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No dia em que a mentira é tratada com humor, nesta quinta-feira (1º), políticos viraram alvo de internautas que os relacionaram com o Dia da Mentira. Nas redes sociais, as hashtags #BolsonaroDay, #AgripinoDay e #DoriaDay questionaram a idoneidade dos governantes e sua confiabilidade sobretudo no enfrentamento da Covid-19.

As críticas ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), recaíram sobre sua postura rígida na gestão da pandemia. A pressão se refere às medidas restritivas impostas no Estado para conter a pandemia da Covid-19 e o fato de ter sido desmentido pelo laboratório norte-americano Mount Sinai ao afirmar que a vacina Butanvac é 100% brasileira.

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Além da campanha #DoriaDay, o segundo nome do gestor foi usado na tag #AgripinoDay, que conta com cerca de 108 mil compartilhamentos.

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O presidente Jair Bolsonaro também virou meme na campanha virtual que conta com mais de 33,4 mil tweets. Além do nítido negacionismo contra vacinas e normas sanitárias preconizadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), afirmações que descartavam um pacto com o Centrão e falas não sustentadas da campanha de 2018 também foram expostas.

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Com 120 deputados, o bloco formado pelos partidos da "antiga oposição" ao governo Dilma Rousseff - PSDB, PSB, PPS e DEM - deve fechar apoio à candidatura de Rodrigo Maia (DEM-RJ) pela presidência da Câmara. Maior partido da frente, o PSDB, com 55 deputados, decidiu não lançar um nome, mas será o fiel da balança no processo, após o candidato Júlio Delgado (PSB-MG) sinalizar que desistirá de concorrer.

Na noite desta terça-feira, 12, o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), se reuniu com o presidente em exercício Michel Temer e com Agripino Maia (RN), presidente do DEM, no restaurante Le Jardim du Golf, onde o ministro da Educação, Mendonça Filho, comemorava o aniversário com líderes e parlamentares.

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Segundo interlocutores, Temer está preocupado com a candidatura de Marcelo Castro (PI) pelo PMDB. Aliados dizem que o Planalto deve agir hoje para "desidratar" a candidatura do peemedebista.

Tucanos presentes no aniversário avaliam que a entrada do ex-ministro de Dilma Rousseff na disputa acabou facilitando a construção da unidade no bloco da "antiga oposição". O PSDB resistia à ideia de apoiar um nome identificado com o Centrão, frente partidária construída pelo ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e rejeita a candidatura de Castro, que votou contra o impeachment de Dilma.

Resistência

O nome de Delgado havia sido escolhido na noite de segunda-feira pela bancada do PSB, que soma 34 deputados. A decisão levou o então candidato Heráclito Fortes (PI) a sair da disputa. "Se tiver alguém com mais força para vencer o candidato do Cunha, eu saio", dizia Delgado à tarde.

Os tucanos passaram o dia reunidos e foram interrompidos várias vezes pelo assédio dos candidatos à presidência da Casa. Pelo menos sete dos 14 postulantes ao mandato-tampão foram até a sala de reuniões da liderança do PSDB.

A conversa mais longa aconteceu com Maia, que foi acompanhado do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM). Ao chegar ao local, ele teve de esperar em outra sala da liderança o fim da visita de Beto Mansur (PRB-SP) para entrar na reunião. Todos prometeram apoiar o PSDB na disputa pela presidência da Casa em fevereiro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ao requerer ao Supremo Tribunal Federal (STF) a quebra do sigilo bancário e fiscal de José Agripino Maia (DEM/RN), presidente nacional do Democratas, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, atribuiu ao senador ‘estratégias de lavagem de dinheiro’. Em manifestação de dezoito páginas entregue ao ministro Luís Roberto Barroso, o procurador assinalou que ‘no curso do complexo investigatório denominado Operação Lava Jato, colheram-se elementos que apontam no sentido da solicitação e do recebimento, de forma oculta e disfarçada, de vantagens pecuniárias indevidas por parte do senador’.

O afastamento do sigilo de Agripino, um dos principais e mais ferrenhos opositores do governo Dilma no Senado, foi acolhido pelo ministro Barroso.

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O ministro autorizou, ainda, o afastamento do sigilo de dados bancários e tributários de empresas e de familiares de Agripino, inclusive um filho dele, o deputado Felipe Maia (DEM/RN).

Segundo o procurador-geral da República, o suposto repasse de propinas ao presidente do DEM teria ocorrido no âmbito da parceria público-privada relativa à construção pelo grupo empresarial OAS, da Arena das Dunas, em Natal, para a Copa do Mundo de 2014, realizada no Brasil.

"Diante da complexidade e do vulto das operações financeiras verificadas no caso, bem como em face da possibilidade de a situação; ao apresentar interesse do ponto de vista tributário, revela-se conveniente que se autorize o compartilhamento dos dados bancários com a Receita Federal, para que auxilie na investigação e, eventualmente, utilize essas informações para ações fiscais", destacou o procurador-geral.

Janot afirma que ‘os elementos constantes dos autos indicam que os fatos se relacionam a complexo esquema de recebimento e repasse de valores ilícitos para várias pessoas, mediante a utilização de diversas empresas, com a finalidade de ocultar a origem e o destino final dos recursos envolvidos’.

"Nesse contexto, mostra-se essencial a descoberta da verdade, o acesso aos dados fiscais e bancários dos implicados na situação", escreveu Janot no pedido endereçado ao ministro do Supremo, Corte que detém competência para autorizar investigação sobre políticos com foto privilegiado. "Investigações envolvendo crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, como é a hipótese dos autos, passam necessariamente pela análise de dados fiscais e bancários, diante dos limites da prova oral nessas situações. O único meio eficaz de prova visualizado, neste momento, para o rastreamento da origem e, sobretudo, do destino dos recursos envolvidos consiste no afastamento dos sigilos mencionados."

O procurador-geral sustenta que ‘os direitos fundamentais, principalmente os de caráter individual, como a garantia do segredo de dados, são relativos’.

"Nessa perspectiva, o direito a privacidade, que fundamenta os sigilos fiscal e bancário, pode ser mitigado em favor da investigação e da persecução penal. O interesse particular em preservar o segredo de certas informações deve ceder diante do interesse público na elucidação da prática de crimes", destaca o procurador.

Janot ressalta existência de ‘indícios suficientes’ da prática de crimes como corrupção passiva e lavagem de dinheiro. "Há fundadas razões para a quebra de segredo de dados. Nesse contexto, para desvendar as particularidades das estratégias de lavagem de dinheiro possivelmente adotadas pelo senador José Agripino Maia, cumpre afastar os sigilos fiscal e bancário do parlamentar e dessas pessoas físicas e jurídicas."

O período do afastamento de segredo, a pedido de Janot, vai abranger os anos de 2010 - um ano antes dos fatos, o que é relevante para fins de fixação de parâmetros e verificação de compatibilidade da evolução patrimonial dos envolvidos - até 2015, um ano depois dos fatos, ’em face do caráter permanente do delito de lavagem de dinheiro’.

Rodrigo Janot anexou à sua manifestação trechos do Relatório de Inteligência Financeira 17758 do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF). O documento registra que ‘os atos suspeitos de lavagem de dinheiro relacionados ao senador José Agripino Maia’ envolvem basicamente três grupos de pessoas, além do próprio parlamentar: familiares, empresas familiares e atuais ou ex-assessores do parlamentar - destacando-se Luiz Monteiro Santana Junior, motorista de Agripino no Senado, Olga Maria Ferreira Porto, chefe de gabinete do parlamentar no Senado e Victor Neves Wanderley, que era assessor parlamentar do gabinete do senador.

"Percebe-se que algumas das operações suspeitas de lavagem de dinheiro envolvendo o senador ocorreram exatamente na época de campanhas eleitorais, em 2010 e 2014?, argumenta Rodrigo Janot. "Isso, igualmente, indica que os pedidos de doações eleitorais feitos pelo parlamentar à OAS, prontamente atendidos, podem constituir na verdade solicitações e repasses de propina de forma dissimulada."

"As providências requeridas vão acelerar o processo de esclarecimento dos fatos investigados. Tenho certeza que tornarão clara a improcedência da acusação que me é feita, de conduta irregular na construção da Arena das Dunas.", disse Agripino por meio de nota

"A quebra dos meus sigilos fiscal e bancário, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal, contribuirá para esclarecer em definitivo os fatos investigados e comprovará a falta de fundamento e consistência das acusações feitas contra o senador José Agripino e pessoas ligadas a ele", disse o deputado Felipe Maia.

Parlamentares da oposição usaram às redes sociais nesta sexta-feira (7) para criticar a propaganda partidária do PT, exibida em rede nacional de rádio e TV nessa quinta-feira (6), e também, a postura da legenda em meio ao ‘panelaço’. Em reposta a manifestação realizada por muitos brasileiros com batuques em panelas, o PT divulgou vídeo com o mesmo objeto, porém cheio de comidas.

“O Partido dos Trabalhadores debochou do direito sagrado dos brasileiros de protestar contra o que está errado e anda mal. Faltou admitir que os principais responsáveis são eles mesmos. Recebeu o merecido panelaço”, disparou o deputado federal e líder da Minoria na Câmara dos Deputados, Bruno Araújo (PSDB).

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No Facebook, o líder do DEM na Câmara Federal, deputado Mendonça Filho, criticou a veiculação, alegando não apresentar os principais problemas vivenciados no Brasil. “O programa partidário do PT mostrou que Dilma vive em outro país. Incluindo o próprio ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os petistas utilizaram o programa de TV para bater nos adversários a quem praticamente responsabilizaram pela crise atual. Mas nós não aceitamos isso”, cravou. 

Mendonça alegou que sua preocupação está na volta da inflação e na crise econômica. “Nós estamos conectados com os anseios expressos nas ruas, estamos preocupados com a volta da inflação, a queda do crescimento econômico, o desemprego rondando as famílias. E exigimos que se apure a fundo, as graves revelações da Lava Jato. A crise econômica e a corrupção deslavada são obras do PT, são responsabilidades de Dilma e Lula”, alfinetou o democrata. 

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O presidente nacional do DEM, senador José Agripino também se manifestou sobre a veiculação petista. Para ele, os atos públicos da população revelam a indagação com o PT. “Se no que o PT diz as pessoas acreditassem, elas não estariam exibindo seu protesto e sua revolta com a intensidade que mostraram. O PT não se constrange em apresentar programa de produção milionária, exibindo números que não traduzem a dura realidade que o país vive hoje”, ressaltou. 

Semelhante a Mendonça, Agripino ironizou afirmando que os petistas vivem um conto de fadas. “Nenhuma palavra de desculpas sobre a corrupção, sobre a volta da inflação nem sobre a economia parada. É como se o Brasil vivesse um conto de fadas e não o filme de terror que assistimos”, criticou o senador. 

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de abertura de inquérito para investigar o senador José Agripino Maia, presidente nacional do DEM. O parlamentar foi citado em delação premiada de empresário do Rio Grande do Norte na qual é acusado de ter cobrado propina de R$ 1 milhão para permitir um esquema de corrupção no serviço de inspeção veicular do Estado.

A delação premiada, feita pelo empresário George Olímpio, foi divulgada no domingo pelo programa Fantástico, da TV Globo. Como senador, Agripino Maia tem foro privilegiado e por isso cabe ao PGR pedir a abertura de inquérito ao Supremo. O caso foi distribuído à ministra Cármen Lúcia no STF, que deverá decidir se aceita ou não o pedido.

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O empresário George Olímpio, segundo promotores que acompanham o caso, teria montado um esquema envolvendo as principais autoridades do Rio Grande do Norte para aprovar uma lei que criava o sistema de inspeção veicular no Estado. A aprovação da lei, segundo a investigação, teria ocorrido sem obedecer os trâmites legais. O esquema de corrupção é investigado pela Operação Sinal Fechado, deflagrada em 2011.

Procurado, o senador disse que desconhece o pedido de abertura de inquérito contra ele e disse estar "surpreso e perplexo". Segundo Maia, o delator George Olímpio já tinha feito uma declaração em cartório desmentindo a denúncia contra o parlamentar. "Essa renovação de um mesmo fato a mim causa perplexidade. Essa acusação de uma doação de um milhão já tinha ido à PGR, mas tinha sido arquivada", disse o senador. Ele também disse que fará amanhã um discurso em sua defesa na tribuna do Senado.

Em delação premiada ao Ministério Público do Rio Grande do Norte divulgada no domingo (22) pelo programa Fantástico, da TV Globo, o empresário potiguar George Olimpio acusou o senador José Agripino Maia (DEM-RN), presidente nacional do DEM, de cobrar mais de R$ 1 milhão para permitir um esquema de corrupção no serviço de inspeção veicular investigado pela Operação Sinal Fechado do Ministério Público Estadual, em 2011.

Segundo Olimpio, além de Agripino, participavam do esquema a ex-governadora do Rio Grande do Norte e atual vice-prefeita de Natal, Vilma de Faria (PSB), seu filho Lauro Maia, o presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira (PMDB), e o ex-vice-governador Iberê Ferreira (PSB), morto em setembro do ano passado. Todos negaram envolvimento.

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De acordo com a delação premiada feita ao Ministério Público, o acerto com Agripino teria acontecido na cobertura do senador, em Natal. "A informação que temos é que você deu R$ 5 milhões para a campanha do Iberê", teria dito o senador, segundo o delator. Olimpio respondeu que doou R$ 1 milhão para a campanha do ex-vice e prometeu entregar R$ 200 mil imediatamente ao senador e outros R$ 100 mil na semana seguinte. "Aí ficam faltando R$ 700 mil", teria dito Agripino.

O empresário interpretou o comentário do senador como uma "chantagem". "Os R$ 1,15 milhão foram dados em troca de manter a inspeção", disse Olímpio.

Em entrevista ao Fantástico, Agripino confirmou ter recebido Olimpio tanto na cobertura em Natal quanto em seu apartamento em Brasília. De acordo com o senador, o empresário é "parente de amigos" de seu pai.

Agripino, no entanto, negou enfaticamente ter cobrado ou recebido propinas de Olimpio. "Ele não me deu R$ 1 milhão coisíssima nenhuma. Eu nunca pedi nenhum dinheiro, nenhum valor, conforme ele próprio declarou em cartório", disse o senador. "É uma infâmia."

Em 2012 Olimpio registrou um documento num cartório de Natal no qual afirmava nunca ter dado dinheiro ao presidente nacional do DEM.

De acordo com os promotores que investigam o caso, o empresário mudou de ideia em 2014, quando, sentindo-se abandonado pelos amigos, procurou o Ministério Público para sugerir a colaboração em troca de benefícios penais.

Embora tenha feito a delação, Olimpio continua figurando como réu no processo. Os documentos que envolvem Agripino foram remetidos à Procuradoria-Geral da República, já que o senador tem direito a foro privilegiado.

Segundo os promotores que cuidam do caso, Olimpio teria montado um esquema que envolveria as principais autoridades do Estado para aprovar uma lei que criava o sistema de inspeção veicular no Rio Grande do Norte.

O presidente da Alern, Ezequiel Ferreira, teria recebido R$ 500 mil para aprovar a lei atropelando todo o rito legal. Segundo a Promotoria, o projeto que instaurava a inspeção veicular potiguar não passou nem sequer pelas comissões temáticas da casa antes de ser levada ao plenário.

A relação do empresário com políticos teria começado em 2008, quando Olimpio, por meio de um instituto responsável por gerir taxas referentes a financiamentos de automóveis no Rio Grande do Norte, repassava parte dos valores recebidos às mais altas autoridades do Estado.

Em um vídeo exibido no início da reportagem, Olimpio aparece entregando maços de notas ao então diretor do Detran potiguar Erico Valerio de Souza, também envolvido no esquema de pagamento de propinas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Tramita no Senado o Projeto de Lei (PLS 54/2014) que visa apoiar o desenvolvimento de start-ups no Brasil. A medida pretende possibilitar a dedução na base de cálculo do Imposto de Renda das Pessoas Físicas que investem nesses empreendimentos em até 20% do valor integralizado. 

Proposto pelo senador José Agripino (DEM-RN), a proposta deve aumentar a competitividade e chances de sucesso das start-ups no País. O investidor não pode atuar como gerente, diretor, administrador ou acionista majoritário. O mesmo deve ser sócio investidor ou sócio cotista para fazer jus ao desconto na declaração.  

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O Ministério da Ciência e Tecnologia tem um programa de incentivo às start-ups. Entretanto, ele estimula o investidor que apoia essas empresas, segundo Agripino.

O presidente do Democratas, senador José Agripino (RN), afirmou nesta terça que o partido não vai recorrer à Justiça para reaver o mandato do ex-líder da bancada Demóstenes Torres (GO). O parlamentar enviou-lhe uma carta na qual pede seu desligamento do DEM.

"O partido não tem argumento para a demanda", afirmou Agripino, para quem caberá ao Conselho de Ética do Senado decidir sobre a perda do mandato do senador goiano. Demóstenes é acusado de ter se tornado sócio do empresário do ramo de jogos ilegais, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso na Operação Monte Carlo da Polícia Federal.

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Na carta de duas páginas que enviou ao presidente do DEM, Demóstenes alegou que sua saída ocorreu por "justa causa" e o partido argumenta que o senador teria se desviado de forma reiterada do programa do partido. Dessa forma, a legenda não poderia pedir o mandato de Demóstenes de volta.

Um assessor jurídico do partido afirmou à Agência Estado, sob a condição do anonimato, que é difícil pedir o mandato de Demóstenes porque não ocorreu, no caso, infidelidade partidária. Do ponto de vista político, o DEM não tem dado mostras de que quer comprar briga na Justiça Eleitoral contra ele.

Para o líder da bancada da Câmara dos Deputados, Antonio Carlos Magalhães Neto (BA) o caso Demóstenes é "assunto superado" dentro do partido. "A gente não passa a mão na cabeça de quem erra. Se ele não tivesse pedido para se desfiliar, certamente seria expulso. Não temos nenhum problema em cortar na própria carne".

O senador Jayme Campos (DEM-MT) afirmou nesta terça que o colega de partido José Agripino (DEM-RN) vai acumular a presidência do Democratas com a liderança da bancada no Senado. Um dos cotados para assumir o posto, Campos conversou nesta tarde com Agripino no plenário da Casa e chancelaram o acordo. O senador do Mato Grosso não poderia regimentalmente assumir o cargo porque já é o líder da oposição no Senado.

Ao contrário de Campos, José Agripino, mesmo sendo presidente do Democratas, não teria qualquer impedimento de ordem legal para acumular as funções. O acordo será informado à bancada do partido, em reunião ainda nesta terça-feira.

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Campos, que é presidente interino do Conselho de Ética, disse que a situação do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) é "desagradável". Mas não quis emitir uma opinião sobre se o caso envolvendo Demóstenes deve ser julgado pelo colegiado. Ele disse que caberá, primeiro, ao corregedor da Casa, Vital do Rêgo (PMDB-PB), avaliar as provas para depois, se for o caso, remetê-las para o conselho.

"Eu até prefiro não emitir um juízo, porque compete ao colegiado. Se externar minha opinião, eu seria até suspeito para participar", disse. Campos elogiou a iniciativa de Demóstenes de não "expor o partido", ao renunciar à liderança.

O presidente nacional do DEM, José Agripino Maia, disse há pouco que houve incapacidade do governo do PT em evitar que se instalasse uma greve da Polícia Militar no Estado da Bahia. Na avaliação do dirigente, houve negligência tanto das administrações federal e estadual, ambas comandadas pelo Partido dos Trabalhadores, ao não antecipar o diálogo com os grevistas. "O Brasil está perplexo e profundamente preocupado com o que está acontecendo na Bahia, pela incapacidade do governo do PT de, pela via da negociação, evitar que uma greve desse porte se instalasse", afirmou, durante o "Primeiro Seminário de Preparação de Candidatos", na Capital.

Agripino Maia disse, ainda, que na Bahia os governos estadual e federal se confundem, porque são "unha e carne". "Na Bahia, o governador Jacques Wagner, a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva são uma coisa só." E continuou: "Não vamos dissociar a negligência do poder estadual com a do poder federal, porque o que não houve foi a capacidade de evitar a greve." O dirigente frisou, ainda, que os agentes públicos têm de evitar que uma greve da PM aconteça porque, uma vez instalada, ela torna-se incontrolável.

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O presidente nacional do DEM lembrou que o governo federal não enviou a Força Nacional em uma greve semelhante da PM, ocorrida recentemente no Ceará. "Mas, na Bahia, o governo federal mandou a Força Nacional em 24 horas", criticou.

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