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O juiz da 36ª Vara Cível de Belo Horizonte, Minas Gerais, Marcelo Paulo Salgado, autorizou a interrupção da gravidez de uma mulher com feto diagnosticado com megabexiga. A anomalia foi constatada em janeiro deste ano, quando a criança tinha apenas 12 semanas de gestação. 

A megabexiga causa diversas consequências para o feto, como dificuldades renais e a não formação do pulmão, tornando inviável a respiração fora do útero.

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O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) detalha que em abril, com 22 semanas de gravidez, a mãe realizou um novo ultrassom e foi constatada a piora do quadro do feto em diversos aspectos - inclusive, a caixa torácica e os pulmões tinham tamanho reduzido.

Dias após o diagnóstico, a mulher e o marido decidiram interromper a gravidez e deram entrada com o pedido de tutela de urgência na Justiça.

O Ministério Público manifestou-se contrário ao pedido argumentando que, apesar da alta probabilidade de que "o feto venha a morrer intraútero ou até mesmo nos primeiros dias de vida, existe uma possibilidade, mesmo que pequena, de que ele possa ser assistido e manejado com terapia renal substitutiva".

O juiz Marcelo Paulo Salgado avaliou o relatório médico anexado ao processo e considerou que o desencadeamento de outras malformações, a diminuição de líquido amniótico e o desenvolvimento incompleto dos pulmões inviabilizavam até mesmo a vida intrauterina do feto. 

Ao autorizar a interrupção da gravidez, o magistrado disse que é "irrefutável o sofrimento psicológico a que estaria submetida a mãe e a inutilidade da exposição ao risco de vida ou de sequelas à sua saúde, ante a perspectiva nula de sobrevida do nascituro ou, em caso de sobrevida, a mínima expectativa de vida e sofrimento causado ao ser humano", explicou. O pedido foi deferido para afastar qualquer impedimento jurídico ao procedimento médico de interrupção da gestação.

Um filhote de gato precisou ser socorrido às pressas, após passar 50 dias sem defecar. “Boninho”, como foi apelidado, estava em um lar temporário em Santos, no litoral paulista. A então dona, que possui outros gatos, não notou que o animal não estava fazendo cocô, já que nesta idade, é comum que a mãe faça a higiene dos seus filhotes. Boninho nasceu sem ânus e precisou passar por procedimento cirúrgico de risco para poder voltar à normalidade. Quem levou a história do gatinho às redes sociais foi a ong local Viva Bicho Santos, que arrecadou dinheiro para a cirurgia, realizada no domingo (29).

“A pessoa que está dando lar temporário não percebeu que ele não defecava pois a mãe ainda comia as fezes deles (comportamento normal no mundo animal), e, portanto, não tinha como saber se fez ou não as necessidades. Esses dias ela nos chamou dizendo que ele estava com o abdômen muito grande e estranho, e após passar por atendimento, foi constatado que o anus dele era fechado”, escreveu a ong.

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O animal passou por uma reconstrução anal e se recupera bem, já em um novo lar, desta vez, fixo. Pelo inchaço abdominal e as consequências dos quase dois meses sem defecar, Boninho correu risco de vida e sofreu duas paradas cardíacas.

Em entrevista ao portal G1 neste sábado (4), a assessora de comunicação da ONG, Leila Abreu, explicou que a condição do gato se tratou de uma atresia anal, uma anomalia congênita que, eventualmente, pode ocorrer em gatos e cachorros.

"Caso não seja feito o procedimento, o intestino acaba estourando dentro do animal. Então o Boninho precisava de uma cirurgia de emergência, porque estava com apenas 50 dias, um bebê, e desde que nasceu estava sem defecar. Por isso, a barriga estava tão grande e ele chegou a ter duas paradas cardíacas. Ninguém percebeu antes, porque a mãe do filhote de gato, quando está amamentando, tem o costume de limpar as fezes do gatinho lambendo", disse a assessora.

