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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse há pouco em seu perfil no Twitter que irá se reunir nesta segunda-feira (8) com o Ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para tratar do projeto de autonomia do BC.

Menos de uma semana após ter sido indicado como novo relator do projeto, o deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) informou também pela rede social que já entregou à Câmara um parecer favorável à aprovação do texto. O parlamentar também irá participar do encontro, que ainda não teve o horário confirmado.

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Aprovada pelo Senado no ano passado, a autonomia operacional do BC - com mandatos fixos de quatro anos para o presidente e os diretores da instituição - é uma das prioridades da extensa agenda econômica acertada entre Guedes e Lira.

O texto já votado pelos senadores mantém a estabilidade de preços como objetivo central do Banco Central. A proposta inclui ainda duas novas metas acessórias, sem prejuízo à principal: suavizar as flutuações do nível de atividade econômica e fomentar o pleno emprego no País. O governo concordou com a redação da proposta do Senado, apesar de o BC ser historicamente contrário a ampliar o escopo da atuação.

O Senado aprovou, com 56 votos favoráveis e 12 contrários, o texto-base do projeto de autonomia do Banco Central. A medida é defendida por agentes do mercado financeiro e uma das bandeiras da equipe econômica do governo Jair Bolsonaro.

Após a votação do texto-base, os senadores vão analisar uma emenda apresentada pelo PT. O partido propõe quarentena de 12 meses para ex-diretores do BC assumirem cargos em instituições financeiras após deixarem o cargo - o texto aprovado prevê um prazo de seis meses.

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Além disso, a emenda do PT estabelece uma quarentena "para trás". Com base nessa regra, um diretor não poderia ser indicado se ocupasse no último ano cargos em empresas submetidas à regulação do Banco Central. A tendência no Senado é rejeitar a emenda e enviar o projeto para a Câmara dos Deputados.

Os separatistas do Iêmen anunciaram nesta quarta-feira (29) que renunciam à autonomia no sul do país e se declararam dispostos a colocar em prática um acordo de paz que prevê a divisão do poder nesta região.

O Conselho de Transição do Sul (STC) "anuncia que renuncia a sua declaração de autonomia" para permitir a aplicação do acordo de Riad, escreveu no Twitter o porta-voz do STC, Nizar Haitham, em referência ao compromisso estimulado por Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.

A Arábia Saudita confirmou que apresentou uma proposta de plano para "acelerar" a aplicação do acordo de Riad de 2019.

O plano prevê que o primeiro-ministro iemenita forme um novo governo nos próximos 30 dias e a nomeação de um governador para Aden, capital do sul do país, onde os separatistas estabeleceram sua base.

Os esforços da Arábia Saudita "levaram o governo iemenita e o STC a a aceitar o mecanismo proposto para aplicar o acordo de Riad", celebrou o vice-ministro saudita da Defesa, o príncipe Khalid bin Salman.

O consenso "mostra que é possível resolver as divergências no Iêmen por meio do diálogo, sem o uso da força", completou em uma mensagem no Twitter.

- Guerra dentro da guerra -

O presidente iemenita, Abd Rabo Mansur Hadi, exilado na Arábia Saudita, fez um apelo no fim de junho aos separatistas para "acabar com o derramamento de sangue" e garantir o respeito a um acordo de divisão do poder, em seu primeiro discurso público desde a declaração de autonomia do sul em abril.

O conflito entre o governo e os separatistas do STC, a princípio aliados contra os rebeldes huthis, representa uma guerra dentro da guerra do Iêmen.

O acordo de Riad foi assinado em novembro de 2019 e prevê uma divisão de poder no sul do Iêmen entre o governo e os separatistas. Mas os dispositivos praticamente não foram implementados.

No fim de junho, a coalizão militar liderada pela Arábia Saudita no Iêmen enviou observadores para monitorar o cumprimento do cessar-fogo decretado entre as forças pró-governo, apoiadas por esta aliança, e os combatentes separatistas, após confrontos no sul.

O conflito regional aumentou a complexidade da guerra que devasta o Iêmen há cinco anos e que provocou dezenas de milhares de mortes no país mais pobre da península arábica.

Uma guerra que levou o Iêmen a sofrer a pior crise humanitária mundial, segundo um relatório da ONU publicado recentemente, que menciona a pandemia do novo coronavírus como um agravante.

De acordo com o documento, que examina apenas as áreas do sul do Iêmen, o número de pessoas "que enfrentam níveis elevados de insegurança alimentar grave" deve passar de dois milhões em fevereiro-abril a 3,2 milhões em julho-dezembro, ou seja, um aumento de 60%.

A Advocacia-Geral da União (AGU) foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (14) pedir autonomia para decidir sobre a destinação de recursos relativos a restituições e multas de condenações ou acordos da Operação Lava Jato. O governo argumenta que não cabe ao Judiciário, provocado pelo Ministério Público Federal, fixar a aplicação das verbas sem a participação dos órgãos competentes para a execução orçamentária.

