Tópicos | águas

O Circuito das Águas de Minas Gerais faz parte de uma iniciativa do turismo local que busca atrair visitantes, promovendo e incentivando a atividade turística da região, que tem como foco também um reforço da identidade regional. O circuito é o destino certo para aqueles que buscam formas de se livrarem do estresse. A rota oferece diversos tipos de turismo, como o ecoturismo, turismo de bem-estar, religioso, histórico, cultural e rural.  

As cidades integrantes do Circuito das Águas são: Baepedi, Cambuquira, Campanha, Carmo de Minas, Caxambu, Conceição do Rio Verde, Cruzília, Dom Viçoso, Lambari, Jesuânia, São Lourenço, Soledade de Minas e Três Corações. As cidades reúnem cinco parques de águas minerais, 37 fontes naturais, 326 anos de história e 267 pontos turísticos. Muitos municípios ainda possuem casarões históricos nas ruas principais, praças com fontes, balneários disponíveis para banhos, entre outras características.  

##RECOMENDA##

As cidades do Circuito ficam localizadas na Serra da Mantiqueira, em meio à topografia montanhosa da região, na divisa entre MG, SP e RJ. A melhor opção para viajar entre as cidades é de carro. Além das águas termais, é interessante também conhecer o Parque Estadual da Serra do Papagaio, a Área de Proteção Ambiental da Serra da Mantiqueira e outras Unidades de Conservação municipais atrativas. No Parque das Águas, em São Lourenço, aproveite o Centro Hidroterápico Balneário SPA ou o Lago da Ilha dos Amores.  

 

 

Em expedição realizada nas águas profundas do arquipélago de Fernando de Noronha, na Região Nordeste, pesquisadores encontraram quatro possíveis novas espécies de peixes ainda não descritas pela ciência, além de mais 15 espécies inéditas para a região. A presença de sacolas plásticas e detritos de pesca revelou que o impacto humano chega até os locais de maior profundidade.

O estudo envolveu pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), da Academia de Ciências da Califórnia, da Universidade de São Paulo (USP) e das universidades federais do Rio de Janeiro (UFRJ), do Rio Grande do Norte (UFRN), do Pará (UFPA), em parceria com a organização não governamental (ONG) Voz da Natureza. O artigo que descreve a investigação foi publicado na revista Neotropical Ichthyology, na semana passada.

##RECOMENDA##

A finalidade da investigação era conhecer a biodiversidade das áreas mais profundas e contribuir com a sua conservação. Os resultados mostram que as áreas profundas também sofrem os impactos da ação humana e precisam tanto de proteção quanto as áreas rasas de vida marinha. 

Nas áreas mais profundas exploradas na expedição, os cientistas constataram a presença de poluição, como plásticos e detritos de pesca que colocam em risco a vida dos animais marinhos. O artigo ressalta que, apesar da proibição de plásticos de uso único em toda a ilha e da presença de um programa para eliminar as sacolinhas plásticas no local, grande parte dos produtos que podem ser obtidos nas lojas vem embalada em plástico.

Os pesquisadores ressaltam a necessidade de proteção dos ecossistemas das águas profundas, conciliando as atividades de pesca e turismo com a preservação da biodiversidade local, que definem como “única”. Avanços significativos na conservação desses ecossistemas poderiam ser alcançados, segundo o artigo, com a expansão da zona de exclusão de atividades do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha ou com a criação de algumas zonas de exclusão de pesca dentro das áreas marinhas protegidas de uso sustentável.

De Edimburgo a Lisboa, passando por Berlim, os banhistas mais temerários da Europa se lançaram nesta terça-feira nas águas geladas para celebrar o primeiro dia do ano.

A temperatura da água está entre "9 e 10 [graus]. Mas tudo bem! Cai bem!" - disse Claudy, que participa com cerca de outros mil banhistas do mergulho de Ano Novo em Malo-les-Bains, no norte da França.

##RECOMENDA##

Exatamente ao meio dia, os banhistas correram para as águas geladas, alguns molharam apenas as pernas, com uma taça de champanha na mão, enquanto outros mergulharam completamente e várias vezes.