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O Rio Grande do Norte é dono de belas praias e se consagrou como um estado rico em pontos turísticos. Suas dunas estão entre os destinos mais visitados pelo público, bem como o artesanato e a culinária potiguar encantam turistas de todo o mundo. Mas além dos cartões postais tradicionais do Estado, uma árvore atrai a atenção e impressiona pela sua grandeza. A cidade de Parnamirim, no Litoral Sul, a cerca de 20 quilômetros de Natal, tem em seu território o maior cajueiro do mundo, segundo o Guinness Book.

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Conhecida como Cajueiro de Pirangi - nome do distrito onde o cajueiro está plantado -, a árvore possui uma área territorial de quase 9 mil metros quadrados. A explicação sobre o enorme tamanho vem da ciência: a Fitoteratologia, responsável por analisar árvores gigantes, identificou que o cajueiro potiguar sofre de uma anomalia em seu DNA, que o fez ter um tamanho bem maior do que uma planta tradicional. Segundo a administração do espaço onde o cajueiro está plantado, o título do Guinness Book foi concedido em 1994, se tornando símbolo de orgulho para a população local. Pesquisadores também confirmaram que o conjunto de galhos faz parte de uma mesma árvore, comprovando assim a real grandeza do cajueiro.

De acordo com a Prefeitura de Parnamirim, o local recebe, em média, cerca de 500 visitantes por dia, entre estudantes, pesquisadores, moradores locais e principalmente turistas. Em torno de 80 mil cajus são produzidos pela árvore anualmente, alcançando cerca de três toneladas. Toda produção é destinada aos visitantes, sendo proibida a comercialização do pseudo fruto e do seu suco. Entre os turistas que visitam a árvore gigante, o estudante Rodrigo Teixeira, natural de Campinas, em São Paulo, ficou encantado com o tamanho do cajueiro. "Achei bem bonito, é de fato uma bela atração aqui perto de Natal. É imperdível! Os turistas que vêm para o Rio Grande do Norte precisam conhecer. Nunca vi um cajueiro deste tamanho em São Paulo", relata o jovem, descontraído. 

Um dos orientadores do parque onde o Cajueiro de Pirangi está plantado, Severino Ramos revela que a árvore tem uma idade estimada de 128 anos. Ramos ainda conta que ela continua aumentando seu tamanho, crescendo até dois metros quadrados por ano. Os galhos, inclusive, chegam até as ruas laterais, podendo ser vistos em todo quarteirão. Confira no vídeo a seguir mais detalhes sobre a história do maior cajueiro do mundo:

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As visitações ao cajueiro podem ser feitas das 8h às 17h30, semanalmente, incluindo feriados. O ingresso inteiro custa R$ 8, enquanto que a meia entrada é no valor de R$ 4. De acordo com a Prefeitura de Parnamirim, o dinheiro arrecadado serve para a manutenção do cajueiro, cuja responsabilidade está sob os cuidados da gestão estadual do Rio Grande do Norte. Nos arredores da área plantada, o público ainda conta com comércios de artesanato feito pelos moradores da região.

Curiosidades - De acordo com estudiosos, o caju não é uma fruta, apesar de parecer. Ele é considerado um pseudo fruto, pois não nasce do ovário da flor. Dessa forma, a castanha é que pode ser considerada pela biologia um fruto, uma vez que nasce diretamente do ovário.

Outro fato curioso é que o Piauí, outro estado nordestino, reivindica ser dono do maior cajueiro do mundo. No litoral norte piauiense, a cidade de Cajueiro de Praia também possui uma grande árvore da espécie, cujo tamanho beira os 9 mil metros quadrados. Porém, o Guinness Book ainda mantém o título para o cajueiro potiguar. 

