Tópicos | Rito do impeachment

A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira (16) manter decisão da Corte que, em dezembro do ano passado, definiu as regras de tramitação do rito do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff que tramita na Câmara dos Deputados.

Com a decisão, fica mantida decisão que invalidou a eleição da chapa avulsa, por meio de voto secreto, integrada por deputados de oposição ao governo, para formação da comissão especial da Câmara dos Deputados que conduzirá o processo.

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Os ministros Edson Fachin, Teori Zavascki, Rosa Weber, Luiz Fux e Cármen Lúcia acompanharam o relator, Luís Roberto Barroso. Para Barroso, não há obscuridade ou omissão que justifique novo julgamento sobre a decisão que definiu o rito. Dias Toffoli divergiu por entender que a votação para formação da comissão deve ser secreta por tratar-se de eleição.

O Supremo Tribunal Federal (STF) analisa, na tarde desta quarta-feira (16), os recursos da Câmara dos Deputados contra as regras de tramitação do impeachment da presidente Dilma Rousseff definidas pelo próprio STF. O relator da matéria é o ministro Roberto Barroso.

Os embargos apresentados pela Câmara referem-se a dúvidas sobre o papel do Senado no processo de impeachment; a formação de chapas avulsas para a eleição dos integrantes da comissão especial da Câmara que tratará do impeachment; e a obrigatoriedade ou não de eleição dos membros desse colegiado por voto aberto.

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A expectativa é de que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), dará seguimento ao processo de impeachment na Casa. A partir da decisão da Corte, o presidente prometeu, nessa terça (15), que daria celeridade aos trâmites do processo. Sob a ótica do presidente, o prazo de 45 dias será bem plausível, “com todos os percalços”, para a conclusão da análise do impeachment na Câmara.

“Com a decisão do STF, vamos tocar [o impeachment] com celeridade, até para que ninguém diga que se está obstruindo. Esse processo tem que se encerrar, tem que andar. Ele tem de ser acelerado para que se defina mesmo; temos que definir, independentemente da posição de cada um. A ideia é tocar imediatamente”, declarou Eduardo Cunha. 

 

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reúne-se, nesta segunda-feira (21), às 17h, com os líderes partidários para discutir assuntos como o rito do impeachment e a possível realização de sessão de votações na terça-feira (22).

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Após a reunião, serão anunciadas eventuais medidas da Câmara sobre as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) relacionadas ao rito de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

Entre outros pontos, o STF decidiu contra a eleição secreta e a existência de candidaturas avulsas na comissão especial do impeachment da Câmara. Essa decisão invalida a eleição do último dia 8, quando venceu a chapa formada por partidos de oposição e por dissidentes da base governista.

Cunha não descartou a possibilidade de apresentar embargos de declaração para buscar esclarecimentos do STF, mas lembrou que isso apenas pode ocorrer após a publicação do acórdão sobre o julgamento dessa quinta.

 

 

O rito que o processo de impeachment deverá seguir no Congresso Nacional, definido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na noite dessa quinta-feira (17), gerou divergências entre os deputados federais que compõem a base governista e a oposição. Os ministros do STF definiram, entre outras coisas, que a Câmara Federal apenas autoriza ou não a instauração do processo de impeachment, enquanto o Senado pode optar por arquivar o processo. Além disso, anulou a eleição para a comissão especial que aconteceu no último dia 8.

"A forma com que a comissão foi eleita é completamente divergente da Constituição e, ao mesmo tempo, desprestigiante para com os partidos políticos, que são os elementos que precisam ser fortalecidos na democracia", afirmou a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA). Na eleição venceu a chapa avulsa, formada por partidos de oposição e dissidentes da base governista.

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Corroborando o argumento de Portugal, o líder do PSOL, deputado Chico Alencar (RJ), afirmou que a opção de o Senado decidir se arquiva ou não o processo “foi correta”. "O Senado não é apenas uma casa de acolhimento de uma decisão da Câmara. Num Congresso bicameral, ele também é parte decisória até sobre o prosseguimento ou não do pedido de impeachment, que é o ponto mais fundamental e grave da Constituição brasileira no nosso sistema político”, disse.

