só naturalizei porque a sociedade dizia que, depois de casados, a gente deveria ter filhos", afirma Priscila.

Ela decidiu, então, terminar o relacionamento, mas optou por não revelar ao ex o real motivo. Priscila diz que, influenciada pelo pensamento machista dominante de que toda mulher deve sonhar com a maternidade, ela se sentiu uma pessoa egoísta por ter tomado essa decisão.

Escolha

Para a psicóloga Gabriela Luxo, a maternidade ou a paternidade deve ser uma escolha tomada não só em casal, mas também individualmente e após muita reflexão, afinal, tem grande impacto na vida das pessoas. Em alguns casos, pode ser interessante procurar sessões de psicoterapia para se conhecer melhor. "A chegada de uma criança muda completamente a rotina. Quando a pessoa tem um filho sem querer realmente, ela vai passar por uma série de questões emocionais para lidar com a sensação de mudança e de frustração em relação às coisas que podiam ser feitas antes, sem a criança, e que depois não podem mais", diz.

As duas especialistas escutadas pela reportagem ressaltam ainda que tomar esse tipo de decisão por pressão de outras pessoas - seja do parceiro romântico, da família ou da sociedade, de forma geral - cria problemas não só para a pessoa que tomou a decisão, como também para a criança e para o casal.

"A pessoa que não quer genuinamente ter filhos não vai conseguir dar o carinho e a atenção que gostaria para a criança e pode até se sentir culpada por isso", diz Natália. "Isso pode afetar a autoestima da criança ao passo em que ela se sente indesejada", aponta Gabriela.

Ao mesmo tempo, segundo Natália, o companheiro que queria ter filhos tende a ficar frustrado ao longo do tempo, pois o seu real desejo era de que o outro quisesse a criança tanto quanto ele - algo que está fora do controle de ambas as partes.

A tendência é que, mesmo inconscientemente, a pessoa que cedeu (seja tendo filho sem querer, seja deixando de tê-lo para se adaptar ao desejo do outro) culpe o parceiro por estar vivendo algo que não gostaria. Com o tempo, isso produz ressentimento e tende a afastar o casal.

Priscila concorda com as especialistas. "Só tive coragem de contar para o meu ex-marido o real motivo pelo qual decidi terminar depois de alguns meses. Na época, ele chegou a dizer que, se eu tivesse falado a verdade, ele teria aceita do não ter filhos para ficar comigo, mas respondi que mesmo assim não daria certo", afirma.

Adoção

Isabella Silva, advogada de 29 anos, também terminou um relacionamento amoroso por não ter o mesmo desejo que a ex-companheira em relação a filhos. Ela conta que as duas sabiam dessa divergência desde o começo do relacionamento, mas não se preocuparam com isso inicialmente porque ambas queriam "aproveitar o momento".

"Depois de dois anos, essa vontade de ser mãe foi aumentando dentro dela e um dia ela chegou para mim dizendo que tinha começado a pesquisar sobre adoção e que queria já entrar com a papelada", conta Isabella. "Eu me senti pressionada e muito ansiosa."

As profissionais recomendam também honestidade no diálogo com o parceiro. Se o plano de ter filhos está completamente descartado, vale a pena conversar sobre isso com o companheiro abertamente.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

"Ela engordou", "está com barriga", "não está se cuidando". Essas falas podem parecer arcaicas para muitos, mas ainda são comuns em comentários nas publicações de muitas mulheres nas redes sociais, em especial das que estão em destaque na mídia.

Na última quarta-feira, 18, a atriz Paolla Oliveira gravou um vídeo respondendo internautas que levantaram a possibilidade dela estar grávida. Os comentários surgiram após a atriz publicar outro vídeo, no qual mostrava sua roupa para participar de um ensaio da escola de samba em que ela é rainha de bateria, a Grande Rio.

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"Fiquei pensando que esse é um papo muito sério e pode ser um gatilho para muitas mulheres", disse ao lembrar que muitas ainda buscam alcançar padrões estéticos e "foram ensinadas" a se preocuparem demais com a aparência e o corpo.

"Vocês acharam que eu estava com barriga? Quer saber? Com barriga ou sem barriga, eu estava me achando linda e isso que importa. E vem cá, gente: nem toda barriga é de bebê não", completou.

A cantora e atriz norte-americana Selena Gomez também foi vítima de críticas sobre seu corpo após compartilhar fotos de uma viagem com amigos no início de 2023. Os comentários aumentaram depois que a artista fez uma aparição no Globo de Ouro no último dia 10.

Após a premiação, ela fez uma live no Instagram ao lado da irmã e chegou a dizer: "Estou um pouco grande agora, porque eu aproveitei os feriados de fim de ano. Mas a gente não se importa".

Personalidade que constantemente rebate comentários gordofóbicos, Jojo Todynho gravou um vídeo ainda na última quinta, 19, respondendo usuários que diziam que "não viam diferença" no corpo dela após começar a malhar.

"Quem tá malhando não está malhando para você ver diferença não. O corpo não é seu. Cuida da sua vida. Você é médico, nutricionista, endocrinologista? Qual é a sua formação?", questionou a cantora.

Jojo ainda apontou que esses internautas não estão preocupados com o peso da pessoa, mas sim em externalizar o preconceito deles.

Eliana Santos de Farias, professora do curso de Psicologia do Centro Universitário Braz Cubas, aponta que o comportamento nocivo de alguns usuários em relação às mulheres pode ser explicado por duas vias: cultura e educação.

A primeira nos lembra que as mulheres da sociedade brasileira e de sociedades semelhantes com a nossa foram historicamente criadas para estarem em segundo plano.

"Essa mulher está em uma posição em que ela é muito mais essa pessoa que figura algo bonito ou que deveria estar ali para compor a decoração, para harmonização social, do que de fato alguém que está ali para fazer suas próprias escolhas e para viver plenamente", diz.

Para a especialista, isso explica porque algumas pessoas se espantam quando uma mulher não usa maquiagem ou, na visão delas, não cuidou de sua aparência.

"Uma outra explicação, que passa pela educação, é o quanto nós vamos falando de mulheres importantes da história e a gente pouco valoriza o que de fato elas fizeram. Não só como profissão e fonte de renda, mas o que elas fizeram na história, que escolhas elas tiveram, o porquê dessas escolhas", completa.

Eliana explica que, no momento em que vivemos hoje, algumas pessoas acreditam que mulheres ainda devem ocupar esse espaço estético e que, com a quantidade de exposição vinda das redes sociais, esse tipo de pensamento atinge um patamar ainda maior.

A busca pelo corpo perfeito

 

"A psicanálise diz que quando eu aponto no outro é algo em mim. Em mim, eu tenho dificuldade de ver, mas no outro é mais fácil, né? Isso é um mecanismo de defesa que a gente chama de projeção", diz Eliana.

Para ela, isso pode ser também uma explicação de por que muitos comentários sobre o corpo das mulheres partem de outras mulheres, já que são elas que mais sofrem com a pressão estética da sociedade.

De acordo com Yuri Busin, psicólogo, mestre e doutor em Neurociência do Comportamento pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, esse comportamento também pode ser uma forma do que ele chama de "protecionismo".

"Eu equalizo o outro, acho defeito no corpo dos outros, faço algum tipo de apontamento negativo para que isso se torne uma situação na qual eu me sinta melhor. Pode ser que isso ocorra, mas não necessariamente é uma regra", diz.

O especialista destaca que é importante se policiar quando pensarmos em fazer um comentário sobre o corpo de outra pessoa e que o primeiro passo para isso é o desenvolvimento da empatia, ou seja, se colocar no lugar do outro.

"Nós temos que trabalhar nossa autoestima, as nossas inseguranças e os nossos métodos de defesa, para que isso não nos machuque cada vez mais. Senão, a gente acaba executando um comportamento com o próximo do qual nós não gostamos que as pessoas tenham com a gente", completa.

Quais as consequências e como lidar?

 

Mesmo que os comentários sejam recorrentes para mulheres em exposição na mídia, esse comportamento se reflete para diversas meninas e até mesmo para os homens. O crescimento das cirurgias plásticas, por exemplo, é uma das consequência disso.

"Nos últimos 10 ou 15 anos, a pressão estética para todo mundo se tornar ‘perfeito’ aumentou muito e a gente percebe que os pacientes, os jovens mesmo, não aceitam determinados tipos de ‘defeitos’ que sempre foram normais", diz Wendell Uguetto, cirurgião plástico da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e do Hospital Albert Einstein.

O médico argumenta que, na era das redes sociais, é comum que pacientes busquem procedimentos estéticos baseados na aparência de influenciadores digitais, mas não levam em consideração a ação dos filtros e edições de imagem.

"A questão de você fazer um procedimento estético por pressão é que, muitas vezes, o que está te desagradando não é que desagrada você, mas sim as outras pessoas. Então, é muito difícil depois você ter um certo grau de satisfação com o resultado final. E isso vai levar à busca de mais procedimentos", completa.

Para o psicólogo Yuri Busin, uma das maneiras de cuidar da autoestima é fazer uma lista de coisas positivas sobre si mesmo: "Todos nós temos, só temos que aprender a olhar e isso é uma coisa que as pessoas não costumam fazer".

