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No primeiro fim de semana de convenções nacionais, os partidos políticos confirmaram cinco candidatos a presidente da República: Ciro Gomes (PDT), Guilherme Boulos (PSOL), Jair Bolsonaro (PSL), Paulo Rabello de Castro (PSC) e Vera Lúcia (PSTU). As convenções têm de ser realizadas até 5 de agosto, e o prazo para pedir o registro das candidaturas na Justiça Eleitoral encerra-se em 15 de agosto.

A lei eleitoral permite, a partir da homologação das convenções, a formalização de contratos para instalação física e virtual dos comitês dos candidatos e dos partidos. O pagamento de despesas, porém, só pode ser feito após a obtenção do CNPJ do candidato e a abertura de conta bancária específica para movimentação financeira de campanha e emissão de recibos eleitorais.

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Segundo o calendário das eleições de 2018, a partir de quarta-feira (25), a Justiça Eleitoral poderá encaminhar à Secretaria da Receita Federal os pedidos para inscrição de candidatos no CNPJ. A partir dessa data, os partidos políticos e os candidatos devem enviar à Justiça Eleitoral, para divulgação na internet, os dados de arrecadação para financiamento da campanha eleitoral, observado o prazo de 72 horas após o recebimento dos recursos.

Nas convenções nacionais, o PSL, o PDT e o PSC não escolheram os candidatos a vice. Caberá à direção nacional do PDT articular as alianças para o primeiro turno das eleições e o vice de Ciro Gomes. O PSC vai buscar um vice que agregue apoios, mas o candidato demonstrou disposição de ter uma mulher na sua chapa. No PSL, o nome forte para compor a chapa de Bolsonaro é o da advogada Janaina Paschoal, que participou da convenção ao lado do candidato a presidente.

O PSOL formou uma chapa puro sangue: Sônia Guajajara será a candidata a vice de Boulos. O partido, no entanto, disputará as eleições de outubro coligado com o PCB, que realizou convenção na última sexta-feira e aprovou a aliança. O PSTU optou por não fazer coligações. O vice de Vera Lúcia será Hertz Dias.

O PMN e o Avante realizaram ontem convenções nacionais e decidiram não lançar candidatos a Presidência da República. Na convenção, o Avante decidiu dar prioridade à eleição de deputados federais: terá uma chapa com cerca de 80 nomes e pretende eleger pelo menos cinco. O Avante não definiu se apoiará algum candidato a presidente no primeiro turno. O PMN decidiu dar apoio a nenhuma chapa nas eleições presidenciais.

No próximo sábado (28), devem reunir-se SD, PTB, PV, PSD e DC.

Vários partidos ainda precisam definir os candidatos aos cargos de presidente e vice-presidente da República ou que nomes irão apoiar no pleito de outubro. O prazo dado pelo Tribunal Superior Eleitoral para essas indicações termina no dia 30 de junho.

O primeiro partido a homologar o apoio foi o PDT, que irá defender a reeleição da presidente Dilma Rousseff. O PMDB também integrará a chapa e inclusive aprovou a continuidade de Michel Temer como candidato a vice-presidente.

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No sábado, outros quatro partidos lançaram a candidatura ao comando do Palácio do Planalto. O PSDB confirmou a candidatura do senador Aécio Neves (MG), mas ainda não definiu o nome do vice na chapa. O PV escolheu o médico sanitarista, Eduardo Jorge, de 64 anos, junto com Célia Sacramento – vice-prefeita de Salvador (BA). O PSC lançou o Pastor Everaldo, mas também não definiu o candidato à vice. Já o PSTU indicou José Maria de Almeida, o Zé Maria, à Presidência da República. A legenda escolheu ainda a professora e assistente social Cláudia Durans para a candidatura de vice-presidente.

A próxima convenção partidária nacional está marcada para sábado (21), quando o PT oficializará a candidatura de Dilma à reeleição. No domingo (22), o PSOL deve lançar o nome de Luciana Genro (RS), depois que o senador Randolfe Rodrigues (AP) desistiu da candidatura. Ambos os encontros serão realizados em Brasília.

No dia 25, será a vez do PP confirmar o apoio à reeleição de Dilma e Temer, embora alguns estados devam ser liberados para apoiar outras candidaturas, conforme o indicado nas convenções em cada unidade da federação. No Rio de Janeiro e Minas Gerais, por exemplo, o apoio será para Aécio Neves.

O PcdoB também vai oficializar o apoio ao atual governo no dia 27. Dilma deverá estar presente já que a convenção será realizada em Brasília.