Mulheres com uma anomalia no gene BRIP1 têm três vezes mais risco de desenvolver câncer de ovário, revela um estudo publicado nesta terça-feira (19). O gene alterado já havia sido identificado como um fator de predisposição de câncer de ovário, mas esta é a primeira vez que tal risco é quantificado, em um estudo publicado no Jornal do Instituto Americano do Câncer (JNCI).

"Em torno de 18 mulheres em cada mil desenvolvem câncer de ovário, mas este risco sobe para 58 por mil entre as mulheres que apresentam esta anomalia", destacam especialistas britânicos ligados ao estudo.

Difícil de diagnosticar porque geralmente não provoca sintomas até se encontrar em estado avançado e por ser associado a outras patologias, o câncer de ovário é o mais fatal dos tumores genecológicos.

O câncer de ovário é a origem de cerca de 150 mil óbitos ao ano no planeta, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Na França, ele atinge cerca de 4.400 mulheres por ano, com mais de 3 mil mortes. O índice de óbito cinco anos após o diagnóstico é de 60%.

O estudo publicado nesta terça-feira compara os genes de mais de 8 mil mulheres europeias, compreendendo um grupo de pacientes, um grupo em bom estado de saúde e um grupo com antecedentes familiares de câncer de ovário.

"Recensear estas mulheres (com mutação do gene) contribuirá para prevenir mais casos e salvar vidas", assinalou um dos pesquisadores.

Uma mulher de Goiânia interrompeu a gravidez de 25 semanas - cerca de seis meses - após obter na Justiça o direito de abortar. Nos exames pré-natais, o bebê havia sido diagnosticado com Síndrome de Edwards, doença genética que causa uma série de más-formações e cuja expectativa mediana de vida varia entre 2 e 14 dias, de acordo com estudo publicado na Revista Paulista de Pediatria.

Depois de constatar que seu bebê teria a enfermidade (a segunda trissomia autossômica mais comum no mundo, acometendo um a cada 7,5 mil nascidos vivos), a gestante recorreu ao Judiciário, sustentando que o feto não sobreviveria após o parto e que ela própria, se levasse a gravidez adiante, estaria sujeita a desenvolver doenças psicológicas. O juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 1ª Vara Criminal de Goiânia, julgou o pedido procedente - contrariando o posicionamento do Ministério Público, que se manifestou pela extinção do processo.

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De acordo com o Código Penal brasileiro, em vigor desde 1940, o procedimento é considerado legal em apenas duas situações: quando há risco de vida para a mãe ou quando a gravidez é consequência de estupro. Em 2012, em uma decisão histórica, o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou que também não é crime o aborto de fetos anencéfalos (sem cérebro), que morrem logo após o parto em 99% dos casos.

"Pedimos que o caso fosse avaliado de forma análoga à decisão do Supremo sobre a anencefalia", disse um dos advogados da mulher, Antônio Henriques Leite Filho. Deu certo. Em sua sentença, o juiz afirmou que a morte do bebê era "certa" e que não haveria procedimento médico capaz de corrigir as deficiências desenvolvidas pelo feto. "A mulher gestante carregará em sua barriga, por nove meses, um ser sem vida, causando-lhe sofrimentos físicos e psicológicos. Para que impingir tal sofrimento sem necessidade?", escreveu. O advogado informou que sua cliente não daria entrevista.

Mortalidade

Das crianças nascidas vivas com a doença, causada pela trissomia do cromossomo 18, metade morre antes da primeira semana de vida e menos de 10% chegam aos 5 anos. "Se ele ainda for portador de cardiopatias ou exigir muitas cirurgias, essa expectativa é ainda menor", afirma o pediatra Paulo Henrique Manso, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto.

Segundo ele, a Síndrome de Edwards, apesar de ter altas taxas de mortalidade - por causa de complicações cardíacas, ósseas, intelectuais e cognitivas -, não é incompatível com a vida.

