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Várias cidades banhadas pelo Rio Grande, no sul de Minas Gerais, estão sujeitas a elevações ou reduções repentinas do nível de água. O motivo para isso é a autorização concedida pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) para que as usinas de Furnas possam abrir os vertedouros acelerando o processo de geração de energia elétrica.

A medida - tomada em razão da estiagem e da crise energética - coloca em risco pescadores, banhistas, embarcações e outros usuários do rio nos municípios abaixo da barragem de São João Batista do Glória (MG). Também são afetados as localidades de Cássia, Ibiraci e Delfinópolis.

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A medida vale para as Usinas de Furnas, Mascarenhas de Moraes e Marimbondo. E, por causa dessa necessidade de produção de energia e os efeitos no rio, o Corpo de Bombeiros e a própria Usina de Furnas passaram a emitir alertas para evitar acidentes e vítimas. O nível da água pode subir ou descer em pouco tempo e o perigo é grande para quem estiver nadando ou navegando pela região.

De acordo com os bombeiros, o risco existe quando a usina acelera o processo ou mesmo quando reduz de repente. No caso de a água baixar de uma vez, buracos surgem na areia ou pedras e árvores podem aparecer em vários pontos. E, em caso contrário, quando a usina libera as comportas de repente, o problema é a correnteza.

Seca.

A necessidade de geração de energia por parte das hidrelétricas de Furnas ocorre, principalmente, em razão da estiagem. Como o Brasil depende muito dos rios e as chuvas foram escassas nos últimos meses, a falta de água e a ameaça de um apagão se tornaram constantes.

O Lago de Furnas, apesar de estar no nível mais baixo dos últimos 13 anos, é fundamental para várias usinas do Sudeste. O problema é que a geração de energia implica em soltar água e reduzir o reservatório que também é a base da economia de mais de 30 municípios que vivem do turismo, agricultura e pesca - todos dependentes do rio e que sentem os efeitos dessa medida. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os relatórios do Ministério de Minas e Energia de julho de 2013 indicavam que a primeira turbina da termoelétrica Parnaíba II (antiga Maranhão III) entraria em operação em outubro daquele ano. De lá pra cá, o cronograma da térmica - de propriedade da Eneva, ex-MPX - mudou cinco vezes. Na última alteração, ocorrida às vésperas do início de funcionamento, a data foi adiada por nove meses. Casos como o de Parnaíba II recheiam os relatórios do Departamento de Monitoramento do Sistema Elétrico da Secretaria de Energia Elétrica (DMSE).

O jornal O Estado de S. Paulo analisou todos os documentos divulgados mensalmente, após a reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), desde janeiro do ano passado até agora. Os dados foram cruzados com o último relatório da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), referente a março. No período, quase 3 mil megawatts (MW), de cerca de 70 usinas, previstos para entrar em operação no primeiro trimestre deste ano - após inúmeras revisões - tiveram as datas adiadas para os próximos meses. Isso representa quase 90% do que era previsto.

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Num período de estresse no armazenamento de água nos reservatórios como agora, esse volume poderia fazer diferença para o País: seria suficiente para abastecer uma cidade de cerca de 8 milhões de habitantes - ou todo o Estado do Ceará. Mas, além desse prejuízo, especialistas afirmam que as constantes revisões dos prazos podem prejudicar a operação do sistema. Tudo que é projetado para o futuro afeta preço e operação. Com mais energia para entrar, o cenário fica mais otimista, diz o diretor do Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Energético (Ilumina), Roberto Pereira D’Araujo.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) afirma que as informações são usadas na elaboração dos Programas Mensais de Operação, tanto no cálculo da disponibilidade de energia no curto prazo como no cálculo de custo futuro, que considera um horizonte de cinco anos à frente. "O ONS considera na programação mensal as informações oficiais mais atualizadas disponíveis."

A tarefa, no entanto, não é fácil. Há casos de usinas que, entre janeiro do ano passado e fevereiro deste ano, tiveram 11 alterações consecutivas no cronograma de entrada em operação, como os parques eólicos Icaraí I e Cerro Chato V.

A primeira previsão de Icaraí I era maio do ano passado, mas ela só começou a gerar energia em março deste ano. Já o cronograma de Cerro Chato V estabelecia o início de funcionamento em março de 2013. Pelo último relatório da Aneel, a nova data está marcada para 15 de maio deste ano.

