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A seção mineira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ofereceu o apoio de profissionais da entidade para as famílias das vítimas do desabamento do Viaduto Guararapes, ocorrido na quinta-feira (3), em Belo Horizonte. Duas pessoas morreram e 22 ficaram feridas. A entidade também aguarda o resultado das investigações em torno do colapso da estrutura, incluindo o laudo da perícia feita pela Polícia Civil, para avaliar a possibilidade de organizar as famílias das vítimas para ingressar com uma ação judicial coletiva contra os responsáveis pelo caso.

Segundo o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-MG, William Santos, a entidade está "à disposição" das famílias das vítimas para ingressar com ações para reparação de danos morais ou materiais. Entre os alvos das ações está o município, pois seria da responsabilidade da prefeitura de Belo Horizonte fiscalizar o andamento da obra, assim como do projeto que deu suporte aos trabalhos.

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O advogado ressaltou, porém, que a OAB-MG só deve se manifestar oficialmente a respeito do caso após a conclusão das investigações oficiais, quando já tiver sido divulgado o laudo da perícia feita pela Polícia Civil. "Essa questão terá que ser analisada pelo conselho da Ordem", observou Santos.

Fiscalização

Nesta sexta-feira, o secretário de obras da Prefeitura de Belo Horizonte e presidente da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), Lauro Nogueira, afirmou que o viaduto não era uma obra da Copa do Mundo e, por isso, não havia pressa para a sua conclusão. Mas reconheceu descaso na fiscalização e enfatizou que o governo é responsável pela queda de uma das alças do elevado. "A prefeitura tem responsabilidade, assim como a construtora e os técnicos contratados para a fiscalização."

A Coordenadoria Municipal de Defesa Civil informou que a demolição do viaduto dos Guarapés, que desabou na última quinta-feira, 03, na avenida Pedro I, na capital mineira, pode começar ainda neste sábado, 05. Porém, os peritos da Polícia Civil e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) ainda estão trabalhando no local, quase 48 horas depois da tragédia. Em função disso, o trânsito na área continua interrompido.

A expectativa do secretário municipal de Obras, José Lauro Terror, que concedeu entrevista na última sexta-feira, é a de que após ser iniciada, a demolição deve durar 24 horas. A alça que ficou de pé também será demolida. Todo o trabalho de demolição será feito de forma mecânica, sem o uso de qualquer tipo de explosivo. Serão usados apenas equipamentos como o rompedor hidráulico, trator com uma broca para perfurar rochas e concreto.

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Inconformados com a tragédia, cerca de 50 moradores da região também estiveram no local nesta manhã para protestar. Eles chegaram a fechar o trânsito na avenida João Samaha, na esquina com a rua Álvaro Camargos por volta das 10h e, às 11h30, eles dispersaram. Segundo a Polícia Militar (PM), os manifestantes chegaram a tentar quebrar um ônibus que tentou furar o bloqueio feito durante o protesto, no entanto ninguém foi preso.

O secretário de Obras da Prefeitura de Belo Horizonte (PMBH) e presidente da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), Lauro Nogueira, reconheceu que houve descaso na fiscalização da obra do viaduto que desabou nesta quinta-feira (3), em Belo Horizonte, e disse que a prefeitura é corresponsável pela queda de uma das alças do elevado. "A prefeitura tem responsabilidade, assim como a construtora e os técnicos contratos para a fiscalização", afirmou.

Enquanto funcionários que trabalhavam no local garantem que a obra seguia a toque de caixa, o secretário afirma que o viaduto não era uma obra da Copa do Mundo e, por isso mesmo, não havia pressa na sua entrega. As causas do desabamento do viaduto Batalha dos Guararapes, na Avenida Pedro I, que matou duas pessoas e deixou outras 22 feridas na capital mineira, só serão conhecidas em 30 dias, após um verdadeiro "conclave" de perícias.

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Além dos especialistas do Instituto Brasileiro de Avaliação e Perícias de Engenharia (Ibape) de Minas Gerais e do grupo técnico indicado pelo Conselho Regional de Engenharia (CREA), um terceiro laudo será produzido por peritos contratados pela Cowan, empresa que realizava a obra. As primeiras análises sinalizam que um afundamento de seis metros do pilar principal, após a retirada das escoras, pode ter causado o desabamento.

