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O governo brasileiro recebeu "com grande pesar" a notícia da morte do ex-presidente do Uruguai Tabaré Vázquez. "O governo brasileiro transmite ao povo-irmão do Uruguai e aos familiares do ex-presidente as suas profundas condolências", declarou, em nota, o Ministério das Relações Exteriores.

O político uruguaio faleceu na madrugada deste domingo, 6, aos 80 anos, em Montevidéu, devido um câncer de pulmão detectado em agosto de 2019. A informação foi dada pelo seu partido, Frente Ampla, no Twitter.

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Vázquez foi o primeiro presidente de esquerda do país, posto que ocupou entre 2005 e 2010 e entre 2015 e 2020. Ele deixou o cargo de presidente em março deste ano, quando foi substituído por Luis Lacalle Pou, do Partido Liberal, vencedor das eleições do ano passado.

Diversas personalidades do mundo político lamentam a morte do ex-presidente uruguaio Tabaré Vázquez, aos 80 anos, em Montevidéu, na madrugada deste domingo (6), devido a um câncer de pulmão detectado em agosto de 2019. A lista vai do também ex-presidente uruguaio José Mujica ao ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva e contempla ainda outros brasileiros.

"A melhor maneira de lembrar de você é lutar por suas bandeiras", disse Mujica, em declaração à rádio uruguaia Sarandi. Ele disse que o dia de hoje é triste tanto para a força política formada por ambos, a Frente Ampla (FA), como para o seu bairro, La Teja, ressaltando a perda para os mais pobres e os proletariados.

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Lula publicou nota, lamentando a morte de Vázquez e fez um post no Twitter, acompanhado de uma foto em que aparece de mãos dadas com o ex-presidente uruguaio. Nela, afirmou que perdeu um amigo "querido" seu e do Brasil. "Tabaré Vázquez foi um grande médico e político, por duas vezes presidente do Uruguai, que governou com sabedoria e competência, deixando um legado de democracia, desenvolvimento e avanços sociais no nosso querido país vizinho", disse.

O ex-governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, também se manifestou perante à morte do ex-presidente uruguaio em seu perfil no Twitter. "De luto o povo uruguaio, de luto a esquerda latino- americana, de luto e tristes todos os que, em algum momento - ao seu lado - estiveram com ele na luta em defesa da democracia, junto aos oprimidos do mundo", escreveu.

Vázquez foi o primeiro presidente de esquerda do Uruguai, representando a Frente Ampla, cargo que ocupou entre 2005 e 2010, e depois serviu outro mandato entre 2015 e 2020. Ele deixou o cargo de presidente em março deste ano, quando foi substituído por Luis Lacalle Pou, do Partido Liberal, vencedor das eleições do ano passado.

O ex-presidente uruguaio Tabaré Vázquez (2005-2010 e 2015-2020) faleceu na madrugada deste domingo (6) aos 80 anos, em decorrência de um câncer de pulmão, informou sua família.

"Com profunda dor, comunicamos o falecimento de nosso amado pai" às três da manhã "por causas naturais de sua doença oncológica", informou em um comunicado seus filhos Álvaro, Javier e Ignacio Vázquez.

No Twitter, Álvaro Vázquez, oncologista de profissão como seu pai, indicou que "enquanto descansava em casa, acompanhado por alguns familiares e amigos, por causa de sua doença, Tabaré faleceu".

"Em nome da família, queremos agradecer a todos os uruguaios pelo carinho recebido por ele ao longo de tantos anos", acrescentou.

O presidente Luis Lacalle Pou, do Partido Nacional (centro-direita), que recebeu a faixa presidencial das mãos de Vázquez em 1º de março, disse no Twitter que seu antecessor "enfrentou sua última batalha com coragem e serenidade".

"Tivemos momentos de diálogo pessoal e político que valorizo e lembrarei. Ele serviu a seu país e com base no esforço obteve importantes conquistas. Foi o presidente dos uruguaios. O país está de luto. Descanse em paz, Presidente Tabaré Vázquez", acrescentou.

"Tenho esperança e desejo de poder colocar a faixa presidencial no próximo presidente da República", havia dito Vázquez em 27 de outubro de 2019, ao votar nas eleições após ser diagnosticado em agosto com câncer e perder sua esposa María Auxiliadora Delgado, falecida em julho, com quem compartilhou mais de 50 anos.

"Quero ser lembrado como um presidente sério e responsável", disse ele no programa 'El Legado', do Canal 10, transmitido no dia 29 de novembro, no qual fez um balanço de sua vida.

Tabaré Vázquez, um oncologista e ex-dirigente do clube de futebol local Progreso, foi o primeiro candidato da coalizão de esquerda Frente Amplio (FA) a se tornar prefeito de Montevidéu em 1989, e chegar à presidência - após duas tentativas frustradas - em 2005, quebrando com a hegemonia dos tradicionais Partido Colorado e do Partido Nacional.

A FA também comunicou no Twitter "com profunda dor" a morte de seu "presidente honorário, Tabaré Vázquez".

"Seu exemplo de integridade política e compromisso inabalável com nosso país e com o povo nos levará a continuar seu legado", enfatizou.

O secretário da Presidência, Álvaro Delgado, ofereceu "o nosso respeito institucional e pessoal a um líder e Governante que fez história, sempre zelando pelos valores da democracia. Os nossos cumprimentos à sua família e à @Frente_Amplio neste momento de dor".

Os familiares de Vázquez indicaram que, devido aos protocolos para a pandemia de coronavírus, decidiram "não realizar um velório".