"A destinação desses valores cabe à União, desde que não haja vinculação legal expressa e ressalvado o direito de demais entidades lesadas", sustenta o advogado-geral da União, José Levi Mello.

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Na avaliação da AGU, não é adequado que o Ministério Público e o Poder Judiciário 'pretendam realizar atividade própria do Poder Executivo, que é a administração do orçamento público', sob risco de comprometer o princípio da separação dos Poderes ao avançarem em prerrogativa do governo federal.

"A admissão de que membros do Poder Judiciário possam, a requerimento do Ministério Público e sem a participação dos órgãos competentes para a execução orçamentária, conferir destinação discricionária a verbas oriundas de avenças celebradas no microssistema de combate à corrupção tem potencial para abalar significativamente o equilíbrio entre os poderes", escreveu José Levi.

A manifestação da AGU foi feita em uma ação conjunta apresentada pelo PT e PDT, em março do ao passado, para pedir que o Supremo interprete as leis Anticorrupção, das Organizações Criminosas e de Lavagem de Dinheiro de forma que impeça a procuradoria de gerir multas pagas por empresas que assinem acordos de leniência.

A oposição apresentou a ação depois que a força-tarefa da Lava Jato no Paraná propôs a criação de um fundo independente para financiar projetos de combate à corrupção com os bilhões obtidos em acordo extrajudicial firmado com a Petrobrás no exterior. A estatal chegou a depositar cerca de R$ 2,5 bilhões em uma conta vinculada à 13ª Vara Federal de Curitiba, seção responsável pela operação, em acordo homologado pela juíza federal Gabriela Hardt.

Diante da investigação de interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal e de acusações de uso político da corporação nas operações, ganhou força a discussão sobre a proposta de dar independência à PF ou mesmo de criar lista tríplice para escolher o novo diretor-geral. O tema, no entanto, não é consenso na corporação. Delegados defendem que a PF tenha autonomia financeira, orçamentária e administrativa, mas escrivães, papiloscopistas, peritos e agentes são contra a lista tríplice com voto apenas para delegados.

"Infelizmente, nós vamos viver assim enquanto não aprovar o mandato (para o chefe da PF)", afirmou o presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Evandir Felix Paiva, sobre especulações acerca de interferências do governo na corporação. "Ninguém é a favor, só os delegados", rebate Flávio Werneck, diretor jurídico da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), que representa todos os cargos da corporação.

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Ele diz que, com a crise após a saída de Sérgio Moro do Ministério da Justiça, os delegados passaram a criticar o fato de a nomeação do diretor-geral ser atribuição do presidente da República, sendo que isso foi uma conquista dos próprios delegados por meio da conversão em lei da MP 657, de 2014.

Werneck salienta que, 31 anos depois da promulgação da Constituição, a PF é uma dos poucos órgãos federais que ainda não tem a sua Lei Orgânica, estruturando a carreira e promoções. "Não existe nenhum meio meritocrático de chegar nos altos cargos", disse. A Fenapef defende autonomia investigativa, de modo que a equipe que começa uma investigação possa concluir sem ser substituída. Atualmente, a troca é prerrogativa da chefia da PF.

Autonomia. Especialistas em direito também apontam problemas com a defesa da autonomia administrativa e financeira da corporação. Argumentam que órgãos policiais não são e nem podem ser vistos como corpos autônomos no âmbito das funções estatais. "As polícias são um corpo armado do Estado. Então, é preciso que órgãos policiais tenham que prestar contas aos governos, que são democraticamente legitimados para o exercício do poder", disse o advogado criminalista Rogério Taffarello.

"Na absoluta maioria dos países, é assim que funciona. As polícias federais ficam sob o departamento que tem as atribuições do nosso Ministério da Justiça", acrescentou.

Ao anunciar a saída do cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro citou os ex-presidentes Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, alvos da Operação Lava Jato e principais adversários políticos do presidente Jair Bolsonaro, por terem garantido a autonomia da Polícia Federal em suas gestões.

"Imagina se, durante a própria Lava Jato, o ministro, diretor-geral, a então presidente Dilma (Rousseff), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ficassem ligando para a Superintendência de Curitiba para colher informações?", comparou.

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Moro acusou Bolsonaro, nesta sexta-feira, de tentar interferir politicamente no comando da Polícia Federal para obter acesso a informações sigilosas e relatórios de inteligência da instituição.

"É certo que o governo da época (do PT) tinha inúmeros defeitos, aqueles crimes gigantescos de corrupção que aconteceram naquela época. Mas foi fundamental a manutenção da autonomia da PF para que fosse possível realizar esse trabalho", disse Moro no pronunciamento.

"Seja de bom grado ou seja pela pressão da sociedade, essa autonomia foi mantida e isso permitiu que os resultados fossem alcançados. Isso é até um ilustrativo da importância de garantir Estado de direito, rule of law, autonomia das instituições de controle e de investigação", destacou.

STF

No pronunciamento, Moro também negou que tenha aceitado largar a carreira na magistratura, em 2018, para assumir o Ministério da Justiça em troca de uma posterior indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF). "Na ocasião, foi dado equivocadamente que teria sido colocada como condição para eu assumir uma nomeação ao Supremo Tribunal Federal. Nunca houve isso, até porque não seria o caso de eu assumir um cargo de ministro da Justiça pensando em outro", afirmou.

Moro diz que colocou uma condição a Bolsonaro para que assumisse o cargo. "Se algo me acontecesse, uma pensão para a minha família." Ao concluir a sua fala, Moro afirmou que "estará à disposição do País para ajudar no que quer que seja".

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira, 15, por unanimidade, que Estados e municípios têm autonomia para regulamentar medidas de isolamento social. O caso foi apresentado pelo PDT após o governo baixar a Medida Provisória 926, que restringia a ação de governadores em tomar ações preventivas ao novo coronavírus.

Votaram a favor da autonomia dos entes federativos os ministros Marco Aurélio Mello, Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Rosa Weber, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e o presidente da Corte, ministro Dias Toffoli. Celso de Mello e Luis Roberto Barroso não votaram.

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A ação questionava trechos da MP 926 que deixavam a cargo da União a definição de quais serviços essenciais deveriam ficar abertos, independente de medidas de isolamento adotadas por governadores e prefeitos.

Apesar de considerarem a medida provisória constitucional, os ministros decidiram que ela não deve centralizar a tomada de decisões sobre isolamento social na União.

No entendimento da Corte, o governo federal somente poderia definir como serviços essenciais as atividades de interesse nacional. Fora disso, cabe aos Estados e municípios regulamentarem quais serviços que podem parar dentro de seus territórios.

Os parlamentares presentes nesta terça-feira, 11, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado pediram vista coletiva para o relatório que trata de duas emendas ao projeto de lei complementar (PLP) nº 19, que trata da autonomia do Banco Central. A vista coletiva foi concedida, o que adiou a votação.

As emendas haviam sido apresentadas pelos senadores Eduardo Braga (MDB-AM) e Tasso Jereissati (PSDB-CE). Nos dois casos, a intenção era estabelecer um mandato duplo para o Banco Central: controle da inflação e crescimento da economia.

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Na abertura dos trabalhos da CAE, o senador Telmário Mota (PROS-RR) emitiu parecer contrário às duas emendas. Em sua argumentação, Mota afirmou que "a literatura e a experiência internacional demonstram que a melhor maneira de qualquer BC contribuir para o crescimento econômico e o emprego é manter a inflação baixa, estável e previsível".

Apesar de haver quórum para votação na sessão desta terça da CAE, os senadores pediram vista do relatório, após iniciativa do senador Tasso Jereissati. A expectativa é de que a questão seja recolocada em discussão na próxima terça-feira.

O texto-base da proposta já havia sido aprovado na CAE em novembro do ano passado.

Câmara

O PLP nº 19 foi apresentado no ano passado pelo senador Plínio Valério (PSDB-AM). A proposta, que trata da autonomia do Banco Central, está sob a relatoria do senador Telmário Mota. O projeto estabelece mandato de quatro anos para os dirigentes do BC.

Embora a autonomia seja uma bandeira histórica do BC, a autarquia defende a aprovação de um projeto que está na Câmara e que foi apensado ao PLP nº 200. A proposta foi apresentada no ano passado pelo próprio governo federal.

A visão do governo e do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), é de que, juridicamente, a questão de autonomia precisa ser discutida por iniciativa do próprio Executivo. Por isso, a preferência é pelo texto que está na Câmara, apresentado pelo Executivo, e não pela proposta que tramita atualmente no Senado, apresentada por iniciativa de Plínio Valério.

Como é comum em questões-chave para a área econômica, Câmara e Senado estão disputando, cada um com sua proposta de preferência, quem vai liderar no Congresso as discussões sobre a autonomia do BC.

O governo da Índia anunciou nesta segunda-feira (5) a revogação da autonomia constitucional da Caxemira, uma decisão explosiva na região que é cenário de uma insurreição separatista e cujo território é reivindicado pelo Paquistão. Pouco depois, o governo paquistanês reagiu e chamou a decisão de "ilegal".

As autoridades nacionalistas hindus apresentaram um decreto presidencial que suprime o estatuto especial do Estado de Jammu e Caxemira (norte), que estava garantido pela Constituição indiana.

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O ministro do Interior, Amit Shah, anunciou a medida no Parlamento, o que provocou a revolta da bancada da oposição. "O decreto presidencial entra em vigor imediatamente e substitui de modo imediato" os artigos constitucionais relativos a Jammu e Caxemira, especialmente o 370, afirma o texto divulgado pelo governo.