A Polícia Civil do Estado de Minas Gerais informou que o inquérito policial destinado a apurar as circunstâncias que envolveram a queda do viaduto já está em andamento na 3ª Delegacia Regional de Venda Nova. Segundo a polícia, a primeira providência adotada foi acionar a perícia técnica e colher informações de pessoas que estavam no local. Foram realizados os trabalhos periciais, sem os quais os corpos não poderiam ser liberados para as providências de sepultamento.

A perícia de engenharia legal do Instituto de Criminalística prosseguiu com os procedimentos, visando a elaboração do laudo pericial, que deve ser concluído no prazo de 30 dias. Segundo o delegado que preside os autos, a coleta de provas técnicas é importante nesta fase inicial da investigação, assim como a formalização das declarações de envolvidos e depoimentos das testemunhas.

O Ministério Público mineiro também investiga, há dois anos, indícios de superfaturamento no projeto, orçado em R$ 154 milhões, detectados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Risco

O temor, agora, se direciona para outras obras em andamento. A demolição da alça do viaduto que permanece de pé, por exemplo, não está descartada e a Câmara Municipal de Belo Horizonte cancelou seu recesso, para "dar um retorno à sociedade mineira", como disse em nota. Evitar o alarmismo neste momento, três dias antes de Belo Horizonte receber uma das semifinais da Copa do Mundo, é a maior preocupação das autoridades.

Enquanto uma das vítimas do desabamento era velada, o secretário de saúde da Prefeitura de Belo Horizonte, Fabiano Pimenta, afirmou que foi criado um serviço de acompanhamento psicossocial para vítimas da tragédia e parentes. Os familiares de Hanna Cristina dos Santos, motorista morta no acidente, disseram, porém que os responsáveis pela obra não manifestaram apoio à família.

"Vai para a parte de traseira do ônibus", teria dito a motorista Hanna Cristina, 24 anos, segundo testemunhas, à filha, pouco antes de morrer com a queda do viaduto que matou duas pessoas e deixou outras 22 feridas na capital mineira, na tarde de quinta-feira (3). No enterro, que foi realizado nesta sexta-feira (4), o clima era de muita revolta entre familiares e amigos. Hanna Cristina foi sepultada às 17h30, sob aplausos, no cemitério Bosque da Esperança, próximo ao local do acidente.

O motorista do Fiat Uno que ficou preso sob a estrutura, Charlys Frederico Moreira do Nascimento, foi enterrado por volta das 17h40, em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de BH, onde morava. Em ambos os funerais o clima era de revolta com as autoridades e a construtora Cowan, que, segundo familiares de Hanna, não haviam entrado em contato com a família até momentos antes do sepultamento. Hanna trabalhava como motorista há um ano. O ônibus pertencia à família.

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Durante o enterro, os familiares não quiserem falar com a imprensa. A filha de 5 anos da motorista, que estava no ônibus na hora do acidente e sofreu ferimentos leves, não quis ver o corpo da mãe sendo enterrado. Mais cedo, o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, foi dispensado pela família da Hanna depois de avisar que iria ao funeral.

No enterro de Charlys, sepultado com a bandeira do grupo de cavalgada que participava, o clima também era de revolta. Em especial com a declaração inicial de Lacerda, de que "acidentes acontecem". Segundo familiares da vítima, um advogado já foi contratado para acionar as autoridades. A Cowan, também não entrou em contato com a família.

Responsável pela coordenação do comitê gestor do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que inclui a obra do viaduto Guararapes, que desabou nesta quinta-feira (3) em Belo Horizonte, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, disse nesta sexta-feira (4), que a fiscalização da obra é de responsabilidade da Prefeitura, sob o comando de Márcio Lacerda. "Nós, aqui de Brasília, não temos condição de saber como foi o desenvolvimento da obra", afirmou a ministra.