A maioria se vestia com trajes excêntricos, de capa de super-heróis até coletes amarelos (em referência ao movimento de protesto na França).

Em Haia, na Holanda, ao menos 10 mil pessoas participaram do tradicional banho de Ano Novo.

Na ilha de Nordeney, na costa alemã, 500 banhistas se lançaram nas águas do Mar do Norte, com uma temperatura em torno de cinco graus.

Na capital alemã, somente onze membros do clube de natação de inverno "Berliner Seehund" (Focas de Berlim) pularam nas águas geladas do lago Oranke.

No sul da Europa, na praia de Carcavelos, na região de Lisboa, os banhistas se fantasiaram de Papai Noel, prisioneiro e jogador de futebol, entre outros.

[@#galeria#@]

Uma salva de fogos anunciou, às 5h30 de sábado (7), a saída do cortejo que conduzia a berlinda com a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré da Igreja Matriz de Ananindeua rumo ao distrito de Icoaraci, dando início à segunda romaria oficial do Círio de Nazaré 2017. Após uma noite de vigília e orações, a imagem foi acompanhada em carreata na Romaria Rodoviária até o segundo destino da sua caminhada anual, o cais da Vila Sorriso, onde foi recebida por centenas de fiéis para a bênção que marcou a saída do Círio Fluvial pelas águas da Baía do Guajará.

##RECOMENDA##

Assim como no Traslado da última sexta-feira (6), milhares de devotos se prepararam desde as primeiras horas do dia para acompanhar a procissão que partiu da rodovia BR-316, passando pelo entroncamento e seguindo pela avenida Augusto Montenegro. No percurso de quase 24 quilômetros até o trapiche de Icoaraci, o segundo maior das romarias oficiais do Círio, novas e emocionantes homenagens à Virgem de Nazaré.

"A grande mensagem deste Círio é 'Maria, estrela da evangelização'. Que nós corramos atrás desta estrela e que nós sejamos também, de alguma forma, estrelas que conduzem a Jesus", ressaltou o Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira, durante a romaria. Para ele, o Círio é um "evento de fé que resvala em todos os campos da vida humana". "Significa o apostolado da igreja junto dos ribeirinhos, o valor que nós damos, pela fé que professamos, às águas, às matas e a nossa Amazônia. Tudo isso tem um grande significado para nós", destacou.

A imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré chegou ao porto de Icoaraci às 8h40 e, após a bênção aos fiéis, foi conduzida por Dom Alberto Taveira até a corveta Garnier Sampaio, da Marinha do Brasil, que a transporta oficialmente e faz a sua escolta pelas águas da baía do Guajará. Nessa, que marca a terceira romaria oficial do Círio, a imagem peregrina foi acompanhada em um trajeto de mais de 18 quilômetros – o equivalente a 10 milhas náuticas - em uma procissão de aproximadamente duas horas de duração. Durante a romaria, a imagem peregrina abençoou ribeirinhos e fiéis que acompanharam o cortejo fluvial.

O Círio das Águas, como também é conhecida a Romaria Fluvial, é realizado há 32 anos, e começou por iniciativa do historiador Carlos Rocque, presidente da então Companhia Paraense de Turismo (Paratur) - hoje Secretaria de Estado de Turismo (Setur) -, como forma de permitir aos moradores da região das Ilhas de Belém a chance de também homenagear a padroeira do Pará. Ao longo de mais de três décadas, a Romaria Fluvial cresceu exponencialmente. Das cerca de 50 embarcações participantes na primeira edição, em 1986, saltou para mais de 340, este ano, número oficial de embarcações inscritas pela Capitania dos Portos.

Segundo estimativa da Secretaria de Estado de Turismo (Setur), o Círio Fluvial deste ano foi acompanhado por aproximadamente 50 mil pessoas, seja nos barcos ou assistindo a saída da imagem de Icoaraci e a chegada em Belém.