Ele e Eliana destacam, também, a importância da terapia e do autoconhecimento. "No sentido oposto, também temos mulheres que conseguiram encontrar o seu ponto de equilíbrio emocional e que, ao invés de gastar o seu tempo de vida apontando o corpo da outra, buscam olhar para elas mesmas", diz a professora.

Na última terça-feira, dia 27, Luana Piovani usou as redes sociais para mostrar toda a sua indignação com os presentes de Natal dados por Pedro Scooby aos filhos Dom, Bem e Liz.

Acontece que as três crianças estão no Brasil, na casa do surfista para passarem as férias escolares com o pai e acompanharem os primeiros meses da pequena Aurora. Durante as comemorações natalinas, Scooby decidiu dar um aparelho telefônico para cada filho, o que não deixou Piovani nada feliz.

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A atriz apareceu nos Stories bastante irritada com o ex e contou que tudo começou quando entrou em contato com os filhos após o Natal. Naquele momento, ela descobriu sobre os presentes e pediu a senha dos aparelhos para Pedro.

"Estou conversando com eles, cada um ganhou um celular. Aí eu falo: Deixa eu falar com o papai. Ah, Pedro, então, se tiver alguma coisa instalada, não sei como vocês se organizaram. Me passa a senha para eu colocar o custódio. Porque eu me preocupo para caramba com o que os meus filhos consomem na internet, porque eu tenho visto o que o Dom consome e não são coisas saudáveis."

Luana continuou o relato lembrando que o mais velho das crianças costuma assistir filmes que não são para a sua faixa etária desde os quatro anos de idade, com o consentimento de Scooby. Em seguida, a atriz expôs o comportamento do ex com ela:

"Toda vez que ele não tem argumento, ele começa a me agredir. Eu estou de saco cheio de ficar passando pano para malandro. [...] Ele não me respeita, ele me desrespeita na frente dos meus filhos. Ele desligou o telefone na minha cara, ele me mandou passear."

Piovani se mostrou bastante incomodada com o comportamento do surfista para com os filhos e ameaçou acionar os advogados para mantê-lo longe das crianças.

Mas em resposta, Pedro decidiu mostrar que está monitorando os celulares das crianças ele mesmo. Curto e simples, o atleta publicou o print de seu celular e disparou:

"Monitoramento familiar! Sem mais!"

Com todo o bafafá rodando a internet, até a mãe de Piovani se pronunciou sobre o assunto. Após um seguidor comentar em uma foto, pedindo de Francis Piovani interferisse na briga, a mulher respondeu:

"Vamos lá, primeiro, não sou moleque de recados, segundo, não aceito ordens, (tente usar: eu sugiro...), terceiro, o que tem o c* com a calça? Ser pai mais uma vez dá direito a quê? [...] Cuida da sua vida, que da vida dela, ela cuida... Eu mal dou conta da minha, aliás Deus deu uma vida para cada um cuidar da sua."

Mas achou que tinha parado por aí? Claro que não, já na manhã desta quarta-feira, dia 28, a artista voltou às redes sociais para continuar o desabafo:

"Eu faço [expor a situação publicamente] porque funciona! Porque passar vergonha em praça pública leonino não quer. Tanto funciona, que funcionou. Claro que é para inglês ver, porque nunca checará ou se importará com o tipo de conteúdo visto, mas já é alguma coisa. Deixei meus filhos irem pro Brasil depois de muita insistência, vídeos de mansão com piscina e tobogã. Meus filhos longe de mim no Natal é um baita sacrifício meu em nome deles. Eu, no primeiro filho [Dom, de dez anos de idade], queria paz. Quando soube da condição então, não acreditei que ainda assim queriam três crianças em casa. Mas essa foi escolha deles. Eu mais uma vez cortei na carne e deixei os ir."

Pedro e Cintia Dicker deram as boas vindas à pequena Aurora, primeira filha do casal, na madrugada da última terça-feira, dia 27. Logo após o nascimento, a bebê precisou passar por uma cirurgia, mas passa bem.

"Ele deveria ser gentil comigo, estou sem dormir direito por causa desse parto tem três dias. Mandei mensagem às sete horas da manhã querendo notícia, alguém me respondeu? Claro que não. Consideração por mim nunca existiu. Liguei para falar com as crianças, nem abaixar o volume da TV ele fez. Tive que pedir para mudarem de cômodo ou abaixarem o volume. Falo algo completamente relevante e calmamente e ouço a primeira patada: Vai querer mandar na minha casa? E aí se deu a sequência de grosseria até a desligada de telefone na minha cara. Assim que ele trata a mãe dos filhos dele, que tanto fez por ele. Mas fingir gratidão só funciona no BBB. Foi ele que fez questão de dizer a todos que o presente de Natal da esposa era o filho que ela esperava. No meu tempo, mulher dá a luz e ganha presente, sejam abraços, flores, declarações de amor, joia. Orgulha-se de ter uma barriga de nove meses colada à direção de um carro em movimento. E todos aplaudem. Tem peninha. Sabe o que vocês são mulheres? Burras. Graças a vocês, as cegas que podem ver, levaremos ainda mais séculos para mudar a nossa triste realidade de abusadas. Eu lamento pela minha semelhante que, pelo que percebo, ainda não entendeu o que está por vir. Escolha."

Parece que Paulo André, ex-BBB está ganhando status de metido na internet. Alguns influencers e famosos não estão gostando nada das atitudes do ex-atleta e deram o que falar no Twitter.

Presente no evento mais comentado do momento, a Farofa da Gkay, P.A tem recebidos críticas na internet sobre usa postura, que segundo essas pessoas está agindo de forma esnobe e metida.

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O influenciador Pedrão criticou a postura do ex-BBB e ainda decidiu dar uma alfinetada em P.A, alegando que não esperava isso dele, afinal de contas durante sua passagem no reality show ele chegou a ser um dos mais comentados pela simpatia.

"Gente nunca mais julgo participante de reality show, os que foram insuportáveis no programa são os mais simpáticos pessoalmente, e os que a gente torce, se sentindo celebridades internacional".

Além da enxurrada de comentários de outros internautas, a filha do jogador Romário aproveitou para contar que já teve uma experiência para lá de desagradável com o artista e que ele não é mais o mesmo após sua passagem pelo BBB.

"O mundo dos Instagrans de fofoca estão descobrindo que o P.A saiu do BBB outra pessoa, totalmente antipático e com a marra do tamanho do mundo".

E não parou por ai, a influenciadora ainda revelou que o ex-BBB foi antipático com ela, antes de saber que ela é filha do Romário.

"Ele não está no nível do Romário e sim de todos que estão nesse evento! E outra, ele foi antipático comigo dentro da minha casa, sem saber que era minha casa e que eu era filha do Romário, quando descobriu, tudo mudou".

No dia 2 de novembro é celebrado o Dia de Finados no Brasil. Em outros países da América Latina é chamado de “Dia de Los Muertos” e, ao contrário do que o senso comum imagina, é uma data sobre a morte de um ponto de vista festivo e alegre, mesclando tradições da cultura indígena e Igreja Católica.

Na cultura indígena destes países existia a tradição de conservar os crânios dos cadáveres como troféus, os quais eram exibidos durante rituais que simbolizavam a morte e o renascimento. As festividades de outono homenageavam os mortos e os convidavam para o mundo dos vivos, alguns organizavam festas para guiar os mortos para o caminho de Mictlán, o submundo da mitologia mexicana.

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Após a colonização espanhola, a tradição indigena coincidiu com a católica, o Dia de Finados e o Dia de Todos os Santos, em 1 e 2 de novembro, respectivamente. Atualmente, o Dia de Los Muertos é o resultado da combinação das duas culturas.

A celebração começa no dia 28 de outubro, a partir desta data, cada dia é dedicado a um tipo de morte, por exemplo; mortes por acidente ou de crianças que morreram antes de serem batizadas. Já o 1° de novembro é o Dia de Todos os Santos, em honra aqueles que levaram uma vida virtuosa, principalmente crianças. No Dia de Finados, em 2 novembro, é feita uma oração por todas as almas que ainda não receberam acesso ao “Paraíso”. Segundo a tradição, as almas podem voltar do “Além” por algumas horas e visitar seus familiares.

México 

No país, o Dia de Los Muertos é em 31 de outubro e o Dia dos Santos em 1 de novembro. Um dos rituais mais conhecidos do país é o desfile na capital, a Cidade do México. As tradições para honrar e lembrar dos entes queridos vão desde a confecção de altares até a exumação e lavagem de ossos. As lápides são cobertas com flores alaranjadas. Algumas famílias cantam para aqueles que não estão, espalham pétalas de flores, velas e oferendas desde casa até cemitério, para, de acordo com tradição, facilitar o retorno das almas à Terra.

Em outros lugares do país, como o estado de Morelos, as pessoas abrem a porta de suas casas para quem quiser ver o altar. Também oferecem aos visitantes a receita tradicional de  “Pan de Muerto”, um pão doce decorado; e “atole”, uma bebida quente de milho.