Já o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) afirmou que a decisão do Supremo foi uma manobra política para favorecer o governo atual. "Enquanto há toda uma preocupação do legislador na Constituição brasileira com o trâmite da Câmara, o Supremo, ao interpretar a Constituição, não leva para o Senado Federal o mesmo princípio, de que teria que ser por um número proporcionalmente similar ao da Câmara e não por maioria simples numa mera comissão", frisou.

Apesar da análise do democrata, o líder da Minoria, deputado Bruno Araújo (PSDB), afirmou que a decisão do Supremo não foi uma derrota para a oposição, porque o rito do impeachment ficou definido, mas ele criticou a decisão do tribunal de não permitir chapas avulsas para a instalação da comissão especial do impeachment.

"Na realidade, o que o Supremo decide é que não há eleição. Há uma homologação, ou sim ou não. O Supremo transfere o poder de deliberação do Plenário para uma ditadura dos líderes, o que não parece muito democrático. Respeitamos a decisão, mas discordamos. Isso é ruim para a discussão democrática no ambiente interno dentro da Câmara", disse o líder da Minoria.

Bruno Araújo afirmou que, até fevereiro, quando ocorrerá a votação para a nova comissão especial, os partidos de oposição vão trabalhar na mobilização dos políticos e da sociedade para conseguir o quórum para a instalação do processo de impeachment.

*Com a Agência Câmara.

Em entrevista coletiva nesta quarta-feira (9), deputados do PCdoB e integrantes da base aliada ao governo defenderam um rito claro para o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) que tramita na Câmara dos Deputados. A expectativa dos parlamentares é que o Supremo Tribunal Federal (STF) defina esse rito dentro dos preceitos constitucionais. O PCdoB é autor da ação que questiona os trâmites legislativos do processo que resultou na suspenção dos trabalho da comissão especial pelo ministro Luiz Edson Fachin, nessa terça (8). 

No texto, o partido questiona a constitucionalidade da lei que regulamentou as normas de processo e julgamento do impeachment, mas é anterior à Constituição de 1988; a ausência da manifestação da presidente Dilma; a votação secreta que elegeu na terça os integrantes da comissão especial que vai analisar o pedido de impeachment e a eleição de uma chapa avulsa indicada pela oposição (e não pelos líderes) para compor a comissão.

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Durante a conversa com a imprensa, o deputado Wadih Damous (PT-RJ) argumentou que o impeachment deve ter regras jurídicas e uma delas seria o direito à manifestação prévia do presidente da República. “Fora disso é golpe”, afirmou o parlamentar. “Nossa expectativa em relação à decisão do Supremo vai desde a anulação do processo até o estabelecimento de um rito, porque o que o presidente da Câmara está fazendo é estabelecer esse rito com base no Regimento Interno da Casa”, acrescentou a líder do PCdoB, deputada Jandira Feghali (RJ).

Sob a ótica da presidente da legenda, a deputada Luciana Santos, a oposição que defende o impeachment de Dilma não está preocupada com a ética e a lei. “A oposição quer impor uma agenda derrotada nas urnas no ano passado, uma agenda de ajustes e cortes ainda mais radical”, afirmou.

A suspenção da tramitação do pedido de impeachment é até a próxima quarta-feira (16), quando o STF deverá julgar o pedido do partido. A decisão impede a Câmara dos Deputados de instalar a comissão especial do impeachment até lá. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, ainda não se pronunciou sobre a decisão do STF.

 

O líder do Democratas (DEM) na Câmara, deputado Mendonça Filho, anunciou, nesta quarta-feira (9), que o partido vai permanecer em obstrução à espera de um posicionamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o rito do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). “Nós votaremos nada no plenário da Câmara até o desfecho desta situação”, afirmou.

Nessa terça (8), o ministro do STF, Luiz Edson Fachin decidiu suspender a instalação da comissão especial formada na Câmara dos Deputados para analisar os trâmites do pedido de impeachment. A decisão do ministro foi tomada poucas horas depois da eleição da chapa “Unindo o Brasil”, formada por oposicionistas e dissidentes da base governista, para integrar o colegiado.

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Além da obstrução, Mendonça afirmou que o DEM e outros partidos de oposição pedirão ao STF para acompanharem de perto a Ação de Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) que avalia o rito. 

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