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O presidente da Síria, Bashar Assad, fez uma rara aparição pública neste sábado, participando de orações em uma mesquita da capital do país, Damasco, marcando o início do importante feriado muçulmano de Eid al-Adha, enquanto uma ofensiva do Estado Islâmico perto da fronteira com a Turquia se intensificava.

A televisão estatal síria exibiu imagens de Assad orando na mesquita al-Numan Bin Bashir, junto com funcionários do governo e o grão-mufti do país, Ahmad Badreddine Hassoun. Muçulmanos pelo mundo iniciaram a celebração do feriado de três dias neste sábado.

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Assad vinha fazendo raras aparições públicas em meio à guerra civil no país, que já matou mais de 190 mil pessoas, segundo cálculos de ativistas. A última vez que ele apareceu em público foi em julho, quando participou de orações durante o feriado de Eid al-Fitr, que marca o fim do Ramadã, mês considerado sagrado pelos muçulmanos.

No norte do país, intensos combates continuaram nos arredores da cidade de Kobani. Combatentes do Estado Islâmico estão tentando capturar a cidade para abrir uma ligação direta entre suas posições em Alepo e o reduto de Raqqa, no leste do país.

Kobani e arredores estão sob ataque desde meados de setembro, com militantes capturando dezenas de aldeias curdas próximas. Após os ataques, que obrigaram cerca de 160 mil sírios a fugir, milícias curdas lutam para repelir o avanço dos militantes nos arredores da cidade, também conhecida como Ayn Arab. Fonte: Associated Press.

Bashar Assad assumiu nesta quarta-feira seu terceiro mandado como presidente da Síria após as eleições realizadas em junho. A cerimônia, que foi transmitida pela televisão estatal síria, começou com imagens de Assad saindo de um sedan preto e andando pelo tapete vermelho do auditório do palácio presidencial, enquanto era tocado o hino nacional e unidades das Forças Armadas o saudavam.

No momento em que Assad entrou no auditório, as pessoas que estavam no local se levantaram e aplaudiram com entusiasmo. Dentre os presentes estavam ministros, membros do Parlamento, embaixadores, líderes religiosos, soldados feridos e famílias de mortos durante confrontos.

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Assad então subiu ao palco onde o presidente do Parlamento, Mohammad Jihad al-Lahham, deu sequência ao juramento do cargo. Com a mão direita sobre o Corão, o livro sagrado muçulmano, Assad prometeu "respeitar as instituições do país, suas leis e o sistema republicano para garantir os interesses do povo e suas liberdades".

O presidente fez então seu discurso de posse, quando zombou de todos aqueles que apostaram que ele e seu regime seriam derrubados quando teve início o levante, em março de 2011.

Assad afirmou que a "máscara da liberdade e da revolução" caiu e declarou a "morte" dos chamados levantes da Primavera Árabe, que se abateram sobre Egito, Líbia, Síria e Tunísia entre outros países, mais de três anos atrás.

"Eles fracassaram em convencer vocês de que se importam com os interesses do povo e seus direitos, eles fracassaram em fazer com que vocês sintam que precisam de guardiães para gerenciar seus assuntos e os de seu país", disse Assad. "Eles fracassaram final e definitivamente em fazer uma lavagem cerebral e em romper suas vontades."

Desde meados de 2013 o regime sírio tem conseguido retomar territórios estratégicos de rebeldes no centro e norte do país com a ajuda de seus principais aliados regionais, o Irã e o grupo libanês Hezbollah, que recebe apoio iraniano.

Isso abriu caminho para que Assad, que assumiu o poder em 2000, após a morte de seu pai Hafez al-Assad, assegurasse um terceiro mandato nas eleições realizadas no mês passado em áreas controladas pelo regime. Autoridades sírias elogiaram as eleições como históricas, enquanto oponentes do presidente tanto dentro quanto fora do país as descreveram como uma fraude.

Em seu discurso nesta quarta-feira, Assad se recusou a caracterizar o conflito no país como uma guerra civil, repetindo afirmações anteriores de que se trata de uma conspiração apoiada por estrangeiros para enfraquecer e destruir a Síria. Fonte: Dow Jones Newswires.

Uma enxurrada de morteiros atingiu áreas controladas pelo governo na cidade de Idlib, no norte da Síria, nesta segunda-feira (30), matando 14 pessoas e ferindo pelo menos 50, informou a mídia estatal síria.

Idlib é uma capital provincial no noroeste da Síria e está sob o controle das tropas do presidente Bashar Assad desde o começo do conflito sírio, em março de 2011. Os rebeldes que tentam derrubar o governo de Assad controlam as áreas em torno da cidade. Eles estão sitiando Idlib há mais de dois anos, disparando morteiros contra as áreas controladas pelo governo e entrando em confronto com tropas de Assad nos arredores da cidade.

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A agência de notícias estatal Sana informou que morteiros caíram em várias partes de Idlib na segunda-feira à tarde, incluindo uma área residencial e um mercado. Segundo a TV estatal, crianças estavam entre os mortos, e pelo menos 50 pessoas ficaram feridas. Nenhum grupo assumiu imediatamente a responsabilidade pelos ataques.

Também nesta segunda-feira ativistas relataram confrontos pesados entre várias facções rebeldes sírias e o Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) pelo controle de uma passagem de fronteira com o Iraque no leste da Síria. Fonte: Associated Press.

Helicópteros do exército sírio lançaram barris carregados de explosivos sobre áreas dominadas pelos rebeldes ao noroeste da cidade de Alepo matando aos menos 23 pessoas. Uma família morreu queimada dentro de um carro, durante o ataque aéreo. No ataque promovido pelas forças sírias do governo de Bashar Assad neste sábado, 13 pessoas morreram na região de al-Bab, em Alepo, informaram ativistas do Observatório Sírio de Direitos Humanos.

As explosões atingiram prédios e um caminhão de combustível estacionado próximo a vários veículos, incluindo o carro onde oito pessoas de uma mesma família morreram queimadas. Outras explosões de barris em Alepo mataram três pessoas que estavam próximas a uma mesquita, sete em Ansari e outras sete em um ataque suicida orquestrado pelo Estado Islâmico próximo a uma brigada islâmica rival.

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O bombardeio a Alepo ocorre no momento em que as forças do governo sírio tentam retomar a cidade, dividida entre áreas do governo e da oposição, desde meados de 2012. O conflito na Síria já matou mais de 136 mil pessoas, segundo a última estimativa do Observatório Sírio. A guerra também foi responsável pela saída forçada de um terço da população da Síria, estimada em 23 milhões antes da guerra. Fonte: Associated Press.

As tensas negociações entre governo e oposição sírios, que se concentram na transferência de poder e na ajuda a partes sitiadas da cidade de Homs, região central da Síria, em Genebra, entraram em seu quinto dia nesta terça-feira (28).

Tem havido pouco progresso até agora na resolução de questões importantes como se o presidente Bashar Assad deve se afastar e transferir o poder a um governo de transição.

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Anas al-Abdeh, integrante do grupo de negociadores da opositora Coalizão Nacional Síria, disse à Associated Press nesta terça-feira que a transição, especificada no acordo de junho de 2012 durante a primeira rodada de negociações de paz em Genebra, continua a ser "nossa principal prioridade no momento".

Mas as negociações devem também tratar da questão do envio de ajuda humanitária para Homs. Segundo Al-Abdeh, que "o regime ainda insiste em sua sistemática política de fome".

Um acordo provisório foi fechado em Genebra no final de semana para a retirada de mulheres e crianças de Homs antes da chegada dos comboios com ajuda humanitária. A cidade está sitiada há quase dois anos.

Em comunicado divulgado nesta terça-feira, o governador Talal Barrazi disse que a polícia, paramédicos e membros do Crescente Vermelho sírio estão prontos para retirar as pessoas, mas que "estamos esperando a resposta da ONU". O mediador Lakhdar Brahimi, que atua em nome da ONU e da Liga Árabe, disse que problemas de segurança estão adiando a retirada.