Na chegada à esc adinha da Estação das Docas, por volta das 11horas, a imagem peregrina foi retirada da cúpula de vidro que a protege durante o deslocamento e conduzida até a Praça Pedro Teixeira, onde recebeu honras de chefe de Estado, pela Polícia Militar, como determina a Lei Estadual nº 4371, de 15 de dezembro de 1971, que proclamou a Virgem de Nazaré, Padroeira do Pará e Rainha da Amazônia.

Após a recepção protocolar e homenagens militares e de autoridades governamentais na Praça Pedro Teixeira, a imagem foi conduzida pelas mãos dos bispos auxiliares Dom Antônio de Assis Ribeiro e Dom Irineu Roman para a bênção da população, que desde muito cedo procurou o melhor lugar para acompanhar a chegada da Romaria Fluvial e poder chegar o mais perto possível do símbolo maior dos católicos do Pará.

Após a bênção dos filhos de Maria, a imagem foi colocada novamente em uma réplica da berlinda para dar início à motorromaria, em um percurso de pouco mais de dois quilômetros até o Colégio Gentil Bittencourt. De lá, ela seguiu no início da noite para a Trasladação, rumo à Catedral de Belém, em uma caminhada de fé que antecede a grande procissão do domingo. 

Da Agência Pará.

Como a vida começou na Terra? Um estudo publicado nesta segunda-feira respalda a teoria de que meteoritos que caíram em lagoas mornas do planeta deixaram elementos essenciais que deram origem aos blocos de construção da vida há bilhões de anos.

O estudo, publicado na revista americana Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas), se baseia em "pesquisas exaustivas e cálculos" astrofísicos, geológicos, químicos e biológicos, de acordo com um resumo fornecido pela Universidade McMaster, no Canadá.

O potencial de criação da vida nessas "pequenas lagoas mornas" já tinha sido abordado pelo naturalista britânico Charles Darwin, pai da teoria da evolução, em uma carta a um amigo em 1871.

"Mas se (e oh, que grande 'se') pudéssemos imaginar que em alguma pequena lagoa morna com todo tipo de amoníaco e sais fosfóricos, luz, calor, eletricidade, etc. um composto proteico foi quimicamente formado, pronto para sofrer mudanças ainda mais complexas...", escreveu Darwin.

Desde então, os cientistas debatem se a vida surgiu em lagoas ou em fontes hidrotermais no fundo dos oceanos.

O estudo sugere que a primeira hipótese é a mais provável porque foi necessário um ciclo de período seco-período úmido para que os blocos moleculares de base da lagoa se unissem formando moléculas auto-reprodutoras de ácido ribonucleico (RNA).

Segundo o estudo, estas moléculas de RNA constituíram o primeiro código genético da vida terrestre, anterior ao DNA (ácido desoxirribonucleico).

"Para compreender a origem da vida, temos que compreender como era a Terra há bilhões de anos", explicou Thomas Henning, do Instituto Max Planck de Astronomia, na Alemanha.

"Como nosso estudo mostra, a astronomia nos proporciona uma parte vital da resposta. Os detalhes de como nosso sistema solar se formou têm consequências diretas na origem da vida na Terra", acrescentou.

Há entre 3,7 e 4,5 bilhões de anos, o planeta era bombardeado por meteoritos a um ritmo de oito a 11 vezes maior que a atividade atual, sua atmosfera estava "dominada por gases vulcânicos e a terra firme era escassa, já que os continentes se elevavam do fundo do oceano global", indica o artigo.

Em dado momento, os ingredientes necessários para a formação de polímeros de RNA atingiram as concentrações suficientes nas lagoas e se uniram, enquanto o nível da água subia e descia ao ritmo de ciclos de precipitações, evaporações e drenagem.

Estas formas primitivas evoluíram até o desenvolvimento do DNA, "complexo demais para ter sido o primeiro elemento de vida a aparecer", indicou Ralph Pudritz, do Instituto sobre as Origens, da Universidade McMaster. "Teve que começar por outra coisa, e esta é o RNA", acrescentou.

O Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco recomendou à diretoria-geral do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), órgão vinculado ao Ministério da Integração Nacional, a realização urgente de obras de recuperação da Barragem de Jucazinho, no município de Surubim, no agreste pernambucano. A estrutura entrou em colapso ontem (26) e corre risco de romper quando as chuvas regularizarem a vazão do reservatório.

A possibilidade de rompimento foi indicada por engenheiros do Dnocs em reunião na semana passada com o MPF. Entre os problemas citados no encontro, estão infiltrações e trincas no concreto e na laje, ferragens expostas e poços de alívio danificados e obstruídos. Apesar de a barragem estar praticamente seca atualmente, os técnicos alertaram que a estrutura não vai aguentar a elevação do volume de água do Rio Capibaribe.

##RECOMENDA##

“Além disso, a bacia de dissipação não é capaz de sustentar a vazão de água do rio em período de cheia. Documentos revelam que a situação de risco da barragem já é conhecida pela diretoria-geral do Dnocs desde 2004, inclusive, com a demonstração de dados de engenheiros da própria autarquia”, informou o MPF.

A Barragem de Jucazinho é operada pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), mas a responsabilidade pela segurança do reservatório é do Dnocs, de acordo com o MPF. A própria Compesa chegou a enviar ofício para a autarquia federal em fevereiro de 2016 alertando para a necessidade de obras emergenciais.

A Agência Pernambucana de Águas e Climas (Apac) também já notificou o Dnocs sobre os riscos de possível rompimento da barragem. De acordo com o MPF, a necessidade de obras de adequação e recuperação da represa foi submetida ao Ministério da Integração Nacional em 2014.

De acordo com a Apac, como o período chuvoso do Agreste já passou, é provável que a barragem permaneça seca até o ano que vem. Os recursos estimados para realizar os reparos totalizam R$ 49,4 milhões.

Na recomendação, o MPF pede que o Dnocs inicie as obras da represa em, no máximo, 45 dias, a contar da notificação. Um plano de emergência da barragem e a descrição das ações necessárias em caso de rompimento também devem ser elaborados no mesmo prazo. O Dnocs tem dez dias para informar se acatará a recomendação. Caso a resposta seja negativa, o Ministério Público poderá entrar com uma ação na Justiça para garantir o cumprimento da medida. O responsável pelo caso é o procurador da República Luiz Antônio Miranda de Amorim Silva.

Procurados pela Agência Brasil, o Dnocs e o Ministério da Integração Nacional não responderam até a publicação desta reportagem.

Jucazinho em colapso

A Barragem de Jucazinho entrou em colapso nesta segunda-feira (26). Desde novembro do ano passado, a represa operava com volume morto, e a captação de água era feita por meio de bombeamento. Com o nível da água em 0,01%, o reservatório parou. Com a interrupção, dez das 11 cidades atualmente atendidas pela represa serão abastecidas exclusivamente por carros-pipa.

O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) aprovou hoje (15) o novo Plano de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco durante a 30ª reunião plenária do grupo, em Belo Horizonte. O documento, que tem validade por dez anos, estima em R$30 bilhões os investimentos necessários para sua revitalização e apresenta uma série de informações e apontamentos para a gestão da bacia.

O plano é constituído de seis eixos e 22 metas de ação. Segundo o presidente do CBHSF, Arivaldo Miranda, o documento traz uma plataforma de ação e um caderno de investimentos, mas sua implementação depende da ação conjunta entre governo federal, estados, municípios, empresas e a sociedade civil. “O comitê aponta o que deve ser feito, mas não tem recursos. Se o plano não for observado pelo Poder Público e pela sociedade em geral, ele não vai para frente”, alertou.

##RECOMENDA##

Lidar com a seca é uma das principais preocupações levantadas pelo comitê. “A situação é crítica. Estamos no quarto e podendo ir para o quinto ano de estiagem. Dentro do novo cenário climático, precisamos de um documento que nos oriente, por exemplo, a definir uma meta de vazão de entrega de cada afluente e de cada estado ao rio”, destacou Miranda.