ALTAR DE MUERTOS

Entre 1 e 2 de novembro, acontece o ritual dos altares de mortos, com flores e alimentos. Eles podem ter dois, três ou sete níveis. O primeiro representa o céu e a terra, o segundo, o purgatório. No mais completo, a imagem de um santo; as almas do purgatório; pan de muerto; sal para purificar, fotos e as comidas favoritas do falecido; uma cruz feita de sementes ou fruta e uma toalha de mesa branca. Em algumas ocasiões, são colocados objetos pessoais do falecido, mesmo cigarros ou licor. Para as crianças, doces ou algum brinquedo. Além disso, objetos que representem o quatro elementos da natureza são fundamentais:

Água: A fonte da vida. Normalmente é representada com um vaso cheio. Segundo o ritual, ela é necessária para saciar a sede do defunto depois de sua longa viagem;

Terra: Frutos de comer. milho, abóbora, grão de bico e feijões;

Ar: É representado por papel picado, que quando se mexe anuncia a chegada dos mortos. Traz alegria e cor para a oferenda; 

Fogo: É representado pelas velas, que significam fé, esperança e iluminam o caminho das almas;

Flores: A mais comum é a “cempasúchil”, também chamada de calêndula mexicana ou “rojão”. Ela serve para mostrar o caminho até o altar, pela cor igual ao sol e o aroma forte. A flor de terciopelo ou “Celosia cristata” também é usada, sua cor vai desde o vermelho até o roxo. A flor branca é usada quando se trata da morte de uma criança;

Há outros objetos que vão de acordo com a tradição ou religião da família:

Caveiras: Podem ser de açúcar, chocolate, amaranto ou barro. Lembram que a morte é parte da vida e todos são mortais.

Arcos: São feitos com flores de cempasúchil ou frutas para representar a passagem entre o mundo dos mortos e o mundo dos vivos.

PAN DE MUERTO

Uma importante tradição mexicana da celebração do Dia de Los Muertos. O pan de muerto (pão de morto) é colocado no altar como oferenda, além de ser um dos alimentos consumidos durante o mês de outubro. É redondo, a massa é modelada na forma de ossos e um círculo. A textura é semelhante a um pão “chalá” ou trançado. Geralmente é polvilhado com açúcar ou outro tipo de cobertura. A origem do pan de muerto vem da cultura asteca - onde eram utilizados diferentes tipos de pães como oferenda.  

LA CATRINA

O personagem da caveira sorridente. É a figura da “dama da morte” no México e se converteu em um ícone da cultura do país. “La Catrina” apareceu pela primeira vez no mural “Sueño de una tarde dominical en la Alameda Central”,  do pintor mexicano Diego Rivera (1886 - 1957), o esqueleto veste trajes da era vitoriana, além de um chapéu e um cachecol de plumas.

De acordo com cartunista mexicano, José Guadalupe Posada (1852 - 1913), a personagem é uma caricatura dos vendedores de grão de bico, que adotaram um estilo de vida europeu e negavam suas raízes indígenas. 

CALAVERITAS LITERARIAS

É uma tradição mexicana de textos curtos, que retratam a realidade de uma situação, pessoa ou país com estilo irreverente. O objetivo é fazer uma caricatura da morte. A caveira literária é escrita em forma de versos e rimas, com tom de ironia e comédia, descrevendo as atitudes da pessoa na qual ela é dedicada. É comum que familiares e amigos compartilhem entre si. A principal característica é fazer referência de que a morte é inevitável com humor, amor, doçura ou carinho.

Aberta, não monogâmica, poliamorosa. A vida conjugal não está mais restrita a dois e muitos casais têm explorado novas formas de amar sem abrir mão da parceria fixa na construção do lar e dividem o desejo do futuro compartilhado. Nas redes sociais, esses arranjos motivam debates acalorados entre defensores e opositores, enquanto quem vive isso na prática aproveita a chance para abrir a intimidade e desmistificar dúvidas comuns de quem nunca cogitou um formato diferente de relação. Mas, embora cada vez mais comuns, essas relações trazem os desafios inevitáveis, como o ciúme.

Autora do livro Open monogamy: A guide to co-cretating your ideal relationship agreement (ainda não lançado no Brasil), a terapeuta, psicóloga e sexóloga Tammy Nelson explica que relacionamentos "não monogâmicos" habitam um amplo espectro de possibilidades que vão desde os "trisais" (três na mesma relação) e o "poliamor" (mais de um parceiro fixo ao mesmo tempo, em dupla ou individual) até aqueles que frequentam juntos "festas adultas").

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"Monogamia aberta é quando você tem uma relação 'primária', 'comprometida' ou 'essencial' e também um acordo fluido e flexível sobre ela", define Tammy, que relata ver tal configuração com mais frequência que algo "livre-para-todos e tenha quantos parceiros quiser". "Existe uma ampla variedade, mas no fim do dia é o que o casal decide."

Tammy tem algumas teorias para explicar por que esses relacionamentos se popularizaram nas últimas duas décadas. "Depois de várias gerações em que as pessoas cresceram com pais divorciados, tendo amantes, mentindo e traindo, algumas decidiram que isso não funciona para elas. E entenderam também que só porque estamos casados não significa que estamos mortos."

Abrir o jogo e admitir que sente atração por outros nem sempre é tarefa fácil para o casal, mas pode ao mesmo tempo trazer uma chance única de diálogo e transparência. "O mais interessante é passar por esses pontos e falar sobre eles. Não é por ser livre que vai estar bom sempre", avalia a psicóloga e psicanalista Marcela Valle, de 27 anos.

Desde abril de 2021, Marcela está em um relacionamento não monogâmico com a líder de operação em vendas Amanda Alves, de 26 anos. O arranjo foi proposto pelas duas "desde que começou o flerte" em Belo Horizonte e ambas queriam "viver um amor livre". "Foi sempre uma conversa trocando as questões teóricas e aprimorando. Vimos o que encaixava melhor para nós nessas teorias todas", diz ela.

'Atualização de contrato'

Um dos livros que ajudaram Amanda a entender melhor a questão foi o Novas Formas de Amar (Ed. Planeta, 2017), da psicanalista Regina Navarro Lins. Ao Estadão, a autora diz que "não tem a menor dúvida de que relacionamentos não monogâmicos estão crescendo no Brasil e no Ocidente". Esse movimento, acrescenta, coincide com a "saída de cena do amor romântico".

"A questão é que ninguém combina nada quando começa uma relação. A monogamia é um imperativo na nossa cultura", avalia a psicanalista. "Quando um casal começa a namorar, já está implícito que um só pode ter relações sexuais com o outro, que é impossível amar duas pessoas ao mesmo tempo. Os dois acreditam que vão se transformar em um só, que um terá todas as necessidades atendidas pelo outro, que quem ama não se relaciona com mais ninguém", explica.

O ideal de amor romântico começou nos idos do século 17, mas só se tornou uma possibilidade nos casamentos mais de 200 anos depois, passada a Revolução Industrial, e quando o matrimônio deixou de ser uma configuração arranjada por famílias e dotes. Nas décadas seguintes, filmes de Hollywood, contos de fadas, poesia e literatura povoaram o imaginário do final feliz após o "sim" e das metades da laranja que se encontram.

Esse contrato de casamento, porém, já passou por importantes "viradas de chave" desde então. Foi-se o tempo, por exemplo, em que o divórcio, só aprovado no Brasil em 1977 por um Emenda Constitucional, podia levar à perda de emprego e dava à mulher a pecha de "desquitada".

Outros marcos são a invenção da pílula anticoncepcional e os avanços dos movimentos feminista e LGBT+, nos anos 1960, assim como figuras disruptivas que ajudavam a jogar luz sobre tabus sexuais e comportamentais de suas épocas. "Os anseios contemporâneos são em busca da individualidade. Cada um quer saber seu potencial de desenvolver possibilidades na vida, o que não tem nada a ver com egoísmo. Isso bate de frente com a proposta do amor romântico, que é a não individualidade."

Liberdade feminina

Foi essa busca e autorreflexão sobre si mesma que impulsionaram a atriz Fernanda Nobre, de 39 anos, a falar abertamente sobre o "pacto" que fez com o companheiro, o diretor e produtor José Roberto Jardim, de 45, com quem está há dez anos. Era 12 de junho de 2020, Dia dos Namorados em meio ao isolamento da pandemia, quando ela contou para seus milhares de seguidores nas redes sociais que eles viviam um relacionamento não monogâmico.

"Comecei a me ver nesse lugar de reconhecer que eu reproduzia o machismo sem ter consciência e de identificar na minha vida onde eu não estava escolhendo, mas apenas correspondendo às expectativas da sociedade de forma compulsória", conta ao Estadão.

Fernanda, que diz ter sido criada por "pais de cabeça aberta", começou a se aprofundar em estudos sobre antropologia, sociologia e feminismo, movimento do qual se reconhece como "pesquisadora" para entender questões que a incomodavam. "A forma como nos comportamos, o valor à beleza e à maternidade, como nos relacionamos, o amor romântico são algumas dessas questões. Entendi o quanto a monogamia foi determinada para nos controlar, nosso corpo, sexualidade, e o quanto ela é hipócrita em relacionamentos heterossexuais", avalia.

Para a atriz, o "relacionamento aberto é mais um posicionamento político de consciência do que representa a monogamia para a mulher". "Passei minha vida adulta toda sem pensar que existia outra possibilidade de relação. Meu companheiro e amor é uma escolha diária de parceria. Estamos em busca de uma relação diferente e mais honesta. Queremos criar nosso próprio modelo, não repetir nada de ninguém."

Desde que começou a falar publicamente sobre o tema, Fernanda conta ter recebido inúmeras mensagens de mulheres e homens com dúvidas. Outras artistas e personalidades, como Anitta, Samara Felippo e Bela Gil, também ajudaram a trazer o tema à tona, com transparência e sem tabus sobre os desejos que sentem e as possibilidades de se relacionarem com mais de uma pessoa ao mesmo tempo.

"Lealdade não tem nada a ver com traição", disse Anitta à revista Vogue, em maio deste ano. "Lealdade tem a ver com consideração, com empatia, com você fazer a pessoa se sentir bem, com respeitar aquela pessoa, não ser abusivo. Se a pessoa fizer com que eu me sinta assim, eu não 'tô' nem aí se ela transou com outra", emendou a cantora pop, que também já se assumiu como bissexual.

Na história do Brasil, são poucas as mulheres com uma "vida pública" que tiveram a coragem de declarar a própria liberdade sexual tão abertamente. Mas elas existiram, e a função foi exercida com peito aberto e barriga de fora por nomes como a atriz Leila Diniz. "Ela já fazia há 50 anos tudo o que estamos discutindo hoje", explica a antropóloga Mirian Goldenberg, autora de livros como Toda mulher é meio Leila Diniz (Ed. Best Seller, 2008) e Por que homens e mulheres traem? (2011).

"Há quase um cardápio de escolhas muito maior, como casas separadas, relacionamentos abertos, transar antes do casamento (o que não era possível antes)", aponta Mirian. "A grande diferença é que a mulher tem muito mais escolhas, apesar de ainda serem menos que as dos homens. Quando tem independência financeira e psicológica, escolhe a relação que quer e um pacto do que quer ou não na relação."

Para casais heterossexuais, ela observa, apenas a possibilidade de a mulher não se ver mais obrigada a um "relacionamento mais tradicional, que era quase uma prisão," contribuiu para o cenário atual. "Se uma mulher falasse (que tinha múltiplos parceiros) antigamente, era assassinada."

Mas, para Mirian, os adeptos da não monogamia ainda se restringem a uma bolha mais jovem e escolarizada, vivendo principalmente em grandes centros urbanos. "Mesmo que as pessoas possam escolher novos modelos, vejo muitos escolhendo o monogâmico tradicional ainda", reforça. "Claro, a isso não significa cumprir a cartilha tradicional à risca. Não quer dizer que cumpram isso."

Encontros, ciúmes e 'compersão'

Aplicativos e sites de encontro específicos para esse nicho cresceram timidamente nos últimos anos, impulsionados pela falta de "match" nos mais tradicionais. O site Sexlog, dedicado a casais adeptos do "suingue", foi lançado em 2010 e se define como "uma comunidade com mais de 17 milhões de pessoas que buscam viver o prazer, sem julgamento". Já o app Ysos, dos mesmos donos, oferece "encontros de casais para pessoas reais e relacionamentos liberais".

Entre os usuários do Ashley Madison, portal que conecta dispostos a viverem casos extraconjugais, 52% acreditam que "a sociedade pode se beneficiar ao avançar para um estilo mais aberto de monogamia/não monogamia". Dentre as mulheres que usam o portal, 65% afirmam não acreditar mais na monogamia.

O casal Giovana Rodrigues, estudante de 22 anos, e Luís Moreira, assessor de 31 anos, utilizam o Sexlog e o Ysos para encontrarem parceiros fora do relacionamento. Juntos há seis anos, eles moram no Rio e contam que a relação é aberta desde o início. Mas o hábito antes restrito a festas esporádicas com iniciativas dos dois juntos é, agora, um novo combinado. Cada um também tem espaço para explorar seus interesses de forma separada.

"As pessoas 'não mono' entendem que podem ter sentimentos por outras pessoas, mas ainda assim te olham como objeto sexual, muito mais no caso dela", conta Luís. "Já as meninas me dispensam por não ter chance de nada 'sério'", complementa ela.

Ambos se identificam como bissexuais e administram juntos a conta "Soluções não-monogâmicas" no Instagram para desabafar, encenar e rir de situações comuns a casais "abertos". Mas antes do combinado atual, admitem, foi preciso uma série de testes e conversas até calibrarem o que funcionava para a segurança e conforto de ambos.

"Tentamos entender como isso era possível porque nós mesmos não acreditávamos que pudesse funcionar. Gostávamos um do outro, mas sentíamos vontade de ficar com outros também", explica Giovana. "A única coisa que fazemos é combinar de os dois saírem (com outra pessoa) no mesmo dia. É o máximo de 'regra', mas não é obrigatório. Se der, tudo bem", diz ela. "Se entendemos que tem problema ou que o outro está inseguro, paramos e conversamos. Tem de respeitar o tempo do outro", ele aponta.

O tempo da estudante, conta Giovana, nem sempre está sincronizado com os ponteiros do parceiro. Para ambos, o ciúme precisou ser trabalhado em conjunto e nem por isso deixa de dar as caras de vez em quando, mesmo que eles ainda não estejam abertos a criar vínculos afetivos com outros. "Tem dias que você vai morrer de ciúme, dias que não, mas precisa aprender a lidar."

O combinado entre Amanda e Marcela já permite a fluidez não só de desejos, mas de laços emocionais e afetivos, desde que a cláusula máxima de "comunicação como prioridade" seja respeitada. A psicóloga conta que às vezes convive com outras pessoas que a parceira está se envolvendo simultaneamente. "Essas situações nos dão a oportunidade de investigar coisas que são só minhas ou dela e são escancaradas numa relação afetiva", afirma Amanda.

Mesmo que natural em certa medida, o ciúme excessivo pode ser um sinal de alerta para algo que precisa ser melhor analisado na relação ou na própria pessoa que nutre esse sentimento. Ao mesmo tempo, sua total ausência também pode indicar algo mais profundo.

"As pessoas que nunca sentem o ciúme talvez evitem propositalmente o envolvimento com alguém ou realmente gostam de ver o parceiro com outro", explica Tammy Nelson. Essa "satisfação" por tabela ganhou um nome cunhado em São Francisco (EUA), que no Brasil chegou como "compersão". "Na prática significa: 'me sinto bem de te ver feliz, mesmo que com outro'."

Liberdade de escolha

Independentemente do tipo de relacionamento, os princípios fundamentais para toda e qualquer relação saudável e duradoura são os mesmos, afirmam os especialistas: transparência, honestidade e (muito) diálogo. Diz o ditado que "o combinado não sai caro", mas às vezes até os acordos pré-acertados podem causar desconforto quando postos em prática.

"Estamos vivendo uma transição entre antigos e novos valores, então não temos parâmetros para nos apoiar. Nos modelos tradicionais, sabemos dizer o que não funciona: possessividade, ciúme, descontrole e desrespeito à individualidade do outro", avalia Regina Navarro Lins. "Não consigo ver melhor forma do que total franqueza. Cada casal decide (as regras) e, mesmo assim, encontramos conflitos porque uma das partes diz o que deseja e depois, na prática, se arrepende. Aí tem que conversar de novo."

Uma das mais antigas deidades da mitologia grega é Morfeu, responsável pelos sonhos premonitórios. O deus funcionava como um intermediário entre os simples mortais e os demais moradores do Olimpo. Durante o sono, era ele quem passava as mensagens mais importantes, as orientações e as reprimendas das deidades para os homens. Por isso, a interpretação dos sonhos sempre foi levada muito a sério pelos gregos.

E não só por eles. Tentar decifrar corretamente as mensagens trazidas pelos sonhos sempre foi uma preocupação da humanidade. Dos antigos egípcios aos neurocientistas contemporâneos, passando pelos psicanalistas e apostadores do jogo do bicho, é difícil ser indiferente às imagens oníricas que se infiltram no sono.

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Recentemente, um levantamento feito pelo site britânico Mornings.co.uk revelou que os sonhos mais recorrentes em todo o mundo são aqueles que envolvem cobras, perda de dentes e antigos parceiros amorosos.

BUSCAS

A pesquisa foi desenvolvida com base nas buscas sobre significado dos sonhos realizadas no Google e mostra que alguns temas são recorrentes, independentemente dos países e das culturas diferentes. O sonho com cobras foi o mais pesquisado em um terço dos países analisados (52 em 147).

O sonho se mostrou o mais recorrente no Brasil, bem como em partes da Ásia e da África. De acordo com o site, sonhar com serpentes pode simbolizar "medos ocultos e preocupações", mas, ressalva, às vezes "uma cobra é apenas uma cobra".

O segundo sonho mais recorrente, de acordo com o levantamento britânico, é o de perder os dentes. Pelo menos, foi o mais pesquisado no site de busca em 17 países, entre eles o próprio Reino Unido e os Estados Unidos. Conforme o site, o sonho simbolizaria falta de autoconfiança e constrangimento diante de algumas situações sociais.

Os sonhos fazem parte da fisiologia normal do sono, segundo especialistas, e não é privilégio dos seres humanos. Outros animais também têm atividade onírica registrada durante o sono, caso de camundongos, cachorros e golfinhos, entre outros. Algumas funções metabólicas importantes, como a secreção do hormônio do crescimento e da melatonina, acontecem durante o sono.

TREINO PARA DIFICULDADES

No caso dos sonhos, no entanto, não há uma única explicação que justifique, do ponto de vista biológico, os nossos delírios oníricos noturnos existentes. E elas vêm mudando ao longo dos tempos. A neurociência vem se debruçando sobre a questão, sobretudo depois da pandemia, quando várias pessoas passaram a relatar pesadelos ligados à doença.

Atualmente, a hipótese mais aceita é de que os sonhos funcionam como uma espécie de "treinamento" para eventos que podem acontecer na vida real. "Duas teorias muito coerentes se destacam: a da simulação de ameaças possíveis e a da simulação de relações sociais", afirma a neurocientista e psiquiatra Natália Bezerra Motta, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). "Ou seja, os sonhos funcionariam como uma forma de treino para aprendermos a enfrentar determinadas realidades."

Neste contexto, os sonhos teriam sido importantes do ponto de vista evolutivo. Era uma forma de vivenciar as situações traumáticas, complicadas ou incomuns, sem toda a carga emocional da vida real, retendo aprendizados importantes.

Ainda assim, diz Natália, a imagética dos sonhos está sempre relacionada ao cotidiano. "Os sonhos têm a ver com a cultura em que estamos inseridos; são memórias baseadas no cotidiano que vivemos", disse a pesquisadora.

Um estudo mais recente, da Universidade de Tufts, nos Estados Unidos, reforça esta ideia de uma nova teoria do sonho. O trabalho do neurocientista Erik Hoel, publicado na revista científica Cell Genomics em maio deste ano, mostra que as narrativas alucinógenas que surgem em nossos sonhos, em geral, apresentam eventos incomuns.

Nas palavras de Hoel, para além de um eventual treinamento para situações reais, é como se eles acrescentassem ruídos aleatórios a sistemas estáveis e previsíveis. Ou seja, os sonhos - e pesadelos - deixam os nossos cérebros mais afiados e menos acomodados para lidar com as mais diferentes situações.

"Os sonhos oferecem saídas diferentes para dilemas cotidianos resolvidos sempre da mesma forma; isso pode aprimorar a nossa performance", acrescenta Hoel. "Isso pode parecer paradoxal, mas um sonho em que você está voando, pode ajudar depois na corrida matinal."

Conforme nós envelhecemos, explica Hoel, o volume de situações semelhantes que vivemos aumenta exponencialmente, fazendo com que o cérebro se habitue e adote posturas mais simplistas. Os sonhos bizarros serviriam para nos manter mais atentos, preparados para momentos diferentes.

"A vida pode ser entediante às vezes", escreveu o neurocientista em seu trabalho. "Os sonhos existem para impedir que você se ajuste demais ao modelo do mundo", concluiu o pesquisador.

MEMÓRIAS

De uma forma mais geral, o sonho seria um mecanismo para a consolidação de memórias. "Noventa por cento dos sonhos são um repasse do que aconteceu durante o dia de forma desorganizada. E com um grande conteúdo emocional", explicou o chefe do Laboratório do Sono do Instituto do Coração (Incor), da Universidade de São Paulo (USP), Geraldo Lorenzi-Filho.

"Esse repasse tem várias funções, como organizar a memória. É como quando damos uma festa e, no dia seguinte, temos de limpar e organizar a casa. Esse repasse é uma forma de metabolizar as emoções, fixar algumas memórias, esquecer outras", acrescenta ele.

O sono é formado por cinco ou seis ciclos de 90 minutos. Cada um desses ciclos é dividido em duas fases, uma em que as ondas cerebrais são longas e lentas; e outra em que a atividade cerebral é mais parecida com a do estado desperto. Os sonhos geralmente ocorrem na fase REM (sigla em inglês para movimento rápido dos olhos), mas não exclusivamente.

Como a visão é um dos nossos sentidos mais dominantes, explica o neurologista Fernando Morgadinho, da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e do Instituto do Sono, as imagens são um elemento crucial nos sonhos. No caso dos cachorros, por exemplo, seria o olfato. Outro elemento importante nos sonhos humanos são as sensações corpóreas de posição no espaço.

ESTÍMULO À CRIATIVIDADE

Os sonhos podem estar também relacionados à criatividade, como reforçou a neurologista Rosana Cardoso Alves, do Hospital das Clínicas da USP. "Os sonhos têm a ver com o que vimos e pensamos durante o dia, com as nossas vivências", afirmou ela.

"Durante o sonho, nós juntamos memórias diferentes, de temas aparentemente desconexos, para reorganizar o cérebro. Essa mistura aleatória pode trazer boas ideias. (O ex-Beatle) Paul McCartney conta que já acordou com ideias para novas músicas. Pessoas consideradas mais criativas, em geral, dormem bem (e sonham)."

"O mar, quando quebra na praia, é bonito, é bonito". Para um em cada dez brasileiros, a beleza descrita no clássico O Mar, de Dorival Caymmi, nunca pôde ser comprovada ao vivo. Uma pesquisa realizada pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, em parceria com a Unesco e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), mostrou que um em cada dez brasileiros nunca foi à praia. Segundo o levantamento Oceano sem Mistérios: A Relação dos Brasileiros com o Mar, 159 milhões de brasileiros - 75% da população - têm ao menos um contato com o mar anualmente. Outros 20% pisam na areia ao menos uma vez a cada 15 dias, levando ao pé da letra outra música de Caymmi: "Quem vem pra beira do mar, ai, nunca mais quer voltar". Mesmo assim, o nível de conhecimento sobre os ambientes marinhos ainda é muito baixo.

O Brasil é um país litorâneo com 7.367 quilômetros de costa banhada pelo Oceano Atlântico e algumas das mais belas praias do mundo. Talvez por isso, nove em cada dez brasileiros já visitaram a praia pelo menos uma vez na vida. Os Estados do Nordeste detêm 44% da costa, com 3.206 quilômetros banhados pelo mar. Isso explica, claro, por que 91% dos nordestinos já pisaram na faixa de areia, enquanto nos Estados do Centro-Oeste, distantes do oceano, apenas 55% dos entrevistados disseram ter visitado uma praia. No Norte, com pouco litoral, 71% já estiveram no mar.

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O estudo ouviu, entre 5 de março e 12 de abril deste ano, 2 mil homens e mulheres entre 18 e 64 anos, de todas as classes sociais, nas cinco regiões do País. O resultado foi apresentado durante a Conferência dos Oceanos da Organização das Nações Unidas (ONU), realizada recentemente em Lisboa, Portugal. "A pesquisa nos permite compreender a relação das pessoas com ambientes costeiros e marinhos e como a sociedade entende a influência do oceano no seu dia a dia. Também nos mostra como o brasileiro percebe os impactos de suas ações e seus hábitos", disse Malu Nunes, diretora executiva da Fundação Grupo Boticário.

Aos 53 anos, o servidor público aposentado Marcos de Sousa Duarte, de 53 anos, ainda não sabe o que é sentir o cheirinho da maresia. Ele mora em Ceilândia do Norte, no Distrito Federal, a 1.167 quilômetros das praias mais próximas, no Rio de Janeiro. "Nunca fui à praia por alguns empecilhos, um deles a falta de acessibilidade, pois sou deficiente físico. Outro empecilho foi a condição financeira, principalmente porque os locais de praia que possuem acessibilidade custam mais caro", disse. Duarte mora em área densamente urbanizada, mas prefere o campo. "Ultimamente, não tenho viajado. No entanto, pretendo, pois tenho o sonho de conhecer a praia."

Mesmo morando a 180 quilômetros do mar, em São Miguel Arcanjo, interior de São Paulo, a aposentada Cacilda Rodrigues dos Santos já completou 65 anos e nunca foi à praia. "Bem que gostaria, mas nunca tive a oportunidade", disse a idosa, moradora da zona rural. Sua neta, a costureira Sheila Oliveira Franco, de 28, só conheceu o mar quando completou 18 anos. "Fui em ônibus de excursão à praia de Ilha Comprida (litoral sul de São Paulo). Fiquei muito ansiosa, quase não dormi direito. A sensação foi incrível ao ver toda aquela água, tanto que fiquei me perguntando por que não tinha ido antes."

Apesar de ter gostado da experiência, ela não consegue ir todo ano. "Fui pela última vez em 2019, acompanhando uma romaria. No topo dos meus sonhos está o de conhecer uma daquelas praias com areia branquinha e água bem clarinha, mas ainda não consegui realizar. Praia, só conheço a de Ilha Comprida mesmo." Sheila lembra que, para quem mora na zona rural, é mais difícil viajar para lugares que não sejam próximos, tanto pela condição financeira, pois os hotéis são caros, como também pela falta de oportunidade.

