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O Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro (MPT-RJ) ajuizou uma nova ação civil pública contra a Alumini Engenharia e a Petrobras para garantir o pagamento dos salários atrasados de 2,5 mil operários do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

Segundo o órgão, os funcionários estão sem receber desde novembro do ano passado. A ação apresentada nesta terça-feira (3) porém, pretende garantir os valores devidos desde janeiro de 2015.

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O procurador do Trabalho do município de Niterói Maurício Guimarães de Carvalho, responsável pela demanda, afirma na ação que há sinais claros de que a Alumini não possui condição de pagar os salários dos próximos meses.

Apenas no primeiro mês deste ano, a empresa, contratada pela Petrobras para a obra do Comperj e uma das investigadas na Operação Lava Jato - que apura um esquema de corrupção na estatal -, acumulou uma dívida de R$ 7,8 milhões em salários dos trabalhadores (em valores brutos). Ao todo, a dívida trabalhista da empresa beira os R$ 50 milhões, devidos a 8 mil funcionários.

Carvalho solicita à Justiça que a Alumini seja obrigada a pagar os salários de janeiro e de outros meses que venham a atrasar no curso da ação. Em caso de descumprimento, ele reivindica a aplicação de multa de R$ 10 mil por dia de atraso no depósito. Caso a empresa não cumpra com a decisão, o MPT-RJ requer que a Petrobras seja declarada responsável subsidiária, arcando com os pagamentos.

O MPT-RJ pede ainda o pagamento de R$ 300 mil em danos morais coletivos, a serem convertidos em projetos sociais ou ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), e de R$ 5 mil em danos morais a cada um dos trabalhadores com contrato em vigência. Na próxima segunda-feira, dia 9, será realizada uma audiência na Vara Trabalhista de Itaboraí, cidade da região metropolitana do Rio que abriga o Comperj, entre a Alumini, a Petrobras e o sindicato dos trabalhadores, na tentativa de encontrar uma solução.

No fim de janeiro, a estatal rescindiu o contrato com a Alumini por "não atendimento das determinações regulares da Fiscalização do Contrato, a lentidão na prestação dos serviços que culminou no abandono da obra e o não pagamento de obrigações trabalhistas, contribuições previdenciárias e depósitos no Fundo de Garantia dos seus funcionários".

Uma das investigadas na Lava Jato, a empresa já vinha enfrentando dificuldades financeiras, situação que acabou piorando após o rompimento do contrato.

A Justiça Trabalhista já condenou a Alumini a pagar R$ 14 milhões em garantias aos trabalhadores, após ação do MPT-RJ requerendo pagamento de atrasados de novembro e dezembro para funcionários ativos, além da liberação de verbas rescisórias a quase 500 operários demitidos. "O pagamento, no entanto, ainda depende da análise de recursos", informou o órgão.

A Alumini chegou a ter uma conta bloqueada pela Justiça para amparar os trabalhadores. Sem crédito e sem recursos, a empresa entrou em recuperação judicial em 20 de janeiro. O juiz acatou o pedido, e agora a companhia tem até o fim de abril para entregar um plano de recuperação, que passará pelo crivo dos credores. O prazo para a aprovação é de seis meses.

Diante da situação crítica da empresa, o procurador também solicitou que seja expedido ofício à 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, responsável pelo pedido de recuperação judicial da Alumini, para que parte do valor bloqueado seja destinado ao pagamento dos funcionários do Comperj.

Um acordo judicial para quitação dos contratos de trabalho e pagamento dos trabalhadores da Alumini Engenharia S.A, antiga Alusa, foi fechado durante audiência realizada na quarta-feira (10), na sede do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-PE).  A conciliação prevê o depósito de R$ 98 milhões até o dia 17 de dezembro para pagamento dos salários atrasados, das rescisões trabalhistas e de outras verbas para cerca de 4,8 mil funcionários que operavam na Refinaria Abreu e Lima, no Complexo de Suape.

Para a quitação integral dos créditos trabalhistas, o cronograma ajustado prevê até o dia 19 de março para o depósito dos créditos, com nova contribuição financeira da petrolífera ou com recursos próprios das empresas prestadoras de serviço.  Funcionários como grávidas e acidentados terão suas questões trabalhistas resolvidas individualmente com a empresa na próxima semana. 

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Com o cumprimento do acordo o processo está encerrado, porém outras questões, como a responsabilidade subsidiária da Petrobras, ainda serão solucionadas de forma administrativa ou através de novas ações judiciais individuais ou coletivas. O descumprimento do acordo acarretará na aplicação de multa de 50% sobre o valor do saldo não pago nos prazos indicados.

Trabalhadores da Alusa Engenharia, empresa de Suape, estão fazendo mais um protesto na manhã desta segunda-feira (1º). Desta vez, a categoria está em frente à Petrobras, no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife.

Além de continuarem cobrando o pagamento de salários atrasados, como vêm fazendo nas últimas manifestações, os trabalhadores também estão criticando o desbloqueio das contas da Petrobrás, ocorrido na última sexta-feira (28).

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Na terça-feira (26), a juíza titular da 1ª Vara do Trabalho de Ipojuca, Josimar Mendes, determinou o cumprimento do bloqueio de mais de R$ 126 milhões da conta da Petrobras para o pagamento de dívidas trabalhistas. A sentença do juiz Hélio Galvão, entretanto, garantiu a devolução dos ativos financeiros bloqueados e o fim do bloqueio online das contas da empresa.

Os trabalhadores da Alusa Engenharia denunciam atraso de salário, tíquete alimentação, pagamento de indenização para os profissionais demitidos e outros direitos trabalhistas. O grupo realizará uma assembleia em frente ao prédio da Petrobrás na qual será decidido se haverá alguma outra manifestação ainda hoje.  

Os trabalhadores da empresa Alumini Engenharia continuam sua programação de protestos. Nesta quinta-feira (20), os manifestantes estão bloqueando a PE-60, que dá acesso à Refinaria de Abreu e Lima, em Suape. 

Após o término da manifestação da quarta-feira (19), que bloqueou as avenidas Agamenon Magalhães e Conde da Boa Vista, o presidente do sindicato da categoria, Aldo Amaral, disse que não haveria fechamento de vias na manhã de hoje. Ainda segundo Amaral, um acordo oral foi feito com o secretário-executivo da Casa Civil, Ivan Rodrigues, para que houvesse menor intervenção da polícia na manifestação. 

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No último dia 11, segundo a categoria, a justiça determinou que a Petrobras deveria repassar às empresas a verba referente aos pagamentos dos salários e demais benefícios. A estatal tinha até a segunda-feira (17) para fazer o repasse, sujeita a pagar R$ 100 mil para cada dia de atraso.

A juíza titular da 1ª Vara do Trabalho de Ipojuca Josimar Mendes determinou ontem que a Petrobrás deposite o dinheiro para o pagamento dos trabalhadores em um prazo de 48h, sob pena de imediato bloqueio das contas da empresa caso haja descumprimento. 

Reivindicações – Os cerca de seis mil funcionários da Alumini pedem o pagamento de salários atrasados e demais verbas trabalhistas. Alguns trabalhadores demitidos ainda esperam o valor da rescisão.

 

 

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