No dia 28 de junho, o PSB deverá aprovar a candidatura do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e da ex-senadora Marina Silva, da Rede Sustentabilidade. O encontro, também na capital federal, será conjunto com PPS, Rede Sustentabilidade, PPL e PHS, que também apoiam a chapa Campos e Marina.

Com todas as candidaturas homologadas, os partidos políticos e coligações terão até o dia 5 de julho para pedir o registro dos candidatos às eleições de outubro.

O PDT aprovou por unanimidade o apoio a Dilma Rousseff para a campanha de reeleição à Presidência da República. Apesar das resistências de alguns integrantes da legenda, a aliança foi mantida, tendo como principais bandeiras as questões trabalhistas e a educação de qualidade e em tempo integral.

Pelo calendário eleitoral, esta terça-feira (10) é o primeiro dia para os partidos realizarem as convenções a fim de oficializarem as candidaturas e alianças para as eleições de outubro. O apoio ao PT já havia sido confirmado em abril, após uma reunião da Executiva Nacional da legenda com os presidentes dos 27 diretórios estaduais e os líderes do PDT na Câmara, no Senado e movimentos partidários.

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Aliança

Apesar de algumas discordâncias com o governo, os líderes do partido afirmaram que as propostas do PT são as que mais se aproximam da linha defendida pelos pedetistas. “O projeto de Dilma é o mais próximo do nosso. Temos causa e não colocamos questões pessoais acima dos interesses do Brasil. Nosso apoio é pensado, embora esteja na contramão do que as pessoas estão acostumadas a ver na política, pois temos uma opção histórica e não abrimos mão dela”, frisou o presidente do PDT, Carlos Lupi.

Segundo ele, o partido irá preparar um documento com propostas do partido para o governo, sendo a principal delas na área da educação. O PDT defende a ampliação do número de escolas que funcionem em horário integral e a federalização do ensino básico. “O nosso maior compromisso é um grande programa para auxiliar o governo com a educação. Uma educação que deixe o povo de pé, que faça o povo crescer. Em cada Estado da federação, nós vamos mostrar que o seu governo está vencendo, mas quer avancar mais”, disse.

Em discurso, Lupi criticou ainda os demais candidatos, refererindo-se a eles em vários momentos como “as pessoas da elite”. “Nao é fácil ter tantos desafios diários e conseguir enfrentar. Não é fácil encarar um setor de elite que se incomoda quando a maioria dos brasileiros comecou a aparecer. Durante um ano, nós debatemos com o Brasil todo. Temos a absoluta confiança de que a sua vitória, presidenta, será a vitória do povo brasileiro”, finalizou.

Presente no evento, Dilma afagou a legenda e exaltou a aliança. “O PDT para a minha aliança é fundamental. Nós, juntos, somos invencíveis. Separados somos fracos. Juntos, temos a capacidade de construir um Brasil cada vez mais próspero”, frisou a presidente, que estava acompanhada dos ministros da Casa Civil, Aloízio Mercadante, e da Previdência Social, Ricardo Berzoini, e do presidente do PT, Rui Falcão. Com um auditório lotado de dirigentes da sigla e de militantes, Dilma foi bastante aplaudida, mas puderam ser ouvidas algumas vaiais na chegada ao evento.

Um dos temas detacados nos discursos foi o crescimento na geração de emprego e renda. “Elevar o salário mínimo é uma conquista, porque vivemos num país que, durante muito tempo, a característica predominante era o arrocho salarial e o desemprego”, considerou Dilma. “Nesse processo, nós conseguimos umas das maiores reduções da desigualdade de renda do Brasil. A renda dos mais pobres cresceu 106%, enquanto a dos mais ricos cresceu 32 a 36%. Os mais pobres cresceram mais. Termos tirado 36 milhões da pobreza extrema e colocado 42 milhões para a classe média. Isso é só o começo”.

A educação também foi tema constante no discurso. “O Brasil precisa de educação de qualidade. Há um compromisso sólido do PDT com a educacao de tempo integral. Trabalhamos para que as nossas crianças tenham as mesmas oportunidades de aprendizado. Acho que nós todos aqui devemos nos orgulhar de ampliarmos o caminho de oportunidade, da creche ao ensino superior”.

Também nesta terça-feira, está sendo realizada a convenção nacional do PMDB, em um dos auditórios do Senado Federal. Nesta tarde, Dilma estará presente no evento, quando será oficializada a chapa com Michel Temer para a reeleição.

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