O Artigo 370 da Constituição indiana concedia estatuto especial ao Estado de Jammu e Caxemira e autorizava o governo central de Nova Délhi a legislar apenas nas áreas de Defesa, Relações Exteriores e Comunicação nesta região. Os demais setores dependiam da Assembleia Legislativa local.

O governo do Paquistão chamou de "ilegal" a decisão da Índia de revogar a autonomia constitucional da Caxemira. "O Paquistão condena fortemente e rejeita o anúncio" feito nesta segunda-feira pelo governo indiano, afirma o Ministério das Relações Exteriores em um comunicado.

"Nenhuma medida unilateral do governo indiano pode modificar este estatuto contestado", completa o texto. "Como parte desta divergência internacional, o Paquistão fará tudo o que estiver a seu alcance para contra-atacar as medidas ilegais."

Índia e Paquistão disputam o controle da Caxemira desde a divisão do subcontinente em 1947, região que também é palco desde os anos 1990 de um movimento insurgente separatista. Cerca de 70 mil pessoas, a maioria civis, morreram nos últimos 30 anos, de acordo com organizações que monitoram a situação. (Com agências internacionais)

Em entrevista à GloboNews nesta quarta-feira, 17, o ministro da Economia, Paulo Guedes, negou que tenha tido sua autonomia atingida por decisões do governo de Jair Bolsonaro, "nem no episódio do petróleo", se referindo à interferência do presidente no reajuste do preço do diesel que havia sido anunciado pela Petrobras na semana passada. "Não posso me queixar, o presidente tem me dado apoio", afirmou.

Para Guedes, o caso do diesel deixou uma lição sobre a necessidade de se ter clareza e transparência nos preços-chave da economia. Nesse sentido, ele afirmou que o pedido de esclarecimento de Bolsonaro sobre a alta do diesel - que acabou sendo anunciada nesta quarta - foi legítimo.

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O ministro comentou ainda que o pacote de medidas anunciado para caminheiros compreende as principais demandas da classe levadas ao governo. "O diesel era a 12ª preocupação (dos caminhoneiros)", disse.

O projeto de autonomia do Banco Central, que está pronto para ser enviado ao plenário da Câmara, deixa uma brecha para que o presidente da República possa demitir o presidente e todos os oito diretores da autarquia, ainda que eles estejam no período de cumprimento do mandato. Isso é possível caso haja "desempenho insuficiente" das autoridades em suas funções. Na prática, o projeto de autonomia não assegura que os dirigentes vão, de fato, cumprir o mandato até o fim.

Relatado pelo deputado federal Celso Maldaner (MDB-SC), a proposta prevê mandatos fixos de quatro anos para o presidente e os diretores do BC. Cada autoridade poderá ser reconduzida ao cargo por uma única vez. Estes mandatos começarão em momentos diferentes, para evitar mudanças radicais na cúpula da autarquia. O objetivo é evitar que, em momentos de transição na Presidência da República, o BC também passe por mudanças intensas, o que é um risco para o controle da inflação e para o câmbio.

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Outra novidade é que, durante o cumprimento do mandato, o presidente do BC e os oito diretores somente poderão ser exonerados em situações específicas. Hoje, o presidente da República pode exonerar o presidente do BC ou os diretores quando quiser.

Entre as situações previstas no projeto, a exoneração poderá ocorrer a pedido do dirigente do BC, no caso de uma enfermidade incapacitante ou se o titular do cargo for condenado na Justiça, em segunda instância. Se o dirigente cometer infração funcional de natureza grave ele também poderá ser demitido.

O projeto relatado por Maldaner, no entanto, prevê uma quinta situação em que o presidente do BC e os diretores poderão ser exonerados: se eles apresentarem "comprovado e recorrente desempenho insuficiente" para alcançar os objetivos do BC. Os dois objetivos básicos do BC são controlar a inflação) e zelar pela estabilidade financeira.

Pela dinâmica atual, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixa a meta de inflação,e o BC atua para que o objetivo seja alcançado. Este ano, por exemplo, a meta de inflação fixada estabelecida pelo CMN e perseguida pelo BC é de 4,5%.

"Pode ser que, levando-se em conta a meta fixada pelo CMN e as diretrizes do presidente da República, em dado momento, entenda-se que toda ou parte da diretoria do BC esteja com desempenho insuficiente para que o objetivo seja alcançado. Então, tem-se aí, sim, uma hipótese que permitiria a interrupção do mandato", confirma uma fonte ouvida.

Depósitos

O projeto também abre espaço para a autarquia receber depósitos remunerados de instituições financeiras, em substituição às chamadas operações compromissadas. Com isso, o BC poderá contribuir para conter a dívida bruta do País.