Elisabeth Byrs, porta-voz do Programa Mundial de Alimentos, disse aos jornalistas que caminhões estão de prontidão para levar alimentos e ajudar aos que escolherem sair da cidade, mas acrescentou que "precisamos de todas as condições de segurança para que esse comboio siga adiante". "Precisamos de acesso a todas as partes da Síria, a todos os locais onde as pessoas precisam de ajuda", disse ela.

Um fator que complica o envio de ajuda e a retirada de pessoas de Homs é que os negociadores têm pouca influência sobre os grupos armados que tomaram o controle de algumas partes do país desde março de 2011. Fonte: Associated Press.

Três promotores que atuaram em tribunais especiais internacionais entregaram um relatório de 31 páginas à Organização das Nações Unidas (ONU) que mostra o "assassinato sistemático" de cerca de 11 mil pessoas detidas pelo governo da Síria, informa o jornal britânico The Guardian.

Os autores do documento, Desmond de Silva, ex-promotor do tribunal especial para Serra Leoa; Geoffrey Nice, ex-promotor chefe da acusação a Slobodan Milosevic no Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia, e o professor David Crane, que processou o presidente Charles Taylor, da Libéria, em tribunal de Serra Leoa, examinaram milhares de fotografias e arquivos de detentos que estiveram sob custódia do regime de Bashar Assad entre março de 2011 e agosto de 2013.

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As evidências foram apresentadas por um policial que trabalhava secretamente com um grupo da oposição síria, mas que acabou por desertar e deixar o país. Ele trabalhava como fotógrafo da polícia militar síria e entregou pen drives com as imagens para um contado do Movimento Nacional Sírio, grupo que é apoiado pelo Catar, país que quer a queda de Assad.

Os três advogados conversaram com a fonte, que por razões de segurança foi identificada apenas como Caesar, e analisaram com atenção as provas. Após esse processo, consideraram os documentos, assim como os relatos da fonte, verdadeiros e dignos de confiança.

O trabalho de Caesar, segundo o que ele mesmo disse aos investigadores, era "fotografar os detidos mortos". Ele não disse ter visto as execuções, mas descreveu o organizado sistema usado pelo governo nesses casos. "Quando os detidos eram mortos no local de detenção, seus corpos eram levados a um hospital militar para se fossem vistos por um médico e um membro do Judiciário", diz o documento. Caesar tinha a função de fotografar os corpos. De acordo com o documento, cerca de 50 corpos eram fotografados por dia.

"Havia duas razões para registrar a imagem dos detidos sem vida. A primeira era permitir que uma certidão de óbito fosse feita sem que as famílias pedissem para ver o corpo, evitando, assim, as autoridades tivessem de que fazer um relato fiel sobre as mortes; a segunda é confirmar que as ordens para a execução dessas pessoas foram obedecidas", informa o relatório.

As imagens mostram que a maioria das vítimas é de homens jovens. Muitos dos corpos mostravam sinais de magreza, manchas de sangue e sinais de tortura. Alguns estavam sem os olhos e outros tinham sinais de estrangulamento e eletrocução.

O principal grupo de oposição ao governo de Bashar Assad no exílio, a Coalizão Nacional Síria (CNS), concordou em participar das negociações de paz, embora tenha apresentado condições para o diálogo, como a criação de corredores humanitários para áreas sitiadas e a libertação de prisioneiros políticos pelo governo.

Um integrante do grupo divulgou, na manhã desta segunda-feira, trechos de um comunicado no qual autoridades diziam que a decisão refletia o resultado da votação de seus membros. Apesar disso, a CNS continua reunida em Istambul para um inesperado terceiro dia de encontro com o objetivo de chegar a uma posição final.

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O grupo exige que Assad e seus aliados próximos não façam parte de um futuro governo de transição. As negociações de Genebra, como ficaram conhecidas, enfrentam outros obstáculos. O grupo rebelde armado mais poderoso que luta contra o governo de Assad não faz parte das conversações e a CNS tem somente um pouco mais de influência sobre os grupos do que a oposição interna.