A Eletrosul, responsável pelo empreendimento, explicou que havia a intenção de antecipar as datas previstas nos relatórios, mas por problemas na entrega de equipamentos não conseguiu manter o cronograma pretendido. Mesmo problema afetou o andamento da conclusão das unidades Anta 1 e 2, da hidrelétrica de Simplício, em construção pela estatal Furnas. Em janeiro do ano passado, as unidades estavam previstas para começar a operar em julho de 2013. Agora a expectativa é julho de 2014 e janeiro de 2015.

A Hidrelétrica Batalha também teve remarcações mensais desde janeiro do ano passado. Foram nove revisões, que prorrogaram a entrada em operação de julho de 2013 para abril deste ano. Segundo Furnas, que também é responsável pela construção da usina, o projeto foi impactado pela demora de três anos na concessão da licença de instalação e pela necessidade de adequações do projeto às condições geológicas do local.

As Hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, em construção no Rio Madeira, também seguem o mesmo ritmo de revisões no cronograma e atrasos. Na avaliação do presidente da CMU Comercializadora, Walter Froes, não há gestão em cima dos projetos. Ele destaca, por exemplo, as térmicas do Grupo Bertin que não foram construídas como o previsto. "Se essas usinas, com capacidade de cerca de 5 mil MW, tivessem entrado em operação, hoje o nível dos reservatórios estaria 25 pontos porcentuais acima do atual."

Ficção

As constantes revisões nos cronogramas mês a mês revelam falhas no planejamento e fiscalização das usinas. Segundo o executivo de uma consultoria que prefere não se identificar, se uma unidade está prevista para entrar em operação no mês seguinte ou dois meses à frente é porque praticamente tudo está pronto. O adiamento de nove meses, por exemplo, indica que o planejamento não tem uma visão real da situação ou as datas são muito otimistas.

Por outro lado, se o governo fosse retirar do cronograma todas as usinas com problema, o sistema elétrico já teria acendido o sinal alerta há muito mais tempo, destaca um outro executivo, que já fez parte da equipe do governo, na administração de Luiz Inácio Lula da Silva. "É preciso ver a realidade feia ou bonita. Não adianta ver a situação com lentes cor de rosa."

Em nota, o Ministério de Minas e Energia afirma que as alterações sucessivas de datas de entrada em operação não ocorrem com todos os empreendimentos de geração. "Hoje são monitorados cerca de 520 empreendimentos de geração. Destes, mais da metade estão com o cronograma em dia." De qualquer forma, diz o Ministério, as constantes mudanças são ponto de atenção e de ações permanentes por parte do Ministério.

"Esta dinâmica de atrasos levou o CMSE, na última reunião, a criar um grupo de trabalho com o objetivo de melhorar o diagnóstico dos atrasos e, consequentemente, das alterações sucessivas do cronograma." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Grupo Virgolino de Oliveira (GVO), um dos dez maiores produtores de açúcar e etanol do Brasil, relatou um passivo financeiro total de R$ 2,865 bilhões no terceiro trimestre, encerrado em 31 de janeiro, ou seja, em nove meses do ano-safra 2013/2014. O resultado, que corresponde a 87,45% dos R$ 3,276 bilhões de ativos totais da empresa, causou insatisfação no mercado e o BTG Pactual rebaixou a recomendação para os bonds - títulos de dívida no exterior - do GVO de “segurar” para “vender”.

Segundo relatório obtido pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, os analistas do BTG justificam a recomendação por não verem sinais de refinanciamento nas dívidas, bem como soluções definitivas para problemas estruturais e a alta alavancagem da companhia. O relatório do banco informa que um “upgrade” nos papéis só seria possível com uma renegociação de parte substancial da dívida ou, em um cenário improvável de acordo com a instituição financeira, uma capitalização pela venda de uma participação do grupo.

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No documento, os analistas relatam a preocupação de que o atraso no refinanciamento das dívidas possa trazer problemas de liquidez na safra 2014/2015, já iniciada. Citam que a recente recuperação judicial do Grupo Aralco, também emissor de bonds externos, tornará mais difícil ao GVO obter empréstimos no mercado doméstico.

O diretor financeiro (CFO) do Grupo Virgolino de Oliveira, Carlos Otto Laure, admitiu o momento de turbulência no mercado, mas disse discordar da avaliação do BTG. Segundo ele, duas operações devem ser anunciadas em breve para alongar o perfil da dívida. A primeira seria o refinanciamento e outra uma captação de recursos.

Apesar de relatar no balanço uma dívida de R$ 964,56 milhões a vencer até 2015 - R$ 366,85 milhões em empréstimos, R$ 467,571 milhões em adiantamentos feitos pela Copersucar e R$ 128 milhões com fornecedores de cana-de-açúcar -, o CFO informa que o refinanciamento necessário é de R$ 290 milhões até janeiro do próximo ano. “Os valores da Copersucar são adiantamentos e não podem ser incluídos, porque serão cobertos com a produção. A dívida com produtores é provisionada para o pagamento no acerto final da safra, que ocorre agora”, afirmou.

Uma fonte ouvida pelo Broadcast, que adquire dívida não performada, disse que bancos já começam a se desfazer do crédito da GVO, temendo deterioração maior na capacidade de pagamento da empresa.

Laure classifica o momento como “turbulento e difícil”, mas considera que “a palavra recuperação judicial não existe no GVO, um grupo de mais de 90 anos, que já passou e saiu de outras crises”. O executivo admite que a companhia está aberta a negociar uma fatia para se capitalizar. “Estamos abertos a ouvir qualquer tipo de proposta; aqui não tem vaca sagrada.”

Em relação aos bonds de US$ 600 milhões, com vencimento de 50% em 2018 e a outra metade em 2022, o GVO avalia que há receita suficiente até lá para a recompra e que a variação cambial tem pouco efeito nos papéis. Isso porque a companhia exporta até 55% da produção, um total de US$ 300 milhões por ano. “Teremos US$ 1,2 bilhão de receita até o vencimento dos primeiros bonds.”

Os bônus de dívida da companhia operam no patamar de 50% do valor de face há vários dias, o que significa que embutem a perspectiva de a empresa não honrar seus compromissos. Segundo uma fonte que opera nesse mercado em Nova York, o bônus com vencimento em 2018 era cotado a 56% do valor de face na compra e 58% na venda, e o último negócio foi no dia 17, a 55%. O bônus 2022 valia 55.50%/57.50%, alta de 0,875% em relação a quarta-feira, 19.

Um relatório do Banco Pine diz que, embora exista risco no curto prazo, o que faz os analistas do banco terem perspectiva negativa para os bônus, os papéis podem estar oferecendo oportunidade de compra. “Os bônus podem retornar níveis de default para high yield usuais se a companhia conseguir atravessar a atual tormenta em que se encontra”, dizem os analistas do Pine.

O GVO tem quatro usinas no Estado de São Paulo, com capacidade de moagem total de 12 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra e de produção máxima de 1,1 milhão de toneladas de açúcar e 1,465 bilhão de litros de etanol. Os volumes de produção de açúcar e álcool variam de acordo com o destino da cana processada nas safras. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com o forte período de estiagem, sobretudo no mês de janeiro, a expectativa de produção de cana-de-açúcar para a safra 2014/15, cuja colheita começa a partir de abril, ainda é uma incógnita, segundo fontes ouvidas pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Na atual safra, a 2013/14, que se encerra em março, a colheita deverá ficar em torno de 595 milhões de toneladas na região Centro-Sul do Brasil e quase 53 milhões de toneladas nas regiões Norte e Nordeste, segundo Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da Unica (União da Indústria da Cana-de-açúcar (Unica). "O volume de cana (para a próxima safra) poderá ser bem maior, mas a produtividade deverá ser afetada", diz Rodrigues.

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A consultoria Datagro, especializada no setor de açúcar e etanol, também ainda não fechou suas estimativas para a próxima safra. Para Plínio Nastari, presidente da empresa, o ciclo de baixa dos preços do açúcar - em torno de US$ 0,15 por libra-peso (a referência para a usinas é o contrato 11 da bolsa de Nova York) - deverá se encerrar no fim do ano. Se confirmado, deve dar fôlego à indústria.

De acordo com Rodrigues, da Unica, a nova safra deverá ter custos ainda maiores, uma vez que houve aumento do diesel e dissídio coletivo. "Estamos construindo internamente uma pauta do setor para discutir com os candidatos (à presidência)", afirmou.

Etanol estratégico

Uma maior clareza sobre o que o etanol representa para a matriz energética do governo federal é a principal questão colocada entre os executivos, analistas e a Unica. "O que está pendente no setor são medidas de longo prazo", disse Rodrigues.

Um dos problemas do etanol é que o preço não pode variar de acordo com os custos de produção, como acontece com a maior parte das commodities, diz Thadeu Silva, diretor do departamento de inteligência em commodities da consultoria IntlFCStone. "O preço está travado junto com o da gasolina no Brasil", diz.

Uma saída para os produtores brasileiros tentarem ganhar produtividade seria o investimento em ganhos de produtividade, tanto nos canaviais quanto nas destilarias. O problema, segundo o especialista, é que a própria situação do mercado impede que esses investimentos sejam feitos. "É um momento difícil. As empresas não podem trabalhar para reduzir custos porque isso poderia elevar ainda mais suas dívidas."

Segundo ele, o Brasil está importando gasolina, enquanto poderia estar usando o etanol para suprir o aumento da demanda por combustíveis, que ainda cresce em ritmo chinês. Para Silva, a opção do governo de segurar os preços dos combustíveis é perigosa. Porém, liberar o preço do combustível pode disparar o gatilho para uma espiral inflacionaria, diz.

Gasolina

De acordo com Cid Caldas, diretor do departamento de cana-de-açúcar e agroenergia, do Ministério da Agricultura, o setor sucroalcooleiro não pode atrelar mais competitividade esperando um aumento do preço da gasolina.

No ano passado, o governo federal liberou uma linha de R$ 2 bilhões para financiamento de estocagem de etanol, mas as usinas pegaram R$ 1,4 bilhão do total. A outra linha, o Prorenova, para investir em renovação dos canaviais, dos R$ 4 bilhões, as usinas pleitearam R$ 2,4 bilhões. "No caso da linha de estocagem, o etanol era o produto de garantia. No caso do Prorenova, as usinas tinham que dar um ativo, o que talvez muitas não o fizeram por não estarem em condições para isso", disse.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

ARACAJU (SE) - Barra dos Coqueiros, municipio localizado na região metropolitana de Aracaju, poderá ter uma usina de carvão, enquanto que em Laranjeiras, lozalizada a 20 Km de Aracaju, uma usina termelétrica de gás natural. Tudo isso poderá acontecer caso as empresas interessadas vençam o 2º Leilão de Energia A-5/2-013, que será realizada no dia 13 de dezembro pelo Governo Federal, através da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O assunto é mantido em sigilo pela EPE, que não divulga o nome das empresas interessadas no leilão. 

A usina termelétrica de carvão terá 600 megawatts, será um investimento de R$ 1,2 bilhão, e se o consórcio for vencedor, a instalação se dará em 2018. O mesmo é para o outro consórcio em Laranjeiras, que será um investimento de R$ 1 bilhão, na instalação de uma termelétrica de gás natural. Esses números são genéricos a respeito dos consórcios interessados em investir em Sergipe.

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Segundo a assessoria de imprensa da EPE, este 2º Leilão de Energia atingiu o maior número de empreendimentos cadastrados para um certame desde que o Governo Federal passou a realizar leilões públicos para contratação de energia elétrica, em 2005. Foram inscritos junto à Empresa de Pesquisa Energética – EPE um total de 929 empreendimentos, perfazendo uma capacidade instalada também recorde de 35.067 megawatts (MW). 

A assessoria ainda diz, que como nos últimos leilões, a maior oferta de projetos e de capacidade de geração: os 670 parques eólicos totalizam 16.420 MW. Destaca-se ainda a forte presença de empreendimentos de geração solar fotovoltaica, sendo a segunda fonte de geração com o maior número de inscrições: 152 projetos. 

O presidente do EPE, Maurício Tolmasquim, os pouco mais de 35 mil MW inscritos na EPE, através dos 929 projetos, tornam este leilão o de maior interesse por parte dos investidores – não apenas para o Brasil, mas em todo mundo. “Essa grande oferta potencial nos traz tranquilidade, ao assegurar uma quantidade de projetos mais do que suficiente para atender à demanda de energia elétrica em 2018”, avalia Tolmasquim. 

Com informações de assessoria

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, reafirmou nesta terça-feira, 13, que os responsáveis pela falha de ligação entre as usinas de Jirau e Santo Antônio e o sistema de transmissão são os consórcios que constroem as duas usinas. O ministro descartou, por enquanto, um processo administrativo porque, segundo ele, a falha já vinha sendo corrigida. "A solução deste problema interessa principalmente aos consórcios, pois são eles que perderiam ao não usar a capacidade plena das usinas", disse. O ministro lembrou que os equipamentos necessários para a solução da falha já estariam encomendados e disse que, se houver necessidade, ele mesmo poderá conversar com a Receita Federal para tentar mediar a entrada dessas máquinas no País.

Lobão ainda comentou que, se o governo da Venezuela procurar as autoridades brasileiras para suprimento de energia, o seu ministério irá avaliar de que forma poderá enviar auxílio ao país. Ele lembrou que o Brasil compra eletricidade da Venezuela para abastecimento de parte da Região Norte que ainda não está interligada ao sistema nacional. No início desta semana, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, decretou estado de emergência no sistema elétrico nacional por 90 dias.

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Uma guerra judicial aberta por associações de empresas do setor de energia contra o governo está deixando em aberto uma conta de cerca de R$ 3 bilhões referente ao pagamento das usinas térmicas. Hoje, 65 das 70 térmicas do País estão ligadas. Elas foram acionadas em outubro de 2012 e, pelas estimativas do governo, vão funcionar pelo menos até novembro deste ano, gerando cerca de 18% da energia do País.

O ponto de partida da pendenga foi a mudança de regra para o pagamento das térmicas, que são ligadas quando há risco de falta de energia. Desde 2007, o custo adicional é pago exclusivamente pelos consumidores: as famílias brasileiras (cobradas pelas distribuidoras na conta de luz) e as grandes empresas (que pagam diretamente).

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Em março deste ano, a regra foi alterada por uma resolução do Conselho Nacional de Política Energética, o órgão que assessora a Presidência da República em temas do setor de energia. Por essa nova regra, entre abril e julho deste ano, metade da conta das térmicas continua a ser paga pelos consumidores, mas a outra metade deveria ser rateada com comercializadores e geradores. Ou seja: também arcariam com o custo parques eólicos, grandes e pequenas usinas hidrelétricas e até as próprias térmicas. Em agosto, a previsão é que o custo das térmicas deixe de ser cobrado em separado e passe a compor o cálculo do preço da energia do País.

A maioria dos novos pagadores, porém, não concordou com a divisão. Entidades do setor e mesmo algumas empresas entraram na Justiça para não pagar. Uma dezenas de liminares já foi concedida suspendendo o pagamento.

Desde abril, a conta das térmicas já está em cerca de R$ 4 bilhões. Metade é dos distribuidores. Os outros cerca de R$ 2 bilhões deveriam ser rateados entre geradores e comercializadores. Em julho, a previsão é que as térmicas custem outros R$ 2 bilhões. A metade é das distribuidoras e a outra parte deveria ser quitada pelo resto dos agentes, não fosse a briga judicial. Entidades que representam parte dos geradores, como Abragel e Apine, comercializadores, a Abraceel, e até as térmicas, a Abraget, conseguiram liminares suspendendo o pagamento de associados. Com isso, estão no limbo R$ 3 bilhões. Ou seja, metade da conta das térmicas no período.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente do Sindicato dos Químicos de Guaíra (SP), Célio Pimenta, afirmou nesta segunda-feira ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que as atividades nas usinas de açúcar e etanol da região, no norte de São Paulo, seguem normalmente, mas que greves ainda podem ocorrer. De acordo com Pimenta, as usina não haviam sido notificadas, oficialmente, sobre a possibilidade de interrupção dos trabalhadores. Se as notificações forem enviadas, as greves podem começar entre esta terça-feira, 28, e quarta-feira, 29, e durar tempo indeterminado, afirmou.

Os trabalhadores das usinas Guarani, Açucareira Guaíra, Colorado e Alta Mogiana ameaçam paralisar atividades desde a semana passada, caso não seja aceito o reajuste salarial de 7,16% acrescido de um aumento real de 5% pedido pela categoria. As quatro indústrias empregam cerca de 3 mil trabalhadores. Outra unidade do Estado de São Paulo que ameaçava entrar em greve nesta segunda-feira era a Califórnia, em Parapuã, no oeste do Estado. Procurada pelo Broadcast, a usina afirmou que as operações não haviam sido interrompidas e que as negociações com o sindicato continuam.

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A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) assinou, nessa quinta-feira (18), no Recife, uma parceria com a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf). A ideia do convênio é incentivar o desenvolvimento do projeto que viabilizará quatro usinas experimentais movidas a biogás, combustível gerado a partir de resíduos, tais como lixo e fezes de animais.

De acordo com informações da instituição de ensino, o investimento foi de R$ 45 milhões, em que desse montante, 13% foi bancado pelo governo do Estado e todo o restante pela Chesf. O valor servirá para o estudo de viabilidade da produção de biogás, o mapeamento dos locais para a instalação das quatro usinas, a construção das plantas industriais, os equipamentos e a implantação de um laboratório especializado no setor.

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Duas das quatro usinas usarão a manipueira como matéria prima, com capacidade para gear 0,2 megawatts (MW). A manipueira é um líquido extraído da mandioca quando ela é prensada no processo de fabricação da farinha.  Uma das unidades usará a vinhaça, sub-produto do processo de produção do álcool, como matéria prima e produzirá 1 MW. Segundo a UFPE, toda energia é suficiente para abastecer em torno de 20 mil residências de classe média baixa. A previsão é que o projeto inteiro seja finalizado em 36 meses.  

 



O presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, afirmou que tanto Itaipu quanto as usinas nucleares de Angra I e II bateram recordes de produção de energia no ano passado. Segundo ele, a geração de Itaipu em 2012, que foi de 98 terawatt por hora, "é a maior geração que uma empresa já fez no mundo". Costa concede entrevista coletiva à imprensa em Brasília para apresentar os resultados do ano passado.

O presidente destacou o crescimento das distribuidoras do grupo, que foi de 12,1% no ano passado. Ele comparou esse resultado com o crescimento do consumo de energia elétrica, que foi de 3,5% no mesmo período e do Produto Interno Bruto (PIB), que foi de 0,9%. Segundo ele, uma das causas para o crescimento da Eletrobras é que a empresa "reduziu perdas".

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A China anunciou nesta quarta-feira que está pronta para aprovar a construção de novas usinas nucleares, parte de um ambicioso plano para reduzir a dependência de petróleo e gás natural. Assim, está encerrada a moratória imposta após o desastre ocorrido em Fukushima, no Japão.

O governo disse que o objetivo é gerar 30% da eletricidade do país a partir de fontes renováveis e de reatores nucleares no fim de 2015. Isso representa um aumento em relação à meta anterior, que era de 15% de energia vinda de fontes renováveis e 5% de energia nuclear em 2020.

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O Partido Comunista está promovendo agressivamente a utilização de energia solar, eólica, hidrelétrica e outras para diminuir a dependência de petróleo importado, que é vista como um risco para a segurança nacional. O governo não informou datas para o início da construção das usinas. As informações são da Associated Press.

Um convênio entre a Secretaria de Ciência e Tecnologia (Sectec), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCT), Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel) e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) resultou no desenvolvimento de uma planta piloto de uma usina heliotérmica que será localizada em Petrolina, sertão de Pernambuco.

A usina será geradora de energia limpa por meio de transformação térmica dos raios do sol, terá suas obras iniciada já no próximo mês, começando pela terraplanagem do terreno.

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Com capacidade de gerar um megawatt de energia, a usina abre também a possibilidade de que estudos e novas tecnologias sejam desenvolvidas se aproveitada a estrutura e a mão de obra qualificada presente no local. Para incentivar ainda mais esse desenvolvimento, está prevista a criação de um Centro de Pesquisa responsável pelo estudo das tecnologias empregadas e as novas tecnologias, além da formação de mão de obra especializada para os trabalhos da usina e a certificação de equipamentos.

A usina que terá o investimento de R$ 27,5 milhões recebeu R$ 1 milhão da UFPE, R$ 4,2 pela Cepel, R$ 5 milhões da Sectec e a maior parte da Finep, 17,3 milhões de reais.

No mesmo espaço também será montada uma usina fotovoltaica que através de placas instaladas captam energia do sol e a transforma em eletricidade; é capaz de gerar três megawatts de energia. Esta é uma parceria entre a sectec, Chesf e UFPE e receberá um investimento de R$ 45 milhões.

Conversão heliotermoelétrica – O sol aquece as caldeiras, o vapor das águas em caldeira faz movimentar um gerador. O calor emitido pelo sol é armazenado em concentradores solares. O princípio do funcionamento é semelhante ao de uma termelétrica, se diferenciando apenas pelo fato de que, nas usinas heliotermelétricas o calor do sol é o que alimenta as turbinas.

As paralisações de funcionários em três das maiores usinas hidrelétricas em construção no País não preocupam até o momento o Ministério de Minas e Energia (MME). Na avaliação de técnicos da pasta, existe certa folga nos cronogramas desses empreendimentos. Além disso, a expectativa do governo é de que o processo de negociação, que já entrou no Palácio do Planalto, possa levar as partes a um acordo o mais rápido possível.

Em busca de melhores condições de trabalho, parte dos empregados na construção das usinas de Belo Monte, Jirau e Santo Antônio paralisou as atividades nesta semana, em um movimento que já se tornou recorrente nas obras de hidrelétricas no Norte do País. Segundo o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME, Altino Ventura Filho, as greves deflagradas são apenas "conjunturais".

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"Esse tipo de evento não necessariamente compromete o andamento das obras, até mesmo porque os cronogramas dessas usinas já foram antecipados, uma vez que os consórcios ganham mais se entregarem a energia em um tempo menor", afirmou o secretário à Agência Estado. "Além disso, o crescimento da economia brasileira tem sido menor do que o previsto, portanto a demanda energética também diminui", acrescentou.

Ventura Filho também lembrou que os cronogramas das obras são reestimados todos os anos, levando em consideração os acontecimentos imprevistos, que vão desde as oscilações no regime das chuvas a até mesmo os acidentes nos canteiros. "Todo tipo de imprevisto já é considerado, inclusive as greves", completou.

Desta forma, na visão do MME, as greves por enquanto não prejudicam a entrega de energia dessas usinas nos próximos anos. Mas o secretário pondera que, se os movimentos se arrastarem por muito tempo, aí sim seus efeitos poderão começar a ser sentidos na produção futura. "A expectativa é de que se chegue a um entendimento o mais breve possível. O ministério não participa diretamente das negociações, mas acompanha o processo de perto", disse o secretário.

Na próxima semana, o secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, deve instalar uma comissão tripartite com representantes dos trabalhadores, das empreiteiras e do Ministério do Trabalho para buscar um acordo que viabilize a retomada por completo das obras. De acordo com Ventura Filho, o MME foi convidado para realizar uma exposição sobre a importância dessas usinas para o suprimento energético do País nesta década.

"Metade da energia necessária para os próximos dez anos virá das hidrelétricas e 73% desse total já estão contratados. A segurança energética brasileira é muito elevada", concluiu o secretário.

Licenciamento

Ventura Filho afirmou que o MME também está acompanhando o desenrolar da situação da Usina de Teles Pires, cujas obras foram suspensas nesta semana devido a uma decisão da Justiça Federal de Mato Grosso, que invalidou a licença ambiental do empreendimento. "Modificações no projeto serão feitas se forem necessárias. Os atores envolvidos nesse processo devem chegar logo a um entendimento", avaliou.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) disse nesta terça-feira que os testes de estresse nas usinas nucleares do Japão são geralmente consistentes, em sintonia com as normas da agência, mas novas inspeções serão necessárias depois que os testes forem completados.

Os testes de estresse estão "geralmente" de acordo com as normas da AIEA, disse James Lyons, o chefe da delegação da agência, a funcionários do governo, depois de apresentar um relatório sobre a visita da delegação de nove dias ao Japão.

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O relatório diz que os reguladores nucleares japoneses deveriam assegurar que todas as ações futuras ligadas aos serviços de energia nuclear "sejam documentados e acompanhados de inspeção, conforme o caso". As informações são da Dow Jones.

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