Tópicos | Uso da Internet

Os pré-candidatos às eleições municipais deste ano devem redobrar a atenção com o uso da internet durante o período que antecede a campanha eleitoral, principalmente os prefeitos que vão disputar reeleição. Com novas regras em vigência, algumas que começaram a vigorar no último sábado (2), diversas prefeituras anunciaram a suspensão da atualização das redes sociais oficiais da gestão, entre elas a do Recife.

De acordo com a legislação, nas plataformas oficiais das gestões municipais as postagens que antecedem o dia 2 de julho de 2016 podem permanecer, mas é imprescindível que estejam datadas para que se comprove que foram veiculadas antes do período eleitoral. Os posts feitos antes desse prazo não devem ser reeditados ou promovidos, fazendo com que a publicação volte a aparecer na página. "Caso seja comentado e aparecer em destaque na linha do tempo, é necessário fazer a ocultação ou exclusão do post", sugere a advogada eleitoral Diana Câmara 

##RECOMENDA##

Para evitar punições, de acordo com a especialista, o recomendado é inabilitar, durante o período eleitoral, o campo de comentários das redes sociais e também dos sítios eletrônicos oficiais. Assim, propagandas com números e slogan dos candidatos podem ser evitadas, causando possível dano à candidatura do gestor.

Onde não for possível promover a suspensão de comentário, como é o caso do Facebook, o ideal é fazer um "black list", que consiste da proibição de determinados termos na página. Nome e número de candidatos, siglas e nomes de partidos políticos, slogans de campanhas, palavras-chaves como eleições, segundo turno e similares são sugestões para a "lista negra".

"Quem vai concorrer à reeleição tem que redobrar os cuidados. Mas um prefeito que não vai para a reeleição e está indicando um candidato também não pode fazer essas condutas. Ou seja, as proibições têm o condão de resguardar a isonomia do pleito, que todos os candidatos concorram com igualdade de oportunidades", alertou a advogada. 

Os sites oficiais das prefeituras também sofreram restrições, não é mais permitida a veiculação de publicidade institucional que se destina a divulgar atos, ações, programas, obras, serviços, campanhas, metas e resultados dos órgãos e entidades do Poder Executivo Municipal. 

Os psiquiatras e psicólogos afirmam: aumentou e muito o número de pacientes nos consultórios em detrimento do uso compulsivo da Internet e dispositivos digitais móveis. "Tudo que vira compulsão se torna um vício. Exitem pacientes que desenvolvem verdadeiros Trastornos Obsessivos Compulsivo por conta dos eletrônicos e redes sociais", disse o psicólogo João Henrique.

A medida que a internet invadiu a vida moderna, tornando-se onipresente, uma série de transtornos mentais ligados ao uso da tecnologia digital acompanhou a população. "O uso dos equipamentos eletrônicos, principalmente o smartphone, que está atrelado a internet, faz com que as pessoas sintam que ele faz parte do corpo e da vida. Muitos entram em depressão ou tem crises de pânico quando, por exemplo, o gadget descarrega", continua.

##RECOMENDA##

Vemos que as redes sociais e o uso de smartphones que acompanham essa era digital só faz aumentar. O famoso muro das lamentações foi transformado em mural e timeline, os amigos, em meros expectatores da vida e a alegria, muitas vezes é compartilhada e vivida por notificações de mensagens. "Os amigos virtuais, as notificações, a popularidade na internet, faz com que a pessoa se sinta útil e bem. Quando há um esquecimento, ou uma apatia nas redes sociais, muitos pacientes apresentam sintomas de depressão, por pensarem que não são amados", disse. "Dificilmente as pessoas publicam coisas triste em suas redes sociais. Sempre são festas, viagens, promoções. Algumas pessoas experimentam esse tipo de situação de forma positiva, outras já nutrem outro tipo de sentimento perante as postagens e muitas vezes essa quantidade exacerbada de publicações consideradas positivas é uma rota de fuga do autor", complementa.

"Vivia tanto tempo grudada ao telefone, que muitas vezes sentia o celular vibrar ou tocar, quando percebia, nem com o celular próximo estava", disse a estudante de comunicação, Rebeca Marques. Isso que Rebeca narrou tem nome. Chama-se "Síndrome do toque fantasma", que acontece quando o cérebro faz com que você pense que seu celular está vibrando quando na realidade nem ligado, muitas vezes, está.

Esse tipo de distúrbio já foi tese de doutorado e transformou-se em um livro. Segundo o autor do livro  iDisorder, Dr. Larry Rosen, 70%  usuários intensivos de dispositivos móveis já relataram ter experimentado o telefone tocando ou vibrando mesmo sem ter recebido nenhuma ligação. Tudo graças a mecanismos de resposta perdidos em nossos cérebros. "Como trata-se de um TOC, ansiedade e depressão, já que os vícios levam a esse diagnóstico, se for prescrito realmente, depois de uma avaliação, que a pessoa tem algum tipo de distúrbio  neste sentido, um acompanhamento psiquiátrico, seguido de uma terapia, será um dos caminhos utilizados para a cura", disse o psiquiatra Dr. Luiz Antônio de Albuquerque.

 

 

 

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando