Em luto pela morte do marido, a coligação "Pernambuco quer mudar", representada por Raquel Lyra (PSDB), pediu o adiamento do reinício do guia eleitoral para o segundo turno. A campanha de Marília Arraes (Solidariedade) não aceitou a solicitação e volta a transmitir as propagandas na rádio e na TV nesta sexta (7).
O pedido feito nessa quinta (5), ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), ressalta as "questões humanitárias" decorrentes da morte de Fernando Lucena e pleiteia o adiamento neste fim de semana para que a propaganda seja retomada na segunda (10). A desembargadora auxiliar Virgínia Gondim avaliou a ação e determinou que o Ministério Público e a coligação "Pernambuco na veia", encabeçada por Marília Arraes, se manifestem em 24h.
##RECOMENDA##"Tal período é o mínimo que se pode conceder à candidata, que poderá participar da missa de sétimo dia em memória de seu falecido esposo, além de reunir as forças necessárias para consolar os seus filhos e para vivenciar o seu próprio luto, sem precisar ser submetida às gravações dos programas para rádio e televisão durante período tão delicado de sua vida", destaca o requerimento, que também pontua sobre as condições psicológicas e o sentimento de dor de Raquel.
Os advogados da chapa da ex-prefeita de Caruaru ainda reforçaram que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) permitiu que as campanhas entrassem em consenso sobre o adiamento do guia eleitoral na morte do ex-presidenciável Eduardo Campos (PSB).
LeiaJá também:
---> Morre o marido de Raquel Lyra, candidata ao governo de PE
---> Políticos lamentam morte do marido de Raquel Lyra
Em nota, a chapa de Marília assegurou que vai manter o guia eleitoral conforme o calendário da Justiça Federal, que começa na sexta e vai até o dia 28 de outubro, com dois blocos de dez minutos nos veículos de comunicação.
"Marília Arraes se solidariza, mais uma vez, com a candidata Raquel Lyra, e compreende seu momento pessoal de dor. No entanto, acredita na importância de dar prosseguimento ao diálogo com a população de Pernambuco", respondeu.
O procurador regional eleitoral Roberto Moreira seguiu o entendimento de manter o calendário da Justiça Eleitoral, mas a decisão ainda será deliberada pelo colegiado do TRE em Pernambuco.