"Seus filhos e netos vão se despedir em uma cerimônia privada e íntima", explicaram.

Às 13h um cortejo fúnebre partirá da Esplanada da Administração Municipal de Montevidéu, no centro da capital, para o Cemitério La Teja, bairro do ex-presidente, onde será sepultado em cerimônia íntima.

"Instamos a população a nos acompanhar nesses atos desde suas casas por meio de cobertura jornalística", pediram seus familiares.

Da mesma forma, solicitaram "veementemente aos que optarem por saudar pessoalmente a procissão que o façam desde as calçadas, evitando aglomerações, mantendo distância física, usando máscaras faciais e tomando todas as medidas sanitárias estabelecidas pelas autoridades competentes".

A FA indicou, por sua vez, que "o cortejo vai parar quarteirões antes de chegar ao cemitério" e que se despedirá "soando as buzinas sem sair dos veículos".

E pediu aos uruguaios que às 21h00 "abram as portas e janelas das casas e coloquem o texto de Mario Benedetti, musicado por Joan Manuel Serrat, Defender la Alegría e, em seguida, aplaudam por 5 minutos".

O ministro das Relações Exteriores, José Serra, encontra-se em Montevidéu para uma série de reuniões sobre o Mercosul, no momento presidido pelo Uruguai. Ele encontrou-se na manhã desta terça-feira, 5, com o presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez.

De acordo com informações da imprensa uruguaia, ficou acertada uma reunião de chanceleres do bloco para o próximo dia 11 de julho.

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Pela dinâmica tradicional do bloco, agora em meados do ano seria realizada uma cúpula presidencial. Mas, por causa da interinidade da Presidência da República no Brasil e dos problemas na Venezuela - que, pelo sistema de rodízio, deveria assumir a presidência do bloco - esse encontro sequer chegou a ser marcado e não ocorrerá. A reunião dos chanceleres deverá discutir, a pedido do Paraguai, o quadro venezuelano.

O presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, se mostrou solidário à presidente Dilma Rousseff, que enfrenta um processo de impeachment no Congresso Nacional. "Estamos com você, companheira Dilma", afirmou o presidente do Uruguai, que agora tem a presidência temporária do Mercosul.

Vásquez saudou a presidente por sua "lealdade institucional", responsabilidade política e integridade pessoal. "As complexidades inerentes à sua investidura e o projeto de país que representa. Estamos com você, companheira", afirmou.

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A chanceler venezuelana Delcy Rodríguez também expressou solidariedade em nome do presidente Nicolás Maduro. "Repudiamos todo o acosso que está sendo dirigido à presidente Dilma Rousseff", afirmou.

Em seu discurso, na 49ª Cúpula do Mercosul, em Assunção, a presidente já tinha relacionado o fim da crise política como condição necessária para a retomada da economia brasileira.

"A reorganização do quadro fiscal do Brasil logo trará resultados positivos, juntamente com o fim da crise política que tem afetado o meu segundo mandato desde o seu início", afirmou.

O ex-presidente do Uruguai Tabaré Vázquez cobrou nesta quinta-feira que o Brasil assuma a liderança na América Sul, por ser o maior País, com maior economia e população da região. Vázquez elogiou as ações brasileiras globalmente, mas criticou a falta de liderança do País, regionalmente. "O papel do Brasil é complexo nesta liderança. É ator global sem ter liderança na região e é preciso definir isso", disse o ex-presidente, durante seminário no Instituto Fernando Henrique Cardoso (IFHC), em São Paulo.

Vázquez ampliou o raio geográfico e considerou que há uma "ineficiência do processo de integração da América Latina por conta das diferenças múltiplas dos países da região". Para ele, o País que liderar o processo de integração e cooperação "terá custos imediatos e benefícios alijados", disse. "E essa simetria implica em assumir os custos hoje, em troca de benefícios, eventuais, no futuro", alertou.

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Outro obstáculo para o Brasil na liderança regional, segundo o ex-presidente uruguaio, é a divergência política externa sobre o tema. Vázquez citou como exemplo para a falta de integração regional a crise entre Argentina e Uruguai na instalação de plantas de celulose na fronteira, a qual poderia ser resolvida localmente, mas que foi encaminhada aos tribunais internacionais. "O processo de integração entre estados implicam em uma administração cotidiana de conflitos políticos, econômicos, dentre outros", concluiu.

O Senado do Uruguai votou e aprovou nesta quarta-feira o projeto de descriminalização do aborto, já tornado lei pela Câmara dos Deputados. A lei, aprovada por 17 votos a favor e 14 contrários, torna o Uruguai o segundo país na América Latina após Cuba a permitir o aborto livre nos primeiros três meses de gravidez. O Senado já havia aprovado um projeto mais liberal, mas mudanças feitas na Câmara, para conseguir alguns votos conservadores, obrigaram a uma nova votação. Ao contrário do seu predecessor, Tabaré Vázquez, o presidente José Mujica disse que sancionará a lei.

A lei descriminaliza o aborto mas exige que as mulheres justifiquem a decisão frente a um painel de especialistas e esperem cinco dias antes de confirmar que querem prosseguir com o procedimento. A Justiça não poderá intervir, exceto no caso de menores de idade, as quais deverão solicitar uma permissão do judiciário para abortar, com ou sem o consentimento dos pais. As mulheres estupradas que engravidem por causa do estupro poderão abortar livremente durante as primeiras 14 semanas de gestação.

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As informações são da Associated Press.

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