De acordo com o novo plano, a estiagem é um dos fatores que leva à necessidade de diversificação da matriz energética, para reduzir a demanda sobre o rio. “O São Francisco não pode mais ter essa vocação hegemônica para geração de energia elétrica. Seja porque, numa era de extremos climáticos, a estiagem deixa os reservatórios numa situação bastante crítica, seja porque ele tem que atender de forma crescente a outros usos como irrigação, navegação, turismo e pesca. E ainda tem a missão de garantir o abastecimento humano não só pro norte de Minas Gerais, como também para todo o Nordeste, onde ele representa nada menos que 70% de disponibilidade hídrica da região”, comparou o presidente do CBHSF.

O documento aponta que o Rio São Francisco pode continuar gerando energia, mas dentro de uma lógica que não prejudique seus demais usos. O plano propõe a incorporação de outras matrizes, sobretudo de energia mais limpa, como eólica e solar. Para Arivaldo Miranda, isso é possível. “Uma prova é que investimentos em energia eólica realizados em menos de cinco anos ajudaram o São Francisco a enfrentar a crise de estiagem. Nos momentos mais graves, a energia eólica atendeu a 30% da demanda do Nordeste.”

Outro meta proposta pelo plano é o lançamento de esgoto zero no Rio São Francisco. Para isso, é necessário investir em saneamento básico, tratamento e destinação adequada de resíduos sólidos. O comitê fez ainda um apelo para que os biomas do Cerrado e da Caatinga sejam reconhecidos pelo Congresso Nacional como patrimônio nacional, assim como já ocorreu com a Mata Atlântica e a Floresta Amazônica. O reconhecimento poderia ajudar na preservação do meio ambiente da bacia.

Embora o novo plano tenha validade até 2025, a estimativa de R$30 bilhões em investimentos não se restringe a esse período. Trata-se do investimento necessário para toda a revitalização, considerando as condições atuais da bacia, um processo que pode levar 10, 20 ou 30 anos, e que precisa contar com recursos dos três níveis do Poder Público e também da iniciativa privada. O valor envolve obras e ações de gestão. O documento enfatiza a necessidade de monitoramento constante, com estações hidrometeorológicas em funcionamento, pesquisas sobre a qualidade da água e sistemas de outorga confiáveis.

A criação de comitês de bacias hidrográficas foi determinada pela Lei 9433/1997, a mesma que estabelece as diretrizes para a elaboração dos planos de recursos hídricos de longo prazo. O primeiro e único plano para a bacia do São Francisco existente até então era de 2004. “Era um bom plano, feito por técnicos da Agência Nacional de Águas (ANA), embora tenha sido elaborado de maneira apressada, pois era pré-requisito para se aprovar as obras da transposição do Rio São Francisco. Por isso, ele ficou um pouco aquém dos desafios”, avaliou Miranda. Segundo ele, o novo plano é mais consistente, por ter contado com audiências públicas que mobilizaram mais de 4 mil pessoas, com representantes dos vários setores envolvidos, como pesca, agricultura, mineração e energia.

Ministro

O ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, particoipou da reunião do comitê e disse que a revitalização do Rio São Francisco é uma das prioridades do atual governo. “Faremos investimentos em saneamento e abastecimento nas cidades que compõem a bacia. E também precisamos garantir iniciativas de médio e longo prazo para melhorar a qualidade da água do Rio São Francisco”, anunciou.

No mês passado, o presidente da República, Michel Temer, assinou decreto lançando o Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, que foi chamado dePlano Novo Chico. Trata-se de uma atualização do Projeto de Conservação e Revitalização do Rio São Francisco, de junho de 2001. A previsão é de que sejam investidos, até 2026, cerca deR$7 bilhões em ações conjuntas de diversas pastas e órgãos do poder público federal, sobretudo os ministérios da Integração Nacional e do Meio Ambiente.

O presidente do CBHSF destacou que o relançamento do programa de revitalização pelo governo federal atende uma reivindicação do comitê. “Em três meses, mesmo na sua interinidade, o presidente Michel Temer demonstrou sua prioridade em relação ao Rio São Francisco”, comemorou. Segundo ele, a última vez que uma reunião do comitê contou com a presença de representantes do CBHSF recebeu o então vice-presidente José de Alencar e os ministros Marina Silva, do Meio Ambiente, e Ciro Gomes, da Integração Nacional.