Na sentença, o juiz Jesseir de Alcântara salientou que o direito à vida não é absoluto, permitindo exceções. "O feto não tem possibilidade de sobrevivência fora do útero materno. Como consequência, não precisa de preservação", determinou. Outras decisões semelhantes, autorizando a interrupção da gestação de um bebê com Edwards, já foram expedidas no Rio e em São Paulo.

Alcântara escreveu ainda que se não permitisse o procedimento, estaria reforçando a ideia de que a interrupção da gravidez de forma clandestina seria "o único caminho viável". Pesquisa da Universidade de Brasília (UnB) mostra que uma em cada cinco mulheres brasileiras se submeteu a pelo menos um aborto até os 40 anos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

“Uma grande parte diz que teve manchas no corpo durante os primeiros quatro meses e foram tratados para alergia ou para dengue”. A afirmativa é da chefe de infectologia pediátrica do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), Ângela Rocha, sobre as mães de filhos com microcefalia atendidos na unidade. De agosto para cá, Pernambuco contabilizou 141 casos da anomalia. Em 2014, foram registrados apenas 12 casos no estado. Ainda não se sabe a causa do grande aumento nos casos.

O HUOC atendeu 40 crianças com microcefalia. Mesmo que a maioria das mães tenha mencionado as manchas no corpo, outras disseram não ter tido nada semelhante, fazendo com que seja precipitado afirmar as causas. Angela lembra que as mães diziam ter sido apenas sintomas leves, alguns com ou sem febre. “Era sem muita intensidade, mas nos primeiros quatro meses as crianças são muito vulneráveis, pois estão em formação”, explica a infectologista. 

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Como dengue é uma doença recorrente em Pernambuco, os infectologistas não acreditam que esta seja causa. Chikungunya e zika vírus, entretanto, são explicações mais plausíveis. “São possibilidades, zika, chikungunya, mas a gente tem que ter um consenso. Essas coisas devem ter interferido? Talvez, provavelmente, mas a gente não tem essa segurança”, complementa Ângela. 

A estudante Lurdes Sulamita, de 18 anos, com quatro meses de gestação, esteve no Hospital Oswaldo Cruz com receio de que seu filho nasça com microcefalia. Desde a segunda-feira (9), ela diz ter apresentado sintomas de chikungunya, com manchas pelo corpo, fraqueza e dor nas pernas. “Estou muito preocupada, porque não é comigo que vai acontecer não, é com meu filho”, ela afirma. 

Gravidez - “Não há indicação formal para que as mulheres não engravidem”, afirmou Ângela Rocha. Apesar de não haver um posicionamento oficial do Governo do Estado nesse sentido, a infectologista recomenda que se for uma gravidez planejada, que se evite neste momento. “Os obstetras e infectologistas vão falar ‘é o momento ideal para engravidar? Não, espere um pouco’ ”, ela complementa. 

O posicionamento vem após o diretor do departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, aconselhar as mulheres a não engravidar devido ao aumento drástico nos casos de microcefalia em Pernambuco. O Ministério da Saúde também se manifestou nesta manhã reforçando que não há recomendação para evitar a gravidez. Desta vez, o órgão colocou que “uma gestação é individual de cada mulher e sua família”.  O ministério apresentou uma série de orientações que as gestantes devem tomar:

1 -Devem ter a sua gestação acompanhada em consultas pré-natal, realizando todos os exames recomendados pelo seu médico;

2 - Não devem consumir bebidas alcoólicas ou qualquer tipo de drogas;

3 - Não utilizar medicamentos sem a orientação médica;

4 - Evitar contato com pessoas com febre, exantemas ou infecções;

5 - Adoção de medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores de doenças, com a eliminação de criadouros (retirar recipentes que tenham água parada e cobrir adequadamente locais de armazenamento de água);

6 - Proteger-se de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas,  usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes indicados para gestantes. 

O boletim epidemiológico sobre os casos de microcefalia no país será divulgado pelo ministério na próxima terça-feira (17). A previsão é que, com a atualização dos dados, o número de casos no estado ultrapasse os 150. 

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