Tópicos | Rodrigo Rocha Loures

A Seção Judiciária de Brasília do Tribunal Regional Federal da 1a Região (TRF1) revogou o uso de tornozeleira e outras medidas cautelares aplicadas ao ex-deputado e ex-assessor da Presidência da República, Rodrigo da Rocha Loures, acusado em processo por corrupção passiva.

O ex-parlamentar teria recebido propina da empresa JBS para operar vantagens ao grupo.

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A partir de denúncia do Ministério Público Federal, investigação da Polícia Federal no ano passado apontou que Rocha Loures teria recebido uma mala com R$ 500 mil do grupo JBS.

Um vídeo registrou o momento da entrega da valise em um restaurante em São Paulo. Além dos valores, o esquema envolveria outros pagamentos de valor semelhante ou superior.

O dinheiro seria destinado ao presidente Michel Temer, que nega envolvimento no caso.

O repasse teria como finalidade garantir ao conglomerado benefícios em uma questão com a Petrobrás envolvendo preços de gás.

Prisão

Rocha Loures chegou a ser preso. Em junho do ano passado, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, determinou a prisão domiciliar com obrigações como o recolhimento em casa de 20h às 6h e nos fins de semana, a proibição de contato com os demais investigados, o impedimento de sair do país, a apresentação à Justiça sempre que solicitado e o monitoramento eletrônico por meio de tornozeleira.

Na decisão, o juiz Jaime Travassos Sarinho considerou que, frente ao comportamento de Rocha Loures no inquérito, tais medidas não seriam mais necessárias.

O magistrado citou que o acusado compareceu aos atos do processo, prestou depoimento e não colocou obstáculos ou “praticou ato que indicasse predisposição a não se submeter a uma eventual pena”.

“Por outro lado, observo que o direito de locomoção do acusado está limitado por período significativo de tempo, sem que tenha havido notícia de descumprimento por parte de Rodrigo Rocha Loures de quaisquer medidas cautelares fixadas”, acrescentou o juiz. Ainda de acordo com o magistrado, o acusado teria apontado “constrangimento” no uso da tornozeleira.

Por isso, o juiz retirou a obrigação da tornozeleira, mas manteve as demais medidas cautelares.

Assim, Rocha Loures continuará tendo que se recolher, ficará impedido de contato com outros investigados e terá de se apresentar à Justiça sempre que for solicitado.

O ex-assessor da vice-presidência da República Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), atualmente em prisão domiciliar, é citado 38 vezes nas 50 perguntas elaboradas pela Polícia Federal no âmbito do inquérito que apura suposto pagamento de propina da empresa Rodrimar para o presidente Michel Temer. As perguntas foram enviadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para o Palácio do Planalto, na quarta-feira passada, e representam o interrogatório do presidente que será anexado a investigação aberta após solicitação do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot.

O inquérito, de relatoria do ministro Luís Roberto Barroso, apura se a Rodrimar, empresa que opera no Porto de Santos, foi beneficiada pelo decreto assinado pelo presidente em maio, que ampliou de 25 para 35 anos as concessões do setor, prorrogáveis por até 70 anos. Além do presidente, são investigados Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), ex-assessor de Temer e ex-deputado federal, e Antônio Celso Grecco e Ricardo Conrado Mesquita, respectivamente, dono e diretor da Rodrimar.

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As perguntas foram reveladas pela revista Época e confirmadas pelo Estado. No questionário, Temer é questionado de forma objetiva pela PF sobre se recebeu "alguma oferta de valor, ainda que em forma de doação de campanha eleitoral, formal ou do tipo caixa 2", para inserir dispositivos no novo decreto dos Portos.

As perguntas foram elaboradas pelo delegado Cleyber Malta Lopes e estão divididas em 6 tópicos. Um deles é dedicado especialmente a Rocha Loures e aborda os "vínculos e confiança em relação aos atos praticados" pelo ex-assessor. Os outros temas dizem respeito ao histórico profissional de Temer, ao acompanhamento das questões portuárias a partir de 2013, ao conhecimento dos fatos praticados pelos investigados no inquérito e ao suposto favorecimento de algumas empresas pelo decreto.

Além de Rocha Loures, as perguntas abordam a relação de Temer com outras duas pessoas apontadas nas investigações como sendo seus operadores. São citados o ex-assessor José Yunes e o amigo João Baptista Lima Filho, o coronel Lima.

O advogado Antonio Claudio Mariz de Oliveira, que representa Temer, disse que ainda não notificado oficialmente das perguntas da PF e que o prazo de resposta não está correndo. "Estamos perplexos com o vazamento (das perguntas da PF). Com a mudança na Procuradoria-Geral da República nunca mais houve vazamento de nenhuma delação, de nenhum documento. Agora houve o vazamento antes mesmo de o presidente tomar conhecimento", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou nesta quarta-feira (28) mais um pedido de liberdade feito pela defesa do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, preso desde o dia 3 de junho e denunciado nesta semana pelo crime de corrupção passiva junto com o presidente Michel Temer, de quem foi assessor especial.

Esta é a segunda vez que Lewandowski nega liberdade ao ex-deputado. Nesta quarta-feira, o ministro negou seguimento a um habeas corpus impetrado na semana passada pela defesa de Loures, que tenta reverter a decisão do ministro do STF Edson Fachin, responsável por determinar a prisão do ex-deputado.

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Segundo Lewandowski, não cabe habeas corpus ante decisões de ministros da Corte.

Rocha Loures foi flagrado pela Polícia Federal recebendo uma mala com R$ 500 mil na Operação Patmos, investigação baseada na delação premiada de executivos da empresa JBS. Ele foi preso a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para quem a prisão do ex-deputado é “imprescindível para a garantia da ordem pública e da instrução criminal”.

O empresário Joesley Batista prestou um novo depoimento à Polícia Federal nesta sexta-feira (16). A informação é o do Portal G1. Dono da JBS, ele depôs no inquérito que investiga o presidente Michel Temer (PMDB) e o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures por organização criminosa, obstrução de justiça e corrupção passiva. A investigação foi instaurada após a delação do próprio Joesley, do seu irmão Wesley Batista e outros executivos do grupo.  

De acordo com a defesa, no depoimento, Joesley "reforçou a verdade dita no depoimento por ocasião da colaboração, apenas a verdade dos fatos, ou seja, confirmou o que já foi dito e provado". O Supremo Tribunal Federal (STF) deu prazo até a próxima segunda-feira (19) para que a PF para conclua o inquérito.  

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Na delação, o dono da JBS disse que deu R$ 500 mil a Rodrigo Rocha Loures, então deputado federal, como parte de um suposto acordo que teria firmado com Temer para favorecer a empresa no governo. Loures está preso e foi filmado pela PF recebendo uma mala com a quantia exposta por Joesley, parte do eventual acordo.  

Também pesa contra Temer, um áudio gravada pelo empresário durante uma visita, fora da agenda oficial do presidente, no Palácio do Jaburu. Na conversa, Joesley disse que pagava uma mesada ao ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), para que ele permanecesse em silêncio diante da Lava Jato. Michel Temer pede para que Joesley “mantenha isso”.  

Nesta semana, Cunha também depôs à PF e negou que o silêncio dele teria preço

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski negou nesta terça-feira (6) pedido de liberdade feito pela defesa do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR). Na decisão, o ministro entendeu que o pedido é processualmente incabível porque contesta decisão de um colega da Corte. Loures foi preso no último sábado (3), por determinação do ministro Edson Fachin, e está detido na Superintendência da Polícia Federal em Brasília.

O ex-deputado foi flagrado pela Polícia Federal (PF) recebendo uma mala com R$ 500 mil na Operação Patmos, investigação baseada na delação premiada da JBS. O ministro atendeu a um pedido feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Segundo o procurador, a prisão de Loures é “imprescindível para a garantia da ordem pública e da instrução criminal”.

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O pedido foi feito após o ex-ministro da Justiça Osmar Serraglio voltar para o cargo de deputado federal pelo PMDB do Paraná. Com o retorno, Loures, que era suplente de Serraglio, perdeu o foro privilegiado.

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Demitido do Ministério da Justiça, o ex-ministro Osmar Serraglio (PMDB-PR) decidiu, nesta terça-feira (30), que não vai assumir o comando do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU) como proposto pelo presidente Michel Temer (PMDB) e vai reassumir a cadeira na Câmara dos Deputados. 

Serraglio foi demitido da Justiça no último domingo (28), mesmo dia em que o presidente anunciou Torquato Jardim, até então ministro da Transparência, para assumir o posto. 

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Com a postura, o deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) volta a ser suplente e perde o foro privilegiado. Loures é ex-assessor especial de Temer e foi flagrado pela Polícia Federal (PF) carregando uma mala com R$ 500 mil em propina pagos pelo empresário Joesley Batista, dono do frigorífico JBS.  

A decisão de Serraglio de retornar à Câmara também vem sendo considerada, nos bastidores, como uma retaliação de Temer a Loures por dar sinais de querer assinar um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal para colaborar com as investigações da Lava Jato.  

Leia a íntegra da carta divulgada pela assessoria de Serraglio:

"Excelentíssimo Senhor Presidente da República, 

Agradeço o privilégio de ter sido Ministro da Justiça e Segurança Público do nosso País.

Procurei dignificar a confiança que em mim depositou.

Volto para a Câmara dos Deputados, onde prosseguirei meu trabalho em prol do Brasil que queremos.

Osmar Serraglio"

O presidente Michel Temer (PMDB) afirmou, nesta segunda-feira (22), que a relação mantida entre ele e o deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) era “apenas institucional”. Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, Temer reconheceu o erro do aliado, mas apesar disso classificou o peemedebista como um “homem de boa índole”. 

Rocha Loures foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil mandados pelo dono da JBS, Joesley Batista, para resolver uma pendência da empresa no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Entre os aliados do presidente, Loures era considerado um assessor muito próximo de Temer e, inclusive, na conversa com Joesley, divulgada na última semana, ele diz que o empresário pode procurar o parlamentar afastado para “tudo”. 

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Questionado na entrevista sobre como se sentia diante da participação do assessor em articulações de propinas, Temer disse que o aliado foi "certamente induzido por ofertas mirabolantes e irreais". 

“Eu o conheci como deputado, depois foi para o meu gabinete na Vice-Presidência, depois me acompanhou na Presidência, mas um homem de muito boa índole”, frisou, dizendo que não se considerava traído por Loures. “Coitado, ele é de boa índole, de muito boa índole”, reforçou. 

Desde que o vídeo com Loures recebendo a mala de dinheiro foi divulgado, Temer disse que não o procurou. Indagado se haviam rompido, ele negou. “Não se trata de romper ou não romper, não temos uma relação, a não ser uma relação institucional”, frisou. 

O presidente reconheceu ainda que o aliado “errou evidentemente" ao aceitar participar das supostas negociações, mas negou que a insinuação de que o empresário poderia tratar sobre “tudo” com ele seria de eventuais propinas. “São as matérias administrativas, não é tuuuudo”, salientou. 

Ainda na entrevista, Michel Temer volta a dizer que não pretende renunciar ao cargo de presidente e pondera: "se quiserem, me derrubem, porque, se eu renuncio, é uma declaração de culpa". 

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