Na prática, isso significa que o BC poderá receber depósitos dos bancos, que serão remunerados. Com isso, a instituição poderá reduzir as chamadas operações compromissadas - feitas para enxugar o excesso de dinheiro em circulação. Atualmente, por meio das compromissadas, o BC retira recursos do sistema e, em troca, entrega aos bancos títulos do Tesouro, com o compromisso de recomprá-los no futuro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, está, no início da tarde desta quarta-feira, 7, na Câmara dos Deputados, participando de uma reunião de líderes da Casa com o presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ). O BC não confirmou ainda a participação de Ilan na reunião, mas fontes na Câmara confirmaram a sua presença.

A expectativa é que Ilan trate do projeto sobre a independência do BC.

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Além disso, os parlamentares discutem a Medida Provisória sobre o Rota 2030 e o projeto que trata sobre indisponibilidade de ativos de quem for considerado terrorista pela ONU.

A visita de Ilan não estava na agenda oficial do dia.

A empresa de transportes Uber começará a vender seus sistemas de condução autônoma a empresas externas, informou nesta sexta-feira (16) o jornal econômico japonês "Nikkei".

Segundo a publicação, a primeira interessada na tecnologia é a Toyota, que a já está negociando com a Uber para implantar o sistema em uma minivan. A tecnologia de condução autônoma processa centralmente dados de câmeras, sensores, além de possuir uma técnica de sensoriamento remoto que mede distâncias usando um circuito à laser.

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No mercado de carros autônomos, a Uber está competindo com o Waymo, o ramo automotivo do Google, que busca desenvolver novas tecnologias para inovar no setor automobilístico. A empresa já possui acordos com a Volvo e a Daimler.

Da Ansa

Abdallah observa, em um hospital jordaniano, uma prótese impressa em 3D que devolve a esperança a muitos sírios e iraquianos amputados por causa da guerra.

Este soldado iraquiano de 22 anos perdeu a mão esquerda e ficou gravemente ferido na direita em 2016, na explosão de uma mina durante os combates contra o grupo Estado Islâmico (EI) em Mossul.

"Não é fácil substituir uma mão, mas a prótese é a melhor solução (...), me devolve uma certa autonomia", diz Abdallah (nome fictício). "Não precisarei mais depender da ajuda do meu irmão para me alimentar". Abdallah é um paciente do hospital Al Mowasa, administrado pela Médicos Sem Fronteiras (MSF) em Amã.

A impressão 3D permite produzir próteses a um melhor preço e sob medida, segundo os artífices do projeto que cria e fabrica próteses passivas, ou seja, sem partes móveis. Vestido com calça jeans e camisa verde, Abdallah conta que depois da explosão foi trasladado a um hospital de Erbil (Curdistão iraquiano), antes de ser enviado a Jordânia para obter uma prótese impressa em 3D.

"Agora estou melhor", assegura à AFP com um sorriso. "Espero que operem minha mão direita e conseguir outra prótese que me permita mover a esquerda". Uma equipe especializada do projeto Próteses 3D da Fundação MSF se instalou na Jordânia há um ano e recebe pacientes desde junho, sobretudo vítimas das guerras no Iraque, Síria e Iêmen.

"A maioria de nossos pacientes tem um braço amputado abaixo do cotovelo", explica Pierre Moreau, coordenador do projeto Próteses 3D em Amã, que assegura que recebeu dezenas de solicitações de próteses. O procedimento começa com um balanço clínico seguido de um exame para fazer uma imagem 3D da extremidade do membro amputado.

Um programa informático de modelização concebe depois o encaixe e a prótese, antes de imprimi-lo em 3D através da sobreposição de camadas de plástico ou outro material, explica em seu site a Fundação MSF. O projeto Próteses 3D trabalha com um laboratório digital na Jordânia.

'Necessidades do paciente'

Segundo Pierre Moreau, o projeto Próteses 3D em Amã permitiu tratar 15 pacientes (cinco sírios, dois iraquianos, dois iemenitas, dois palestinos e quatro jordanianos). "Escolhemos a Jordânia porque dispomos de um dos maiores e melhor equipados hospitais, o reino é um país estável na região e por isso podemos acolher pacientes da Síria, Iraque e Iêmen", explica.

Estas próteses "são menos caras e mais leves" que as tradicionais, cujo preço pode chegar a milhares de dólares. Custam entre 20 e 50 dólares e são concebidas de forma individual "segundo as necessidades do paciente", acrescenta.

Ibrahim al Mahamid é natural de Deraa, uma cidade rebelde do sul da Síria. Este ex-taxista de 33 anos perdeu a mão esquerda em um bombardeio em 2013 e está sendo tratado pela MSF. "A nova próteses me devolveu a esperança de poder retomar meu trabalho e assumir as responsabilidades familiares", afirma este pai de família que desde 2014 vive na Jordânia.