Em entrevista ao Broadcast Político, Miriam disse que a responsabilidade do governo federal é garantir os recursos necessários para a execução da obra. "A elaboração do projeto de engenharia, a licitação, a contratação e a sua fiscalização são tarefas de quem está executando a obra, que no caso é a prefeitura", disse. A ministra ponderou, entretanto, que ainda é cedo para apontar qualquer responsável pela queda.

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O viaduto, que faz parte do projeto de implantação do BRT (Bus Rapid Transit) na avenida Pedro I, um dos acessos ao estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão, está entre as obras planejadas para a Copa do Mundo, mas não ficou pronto a tempo. Além de deixar dois mortos, o colapso do viaduto resultou em 22 pessoas feridas - três continuam internadas.

Nos empreendimentos do PAC, a liberação de recursos é feita em etapas. Ao fim de cada uma delas, engenheiros da Caixa Econômica Federal visitam o canteiro de obras para verificar o andamento da obra e autorizar a próxima remessa de verba. Questionada sobre qual foi a última vistoria dos técnicos na obra, a ministra do Planejamento disse que pode buscar a informação, mas ressaltou que não é responsabilidade da Caixa fiscalizar a segurança no local, por exemplo. "A presença dos engenheiros da Caixa se refere a certificar que aquilo que está na nota de medição foi realizado. Não é uma fiscalização de obra", disse.

Sobre o impacto negativo que o acidente poderia causar à imagem do País, Míriam afirmou que o importante no momento é atender os feridos e apoiar os familiares dos mortos. "A presidente entrou em contato com o prefeito, ofereceu ajuda tanto para as famílias quando para a desobstrução da avenida. Essa é a questão a se preocupar hoje, e não fazer algum tipo de avaliação sobre o que isso representa para a Copa do Mundo", afirmou. A ministra informou que está esperando que a prefeitura de Belo Horizonte acione o governo federal para que o apoio seja disponibilizado. "Assim que tiver essa solicitação, será atendido imediatamente", completou.

A Construtora Cowan, responsável pela obra do viaduto que estava em construção há seis meses e que caiu nesta quinta-feira (3), na região da Pampulha de Belo Horizonte, informou, por meio de comunicado divulgado na tarde desta sexta-feira (4), que contratou uma perícia para avaliar as causas do acidente.  Os resultados, segundo a construtora, devem sair em 30 dias.

A companhia ainda esclareceu que o viaduto será totalmente destruído para liberação das pistas e que a obra atendeu a "todos os procedimentos e materiais utilizados passaram pelos testes obrigatórios e atendendo as normas vigentes, sem apresentarem qualquer problema". "A empresa mantém uma equipe composta por psicólogos, médicos e assistentes sociais à disposição das vítimas e familiares", finaliza a nota.

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Polícia

Na manhã desta sexta, a Polícia Civil do Estado de Minas Gerais informou que abriu um inquérito policial para apurar o desabamento do viaduto, que deixou duas pessoas mortas. O inquérito corre na 3ª Delegacia Regional de Venda Nova. "A primeira providência adotada pelo delegado regional Hugo e Silva, ainda ontem, no dia do ocorrido, foi acionar a perícia técnica da Polícia Civil e colher informações de pessoas que estavam no local", diz a nota da Polícia, que ainda informa que a perícia de engenharia legal do Instituto de Criminalística continua na elaboração de um laudo pericial, que também deve ser concluído no prazo de 30 dias.

O secretário de Saúde da Prefeitura de Belo Horizonte, Fabiano Pimenta, anunciou, nesta sexta-feira (4) que a secretaria vai criar um serviço de acompanhamento psicossocial para vítimas e parentes de vítimas do desabamento do viaduto, ocorrido nesta quinta-feira (3).

A grande preocupação é evitar o alarmismo entre a população e turistas, já que a capital mineira recebe uma das semifinais da Copa do Mundo, na próxima terça-feira, 08, e a avenida onde o viaduto desabou era uma das principais vias de acesso ao Mineirão.

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A queda do viaduto deixou dois mortos e 22 pessoas feridas. Duas vítimas continuam internadas em hospitais da capital mineira - uma no Pronto Socorro Risoleta Neves e outra no João XXIII. Na tarde de ontem, os feridos foram levados para três hospitais, entre eles uma menina de 5 anos, filha da motorista Hanna Cristina, de 26 anos, que morreu na tragédia.