Transposição

Segundo o ministro Helder Barbalho, o governo irá concluir ainda este ano a construção do Eixo Leste da transposição do Rio São Francisco, que vai até o município de Monteiro (PB). Apenas obras complementares serão entregues no ano que vem. “Por enquanto, demos início à funcionalidade de trechos conclusos para testes. A efetiva passagem de água do eixo leste irá ocorrer até dezembro”, anunciou.

Já a continuidade da construção do Eixo Norte dependerá de uma nova licitação, cujo edital será lançado nos próximos dias. Isso porque a empreiteira Mendes Júnior, que era responsável pelo empreendimento, sinalizou que não tem mais condições de cumprir o contrato. Esta etapa da obra só deve ser concluída em 2017.

O primeiro dia de maio pode ser de chuva intensa na Região Metropolitana do Recife. A Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) emitiu, na noite deste sábado (30), um alerta com previsão de chuvas moderadas a fortes para as cidades. 

De acordo com a Defesa Civil do Recife, equipes do órgão estarão em Estado de Alerta. Moradores de áreas de risco, se possível, devem procurar abrigo em local seguro. Problemas podem ser reportados pela Central de Atendimento: 0800 081 3400. 

##RECOMENDA##

Um pequeno polvo translúcido, chamado de Cásper por lembrar o famoso fantasma, foi casualmente descoberto durante uma imersão exploratória de grande profundidade perto do Havaí, anunciaram cientistas neste sábado.

"Quando o (veículo teledirigido Deep Discover) ROV cruzava uma zona rochosa plana com sedimentos a 4.290 metros (de profundidade), encontrou um pequeno polvo sobre uma rocha lisa", disse Michael Vecchione, funcionário da Agência Americana Oceânica e Atmosférica (NOA, na sigla em inglês).

"O aspecto deste animal difere de tudo o que foi publicado até agora e é a observação mais profunda já realizada por esta espécie de cefalópode", acrescentou.

O animal foi observado durante uma missão no nordeste da ilha de Necker (Mokumanamana, arquipélago do Havaí) pelo navio Okeanos Explorer, financiado com fundos federais dos EUA para viajar ao redor do mundo desde 2008 e explorar a geologia e a vida marinha.

"Caracteriza-se por contar com uma única fila de ventosas em cada tentáculo, em vez das duas que eles costumam ter, e é particularmente extraordinário, já que não tem células de pigmento, chamados chromatophores, típicos de cefalópodes, e não parece ser muito musculoso", disse a NOAA.

"Isso é o que dá um aspecto fantasmagórico", disse a agência, explicando o motivo de o pequeno polvo ter recebido o nome de Cásper.

Na tentativa de reverter a situação crítica que atinge a barragem de Jucazinho, em Surubim, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) iniciou uma obra emergencial no local. Por falta de chuvas na Bacia do Capibaribe, a barragem está com 3,7% da capacidade. O sistema, um dos mais importantes da região Agreste, é responsável pelo abastecimento de 15 municípios. 

A Compesa, com o objetivo de retirar Caruaru do sistema Jucazinho, decidiu realizar uma inversão do fluxo de água na Estação de Tratamento de Água (ETA) do bairro de Petrópolis para a ETA Salgado; com isso, o município receberá, exclusivamente, água da barragem do Prata, que está com 67% de sua capacidade. Segundo a gerência regional da Compesa, R$ 1,3 milhões será investido para assegurar esta sobrevida a Jucazinho. 

##RECOMENDA##

Previsão dada é de que a obra seja concluída em até 30 dias. A expectativa é melhorar o abastecimento para os bairros do Salgado, Cedro, Cidade Jardim, Inocoop, José Antônio Liberato, Monte Sinai, além do Alto do Moura e do sítio de Lagoa de Pedra. Sem a contribuição de Jucazinho, será necessário ampliar o racionamento de água na cidade. 

O Brasil é - ou era - conhecido no mundo como o país das águas. Isso porque somos detentores de cerca de 13% de toda água doce disponível no planeta. No entanto, também somos os maiores consumidores de água do mundo. Essa afirmação é resultado de uma pesquisa realizada pelo Ministério Público Federal, divulgada recentemente.

Hoje, é realidade no Brasil uma crise hídrica que afeta não apenas a região Nordeste do país – já habituada a longos períodos de estiagem. Muito tem se falado sobre os baixos níveis dos reservatórios em São Paulo, região sudeste. A cidade já está no uso do volume morto do Sistema Cantareira e com outros reservatórios, como o Alto Tietê e o Guarapiranga, entrando em colapso.

E a situação se agrava ainda mais quando avaliamos que, com a falta de chuvas no Sudeste, a principal nascente do rio São Francisco praticamente secou, causando sérias consequências na região Nordeste. Locais onde a água era abundante foram substituídos por bancos de areia e entre os estados de Sergipe e Alagoas, onde a profundidade do rio atingia até dez metros, hoje não passa de dois, dificultando a navegação.

Basicamente, a atual crise hídrica pode ser explicada por três fatores: a situação climatológica absolutamente fora dos padrões habituais, um modelo de consumo de água incompatível com a oferta e obras de infraestrutura hídrica que não foram implementadas tempestivamente.

Infelizmente, apenas a chuva não será capaz de resolver o problema do sistema Cantareira, nem do Alto Tietê ou de Sobradinho, no Nordeste. A verdade é que nos últimos anos o consumo de água aumentou em quase todo o país, sendo a agricultura responsável por 70% do consumo e também quem mais desperdiça - para se ter uma ideia, só em 2013, o agronegócio gastou 200 trilhões de litros de água, o equivalente a 200 Sistemas Canteira cheios.

Para minimizar os dados da crise hídrica, é preciso pensar primeiro em redução de consumo ou em um consumo consciente. Não temos como produzir água para os reservatórios e é possível reduzir os altos índices de consumo através de um controle maior, evitando os excessivos vazamentos na distribuição. Tudo apoiado em tecnologia e investimentos.

Os especialistas atribuem a crise hídrica a uma falta de gestão por parte do governo regional, entretanto, assim como um acidente automotivo não acontece em função de um único problema, a crise da água vivida em São Paulo e no Brasil tem outros fatores que vão além da falta de prioridade por parte das autoridades governamentais ao tema da água.

A pluralidade do Rio São Francisco - da nascente até o litoral - ganhou vida através do ensaio fotográfico realizado por cinco profissionais da Associação Fototech em Pernambuco. A exposição Águas – vida do sertão ao cais integra a programação da Feira Literária Internacional de Pernambuco - Fliporto, dentro da Ecofliporto, que acontece na sexta (14) até o domigo (16), em Olinda.

Os registros da Fototech, compilados em nove painéis com mais de dois metros de altura, convidam os visitantes a apreciarem a beleza das águas nordestinas. As imagens contemplam o rio São Francisco e a praia de Boa Viagem, simulando uma viagem pelo curso fluvial. Além disso, 200 registros projetados via vídeo no local da Ecofliporto integram a mostra.

##RECOMENDA##

A ideia do projeto reforça o espírito de sustentabilidade ecológica e proteção ao meio ambiente, ressaltando a importância das águas para toda a população. As fotos retratam a influência que o Velho Chico exerce ao longo de seu trajeto, beneficiando as cidades ribeirinhas, até desembocar no mar. Os fotógrfos que participaram do ensaio são: Fernando Neves, Marco Antonio Silva, Roberta Guimarães, Wellington Dantas e Yeda Bezerra de Melo.

A exposição não retrata as águas isoladamente, mas todo o seu contexto de interação com o humano, destacando a beleza que reside nessa relação. Um dos encontros mais aguardados da Ecofliporto acontece na quinta (14) às 15h30, quando os cinco fotógrafos se reúnem em uma mesa redonda para falar sobre o processo de criação do ensaio e o tema retratado.