Apesar de todas essas questões, o secretário de Estado norte-americano John Kerry disse que a declaração inicial de que a CNS participará do encontro é encorajadora. "Este é um grande passo à frente e é muito importante."

Outro grupo opositor, a Coalizão de Forças para Mudança Pacífica, que é sediado na Síria, declarou nesta segunda-feira que a proposta de uma conferência internacional de paz para negociar o fim do conflito - que já está no terceiro ano - pode ser a "última chance" para uma solução.

A declaração do grupo é o mais recente pedido de apoio às conversações, que Estados Unidos e Rússia tentam organizar em Genebra até o final do ano.

Mas a chamada "oposição interna", que vai de autoridades próximas ao governo do presidente Bashar Assad a intelectuais e partidos que há décadas se opõem a seu governo, tem pouca influência sobre os grupos armados que combatem o governo.

"Este é o único cenário disponível e pode ser a última chance para resolver a crise na Síria", disseram os grupos integrantes da coalizão em comunicado conjunto. Eles saudaram a conferência como uma chance para os poderes regionais e globais investirem numa solução para o conflito. A coalizão pede um imediato cessar-fogo. Fonte: Associated Press.

A emissora estatal de televisão informou que o presidente Bashar Assad disse ao enviado da Liga Árabe, Lakhar Brahimi, que o apoio estrangeiro a grupos armados de oposição deve terminar para que uma solução política para o conflito no país tenha sucesso.

A televisão Al-Ikhbariya citou Assad dizendo a Brahimi, durante encontro nesta quarta-feira (30), em Damasco, que o "povo sírio, sozinho, tem o direito de traçar o futuro da Síria e qualquer solução deve ser aprovada por ele".

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Brahimi está em Damasco para tentar salvar os hesitantes esforços políticos para convocar uma conferência internacional de paz, com o objetivo de discutir uma solução política para a guerra civil na Síria.

As perspectivas para a conferência não são boas. A oposição síria continua profundamente dividida sobre se participará ou não do encontro, enquanto o governo recusa-se a sentar para negociar com a oposição armada. Fonte: Associated Press.

O presidente sírio Bashar Assad admitiu ter cometido "erros" no começo da revolta contra ele em março de 2011, em uma entrevista publicada neste domingo pela revista alemã, Spiegel.

"Sejam quais forem as decisões políticas tomadas, erros acontecem. Em toda parte do mundo. Somos apenas pessoas", afirmou Assad em resposta se foi um erro ter respondido com violência aos protestos pacíficos nos primeiros dias de revolta contra o reinado de 40 anos de sua família.

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"Erros pessoais cometidos por indivíduos acontecem. Todos nós cometemos erros. Mesmo o presidente comete erros, mas ainda que os erros tenham sido cometidos na execução, nossas decisões fundamentais estão corretas", afirmou Assad.

Após o regime sírio ter lançado uma brutal repressão aos manifestantes o conflito se espalhou rapidamente e atingiu a escala de guerra civil com aproximadamente 115 mil mortes e milhares de pessoas forçadas a abandonarem suas casas.

Ao responder à pergunta se a oposição armada tem a responsabilidade total pelos massacres e se suas forças são totalmente inocentes, Assad replicou "você não pode absolutamente dizer que eles são 100% responsáveis ou tiveram responsabilidade zero."

"A realidade não é branca e preta, existem também sobras em cinza, mas basicamente é correto dizer que estamos nos defendendo", afirmou ele.

"E eu não posso me preocupar com erros individuais, considerando que existem 23 milhões de sírios. Todo país combate criminosos. Ele estão em toda parte (incluindo) no governo, no exército."

Assad também negou o uso de armas químicas contra seu povo e disse que seu governo está cooperando totalmente com o especialistas internacionais em desarmamento e com os inspetores da ONU. "Somos muito transparentes. Os especialistas podem ir a qualquer lugar. Eles terão acesso a todos os dados por parte do governo."

O presidente sírio desmentiu as acusações do presidente americano Barack Obama de que as forças sírias são responsáveis pelo ataque com armas químicas que matou centenas no subúrbio de Damasco em Agosto.

"Não usamos armas químicas. Isso é falso", afirmou Assad. "E o retrato que estão fazendo de mim, de alguém que mata seu próprio povo... Obama não apresentou uma simples prova de evidência, nem uma parcela de evidência. Ele não tem nada a oferecer a não ser mentiras."

Os inspetores da ONU que estão investigando o ataque ocorrido em 21 de agosto disseram em relatório que gás sarin foi usado, mas não estavam autorizados a dizer quem foi o responsável pelo ataque.

O presidente sírio Bashar Assad disse que ainda é cedo para dizer se ele concorrerá para reeleição no próximo ano. Contudo, o mandatário afirmou que não tentará um terceiro mandato caso sinta que essa é a vontade da maioria dos sírios.

Falando em uma entrevista para a Halk TV, da Turquia, Assad não mencionou o papel de seu governo na guerra civil da Síria. Em vez disso, o líder culpou guerrilheiros e governos estrangeiros, incluindo a Turquia, pelo derramamento de sangue.

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Transmitida na quinta-feira (3), a entrevista foi a última de uma série que o presidente sírio tem dado à imprensa estrangeira como parte de uma tentativa para angariar apoio público após o acordo intermediado pela Rússia, que evitou a ameaça de um ataque aéreo dos EUA.

No que diz respeito à oferta potencial para mais um mandato de sete anos, "a imagem ficará mais clara" nos próximos quatro a cinco meses porque a Síria passando por "rápidas" mudanças, disse Assad.

Bashar Assad é presidente desde 2000, quando ele assumiu o cargo depois que seu pai e antecessor, Hafez Assad, morreu. Hafez governou a Síria por três décadas. O segundo mandato de sete anos de Assad deve terminar em meados de 2014.

A oposição da Síria quer que Assad renuncie e entregue o poder a um governo de transição até que novas eleições sejam realizadas. Apesar do sangrento conflito, Assad ainda tem amplo apoio entre as minorias, incluindo os cristãos e membros de sua seita alauíta, uma ramificação do islamismo xiita.

"Se eu sentir que o povo sírio quer que eu seja presidente no próximo período, eu vou concorrer ao cargo", disse Assad. "Se a resposta for não, eu não vou concorrer e eu não vejo problema nisso".

Assad também usou a entrevista para atacar o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan. O mandatário alertou que Ancara vai pagar um "preço alto" por permitir que combatentes estrangeiros entrassem na Síria a partir de território turco para combater as forças do regime sírio.

Erdogan tem sido um dos mais duros críticos de Assad desde o levante na Síria, que começou em março de 2011.

"Este governo, representado por Erdogan, é responsável pelo derramamento de sangue de dezenas de milhares de sírios, e é responsável pela destruição da infraestrutura da Síria", disse Assad. Ele também é "responsável por colocar em perigo a segurança da região, não só na Síria".

"Você não pode esconder terroristas em seu bolso. Eles são como um escorpião, que acabará te picando", acrescentou Assad. O presidente sírio também afirmou que extremistas muçulmanos de mais de 80 países estão chegando à Síria através da fronteira com a Turquia.

Enquanto isso, uma equipe de especialistas internacionais de armas que está visitando a Síria deixou seu hotel em Damasco nesta sexta-feira, em seu quarto dia de trabalho no país. A missão - endossada por uma resolução do Conselho de Segurança da ONU na semana passada - é acabar com a capacidade da Síria de fabricação de armas químicas até 1º de novembro e destruir todo arsenal de Assad, em meados de 2014.

A missão é uma resposta ao ataque ocorrido em 21 de agosto em subúrbios de Damasco. Os EUA e seus aliados acusam o governo de Assad de ser o responsável pelo ataque, enquanto Damasco acusa os rebeldes. Os EUA disseram que a ofensiva, que contou com armas químicas, matou 1.400 pessoas.

Na entrevista com a Halk TV, Assad rejeitou rumores que circulam de que seu irmão mais novo, Maher Assad, um alto general do Exército, tinha sido ferido em uma tentativa de assassinato.

"Todos os rumores sobre a nossa família durante a crise são mentiras sem fundamento", disse Assad. Sobre Maher, o líder afirmou que ele está presente no trabalho e tem "boa saúde".

O Assad mais jovem comanda tropas de elite que tem como função proteger Damasco de levantes na periferia da cidade. Ele é considerado como alguém que desempenhou um papel fundamental no direcionamento da campanha contra a revolta nos primeiros dias de 2011. Ele também ganhou uma reputação de violento entre os ativistas da oposição. Fonte: Associated Press.

O presidente da Síria, Bashar Assad, deve permanecer no governo e tem o direito de decidir se concorrerá à reeleição no ano que vem, disse o ministro de informação, Omran al-Zohbi.

"Todas as pessoas pedem que o presidente Bashar Assad seja presidente deste Estado, não importa o que diz a oposição, os americanos e os traidores", disse Zohbi a jornalistas.

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O conflito eclodiu na Síria há 30 meses após o regime de Assad lançar uma ofensiva contra protestos inspirados na Primavera Árabe. Os manifestantes exigiam mudanças políticas.

Zohbi disse que é "direito do presidente tomar uma decisão" sobre se concorrerá para um novo mandato em meados de 2014, quando seu atual expirará.

Em uma entrevista na semana passada com a estatal chinesa CCTV, Assad disse que cabia ao povo sírio escolher se ele iria concorrer à eleição.

No discurso de terça-feira, Zohbi disse que a oposição "não tem a coragem de ir às urnas", e que "se tivesse tido a coragem, não teríamos chegado a este ponto".

Mais de 110 mil pessoas foram mortas na guerra da Síria, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, e milhões foram forçados a abandonar suas casas. Fonte: Dow Jones Newswires.

O governo da Síria não aceitará nenhum programa de paz que exclua o presidente Bachar Assad, segundo o ministro das Relações Exteriores Walid al-Moallem, que concedeu entrevista neste sábado (28) à Associated Press.

O ministro falou um dia depois de o Conselho de Segurança da ONU ter aprovado uma resolução que obriga a Síria a destruir todas as suas armas químicas. A medida também respalda o acordo feito em junho de 2012 por delegações do governo e a oposição em Genebra, para estabelecer um governo de transição com plenos poderes executivos.

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A oposição, que vive um conflito sangrento com as forças de segurança de Assad há dois anos e meio, tem insistido que não participará de nenhum programa de transição que inclua o presidente.

A declaração de al-Moallem poderia significar o fracasso dos esforços para organizar uma segunda reunião entre a oposição e o governo neste ano em Genebra. "Para o povo sírio, Bachar Assad é o presidente eleito até 2013, quando haverá eleições presidenciais", ressaltou o ministro. 

O presidente sírio, Bashar Assad, disse que seu governo deve permitir que especialistas estrangeiros tenham acesso aos locais onde o regime mantém as armas químicas. Contudo, ele advertiu que os rebeldes podem impedir que os agentes cheguem em algumas regiões.

Em uma entrevista à televisão estatal da China, Assad afirmou que o governo de Damasco está empenhado em implementar o acordo da Rússia e dos EUA sobre colocar suas armas químicas sob controle internacional. De acordo com o plano, inspetores devem chegar ao território sírio em novembro.

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Segundo o presidente, o governo "não tem problema algum" em levar os especialistas para os locais onde as armas químicas são mantidas, contudo pode ser difícil chegar a algumas regiões por causa dos constantes confrontos entre o Exército da Síria e rebeldes.

"Estou me referindo a locais onde estão os atiradores. Estes atiradores podem querer impedir a chegada dos especialistas", disse Assad à CCTV, referindo-se a rebeldes.

Na semana passada, Damasco se deparou com o primeiro prazo exigido no plano feito entre norte-americanos e russos. O regime de Assad tinha de entregar uma lista completa de seu arsenal de armas químicas e de seus complexos de produção para uma agência da ONU.

Na entrevista concedida à televisão chinesa, filmada no domingo na capital síria, Assad disse que a Síria já entregou uma lista de suas armas químicas para uma agência internacional. O presidente também afirmou que o governo garantirá que os especialistas cheguem "no local onde produzimos e guardamos nossas armas químicas".

"Eu não acho que nós temos problemas com isso", disse ele, acrescentando que alguns especialistas podem ter dificuldades para "chegar a esses locais devido à situação da segurança local".

Especialistas técnicos da Organização para a Proibição de Armas Químicas disseram neste sábado que estavam analisando os documentos da Síria sobre seu programa de armas químicas. Nenhum detalhe foi divulgado sobre o que está nas declarações sírias.

Fonte: Associated Press.

O presidente da Síria, Bashar Assad, disse que o relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) que indica que há "evidências claras e convincentes" de que houve um ataque de gás sarin na Síria em agosto é "irreal". O presidente sírio negou a participação de seu regime no ataque que deixou centenas de mortos.

As declarações foram feitas em entrevista ao deputado democrata, Dennis Kucinich, que colabora para a Fox News, e para Greg Palkot, correspondente da Fox News Channel em Damasco.

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Segundo Assad, o seu governo cumpriria o acordo firmado com os Estados Unidos e as autoridades da Rússia para destruir as armas químicas sírias. De acordo com o presidente sírio, a destruição dos arsenais custaria US$ 1 bilhão e pode levar um ano para ser concluída.

Fonte: Associated Press.

O presidente sírio, Bashar Assad, advertiu que Washington deve "esperar tudo" em resposta a um ataque norte-americano à Síria.

"Vocês devem esperar tudo... O governo não é o único agente nesta região. Você tem diferentes partidos, diferentes facções, diferentes ideologias. Você tem tudo nesta decisão agora", disse Assad à rede CBS de televisão durante o programa "This Morning". Fonte: Dow Jones Newswires.

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O presidente da Síria, Bashar Assad, advertiu nesta segunda-feira para o risco de eclosão de uma guerra regional caso o Ocidente promova uma ofensiva militar contra seu país. O líder sírio qualificou o Oriente Médio como um "barril de pólvora" e é impossível prever as consequências de uma ação militar contra a Síria. Os comentários de Assad foram feitos em entrevista exclusiva ao jornal francês Le Figaro.

Segundo Assad, "todo mundo vai perder o controle da situação, o caos e o extremismo vão se espalhar e o risco de uma guerra regional é real".

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Assad desafiou ainda os Estados Unidos e a França a apresentarem provas que sustentem a acusação de que o governo sírio usou armas químicas contra população civil, usada por ambos para justificar a necessidade de intervenção militar. Na avaliação do presidente sírio, os líderes dos dois países "foram incapazes de fazê-lo, inclusive perante seus próprios povos".

Na entrevista ao Figaro, Assad comentou ainda que a forma como Paris está lidando com a situação está transformando a França em inimiga da Síria. Trechos da entrevista foram publicados na página do Figaro na internet. Fonte: Associated Press.

O governo do Chipre informou neste sábado que a cidadania cipriota concedida há dois anos a um primo do presidente sírio, Bashar Assad, foi revogada.

Segundo Christos Stylianides, porta-voz do governo em Nicósia, a decisão foi tomada após uma longa investigação concluir que a revogação da cidadania de Rami Makhlouf era justificável.

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Makhlouf está numa lista de sírios da União Europeia que estão sujeitos a sanções por envolvimento na violenta repressão de cidadãos sírios ou por apoiar o regime de Assad financeiramente.

A UE congelou os bens de Assad e de outros membros de seu regime em maio de 2011, além de ter cancelado seus vistos, por causa da brutal reação de Damasco a manifestantes contrários ao governo sírio.

Makhlouf controla a rede de telefonia celular e outros negócios lucrativos da Síria, e tem sido alvo de muitos protestos realizados no país. As informações são da Associated Press.

Grupos de oposição síria que se reuniram na Espanha disseram que se opõem a qualquer negociação com o governo do presidente Bashar Assad, a menos que seja com o objetivo de entregar o poder.

Cerca de 80 representantes da oposição tanto de dentro quanto de fora do país concluíram uma reunião de dois dias nesta terça-feira em Madri dizendo que Assad não deve integrar um governo de transição nem ter qualquer participação no futuro da Síria.

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Mouaz al-Khatib, ex-chefe da Coalizão Nacional Síria, disse que a decisão sobre se grupos opositores participarão da conferência proposta pelos Estados Unidos e pela Rússia sobre o futuro da Síria, que vai acontecer em Genebra, será tomada em duas semanas.

Os grupos se opõem à possibilidade de representantes de Assad participaram do encontro. Durante uma coletiva de imprensa, os integrantes da oposição condenaram a crescente intervenção do Hezbollah, grupo militante libanês que apoia Assad, no conflito sírio.

Irã

O Irã disse nesta terça-feira que deseja participar da conferência de paz sobre a Síria em Genebra, afirmando que todas as partes influentes no conflito devem ser incluídas no processo para que ele seja bem sucedido.

"A condição para o sucesso em Genebra é que todos os países com influência nos eventos na Síria participem", disse o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores Abbas Araqchi aos jornalistas. "Eu não acho que alguém neste mundo duvide que um desses países é a República Islâmica."

A conferência deve ser realizada na primeira metade de junho e tem como objetivo reunir representantes do regime de Assad e dos rebeldes que lutam para derrubar seu governo, um confronto que já matou mais de 90 mil pessoas desde março de 2011. As informações são da Associated Press.

O presidente sírio, Bashar Assad, diz que não vai deixar o cargo antes das eleições que serão realizadas em seu país devastado pela guerra. Os comentários do líder sírio, publicado neste sábado no jornal argentino Clarín, destacaram as dificuldades que os EUA e a Rússia enfrentam em conseguir colocar Assad e a oposição política da Síria em uma mesa internacional de discussões, prevista para acontecer no próximo mês.

O principal grupo de oposição do país exigiu que essas conversas levem à saída de Assad. O líder sírio, no entanto, diz que tal diálogo não deve "decidir uma questão que não foi decidida pelo povo".

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Assad se comparou a um capitão de navio em mares turbulentos, dizendo: "Eu não sou alguém que foge das minhas responsabilidades." As informações são da Associated Press.

Grupos ligados ao regime do presidente sírio Bashar Assad estão por trás das explosões de dois carros-bomba na Turquia neste sábado, 11, que deixaram pelo menos 41 mortos e 100 feridos, disse o ministro do Interior da Turquia, Muammer Guler. "As pessoas e a organização que realizaram esse ataque foram identificadas. Descobrimos que elas são ligadas a grupos que apoiam o regime sírio e aos serviços de inteligência do país", disse Guler à emissora de TV TRT.

O secretário geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, e o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, condenaram veementemente o ataque. Ban Ki-moon ofereceu condolências às famílias das vítimas e ao povo turco e disse esperar que os responsáveis sejam identificados rapidamente e levados à justiça, segundo o porta-voz da ONU Martin Nesirky.

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"Essa notícia horrível nos atinge de forma mais pessoal, já que temos uma parceria estreita com a Turquia, e muitas vezes a Turquia foi um interlocutor essencial no meu trabalho como secretário de Estado nesses últimos três meses", disse Kerry, em nota.

As explosões ocorreram em Reyhanli, que fica a apenas alguns quilômetros da principal passagem de fronteira que dá acesso à Síria.

Mais cedo, o vice-primeiro-ministro da Turquia, Bulent Arinc, disse que o regime de Assad possivelmente estaria por trás do ataque - o pior ocorrido na Turquia desde o início dos conflitos no país vizinho.

O ministro turco de Relações Exteriores, Ahmet Davutoglu, disse durante visita a Berlim que "não é coincidência" o fato de o ataque ter ocorrido num momento em que os esforços diplomáticos internacionais estão se intensificando para resolver a crise na Síria.

Os EUA e a Rússia, um dos poucos países que ainda apoiam o regime de Assad, se comprometeram esta semana a retomar os esforços para encontrar uma solução para o país. Segundo estimativas da ONU, cerca de 70 mil pessoas foram mortas desde o início dos conflitos na Síria, em março de 2011. As informações são da Dow Jones.

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