A mulher dirigia o ônibus suplementar da linha suplementar S70, que foi atingido pela estrutura de concreto. A criança deu entrada na unidade de saúde com um hematoma do lado esquerdo da cabeça, cefaleia e perda de consciência. Depois de passar por um exame de raio X, ela permaneceu em observação na ala de pediatria. A garota recebeu alta, nesta sexta-feira, por volta das 9h.

Um dia depois da queda de parte do Viaduto Guararapes que matou duas pessoas, a prefeitura de Belo Horizonte anunciou a formação de um grupo técnico independente, formado por engenheiros indicados pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-Minas) e por empresas referências do setor. Os nomes dos integrantes do grupo não foram revelados, mas segundo o secretário de Obras do município, José Lauro Nogueira, o trabalho já começou.

Além de levantar as causas do acidente, o grupo também vai ampliar a fiscalização em outros dois viadutos que integram o complexo de obras de mobilidade urbana. Outro elevado que está sendo construído na avenida Dom Pedro I já foi interditado pela prefeitura. Funcionários da obra que não querem se identificar alegam que os suportes de sustentação não são suficientes para aguentar o peso da construção.

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Apesar das denúncias dos funcionários, a prefeitura descarta qualquer risco de queda no viaduto. Além disso, afirma que "a empresa responsável pela obra continua trabalhando para corrigir um deslocamento lateral ocorrido na estrutura da obra". Até que isso seja feito, o trânsito no local continuará interditado.

CPI.

O vereador Iran Barbosa (PMDB) vai pedir a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o acidente. Ele tem nas mãos um laudo que aponta falhas na construção da Estação São Gabriel, já em uso pelo público. O documento de quase 60 páginas aponta irregularidades graves na execução da obra, como colunas de sustentação curtas amparadas por menos parafusos do que o indicado, parafusos e porcas frouxos e folgas expressivas nas flanges, que são peças que vedam a conexão das estruturas. A prefeitura descarta risco de acidente no local.

O secretário de Obras da Prefeitura de Belo Horizonte, José Lauro Nogueira, disse, nesta sexta-feira, 4, que vai ampliar a vistoria em mais dois viadutos que fazem parte do complexo de obras de mobilidade urbana, orçado em R$ 154 milhões. Nogueira não quis falar em novo risco de desabamento, mas afirmou que, em fevereiro, os pilares de outro viaduto na mesma região apresentaram afundamento de 27 centímetros.

Na quinta-feira, 3, parte do Viaduto Guararapes, que faz parte do complexo, desabou, provocando a morte de duas pessoas e deixando outras 22 feridas. As obras do complexo estão sob suspeita de superfaturamento. Em 2012, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) detectou indícios de sobrepreço de R$ 6 milhões, e o Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) deu início à investigação. Segundo o secretário de Obras, a responsabilidade pela tragédia é "solidária". "A responsabilidade é da prefeitura, da construtora e dos técnicos contratados para fazer a vistoria das obras", disse.

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Assim que o trabalho de perícia, que está sendo feito neste momento, estiver concluído, o local será liberado para que a Construtora Cowan, responsável pela obra, faça a demolição do viaduto e a retirada dos escombros, disse Nogueira. O trabalho será mecânico, sem explosões. "Nossa expectativa é a de que, em 24 horas, a pista esteja liberada para o trânsito", afirmou o secretário.

O presidente do Instituto Brasileiro de Avaliação e Perícias de Engenharia de Minas (Ibape), Frederico Correa, disse, nesta sexta-feira, 4, que uma das possíveis causas da queda de parte do Viaduto Guararapes, ocorrida na quinta-feira, 3, em Belo Horizonte, seria o afundamento do pilar principal após a retirada das escoras da obra.