O projeto da MSF também beneficia as pessoas com doenças congênitas, como a pequena Acile Abou Ayada, que nasceu sem a mão direita. Uma mão artificial proporcionada pela MSF permitiu a esta menina de sete anos "ir ao colégio e inclusive fazer esboços", explica seu pai, Rauhi, de 32 anos, na casa da família no campo de refugiados palestinos de Jerash, um dos mais pobres da Jordânia. Acile gosta de brincar e de pintar as unhas. Agora pode fazer isso sozinha nas duas mãos.

O presidente Michel Temer (PMDB) disse nesta quarta-feira (15) que, embora veja pessoas preocupadas "com o que vem acontecendo no Brasil", as instituições seguem funcionando com "tranquilidade e independência" no País. Ao falar das pressões que sua gestão enfrenta, nesses 16 meses em que está à frente do Palácio do Planalto, o peemedebista frisou: "a caravana passou tranquilamente, mesmo com tentativas de paralisar nosso governo."

Na visita que faz a Itu, interior paulista, no feriado da Proclamação da República, Temer salientou que seu governo reforçou a autonomia dos Estados e socorreu municípios em dificuldade fiscal com a distribuição de parte da multa obtida no programa de repatriação de recursos depositados ilegalmente no exterior.

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O presidente aproveitou ainda para defender a reforma federativa para que Estados e municípios tenham não apenas maior autonomia, mas também mais recursos em seus caixas.

Temer fez o discurso durante a cerimônia de entrega do título de cidadão ituano ao advogado José Eduardo Bandeira Mello. Amigo de Temer, o homenageado afirmou em seu discurso que nunca um presidente foi tão traído quanto o peemedebista.

Após lembrar da aprovação do novo regime fiscal que estabeleceu um teto aos gastos públicos, Bandeira Mello considerou que Temer mexeu em "vespeiros e maribondos com venenos poderosos" ao realizar a reforma trabalhista e liquidar um "criadouro de pelegos", referindo-se ao fim do imposto sindical. "O presidente Temer não está buscando aplausos da população, mas sim o que o País precisa. Quem pensa assim não é um político mas sim um estadista". O governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), também participou do evento.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, manifestou-se hoje (7) contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 412/09, que pretende dar autonomia funcional e administrativa à Polícia Federal (PF), órgão atualmente subordinado ao Ministério da Justiça.

Nesta terça-feira, o Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF) aprovou o envio de uma comunicação à Câmara em desaprovação à proposta. Para Dodge, há “uma situação clara em que um quinto poder ressurgiria desse modelo constitucional se essa PEC vier a ser aprovada, um modelo em que um desses poderes teria a força e certamente a força armada”.

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Dodge afirmou que a autonomia da PF teria o potencial de ameaçar o próprio Estado Democrático de Direito como conhecido no Brasil.

“A proposta, como enfatizado aqui [no Conselho], ela tem essa gravidade de alterar o modelo do Estado que temos. Parece simples a fórmula de autonomia funcional e administrativa, mas ela atinge o que há de mais essencial no modelo de separação de Poderes e no modelo de freios e contrapesos”, disse a procuradora-geral da República durante a sessão do CSMPF.

A PEC 412/09 tem dividido opiniões ao longo dos anos, mas a defesa por sua aprovação ganhou impulso desde o início da Operação Lava Jato. O relator da proposta na Câmara, deputado João Campos (PRB-GO), apresentou parecer favorável à sua aprovação, argumentando que o Ministério Público e a Defensoria Pública já possuem a mesma autonomia pleiteada para a PF. “Logo, garantir a autonomia funcional, administrativa e orçamentária à Policia Federal significa dar tratamento paritário a essa instituição”, escreveu o deputado em seu parecer.

O projeto tem origem em uma iniciativa da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), com a justificativa de afastar interferências políticas e garantir a autonomia de investigações.

Outras categorias de servidores da PF – como agentes, escrivães, papiloscopistas e outros – criticam a PEC, que dizem promover uma falsa autonomia ao órgão, atendendo a demandas específicas da classe dos delegados, aumentando o poder desses sobre as demais carreiras. 

Atualmente, o parecer do deputado João Campos pela aprovação da PEC 412 encontra-se pronto para ser votado na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.

O governo da Espanha anunciou nesta quinta-feira (19) que ativará o artigo 155 da Constituição, que dá a Madri o poder de intervir na administração da Catalunha e suspender sua autonomia.

O primeiro-ministro Mariano Rajoy deu por não respondida a carta enviada na semana passada ao presidente da comunidade autônoma, Carles Puigdemont, na qual era questionado se a região havia de fato declarado sua independência.

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"Que ninguém duvide que o governo usará todos os meios a seu alcance para restaurar a legalidade e frear a deterioração econômica que os responsáveis pela Generalitat [o governo catalão] provocam na Catalunha", declarou o porta-voz de Rajoy, Iñigo Méndez de Vigo.