Serviço

Águas – vida do sertão ao cais 

Quinta (14) a domingo (17) 

Praça do Carmo (Carmo - Olinda)

Gratuito

A petroleira Royal Dutch Shell informou que, juntamente com seus parceiros, deve aumentar a produção com dois novos projetos em águas profundas nos campos Parque das Conchas e Bijupirá-Salema, na Bacia de Campos.

Segundo comunicado divulga pela Shell, no caso do Parque das Conchas foi decidido avançar para a Fase 3 do projeto, que vai incluir a instalação de infraestrutura subaquática no campos Massa e Argonauta. A Shell tem 50% do bloco como operadora. Petrobras tem 35% e ONGC, 15%. Quando estiver em operação, a produção deve atingir um pico de 28 mil barris de petróleo equivalente por dia.

##RECOMENDA##

A Fase 2 do projeto continua a progredir e deve começar a produzir no fim do ano, com pico de produção de 35 mil barris de petróleo equivalente por dia.

Nos campos Bijupirá/Salema, a Shell afirma que está promovendo uma reformulação que incluiu a perfuração de quatro novos poços de produção. Com isso, a produção deve atingir 35 mil barris por dia em 2014. Nesses campos a empresa têm uma fatia de 80%, enquanto os 20% restantes são da Petrobras. Fonte: Dow Jones Newswires.

Nova-iorquinos e turistas que quiserem dar um mergulho no Hudson para se refrescar durante a atual onda de calor terão de esperar, diante do surgimento de bactérias resistentes a antibióticos no rio, informaram as autoridades nesta quinta-feira.

Pesquisadores da Universidade de Columbia destacaram a presença dessas bactérias no rio Hudson, que desemboca no lado oeste de Manhattan.

A descarga de águas residuais sem tratamento e diretamente no rio é a mais provável causa da presença desses organismos. Por isso, nadar no Hudson nunca foi tão perigoso.

"Se bactérias resistentes aos antibióticos são encontradas em um ecossistema, é difícil saber de onde vêm, mas, no Hudson, realmente acho que vêm das águas residuais sem tratamento", afirmou Andrew Juhl, microbiólogo da Universidade de Columbia.

Os ambientalistas dizem que há descargas regulares de águas residuais (água depois de utilizada, já poluída) no Hudson, principalmente quando chove muito. Nesses momentos, as estações de tratamento não dão vazão para tratar de toda a água suja.

As autoridades municipais estão tentando melhorar a situação com a instalação de revestimentos para permitir que a água seja filtrada no solo e com a plantação de vegetação nos telhados dos prédios para reduzir o escoamento.

A propagação de bactérias resistentes aos antibióticos foi causada, particularmente, pelo uso excessivo desses medicamentos para infecções menores. Nos Estados Unidos, 100 mil pessoas morrem todos os anos vítimas de infecções resistentes a antibióticos por contágio nos hospitais.

Nos últimos dias, uma onda de calor castiga o nordeste do país. Em Nova York, a temperatura passa de 35°C.

A cidade de Buíque, localizada no Agreste de Pernambuco, está em situação de colapso no abastecimento por conta da estiagem. A barragem de Mulungu – que abastece a região – secou e os moradores do município passaram a depender exclusivamente de carros-pipa. 

Para tentar solucionar o problema, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) está construindo um novo sistema de abastecimento. O sistema de Buíque vai receber água a partir de três poços localizados no Vale do Catimbau, na Zona Rural do município. 

##RECOMENDA##

Com isso, será recuperada uma vazão correspondente a cerca de 40% da demanda habitual da cidade, cerca de 40 m³/h. As obras estão sendo executadas em caráter emergencial e foram viabilizadas com recursos do governo do Estado, com investimento total é de R$ 2 milhões.

Após a regularização das chuvas, o sistema vai complementar o abastecimento da cidade em períodos de normalidade. Dos 11 km de extensão da nova adutora, 95% já foi implantada, faltando a montagem dos poços, a construção da estação elevatória (sistema de bombeamento) e a energização do novo sistema produtor.

Com informações da assessoria

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando