Tópicos | Valdir Simão

Terminou nesta segunda, 28, a reunião da presidente Dilma Rousseff com os ministros Jaques Wagner (Casa Civil), Nelson Barbosa (Fazenda), Valdir Simão (Planejamento) e Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo). Foi o primeiro encontro de Dilma com os membros da junta orçamentária depois da saída de Joaquim Levy do Ministério da Fazenda. O encontro durou quase três horas.

A reunião serviu, para entre outros temas, discutir o fechamento das contas da União deste ano. Nesta tarde, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, publicou um texto pedindo uma "nova e ousada" política econômica para 2016, no qual pede o fim da "altas de juros e cortes de investimentos" e cobra a adoção de medidas para a retomada do crescimento em 2016.

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Falcão disse confiar na nova equipe econômica. "Sabemos da competência, habilidade e capacidade de diálogo dos novos ministros Nelson Barbosa e Valdir Simão. Confiamos em que eles deem conta da tarefa, mudando com responsabilidade e ousadia a política econômica." Com o texto, o presidente do PT junta-se ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e grupos sociais e sindicais que cobram a adoção de medidas concretas para acompanhar a entrada do novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa.

Pedaladas

Enquanto Dilma estava com os ministros, o secretário interino do Tesouro Nacional, Otávio Ladeira, informou que governo decidiu pagar ainda em 2015 todas as dívidas com bancos públicos e fundos apontadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) - as chamadas pedaladas fiscais. Segundo Ladeira, a intenção é quitar os passivos com recursos do caixa do Tesouro, do colchão (reserva) para pagamento da dívida pública e uma pequena fatia com a emissão de novos títulos.

Governadores

Um pouco antes do início da reunião, o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, esteve no Palácio da Alvorada para cumprimentar a presidente e desejar "feliz ano novo". Ele negou que tenha ido entregar a lista de reivindicações elaborada em reunião hoje com outros governadores.

Mais cedo, Pezão fez cobranças para que o governo federal publique os novos indexadores que serão utilizados no cálculo da dívida dos Estados e dos municípios como medida para aliviar a crise enfrentada por todas as unidades da Federação. Ele também cobra uma revisão dos valores repassados pela União para a área de saúde. Doze governadores reúnem-se nesta tarde em Brasília para discutir pontos de consenso e elaborar a lista de reivindicações para apresentar ao Palácio do Planalto.

Antes de Pezão, também esteve no Alvorada o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, que cuida da defesa da presidente Dilma no processo de impeachment.

Depois da polêmica saída de Joaquim Levy do Ministério da Fazenda, a presidente Dilma Rousseff empossou nesta segunda-feira (21) como titular da pasta Nelson Barbosa, que até então comandava o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Valdir Simão é quem assumiu o MPOG.

A cerimônia foi breve e a presidente iniciou o discurso elogiando o trabalho de Levy. “Sua presença à frente do Ministério da Fazenda foi decisiva para que fizéssemos ajustes imprescindíveis. Sua dedicação, assim como o seu trabalho, ajudaram na aprovação da legislação fiscal, mesmo em um ambiente de crise política”,sustentou. “Em um momento conturbado na economia e na política, o ministro Joaquim Levy superou difíceis desafios e muito contribuiu para a estabilidade e governabilidade”.

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A presidente também enfatizou ter confiança nos novos ministros da Fazenda e do Planejamento, considerando que eles têm “experiência e competência de sobra” e “estão prontos para ser a equipe do reequilíbrio fiscal e retomada de crescimento”.

“A mudança da equipe econômica não altera nossos objetivos de curto prazo, que são restabelecer o equilíbrio fiscal, reduzir a inflação, eliminar a incerteza e retomar com urgência o crescimento”. Para a presidente, caberá aos ministros Nelson Barbosa e Valdir Simão “contagiar a sociedade brasileira com a crença de que equilíbrio fiscal e crescimento econômico podem e dever seguir juntos”.