O especialista participou das primeiras vistorias feitas pela entidade no local da tragédia. Segundo Correa, o plano de retirada das escoras é um item obrigatório no projeto da obra. Porém, o momento e como isso deve ocorrer dependem de algumas variáveis, como tempo de cura do concreto e a distribuição de cargas na edificação. "Quando a estrutura é retirada, o peso antes distribuído entre os pilares e as escoras é direcionado para o pilar principal. Nesse momento, acreditamos ter havido o afundamento", disse.

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Representantes do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-Minas), da Defesa Civil, das polícia Civil e Federal estão no local do desabamento. Após o fim dos trabalhos, a via será liberada para que a Construtora Cowan, responsável pela obra, faça a demolição do viaduto e a retirada dos escombros. Conforme a polícia, o laudo pericial deve ser concluído em 30 dias.

O corpo de Charlys Frederico Moreira do Nascimento, de 25 anos, motorista do Fiat Uno que foi atingido pelo desabamento de parte um viaduto em Belo Horizonte na tarde desta quinta-feira (3) foi retirado dos escombros pelo Corpo de Bombeiros por volta das 5h30 desta sexta-feira (4). Charlys estava sozinho no carro.

O acidente causou a morte de duas pessoas - além de Charlys, morreu a motorista de um ônibus - e deixou 22 feridos, segundo os bombeiros. Após a estrutura ruir por volta das 15h, a queda do viaduto atingiu quatro veículos: dois caminhões, um Fiat Uno e um coletivo, que teve a frente esmagada. A alça do Viaduto Guararapes caiu sobre a Avenida Pedro I, na altura do bairro São João Batista, na Pampulha.

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A via é uma das mais movimentadas da cidade e a construção do viaduto fazia parte do alargamento das pistas para adequação ao Move, nome dado pela prefeitura de Belo Horizonte ao sistema de Bus Rapid Transit (BRT). Inicialmente, a obra fazia parte dos projetos de mobilidade para a Copa do Mundo, mas não foi concluída a tempo. O desabamento parou completamente o trânsito na região da Pampulha, onde está localizado o Estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão, que, na próxima terça-feira, 08, receberá uma das semifinais do torneio.

A maior parte das vítimas estava em um micro-ônibus da linha suplementar 70. O veículo era dirigido por Hanna Cristina dos Santos, de 25 anos, que morreu no local. A filha da motorista, de 5 anos, também estava no veículo e foi encaminhada ao Hospital Risoleta Tolentino Neves, na região de Venda Nova, sem risco de morrer. "Esse acidente foi muito chocante. A gente viu o viaduto caindo. Bati a cabeça e ficou muita gente ferida no chão lá", contou Enilson Luiz, de 36 anos, que estava no micro-ônibus e também precisou de atendimento médico.

A queda de um viaduto matando duas pessoas e ferindo outras 21, em Belo Horizonte, deixou a cúpula da Fifa preocupada, até por causa da repercussão para a imagem da Copa. A obra era parte dos projetos de mobilidade para o torneio mundial. Momentos depois do acidente, cartolas vieram procurar a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo no Copacabana Palace no Rio para saber de detalhes. A principal pergunta era se a obra tinha alguma relação com os projetos da Copa do Mundo.

Um dos mais preocupados era Sunil Gulati, presidente da Federação Americana de Futebol e membro do Comitê Executivo da Fifa. Além de querer saber o número de vítimas, o cartola procurava informações sobre a obra, sobre os atrasos e sobre o motivo do desabamento. "Isso é terrível", disse. Segundo o presidente da Federação Espanhola de Futebol, Angel Maria Villar, os jogos de hoje devem ter um minuto de silêncio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A presidenta Dilma Rousseff lamentou nesta quinta-feira (3) o desabamento de um viaduto de obras em Belo Horizonte. Além de prestar solidariedade às famílias das vítimas, ela colocou o governo federal à disposição para o que for necessário. Após o acidente, o prefeito da capital mineira, Márcio Lacerda, decretou três dias de luto oficial.

“Foi com tristeza que soube do desabamento do viaduto em Belo Horizonte. O governo se coloca à disposição da prefeitura e das autoridades de Belo Horizonte no que for necessário. Neste momento de dor, presto minha solidariedade às famílias das vítimas”, escreveu a presidenta em sua conta pessoal no Twitter.