No próximo sábado (21), haverá uma reunião extraordinária do Conselho dos Ministros para confirmar a aplicação do artigo 155, um fato inédito na democracia espanhola. Esse trecho da Constituição autoriza Madri a adotar as "medidas necessárias" para forçar uma comunidade autônoma a respeitar a lei - Rajoy defende que o plebiscito de 1º de outubro é ilegal.

Com isso, a Espanha poderá assumir o controle das finanças da Catalunha, destituir seus dirigentes e até dissolver o Parlamento regional, convocando novas eleições. Para aplicar o artigo 155, Rajoy precisará do aval do Senado, onde o governo tem ampla maioria. A previsão é que a Câmara Alta aprove a intervenção até o fim da semana que vem.

Carta

Em sua carta a Rajoy, enviada pouco antes do fim do prazo estipulado pelo governo da Espanha, Puigdemont reafirma que decidiu suspender os efeitos do plebiscito de 1º de outubro, quando mais de 90% dos eleitores disseram "sim" à independência, para dar oportunidade ao "diálogo".

"Essa suspensão continua vigente. A decisão de aplicar o artigo 155 corresponde ao Governo do Estado, com prévia autorização do Senado. Apesar de todos esses esforços e nossa vontade de diálogo, que a única resposta seja a suspensão da autonomia indica que não se está consciente do problema e não se quer conversar", diz a carta do presidente catalão.

Segundo ele, se Madri persistir nessa postura e "continuar a repressão", o Parlamento da Catalunha "poderá proceder, se o achar oportuno, para votar a declaração formal de independência".

O Partido Democrático Europeu Catalão (PDeCAT), principal legenda da base de apoio a Puigdemont, também já pediu o prosseguimento da declaração de independência em caso de aplicação do artigo 155.

Até o momento, a Espanha recusou todas as ofertas de negociação feitas pela Catalunha por questionar a legalidade do plebiscito. A postura do gabinete de Rajoy foi reforçada pelo pronunciamento feito pelo rei Felipe VI após a votação, quando o monarca defendeu as ações do Estado para evitar a secessão.

O primeiro-ministro se encontra atualmente em Bruxelas, onde participará de uma reunião do Conselho Europeu, principal órgão político da União Europeia.

As universidades federais vão buscar o diálogo com os ministérios da Educação (MEC) e do Planejamento e outros órgãos do governo para solucionar questões pendentes e avançar na autonomia das instituições de ensino. O tema foi debatido hoje (20) no seminário As Prerrogativas da Autonomia Universitária, que a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais e Ensino Superior (Andifes) promoveu na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Segundo a presidente da Andifes, Ângela Paiva Cruz, que é reitora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), as discussões sobre autonomia universitária se intensificaram a partir do segundo semestre do ano passado, sempre buscando a parceria de órgãos como a Controladoria-Geral da União (CGU),o  Tribunal de Contas da União (TCU), a Advocacia-Geral da União (AGU e o MEC.

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“É o momento de a gente refletir sobre autonomia e as nossas relações, que são sempre construtivas, e esperamos que continue assim a nossa luta, com os organismos de controle que têm que ajudar a universidade na construção e no aperfeiçoamento da democracia no Brasil”.

Ângela Cruz destacou que a questão da autonomia universitária voltou à discussão porque houve um mal-entendido de que as universidades estariam promovendo atos político-partidários. Segundo ela, as universidades são o “local natural do debate, da discussão, do embate de ideias” e que, portanto, receberam ao longo do ano passado diversos eventos sobre questões que afetam o ensino e o serviço público nacional, como a reestruturação do ensino médio, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do teto de gastos públicos e o programa Escola Sem Partido.

“Isso norteou algumas discussões e em alguns momentos de tensão esses movimentos foram compreendidos como um excesso por parte da universidade na sua função ou de seus dirigentes ou de seus conselhos. Então, pautar a questão da autonomia da universidade é nesse contexto de discutir o seu papel, a sua missão e as condições que ela precisa para isso”.

No mês passado, o Ministério Público Federal entrou com ação contra o reitor da UFRJ, Roberto Leher, e a presidente do Centro Acadêmico de Engenharia da UFRJ, Thais Rachel George Zacharia, por prática de improbidade administrativa por terem promovido “atos de caráter político-partidário” dentro da universidade. Leher, que participou do seminário hoje, rebate a acusação e afirma que “setores do Ministério Público Federal” vem “invadindo a esfera da autonomia da universidade” em temas como a liberdade de pensamento e a liberdade de expressão.

“Estou me referindo não apenas ao meu caso, que por nós termos realizado um ato de reflexão sobre a democracia e os direitos sociais, nós fomos acusados de fazer mal uso dos recursos públicos. Obviamente nós recusamos esse tipo de investida porque ela afronta a autonomia. Nós propusemos uma mesa em que os diversos aspectos da autonomia pudessem ser examinados sob o ponto de vista essencialmente jurídicos”. 

Segundo Ângela Cruz, a Andifes identificou outros casos de intervenção. “O caso da UFRJ pareceu uma confusão, uma certa linha tênue e difusa entre uma ação político-partidária por parte do movimento dos estudantes ou do próprio reitor, em contraposição a essa liberdade de expressão e a autonomia que a universidade goza, e tem que ter mesmo, para que todas as ideias aqui sejam discutidas”.

Apoio à Uerj

A Andifes promoveu hoje também ato de apoio à Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), que enfrenta grave crise financeira.

Durante o ato, a presidente da Andifes, Ângela Cruz, ressaltou que as universidades estaduais têm cumprido um papel importante na oferta de vagas na educação superior. “Nós passamos um pouco dos 10%; a maior parte dessa oferta se dá no setor privado e entendemos que os jovens brasileiros precisam dessa oportunidade. Pela sua situação econômica de vulnerabilidade social, precisam de um percentual maior de vagas no setor público”, disse no ato, realizado na Uerj.

Ela disse que as entidades ligadas à Andifes buscarão diálogo para ajudar a Uerj. 

Segundo o reitor da UFRJ, Roberto Leher, a Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF) e a Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (UEZO) também foram atingidas pela crise econômica do estado, o que pode ser “o prelúdio de uma triste história das universidades brasileiras” e também destacou que 66% dos estudantes em universidades públicas vêm de classes mais baixas, com renda familiar de um salário mínimo e meio. 

O reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), João Carlos Salles Pires da Silva, disse que o ato demonstra a necessidade do comprometimento do Estado, em nível federal ou estadual, com as garantias da oferta de um ensino de qualidade. “Mais do que defender uma instituição como a Uerj, pela sua história, pelas pessoas, nós estamos defendendo um princípio que é associado à história do nosso país e à importância da inclusão de uma parcela cada vez mais significativa no ensino superior de qualidade”.

O reitor da Uerj, Ruy Garcia Marques, disse que a crise enfrentada pela instituição está “totalmente dependente” da situação de calamidade pública do estado do Rio de Janeiro. Ele prevê  uma solução somente em médio prazo. “Creio que a gente possa, até meados do ano, já começar a ver alguma modificação positiva no nosso cenário”, acrescentando que a própria universidade terá de contribuir, reduzindo custos. 

Por causa da falta de recursos, a universidade adiou o início das aulas e suspendeu atividades e pesquisas.

Os coordenadores dos locais de prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) terão autonomia para suspender a avaliação, informou o ministro da Educação Mendonça Filho, nesta sexta-feira (4). Em Brasília, Mendonça disse que forças de segurança estão preparadas para garantir a tranquilidade dos candidatos, porém, caso ocorram atos que possam atrapalhar o andamento da prova, o ministro deixou os coordenadores livres para suspenderem o Exame.

Questionado sobre a possibilidade de acontecerem protestos e usos de carros de som, o ministro explicou que os coordenadores avaliarão se essas situações atrapalharão ou não o andamento da prova. Ele ainda prometeu conversar com os coordenadores para alinhar os planos de segurança. “Situações vão ser avaliadas por cada coordenador, para que ele tenha certeza que a segurança da prova seja garantida. No caso de problemas, a recomendação é suspender a prova”, declarou o ministro da Educação.

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A presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Maria Inês Fini, reforçou a autonomia que os coordenadores de prédios terão. “Nossa orientação é para que eles nos informem em relação à segurança dos candidatos. Eles terão autonomia para comunicar o adiamento da prova”, informou a presidente do Inep. 

Para quem não teve a prova adiada, o Enem será realizado neste sábado (5) e no domingo (6). Já os candidatos que tiveram o Exame adiado responderão aos quesitos em 3 e 4 de dezembro. Mais de 8 milhões de pessoas estão inscritas para o Enem 2016.  

Para aqueles que adoram jogar ou ver vídeos no smartphone, uma boa autonomia pode ser questão de sobrevivência. Pensando nisso, a Samsung lançou nesta semana um aparelho com a maior capacidade de carga dos que estão à venda no Brasil. O Galaxy A9 possui uma impressionante bateria de 5.000 mAh. O telefone já está sendo vendido peço preço oficial de R$ 2.799 nas lojas físicas e virtuais.

O smartphone possui capacidade de uso de até 20 horas de navegação pela rede 4G com uma única carga, ou até 26 horas de reprodução de vídeos. Outras configurações do Galaxy A9 incluem tela Full HD de 6 polegadas, câmera principal de 16 megapixels e frontal de 8 megapixels, além de sensor biométrico, processador Snapdragon 652 octa-core e 4 GB de memória RAM.

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Graças ao sensor biométrico, o aparelho é compatível com o sistema de pagamentos Samsung Pay. Além das especificações acima da média, o Galaxy A9 traz suporte para redes 4G e capacidade para dois chips. O armazenamento de 32 GB pode ser expandido para até 256 GB através de um cartão microSD. Ele sai da caixa rodando o Android 6.0 Marshmallow.

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