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Usinas hidrelétricas de várias regiões do Brasil começaram a abrir as comportas desde a última semana.  Na usina de Itaipu Binacional, as comportas da calha esquerda foram abertas neste sábado (14), com vazão de 1.400 m³/s. A previsão de vertimento é de dez dias, mas a programação pode ser alterada.

Já as usinas do Rio Madeira, no Complexo Belo Monte, e das Bacias do Rio São Francisco foram abertas durante a semana. Para os próximos dias é esperado o início do vertimento na Hidrelétrica de Tucuruí, no Pará.

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A medida excepcional é tomada com a recuperação dos níveis dos principais reservatórios do Sistema Interligado Nacional. Segundo o Ministério de Minas e Energia, os reservatórios superam 60% de armazenamento em janeiro, mês com chuvas acima da média em algumas regiões do país.

De acordo com o MME, em geral, a abertura dos vertedouros ocorre por dois fatores principais: garantir a segurança das barragens, quando o volume dos reservatórios chega aos patamares máximos, e redução da demanda de energia, como é esperado em janeiro. Assim, a água que passaria pelas turbinas é escoada nos vertedouros.

Há um conflito entre usuários da navegação e o setor elétrico pelo uso da água na foz do Rio São Francisco, aponta um parecer técnico aprovado pela Câmara Técnica Institucional Legal (CTIL) do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco. A navegação estaria comprometida na área localizada entre os estados de Alagoas e Sergipe, com redução da vazão de 1.300 m³/s, que é considerado aceitável, para em torno de 900 m³/s.

A denúncia foi feita ainda em 2014 pela organização Canoa de Tolda, sociedade socioambiental do Baixo São Francisco, e a empresa fluvial Estrela Guia, que opera na travessia entre Piaçabuçu-AL e Brejo Grande-SE. Os denunciantes apontam estarem sofrendo prejuízos principalmente nas atividades turísticas.

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No parecer emitido, a CTIL recomenda à Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), que opera as hidrelétricas de Sobradinho e Xingó, à Agência Nacional de Águas (ANA), responsável pela norma restritiva, e ao Ibama, que visem a diminuição de impactos socioeconômicos na localidade. O próximo passo será encaminhar o documento para aprovação da Diretoria Colegiada do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), que levará para a anuência do plenário. As Associações de Barqueiros de Penedo, de Neópolis e de Santana do São Francisco, assim como a Colônia de Pescadores Z12, de Penedo, já aderiram à denúncia dos representantes do Baixo São Francisco. 

Com informações da assessoria

 

Na manhã desta terça-feira (28), uma roda de discussão na sede da Agência Nacional de Águas (ANA), em Brasília, definiu o início dos testes para redução da vazão defluente das usinas hidrelétricas de Sobradinho e Xingó, ambas localizadas na bacia do rio São Francisco. A decisão foi um consenso entre a agência reguladora e representantes do setor elétrico. Atualmente, as UHEs operam com vazões entre 1000m3/s e 1.100m3/s. A partir do prazo estabelecido, passarão a ter 900m3/s.

Em tempos de escassez, a medida de reduções visa preservar os estoques hídricos dos principais reservatórios, importantes na regularização das águas do Velho Chico. Hoje, a barragem de Sobradinho possui um volume útil de 21,91% da sua capacidade de armazenamento de água. Entre janeiro e abril de 2015, este armazenamento foi considerado por especialistas do setor como o pior da história. 

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Os testes serão feitos de maneira progressiva em três etapas, com reduções integrais, para 1000m3/s, 950m3/s, 900m3/s. O início será dentre 15 a 20 dias por parte da operadora dos reservatórios, a Companhia Hidrelétrica do São Francisco - Chesf. Antes deste prazo, a empresa deverá atender às condicionantes determinadas na licença concedida pelo Ibama. Por exemplo, a elaboração de um plano de contingência envolvendo todos os usuários da bacia.

Além disso, o diretor-presidente da ANA, Vicente Andreu, destacou que os teste só serão realizados após resolver o recente problema de aparecimento de micro-alga no lago de Xingó, entre os estados de Alagoas e Sergipe, e que vem dificultando o abastecimento da população ribeirinha.

Durante a reunião, ficou aprovado também o aumento dos atuais 80m3/s para 200m3/s da vazão defluente da UHE Três Marias, situada em território mineiro. A medida tem início já no próximo dia 1 de maio.

Uma nova reunião para avaliar os resultados do teste já está marcada na sede do órgão federal para o mês de maio. Nela, será aprovada ou não a vazão definitiva de 900m3/s.

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A produção de energia eólica aumentou 44,4% no último ano, segundo a edição do Boletim de Operações de Usinas da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). A comparação é entre os meses de maio de 2013 e 2014.

No mesmo período, a geração de energia termelétrica aumentou 20,7%. Apesar de apresentar uma redução de 5,1%, a energia produzida por hidrelétricas mantém-se predominante, sendo responsável por 66,5% da produção brasileira.

De acordo com a CCEE, em maio, fontes eólicas produziram 747 megawatts (MW) médios e térmicas, 17.307 MW médios. O boletim informa que o salto na entrega das térmicas foi impulsionado pelas usinas nucleares: foram produzidos 1.763 MW médios – número 154,1% acima do registrado em maio de 2013. As usinas térmicas a carvão geraram 1.823 MW médios (aumento de 37,3%) e as de biomassa 3.038 MW médios, produção 21,6% superior à registrada em maio de 2013.

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A capacidade instalada somou 127.026 MW provenientes de 1.118 usinas que estão operando comercialmente no período. Ainda segundo o boletim divulgado nesta terça-feira (15), a geração total de energia pelas usinas do Sistema Integrado Nacional foi 60.978 MW médios. Apesar de a geração ter sido 2,8% inferior à registrada em abrile, é 1,8% maior do que o resultado obtido em maio de 2013.

Um atraso no início do período de chuvas tem deixado os reservatórios das usinas hidrelétricas do país em nível baixo, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Na Região Nordeste, o nível está em 34,88%. Já no Sudeste/Centro-Oeste, os reservatórios estão com 43,34% de sua capacidade.

De acordo com a assessoria de imprensa do ONS, normalmente o chamado “período molhado” começa em outubro, mas, em 2013, começou apenas em dezembro. A falta de chuvas provoca a redução do nível dos rios e, consequentemente, dos reservatórios das hidrelétricas.

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É a água acumulada nos reservatórios que movimenta as turbinas geradoras de energia elétrica da usina. Por isso, quanto menos água, menos energia pode ser produzida. De acordo com o ONS, para compensar o baixo nível dos reservatórios, as usinas termelétricas da Região Nordeste, que produzem uma energia mais cara, estão ligadas.

Com o início das chuvas, a assessoria de imprensa do ONS informou que os reservatórios devem, aos poucos, se recuperar. As chuvas que atingiram o Sudeste nas últimas semanas, além de ajudar a encher os reservatórios na própria região, têm beneficiado as hidrelétricas do Rio São Francisco, que responde por quase 97% da capacidade instalada no Nordeste, já que a nascente fica em Minas Gerais.

No Norte, o nível dos reservatórios está em 48,6% e, no Sul, em 57,56%.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, nesta terça-feira, 8, abertura de audiência pública para discutir o edital do leilão de energia nova (A-5) marcado para 13 de dezembro. A entrega da energia será a partir de janeiro de 2018.

Quatro usinas hidrelétricas devem fazer parte da licitação: São Manoel (700 MW), Itaocara (145 MW), Ribeiro Gonçalves (113 MW) e Cachoeira (68 MW). Também serão contratados empreendimentos de geração de fonte eólica, solar e termelétrica (biomassa, carvão e gás natural), além de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). O prazo para contribuições da audiência pública vai de 9 a 24 de outubro.

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