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De acordo com a Secretaria de Saúde do estado, uma pessoa morreu e 20 estão feridas. A secretaria também considera uma segunda morte, presumida, do motorista do carro que foi esmagado. Segundo a prefeitura, são 19 os feridos. A estrutura despencou na tarde de hoje e atingiu um micro-ônibus, um carro e dois caminhões.

Nesta noite, o governador de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho, divulgou nota: "Neste momento de profunda tristeza pela tragédia ocorrida nesta tarde em Belo Horizonte, apresento, em nome do povo mineiro, meu pesar, apoio e solidariedade às vítimas, seus familiares e amigos. Determinei aos profissionais do Sistema Estadual de Saúde e de Defesa Social que não meçam esforços para prestar toda a assistência que se fizer necessária".

O senador Aécio Neves (PSDB-MG), também divulgou nota lamentando o ocorrido. "Com muita tristeza, recebo as notícias da tragédia ocorrida hoje em Belo Horizonte. É muito importante que as causas e as responsabilidades sejam apuradas. Neste momento, no entanto, minhas palavras são de solidariedade aos feridos e às famílias daqueles que perderam a vida. Que Deus as conforte nesta hora tão difícil".

O viaduto que ruiu estava em fase de acabamento e seria entregue no final do mês. No início de fevereiro, outro viaduto do mesmo complexo de obras para a instalação do sistema de transporte rápido por ônibus, o Montesi, teve que ser interditado devido a um problema estrutural – parte do viaduto em construção se deslocou, lateralmente, cerca de 30 centímetros em relação à estrutura. O sistema de Bus Rapid Train (BRT) faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Urbana.

O viaduto é uma das vias de acesso ao Estádio Mineirão, que fica a cerca de 4 quilômetros do local do acidente e é uma das sedes da Copa do Mundo.

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A Secretaria de Saúde de Minas Gerais registrou 23 vítimas no desabamento do Viaduto Guararapes, em Belo Horizonte, sendo duas mortes (uma confirmada e uma presumida). As informações estão em nota divulgada nesta noite (3) pelo órgão.

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O viaduto localizado na Avenida Pedro I, região da Pampulha, ainda estava em obras. A estrutura despencou e atingiu um micro-ônibus, um carro e dois caminhões. A morte confirmada é da motorista do micro-ônibus. A morte presumida trata-se de um motorista do carro. O veículo está preso debaixo do viaduto.

Foram 21 feridos: 12 pacientes foram encaminhados para o Hospital Risoleta Neves; três trabalhadores da obra, foram encaminhados para o Hospital Odilon Behrens. Todos estão estáveis, sem risco de morrer. Entre os feridos, está uma menina de 5 anos.

Além deles, mais dois pacientes foram encaminhados para as unidades de Pronto Atendimento (UPA) Pampulha e dois para a de Venda Nova. Três feridos foram atendidos e liberados no local.

O viaduto que ruiu estava em fase de acabamento e seria entregue no final do mês. No início de fevereiro, outro viaduto do mesmo complexo de obras para a instalação do sistema de transporte rápido por ônibus (BRT), o Montesi, teve que ser interditado devido a um problema estrutural – parte do viaduto em construção se deslocou, lateralmente, cerca de 30 centímetros em relação à estrutura. O BRT faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Urbana.

O viaduto passa sobre a Avenida Pedro I, que é uma das vias de acesso ao Aeroporto de Confins e ao Estádio Mineirão. Veja abaixo a lista com os nomes dos pacientes. A secretaria informa que os nomes das vítimas que estão nas UPAs serão divulgados posteriormente.

Hospital Risoleta Neves

Maria Gomes da Silva

Gerson Sandre Lopes

José Hilton Ribeiro

Penélope de Fátima Ferreia

Débora Nuner Reigada

Ana Clara dos Santos (criança)

Erica Alves Moreira

Maria Célia da Silva

Rosilene Fernandes Costa

Ana Paula Evangelista Berlino dos Santos

Vanderci Martins de Oliveira

Cristina Cassimira de Oliveira

Hospital Municipal Odilon Behrens

Fábio Júnior Silva

Carlos Margem Silva

Marcelo Rodrigues

* O paciente Fábio Junior Silva foi transferido para o João XXIII tendo em vista a necessidade de fazer um exame nas vias aéreas.

O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, chegou ao local onde desabou o viaduto na capital mineira nesta quinta-feira (3), e em uma rápida coletiva decretou luto de três dias na cidade e disse que é "normal" ter o trânsito liberado durante obras e que "acidentes acontecem". "Pode ser possível falha do projeto. (...) É normal ter o trânsito liberado em viadutos que estão em acabamento. Acidentes como esse acontecem. Momento é de aprender com o erro", disse.

O prefeito chegou ao local para acompanhar os resgates das vítimas na Avenida Pedro I, no Bairro São João Batista, região de Venda Nova. Ele confirmou duas mortes no acidente e afirmou que a obra estava sendo acompanhada pela prefeitura e por engenheiros responsáveis. "Mas a obra não estava sendo feita pela Prefeitura, foi feita por uma construtora renomada, que ganhou licitação. Mas houve falha, com certeza", falou, se referindo à Construtora Cowan.

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Numa primeira nota, a construtora lamentava o ocorrido e informava o envio de uma equipe técnica ao local para iniciar as investigações e definir as causas do acidente. Num novo comunicado, a empresa disse que as equipes foram direcionadas para a remoção da estrutura, "inclusive providenciando iluminação e demais suportes necessários à realização dos trabalhos, que devem se estender pelos próximos dias" e que já está sendo providenciado o escoramento do segundo viaduto.

O Viaduto Guararapes, que desabou na tarde desta quinta-feira (3) em Belo Horizonte, será cortado em blocos para que sejam retirados os quatro veículos atingidos – um micro-ônibus, um carro e dois caminhões. Em entrevista coletiva, o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros Edgard Estevo da Silva disse que esse trabalho será iniciado em breve e continuará durante a noite. O Exército vai ajudar.

Veículos de iluminação noturna estão sendo encaminhados para o local. Silva não sabe dizer quanto tempo o trabalho para a remoção dos blocos vai durar. O acidente foi por volta das 15h, na Avenida Pedro I, região da Pampulha, em Belo Horizonte. O local fica próximo à Lagoa do Nado. A estrutura despencou e atingiu um micro-ônibus, um carro e dois caminhões.

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De acordo com o Corpo de Bombeiros, a motorista do micro-ônibus morreu e 13 pessoas que estavam no veículo ficaram feridas, mas já foram retiradas do local. Ele disse que os bombeiros ainda não tiveram acesso ao veículo de passeio atingido, nem mesmo para dizer se existem vítimas. A Secretaria de Saúde do estado informou, no entanto, que duas pessoas morreram e 20 ficaram feridas no desabamento. De acordo com a secretaria, a segunda morte é "presumida" – trata-se do motorista do veículo de passeio esmagado no acidente. Os corpos serão encaminhados ao Instituto Médico Legal.

O coronel Silva também não descarta a possibilidade de haver vítimas nos dois caminhões, embora o encarregado da obra garanta que os veículos estavam vazios. "Ainda é precoce dizer a causa do acidente", disse. No local, será feito um trabalho de perícia e investigação. Perguntado se o viaduto passou por alguma vistoria, o bombeiro respondeu: "Não tenho informação de qualquer tipo de vistoria antecipada".

O viaduto, que estava em obras, é uma das vias de acesso ao Mineirão, que fica a cerca de 4 quilômetros do local do acidente e é uma das sedes da Copa do Mundo. O último jogo no estádio foi Brasil e Chile, no último sábado (28). O próximo será na semana que vem, no dia 8. Até o fim do trabalho de retirada das partes do viaduto e dos veículos, a via ficará interditada. De acordo com Silva, isso não impossibilitará o acesso ao estádio, que pode ser feito por outras ruas.

Segundo a Defesa Civil municipal, nenhuma das casas próximas ao local precisou ser interditada.

A Construtora Cowan, responsável pela construção do viaduto que estava em construção e caiu na capital mineira, disse, em nota breve, que enviou ao local uma equipe técnica para iniciar as investigações. "A Cowan lamenta profundamente o ocorrido com o viaduto sobre a Avenida Pedro I. Neste momento, a prioridade é o apoio às vitimas e aos familiares", informa o comunicado.

Segundo informações no site da empresa, a Construtora Cowan foi criada em 1958, em Montes Claros, no Norte de Minas, e participou da construção de rodovias, ferrovias, obras de saneamento, construção de barragens, usinas hidrelétricas e até aeroportos. Em Minas Gerais, as obras destacadas na página na internet, além do BRT/Move da Avenida Pedro I e Antônio Carlos, também estão a da Linha Verde (que liga o centro de Belo Horizonte até o Aeroporto de Confins), duplicações da BR-040 (feitas pelo Dnit antes do leilão), e Gasoduto do Vale do Aço. Além disso, a construtora é responsável por algumas obras de ampliação do Aeroporto de Confins (pistas de pouso e decolagem) e do metrô do Rio de Janeiro.

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Segundo o Corpo de Bombeiros, o viaduto desabou sobre a Avenida Pedro I, na Pampulha, às 15h30. Dois caminhões, um carro e um micro-ônibus foram atingidos e o acidente matou uma pessoa e feriu 13. A Secretária de Saúde diz que são dois mortos e 19 feridos.

A avenida é uma das mais movimentadas da cidade. Inicialmente, a obra fazia parte dos projetos de mobilidade para a Copa do Mundo, mas não foi concluída a tempo. O desabamento parou completamente o trânsito na região da Pampulha, onde está localizado o Estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão, que, na próxima terça-feira, 08, sediará uma das semifinais da Copa do Mundo.

Pelo menos oito viaturas dos bombeiros, além de policiais militares e equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram mobilizadas para socorrer as vítimas do desabamento de um viaduto em construção em Belo Horizonte. A obra, na região da Pampulha, ruiu na tarde desta quinta-feira (3), deixando pelo menos uma pessoa morta e 10 feridas, segundo informações iniciais o Corpo de Bombeiros.

Até o meio da tarde, não havia um balanço oficial de vítimas da ocorrência. A estrutura do viaduto desabou inteira sobre a pista e um Fiat Uno teria sido completamente esmagado, informaram os bombeiros. O viaduto atingiu também um ônibus e dois caminhões, sendo que um deles estaria trabalhando na própria obra.

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No caso do ônibus, passageiros deram sorte porque apenas a frente do coletivo foi atingida. Mesmo assim, algumas pessoas que estavam no veículo ficaram feridas. O desabamento causou muita confusão no local. Moradores e pessoas que passavam pela via contaram que o estrondo foi enorme. "Parecia uma explosão. Foi um barulho muito grande e levantou muita poeira", contou o publicitário Márcio Araújo Lopes, de 32 anos, que trafegava pelo local.

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Os trabalhos na avenida - uma das mais movimentadas da capital mineira - fazem parte das obras do Move, nome dado ao BRT (Bus Rapid Transit) na cidade. O desabamento paralisou completamente o trânsito na região da Pampulha, onde está localizado o Estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão, que, na próxima terça-feira, dia 8, sediará uma das semifinais da Copa do Mundo.

Um viaduto que estava em construção na Avenida Pedro I, em Belo Horizonte, desabou na tarde desta quinta-feira (3). De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, pelo menos uma pessoa morreu e várias teriam ficaram feridas sob os escombros da estrutura, que atingiu diversos veículos, incluindo um ônibus.

Os trabalhos na avenida faziam parte das obra de mobilidade para a Copa do Mundo - mas não foram concluídos a tempo para o torneio mundial.

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Uma parte do teto do Shopping Recife desabou na manhã desta quinta-feira (26), assustando consumidores que passeavam no local. A queda ocorreu na quinta etapa do centro de compras. Apesar do susto, ninguém ficou ferido. O mall fica no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. 

Em nota, a assessoria de imprensa do Shopping informou que o desabamento ocorreu por conta da infiltração de água em uma pequena parte do forro do teto. Ainda segundo a assessoria, o problema já foi resolvido e o centro de compras funciona normalmente.

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