Não é o caso da lavradora aposentada Áurea de Oliveira Rodrigues, de 68 anos, que já teve muita oportunidade, mas nunca tocou a água do mar. Moradora do bairro Jundiaquara, em Araçoiaba da Serra, também no interior paulista, ela conta que os filhos já a convidaram inúmeras vezes e ela sempre se esquivou. "Eu só vejo o mar pela televisão, mesmo assim tenho pavor daquela imensidão de água. Gosto mesmo de ir ao rio ou a um tanque pescar. E olha que sou boa pescadora, mas só em lugar com pouca água. O mar é bonito, mas que fique longe de mim", disse.

Comportamento

O estudo investigou ainda os hábitos e comportamentos das pessoas quando estão próximas ao mar. A maioria da população - 61% dos entrevistados - afirma sempre praticar o turismo responsável, evitando usar produtos e embalagens poluentes, não deixando nem tirando nada do ambiente, enquanto 7% declararam que a prática ocorre na maioria das vezes. O porcentual de pessoas que afirmam adotar o turismo com responsabilidade às vezes, raramente, nunca ou que não soube responder, somado, chega a 32%.

As atividades preferidas dos brasileiros quando estão próximos do mar são tomar banho (51%), andar na praia (32%), tomar banho de sol (20%), aproveitar a gastronomia local (19%) e praticar esporte (17%). Nesse quesito, foram mais citados o futebol, seguido do voleibol e do surfe. Aparecem também entre as atividades mais lembradas admirar a paisagem (15%), relaxar (10%), brincar na areia (8%), meditar e refletir (6%) e fazer trilha (3%).

O empresário Pedro Henrique Cecchini, de Sorocaba, vai com a família em média quatro vezes ao ano para o litoral paulista. "Mais do que eu, minha esposa, meu sogro e minha sogra gostam muito de praia. A gente aluga uma casa e fica de três a quatro dias. É um momento de lazer e descanso, mas também de apreciar a comida local, com frutos do mar", disse.

Geralmente, a família aluga uma casa em praias do Guarujá ou de São Sebastião. "As cidades dependem da temporada para movimentar o comércio, os quiosques, hotéis e restaurantes. Embora eu considere a questão ecológica importante, a maioria das pessoas não tem essa percepção. Muitos vão à praia apenas para curtir."

A população, em sua maioria, também desconhece a procedência dos alimentos consumidos, especialmente em relação aos pescados e frutos do mar. Os entrevistados nunca (36%) ou raramente (10%) conhecem a origem dos peixes consumidos, podendo assim ter no prato espécies em risco de extinção, como o cação, nome genérico para todas as espécies de tubarão e raia pescados. Os entrevistados que sempre buscam conhecer a procedência dos alimentos representam 31%, sendo 6% a maioria das vezes e 11% às vezes.

Costões e falésias

Em relação a outros ambientes costeiros e marinhos existentes no Brasil, o nível de conhecimento e a frequência das visitas são menores do que à praia. Costões rochosos já foram visitados por 47% da população, seguidos pelos manguezais (42%), dunas (41%), estuários (32%), restingas (28%), recifes de corais (25%) e falésias (23%).

A pesquisa também apontou que parcelas consideráveis da população nem sequer ouviram falar de alguns desses ambientes, como falésias (paredões que se formam na costa pelo contato das águas do mar), com 40% de desconhecimento, restinga (vegetação que recobre o solo arenoso na costa), com 37%, e estuário (área onde um rio se junta ao mar), com 32%. A restinga se destaca na região Sul, onde 45% dos moradores já visitaram este tipo de local, enquanto o contato com recifes de coral é maior no Nordeste (36%).

Na opinião dos pesquisadores, esses dados podem ser reflexo da falta de informação sobre os ambientes costeiros por parte dos brasileiros, que não reconhecem e diferenciam os variados ecossistemas. A pesquisa mostrou ainda que a maioria pouco se informa sobre os ambientes marinhos. Os entrevistados que raramente ou nunca buscam informações sobre o oceano somam 47%. Por outro lado, as pessoas que sempre buscam se informar sobre o tema representam 27%, enquanto 6% têm o hábito de se informar a maioria das vezes e 14%, às vezes.

Outros "achados" da pesquisa: 50% consideram que o oceano impacta diretamente nossas vidas, enquanto 87% percebem que ele contribui para a economia brasileira - de fato, 19% do nosso Produto Interno Bruto (PIB) vêm do mar. Enquanto 80% acham que o poder público é o responsável pela conservação dos oceanos, 51% atribuem essa tarefa também às ONGs. Um porcentual alto dos entrevistados - 82% - está disposto a mudar hábitos pelo bem do oceano. Já 41% avaliam como negativa a atuação do Brasil para conservar os mares.

De acordo com Fábio Eon, coordenador de Ciências da Unesco Brasil, o turismo em áreas naturais tem grande força no País e atrai também estrangeiros. "Entender como esse turismo ocorre é de extrema importância para inibirmos a prática predatória, que coloca em risco ecossistemas e a biodiversidade. Esse resultado destaca o desafio de desenvolver uma cultura oceânica que engaje e demonstre como isso pode ser feito, reforçando como este ambiente influencia e é influenciado pelas ações da sociedade", afirmou.

Para Malu Nunes, os resultados são ao mesmo tempo animadores e desafiadores. "Entendemos que há uma grande lacuna de conhecimento sobre o oceano e seus ambientes. O turismo responsável pode ser uma ferramenta estratégica nesse processo de conscientização e engajamento, além de aliar o desenvolvimento socioeconômico aos esforços de conservação da biodiversidade", disse.

Década do Oceano

A ONU declarou o período de 2021 a 2030 como a Década do Oceano, que tem como um dos principais objetivos incentivar a geração de conhecimento para a sociedade. A pesquisa aponta, porém, que apenas 0,3% dos brasileiros já está informado sobre a década, enquanto 6% apenas ouviram falar sobre o assunto e 93% ainda não conhecem nada sobre o tema, o que demonstra a importância da comunicação para mudar esta realidade.

"O estado de conservação do oceano é bastante preocupante. Uma avaliação global da ONU mostrou que precisamos de ações urgentes para reverter o quadro de degradação e ameaça à biodiversidade e aos ecossistemas", alertou Eon.

Com o orçamento apertado, um em cada quatro habitantes no país não consegue pagar todas as contas no fim do mês. A constatação é da pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o Instituto FSB Pesquisa, que aponta redução nos gastos com lazer, roupas e viagens.

De acordo com a pesquisa, sair do vermelho está cada vez mais difícil. Isso porque apenas 29% dos brasileiros poupam, enquanto 68% não conseguem guardar dinheiro. Apesar disso, 56% dos entrevistados acreditam que a situação econômica pessoal estará um pouco ou muito melhor até dezembro.

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O levantamento também mostrou que 64% dos brasileiros cortaram gastos desde o início do ano e 20% pegaram algum empréstimo ou contraíram dívidas nos últimos 12 meses. Em relação a situações específicas, 34% dos entrevistados atrasaram contas de luz ou água, 19% deixaram de pagar o plano de saúde e 16% tiveram de vender algum bem para quitar dívidas.

Outros hábitos foram afetados pela inflação. Segundo a pesquisa, 45% dos brasileiros pararam de comer fora de casa, 43% diminuíram gastos com transporte público e 40% deixaram de comprar alguns alimentos.

Entre os que reduziram o consumo, 61% acreditam na melhora das finanças pessoais nos próximos meses. O otimismo, no entanto, não se refletirá em consumo maior. Apenas 14% da população pretendem aumentar os gastos até o fim do ano.

Pechincha

Entre os itens que mais pesaram no bolso dos entrevistados nos últimos seis meses, o gás de cozinha lidera, com 68% de citações. Em seguida, vêm arroz e feijão (64%), conta de luz (62%), carne vermelha (61%) e frutas, verduras e legumes (59%). Os combustíveis aparecem em sexto lugar, com 57%. No caso dos alimentos, a percepção de alta nos preços de itens como arroz, feijão e carne vermelha aumentou mais de 10 pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, em abril.

Com a alta dos preços, a população está recorrendo a um hábito antigo: pechinchar. Segundo a pesquisa, 68% dos entrevistados admitiram ter tentado negociar um preço menor antes de fazer alguma compra neste ano. Um total de 51% parcelou a compra no cartão de crédito, e 31% admitiram “comprar fiado”. Os juros altos estão tornando o crédito menos atrativo. Menos de 15% dos brasileiros recorreram ao cheque especial, crédito consignado ou empréstimos com outras pessoas.

De acordo com o presidente da CNI, Robson Andrade, os rescaldos da pandemia de covid-19 e a guerra na Ucrânia comprometeram a recuperação econômica do país. A aceleração da inflação levou à alta dos juros, o que tem desestimulado o consumo e os investimentos. Em contrapartida, afirma Andrade, o desemprego está caindo, e o rendimento médio da população está se recuperando gradualmente, o que dá um alento para os próximos meses.

O levantamento, encomendado pela CNI ao Instituto FSB Pesquisa, é o segundo realizado no ano com foco na situação econômica e nos hábitos de consumo. Foram entrevistados presencialmente 2.008 cidadãos, em todas as unidades da Federação, de 23 a 26 de julho.