"Três orientações imediatas eu levo aos ministros da área econômica: trabalhar com metas realistas e factíveis, para construir credibilidade, atuar para reduzir consistentemente a dívida pública e fazer o que for preciso para retomar o crescimento, sem guinadas nem mudanças bruscas, atuando em ambiente de estabilidade, previsibilidade e flexibilidade”.

Dilma também defendeu os esforços econômicos e fiscais feitos pelo governo ao longo de 2015. “Promovemos um extraordinário esforço fiscal. Reduzimos despesas, revimos desonerações e recompusemos tarifas, produzindo uma economia de gastos da ordem de R$ 134 bilhões, o equivalente a 2,3% do PIB. É verdade que frente a forte queda das receias, terminaremos o ano com déficit fiscal. A nossa taxa de crescimento foi afetada por fatores internos e externos”. “Perseguimos em 2015 uma estratégia de estabilização fiscal que continuará nos guiando nos próximos anos, com metas realistas e transparentes”.

Ela também lembrou que o Congresso Nacional está analisando a proposta de recriação da CPMF, assim como outras medidas oriundas do governo. “Há medidas imprescindíveis a aprovar, sem as quais o reequilíbrio não será mantido e a retomada do crescimento será muito dificultada”, defendeu. “Precisamos aprovar reformas, como aquela na área de Previdência, cujo objetivo é assegurar a sustentabilidade o médio e no longo prazo do patrimônio dos trabalhadores”.

Mais cedo, em conferência com investidores, Barbosa tentou acalmar os ânimos do mercado e transmitir a continuidade do compromisso do governo com a meta fiscal de 2016. Segundo ele, a redução da inflação e o ajuste fiscal continuam recebendo a atenção da gestão do país. Para o próximo ano, as reformas da Previdência Social e tributária serão prioridades. "Esperamos consolidar e terminar a proposta no início de 2016", afirmou. Para o novo ministro, essa mudança é essencial para o equilíbrio das contas públicas.

Otimista, o agora ministro da Fazenda garantiu que o governo irá manter os programas sociais em execução. "Estamos fazendo programas sociais compatíveis com a situação fiscal. Criamos nova linha do Minha Casa Minha Vida reduzindo os custos fiscais do programa", frisou.

Apesar dos embates ao longo de 2015 com Joaquim Levy, Barbosa manteve o tom ameno e elogiou o trabalho do antecessor. "Por conta das mudanças sob a liderança de Levy, eu acho que começo numa base mais favorável e vou me beneficiar do trabalho que já foi feito", considerou.

Em meio aos acertos finais da reforma ministerial, que pode culminar no fatiamento da Controladoria Geral da União (CGU), o ministro-chefe do órgão, Valdir Simão, teve concedida aposentadoria voluntária. A passagem de Simão para a "inatividade remunerada" foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (30). O ministro é ocupante do cargo de Auditor Fiscal da Receita Federal, do quadro permanente de pessoal do Ministério da Fazenda no Estado de São Paulo.

A aposentadoria dele ocorre em meio às indicações de que a presidente Dilma Rousseff deve tirar da CGU o status de ministério e dividir as funções do órgão para outras pastas. A CGU é responsável pelo combate à corrupção no Executivo.

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A intenção do Palácio do Planalto em fatiar as funções da corregedoria deverá acarretar na saída de Simão do governo. Segundo integrantes da articulação política, Simão, em conversas nos últimos dias, disse que ao deixar o Executivo pretende ficar na aposentadoria.

A informação de que Dilma conta com um redesenho da estrutura da CGU foi passada a representantes de sindicatos de servidores do órgão por Simão, no início da noite de ontem. "O ministro confirmou que existe o estudo para um novo desenho da CGU, mas que ainda não foi batido o martelo pela presidente Dilma", afirmou o presidente do Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle, Rudnei Marques, que participou da reunião.

Entre as possibilidades avaliadas nessa nova configuração da CGU, está a incorporação de parte das atividades de controle interno do Executivo pela Casa Civil, hoje comandada por Mercadante. Além disso, a Ouvidoria ficaria sob o comando do novo Ministério da Cidadania, ainda em negociação com aliados do governo, e a parte da Corregedoria ficaria com o Ministério da Justiça.

O ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Valdir Simão, disse nesta sexta-feira, 15, que, apesar de avanços, a Lei de Acesso à Informação ainda não está consolidada no País. Neste sábado, 16, a lei completa três anos em vigor.

Depois de pesquisar a efetividade de aplicação das normas da lei em 492 municípios com até 50 mil habitantes, incluindo todas as capitais do País, a CGU verificou que menos de 10% dos municípios pesquisados regulamentaram as normas. Entre os Estados, 21 e o Distrito Federal já têm regulamentação vigente.

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Apesar de a CGU não ter papel de fiscalizar a lei, Simão lembrou que o diagnóstico pode ajudar em ações do Ministério Público Federal e de tribunais de contas. "O descumprimento pode caracterizar ato de improbidade administrativa", comentou, durante apresentação de ranking de transparência.

"Corrupção não é só uma questão de caráter, é também questão de oportunidade. Na medida em que nós aperfeiçoamos a lei, e a transparência é uma ferramenta essencial para isso, nós inibimos a corrupção", disse.

O relatório apontou que os Estados de São Paulo e Ceará são os que possuem maior transparência pública de informações em todo o País. Os menos transparentes são Amapá e Rio Grande do Norte. A CGU não analisou quais são as razões dessa baixa transparência.

A lei - sancionada em novembro de 2011, mas em vigor desde maio de 2012 - garante o acesso a documentos públicos de órgãos federais, estaduais, distritais e municipais dos três Poderes. O sigilo de documentos só será justificável em casos de proteção da segurança do Estado e de informações de caráter pessoal. A lei ainda obriga todo órgão público municipal, estadual e federal a responder pedidos de informação sobre os serviços prestados a qualquer cidadão.

O ministro-chefe da Controladoria-Geral da União, Valdir Simão, disse nesta quinta-feira (23), que as perdas de R$ 6,2 bilhões da Petrobras com corrupção no ano passado poderão servir de “referência” para ressarcimentos em eventuais acordos de leniência que venham a ser celebrados com as empresas investigadas na Operação Lava Jato. “A partir da contabilização, certamente a empresa tem um valor base para a busca do ressarcimento. Ainda não temos detalhes sobre como [as perdas] foram contabilizadas nas contas da Petrobras. Isso vai nos ajudar também nos processos de responsabilização e, eventualmente, em algum acordo de leniência que porventura possa vir a ser firmado. É uma referência, mas precisamos entender como os cálculos foram feitos”, disse Simão.

Com atraso, a Petrobras divulgou nessa quarta-feira (22) o balanço fiscal auditado do ano passado entregue à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Pelos cálculos da empresa, houve prejuízo de R$ 6,2 bilhões com os desvios de recursos investigados pela operação Lava Jato, da Polícia Federal. O resultado líquido de 2014 ficou negativo em R$ 21,6 bilhões.

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Usando metodologia baseada no conteúdo das investigações do Ministério Público Federal, os valores referentes à Lava Jato referem-se a 3% do valor de contratos com 27 empresas membros do cartel entre 2004 e 2012. Entre as diretorias, a de Abastecimento foi responsável pelo desvio de R$ 3,4 bilhões, a de Exploração e Produção, por R$ 2 bilhões, e a de Gás e Energia, por R$ 700 milhões.

O secretário executivo do Ministério do Turismo, Valdir Moysés Simão, está deixando o cargo, segundo decreto publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira. Simão passará a ocupar o cargo de assessor especial do gabinete pessoal da presidente da República. A nomeação para o novo posto também está publicada no Diário Oficial.

O Diário Oficial da União publicou hoje a nomeação de Valdir Moysés Simão para o cargo de secretário-executivo do Ministério do Turismo. Valdir era secretário de Fazenda do Distrito Federal e presidiu o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Ele assume depois de uma "faxina" no ministério, provocada pela Operação Voucher, da Polícia Federal, que resultou na prisão de mais de 30 pessoas, inclusive do então secretário-executivo da pasta.

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