Com detalhamento das ações realizadas pelo Estado, o secretário Estadual de Saúde, Antônio Carlos Figueira, apresentou na manhã dessa segunda-feira (17), no auditório da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), um relatório do 1º quadrimestre de 2013. A audiência pública foi realizada em cumprimento a Lei Complementar 141/12 e contou com a presença dos membros da Comissão de Saúde e Assistência Social como o presidente e deputado estadual Sérgio Leite (PT) entre outros parlamentares e a sociedade civil.
Durante audiência, Antônio Figueira exibiu informações sobre a saúde no Estado e pontuou algumas obras como a inauguração de três hospitais metropolitanos, ampliações do Hospital Otávio de Freitas, Regional do Agreste, emergência clínica da Restauração, Câncer, Dom Malan, Ermírio Coutinho e Palmares.
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Outras explanações feitas por ele foram os concursos públicos realizados. Ele 2009 o Estado convocou mais de 1.500 médicos e em 2013 já foram nomeados 350. Figueira também citou obras em todo o Pernambuco, como nas cidades do Recife, Caruaru, Serra Talhada e Petrolina, por exemplo. Apesar de frisar os resultados, o secretário de saúde reconheceu que são necessários mais projetos. “Vamos melhorar. Reconhecemos que ainda temos que avançar”, confirmou.
Após apresentação do relatório, o debate foi aberto para perguntas e uma das indagações partiu do deputado da oposição, Maviael Cavalcanti (DEM). Ele questionou ao secretário se há médicos suficientes para atender toda a população que utiliza a rede pública de saúde. “Sobre a falta de médicos esse é um problema nacional. O que pesa nesse governo é ter feitos dois concursos públicos e esperamos que isso seja um importante avanço, mas claro que em algumas especialidades ainda teremos uma defasagem”, respondeu.
O problema dos profissionais de áreas específicas é uma das grandes dificuldades enfrentadas segundo o gestor da pasta. “Em Garanhuns, por exemplo, não conseguimos fechar contratos com patologistas. Em todo o Pernambuco apenas cinco neurocirurgiões se formam a cada cinco anos e desses, apenas um fica no Estado”, explica. De acordo com o secretário, pediatria e obstretria também possuem deficiência e chegam a sobrar vagas.
Diante do reconhecimento da necessidade de novos profissionais em algumas áreas, Figueira justificou os baixos salários oferecidos. “A baixa remuneração do SUS (Sistema Único de Saúde) não atrai os médicos, mas o Estado tem que melhorar e já estar melhorando”, prometeu.
Presidindo a audiência, o deputado Sérgio Leite explicou que o debate já deveria ter ocorrido, mas devido incompatibilidade de agenda do auditório só pode ser marcado hoje. “É uma forma de a Assembleia Legislativa interagir com os órgãos públicos. A Comissão de Saúde tem a obrigação de fazer essa audiência e sabemos que a Secretaria de Saúde também tem obrigação de comparecer e prestar contas”, ressaltou.
Outros assuntos abordados durante a discussão foram os problemas relatados meses atrás sobre o cartel de medicamentos e a presença de médicos cubanos no Brasil. Sobre o último assunto, Antônio Figueira confirmou que o governo é favorável a proposta.