Além das dancinhas e memes, um assunto sério tem ganhado destaque na plataforma de vídeos curtos TikTok: saúde mental. Com músicas dramáticas e tristes - algumas entoadas pela jovem cantora americana Billie Eilish -, usuários compartilham resultados de "testes" de ansiedade, depressão e estresse feitos na web. O conteúdo é viral: só a tag #testedadepressao tem quase 4 milhões de visualizações.

Psiquiatras destacam que um check-list de sintomas não faz diagnóstico, que, obrigatoriamente, depende de avaliação médica. Os especialistas veem risco de automedicação por causa do autodiagnóstico e orientam que quem suspeite vivenciar um desses quadros busque profissional de saúde.

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Funciona assim: em sites fora do TikTok, a pessoa faz o "teste" em poucos minutos - por volta de dez. O internauta apenas avalia sentenças e manifesta seu grau de concordância. A página, então, gera os resultados que vão de "normal" até "severo" para cada um dos fenômenos (depressão, ansiedade e estresse). O usuário, por meio de vídeos ou fotos, compartilha sua "ficha" na plataforma de entretenimento.

FUNDAMENTO

A maioria dos testes divulgados no TikTok se baseia na versão reduzida da Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse (Dass-21). Ela é um instrumento de autorrelato (a própria pessoa se avalia) projetado para medir estados emocionais que podem indicar as três condições. O questionário foi desenvolvido por pesquisadores da University of New South Wales, na Austrália, na década de 1990.

Conforme o site da universidade australiana, porém, alimentado pelo codesenvolvedor do método, Peter Lovibond, a aplicação não exige "habilidades especiais", mas a leitura dos resultados deve ser feita por um "profissional de saúde devidamente qualificado". A interpretação automatizada não é nunca recomendada, pois pode ser "enganosa" e "potencialmente perigosa".

TRIAGEM

O psiquiatra Jose Gallucci Neto, diretor do serviço de eletroconvulsoterapia (ECT) do Instituto de Psiquiatria (IPq) da Faculdade de Medicina da USP, destaca que esse tipo de escala não foi "desenhada para fazer diagnóstico". Serve principalmente para pesquisa (triagem de casos) ou para analisar e aprimorar tratamentos aplicados em uma população já diagnosticada.

Apesar dos riscos e limitações, os "testes" podem ter um lado benéfico: o de reduzir o estigma em relação aos transtornos mentais. A avaliação é do psiquiatra e colunista do Estadão Daniel Martins De Barros. Em um vídeo em seu canal no YouTube, Barros diz que é "bom" que as pessoas compartilhem os resultados porque, segundo ele, mesmo com diagnósticos de profissionais, um grande número de pessoas com depressão não se trata por causa do preconceito.

Usada oficialmente no País como tranquilizante anestésico para animais de grande porte, como cavalos, a cetamina (ou ketamina) tem crescido como droga popular para uso recreativo e aplicação de golpes do tipo "boa noite, Cinderela", em que criminosos drogam a vítima para praticar roubos e outros delitos. O Estado de São Paulo teve alta de 78,94% nos exames toxicológicos que detectaram a substância entre 2019 e 2021, segundo dados da Polícia Técnico-Científica obtidos pelo Estadão via Lei de Acesso à Informação. Em abril, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) elevou o grau de risco do produto.

Em 2013, apenas cinco exames feitos pela Polícia Técnico-Científica apontaram ketamina. Já em 2022 foram 34 de janeiro a abril. O aumento no uso e nas apreensões tem sido gradual e atingiu o pico no ano passado, com 102 testes positivos para a droga, só entre casos oficialmente registrados. Em 2019, haviam sido 57. Os números são referentes a provas coletadas em investigações da polícia e enviadas aos institutos de Criminalística e Médico-Legal. Na prática, significa o aumento de apreensões de material do tráfico e de exames das vítimas de abuso.

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Em abril, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) atualizou o status da ketamina e da escetamina na lista de substâncias controladas. Com isso, ela "subiu" um degrau na classificação de perigo e saiu da C1, de "substâncias sujeitas a controle especial", para a B1, de "psicotrópicas" e "sujeitas à notificação de receita 'B'". O órgão disse que a mudança foi motivada "pela necessidade de maior controle" e para "possibilitar o aperfeiçoamento de medidas de combate ao seu uso irregular/recreativo como droga de abuso".

A diferença entre uma lista e outra também é vista no tipo de receita necessária para adquirir o produto. A nova versão exige, além de dados básicos do comprador, fornecedor e emitente, especificações sobre quantidade, forma farmacêutica, dose e posologia indicadas. Essas distinções entre o "tamanho" da dose e a forma da substância são, além do óbvio consentimento, o que diferencia o uso da ketamina para fins recreativos ou para golpes de abuso. No primeiro caso, a quantidade é menor e em pó branco ou colorido, a depender da presença de um corante; no segundo, a dosagem é maior e costuma ser na forma líquida, de fácil dissolução em drinques e bebidas.

"O usuário de forma recreativa utiliza menos, se prepara e fica em ambiente protegido com os amigos. No uso criminoso, a quantidade é maior e a vítima está despreparada, o que faz ela confundir os sintomas com passar mal. O criminoso já atua ao lado para fingir que presta apoio", diz Alexandre Lehart, perito criminal do Núcleo de Análise Instrumental da Polícia Técnico-Científica. "Em qualquer contexto, a ketamina apresenta sérios riscos e é perigosa, por isso tem de ser controlada."

SUBNOTIFICAÇÃO

Em agosto de 2020, a Polícia Civil de São Paulo deflagrou as primeiras fases da Operação Hypnos. Batizada em alusão ao deus grego do sono, a investigação identificou e prendeu membros de uma quadrilha conhecida por agir em bares, baladas e restaurantes aplicando o golpe do "boa noite, Cinderela" com a ajuda da ketamina. Roberto Monteiro, delegado da 1.ª Seccional Centro, diz que a região sofreu simultaneamente aumento e mudança na forma dos crimes com a pandemia.

"Com a restrição de circulação, tornaram-se comuns os encontros dentro de casa. Sem a possibilidade de ir a locais públicos, muitos acabaram se relacionando por redes sociais e aplicativos, convidando os autores de crime para dentro das suas residências", afirma ele.

Segundo Monteiro, "houve bastante apreensão de ketamina" na pandemia, o que pode significar aumento no tráfico e desvio da droga. "Isso facilitou para o marginal. Também tivemos muitos casos envolvendo pessoas da comunidade LGBTI+, que são mais vulneráveis nesse sentido." Em uma ocorrência, conta, a vítima perdeu mais de R$ 150 mil via Pix e o roubo de TV, notebook e até roupas de grife. É comum que casos de "boa noite, Cinderela", com ou sem ketamina, sejam subnotificados. O caráter noturno e/ou sexual do golpe é agravante de culpabilização da vítima, que fica desconfortável para denunciar, por medo de ser desacreditada.

Álvaro Pulchinelli, toxicologista do laboratório Fleury Medicina e Saúde, conta que isso dificulta ainda mais os diagnósticos. "Às vezes a pessoa fica na dúvida se teve contato com a substância, mesmo sem prestar queixas. Chega confusa e constrangida, porque é uma violência", diz, acrescentando notar "aumento de substâncias como a ketamina". A "vida útil" para ela ser identificada em exames é curta. Entre 2 e 6 horas após entrar no organismo, não está mais no sangue. Costuma durar mais na urina, mas não ultrapassa três dias, a depender do tanto ingerido e do metabolismo.

Delegados ouvidos pelo Estadão dizem que a ketamina vem de outros países, mas usuários e peritos relataram que há a compra direta em lojas de produtos veterinários e agrários, com desvios de receita ou da própria substância. Em nota, a Polícia Federal disse não ter encontrado a substância em nenhum exame toxicológico feito pela instituição.

Já a Anvisa afirma que "não foi localizado registro legal e válido de medicamento contendo a substância" no Brasil. Acrescenta que, com a inclusão na lista B1, a numeração dos receituários - que têm modelo oficial - é concedida pelo órgão sanitário local, o que facilita o monitoramento.

'ILUSÃO'

Apesar de não ser exclusiva desses espaços, a ketamina é popular nas baladas de música eletrônica por São Paulo, onde é conhecida como "keta", "key", "keyla" ou, se misturada com cocaína, como "c.k." ou "calvin klein". Assim Yan (nome fictício), de 52 anos, foi apresentado à droga. "Já conhece a keyla?", indagou um amigo em uma balada na Lapa, zona oeste paulistana.

A primeira droga que tomou foi a "balinha" (ecstasy), mas ele conta que depois de um tempo não sentia mais efeito. Aí resolveu provar a ketamina. "No início, o efeito das luzes e do som era maravilhoso. Mas é tudo uma ilusão, né?", conta.

Na última década, foram três overdoses por cocaína. "Não sei como sobrevivi." Ele conta só escapar do vício de ketamina quando não está em São Paulo, onde o acesso à droga é mais fácil. "Às vezes tenho esses 'starts' de jogar fora (vidros de ketamina). Alguns amigos até falam 'louco, desperdiçando dinheiro!'" Ele diz pagar de R$ 250 a R$ 350 em um vidro com 50 ml do produto no estado líquido, que ele transforma em pó. Nas baladas, um pacote de 1g da droga já solidificada e pulverizada chega a R$ 100. É possível encontrá-la em cores diferentes, com adição de corantes.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Por Maria Eduarda Veloso

O LeiaJá conversou com a Arquiteta e Urbanista, e professora da UNG, Sandra Sato, acerca das principais tendências de decoração do segundo semestre deste ano. De acordo com a profissional de arquitetura, durante a pandemia, as pessoas reaprenderam a passar mais tempo em casa, onde conforto e bem-estar são imprescindíveis “Iluminação e ventilação natural, móveis aconchegantes, fibras naturais e almofadas são alguns elementos que estão em alta”.

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Além do estilo confy, o retrô também é uma grande tendência, porque "desperta lembranças afetivas no lar", explica a professora de Arquitetura e Design de Interiores. Ela também relembra que o estilo clássico é atemporal, versátil, universal e pode ser facilmente combinado ou adaptado a outro tipo de decoração.

Tons neutros e naturais para as paredes, como o branco, bege, cinza e tons terrosos são as cores mais pedidas nesta época “Para os móveis ou elementos decorativos cores e texturas inspiradas na natureza estão em alta, como azuis, verdes, vermelhos e tons de terra” diz Sato.

O formato orgânico também está na moda, principalmente em cadeiras, poltronas e sofás. Além dos móveis multifuncionais, devido a versatilidade  para aproveitar melhor os espaços.

A professora aconselha a focar no conforto e funcionalidade dos ambientes, assim como a iluminação e ventilação natural da casa “O importante é a pessoa colocar um pouco da sua identidade e decorar conforme as suas necessidades e preferências para que o seu lar te proporcione conforto e bem-estar [...] Não há regras na decoração, e não há necessidade de se prender a moda” finaliza.

Cair faz parte até conseguir se sustentar sobre as quatro rodinhas - e depois de conseguir também. Para dançar em cima dos patins, somam-se tombos, suor e risadas. Quem associa patinação só a meninos velozes em manobras radicais não conhece a nova geração de mulheres paulistanas que tirou a poeira dos velhos pares guardados no armário ou decidiu se aventurar pela primeira vez.

Elas dão cara nova ao movimento roller dance, febre dos anos 1980 nos Estados Unidos. As restrições ao lazer na pandemia e o sucesso de vídeos de danças sobre rodas nas redes sociais impulsionam a nova-velha moda. Os patins preferidos para coreografias são os do modelo quad, que parecem botas retrô com duas rodinhas na frente e duas atrás.

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"Comecei a andar agora, com esse quad. Venho aqui para dançar", contava a gerente de relacionamento Sabrina Dias, de 40 anos, em meio a uma pista de patins com luzes e música no Vale do Anhangabaú, centro de São Paulo. Em uma noite fria de sexta-feira, o DJ engatou Billie Jean, de Michael Jackson, a euforia foi geral sob o Viaduto do Chá.

Palmas, pernas que se cruzam, uma profusão de rodinhas: todos parecem saber como se divertir - até quem ainda não domina as coreografias. Para Sabrina, a boa surpresa foi encontrar mulheres acima dos 40. "Vamos aos poucos fazendo amizade e essas pessoas dão um toque aqui, outro ali. Não quero parar", diz ela, que ainda vê mais vídeos do que publica, mas já planeja exibir seus progressos no esporte.

O Vale, reaberto em dezembro, é um dos polos de patins - a reforma tornou o piso liso e propício para o esporte. Toda sexta à noite, parte da área é fechada com gradis só para a atividade. Instrutoras como Vitória Albanese, de 24 anos, e Vic Arantes, de 26, ajudam quem arrisca os primeiros passos ou pulinhos. Aparecem crianças, adultos enferrujados e até idosos. Fazer a manobra crazy legs, em que as pernas se alternam sem o patinador sair do lugar, é um troféu.

Publicações virais no Instagram e no TikTok inspiram. No fim da balada, Vitória puxa o trenzinho de patinadores e o DJ aumenta o som. Vem uma menina que não tem nem 5 anos, com patins maiores do que as pernas. "Na pandemia, com academias e baladas fechadas, patins e bicicleta vieram com tudo", diz a customer service Juliana Jerônimo, de 29 anos, que formou o coletivo Pakitas. Juntas, as "rainhas do patins", como são conhecidas, vão a espaços como o Anhangabaú, praças e parques.

Além da diversão, elas passam a mensagem de que todo lugar pode (e deve) ser ocupado pelas mulheres. "É bom se sentir livre à noite, em São Paulo, no centro, poder expressar sua parte artística em um lugar que é público", diz Juliana.

NA PISTA

Espaços públicos concentram mais gente, mas rinques de patinação também notam a procura. "Antes, quem buscava patins quad eram crianças ou pessoas muito mais velhas, que tinham patinado nos anos 1970 e 1980. Com os vídeos da (modelo senegalesa) Oumi Janta, o público mais jovem, de mulheres, foi atrás para fazer igual", diz Luiz Morcegão, dono da Roller Jam, rinque com duas unidades em São Paulo: Moema (zona sul) e Mooca (leste).

O da Mooca, diz, teve aumento de cerca de 20% do público em relação a antes da pandemia. Em Moema, o movimento cresce a cada fim de semana - puxado pela turma das danças. Há aulas específicas para aprender passos nos patins.

De olho no boom de patinação, outro espaço foi aberto no fim de 2021 na Liberdade (região central). O nome já indica o foco: Roller Dance. Mulheres marcam presença, mas não só. "Vão muitos casais de namorados que arriscam uma dancinha", diz Luciano Loiola, administrador da Roller Dance.

Em clima de discoteca, uma festa sobre rodas na Roller Dance retomou clássicos de Cyndi Lauper, Madonna e Michael Jackson, mas Loiola garante que a playlist também traz sucessos contemporâneos e frequentadores podem pedir hits. "Toca de tudo." A demanda fez a casa abrir turmas pela manhã e à tarde.

Funciona como um hobby com exercício físico. "Todos os instintos de atenção, desenvolvimento motor, são bem aguçados", explica Guilherme Montan, diretor executivo da Pro 360 Patinação, centro de treinamento em Santo André (SP). Quem patina também cita benefícios emocionais. "Estava triste, senti aquela dose de endorfina e fiquei viciada", diz a tosadora Lucienne Alcântara, de 25 anos, que começou a patinar na pandemia, após uma decepção amorosa.

No Parque Villa-Lobos (zona oeste), a tendência é perceptível. "Muita gente fala que quer aprender para dançar", diz Eli Paulino, de 55 anos, um dos fundadores do Sampa Rollers, projeto de apoio a iniciantes. "Mulheres já casadas, aposentadas, querem recuperar o tempo perdido, fazer o que têm vontade e viver a vida independentemente de rótulo."

Lá, além do modelo retrô, é comum o inline (rodas dispostas em linha). Cones são postos no chão, a uma mesma distância: o desafio é passar por eles, em curvas. Se o ziguezague dá certo, vídeos logo chegam às redes - e incentivam mais gente a calçar botas rolantes e sair da tela para as ruas.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Quando crianças, ainda aprendendo como viver, é comum observarmos o comportamento daquelas pessoas mais próximas e que são exemplos para nós: nossos pais e parentes. Durante a vida, esse costume se repete e absorvemos muito de outras pessoas. No contexto profissional e empresarial, não seria diferente. A essa atitude de observar o outro e reproduzir ou inspirar-se em seus passos, é dado o nome de modelagem, uma poderosa ferramenta de desenvolvimento pessoal e profissional.

A modelagem significa que podemos “copiar” o que grandes homens e mulheres bem-sucedidos fizeram e fazem de bom e aplicar essas mesmas ideias e atitudes em nossa vida e em nossos negócios, gerando, dessa forma, um atalho de evolução e crescimento. Ora, o raciocínio é bem simples: ninguém precisa reinventar a roda, uma vez que ela comprovadamente funciona muito bem. Basta usá-la como modelo.

Modelar alguém é transportar as experiências daquela pessoa para a sua própria vivência. Isaac Newton bem disse certa vez: “Se eu vi mais longe, foi por estar sobre os ombros de gigantes”. É dessa forma, apoiando-se nos gigantes, que você também pode crescer e se desenvolver, alcançar novos patamares de forma mais fácil e menos dolorosa. É muito mais fácil e mais barato aprender com os erros dos outros, certo? Evitar repeti-los garante agilidade e menos interrupções no percurso.

Apesar de a modelagem soar como mera cópia, importa ressaltar que a simples imitação, por si só, pode não ser frutífera, visto que cada pessoa tem uma jornada própria. A estratégia correta é observar, absorver os aprendizados e aplicar em sua trajetória de forma adaptada, de acordo com seu contexto e sua realidade. Não se trata de uma reprodução rasa, irracional, mas de inspiração e aprendizado. Quando feita da forma correta, a modelagem traz inúmeros benefícios e vantagens.

Todos nós temos modelos na vida. Observá-los e tentar aprender deles é como pegar um atalho. Saber por que problemas passaram, como os superaram e como chegaram aonde estão hoje também nos permite conseguir o êxito de forma mais “fácil”. Esse é o grande poder da modelagem: encurtar caminhos, trazer ensinamentos e impulsionar vidas e carreiras.

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