Brasil e Paraguai se encontram mais uma vez nas quartas de final de uma Copa América. A seleção quer se redimir das sofríveis cobranças de pênaltis que mandaram Neymar e companhia de volta para casa em 2011 e encaminhou os 'guaranis' à final da competição.
A partida deste sábado será disputada na fria cidade de Concepción, no sul do Chile, mas promete ser quente dentro de campo, num duelo físico, altamente defensivo e pouco vistoso.
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Há muito em jogo para deixar o adversário jogar.
"Pressionar e não dar espaços", resumiu recentemente o lateral paraguaio Iván Piris.
Por um lado, o Brasil quer limpar sua imagem depois de uma desastrosa Copa do Mundo-2014 e mostrar que pode superar a "Neymardependência". Já o Paraguai, vice-campeão na Copa América da Argentina-2011, foi lanterna das eliminatórias para o último Mundial e passa por uma renovação.
O Brasil enfrentará o Paraguai nas quartas de final no sábado, às 18h30 (horário de Brasília), na primeira partida da Copa América que será disputada no estádio Esther Roa, entregue com atraso.
Nesse mesmo estádio, o vencedor da partida enfrentará nas semifinais Colômbia ou Argentina, que duelam nesta sexta-feira.
- Perigo: pênaltis -
Ambas as equipes vêm realizando intensas sessões de treino, de cara para uma partida decisiva e com sabor de revanche.
Além de 2011, Brasil e Paraguai se enfrentaram na Copa América de 1997, com vitória por 2 a 0 para a seleção, campeã naquele ano.
Pelo estilo das equipes, não se pode descartar uma decisão nos pênaltis.
O goleiro Jefferson vem treinando para esta possibilidade e Dunga mandou os jogadores aperfeiçoarem as finalizações. O argentino Ramón Díaz, técnico do Paraguai, fez o mesmo com seus comandados.
"O ponto forte do Paraguai é a bola aérea, eles têm jogadores que, quando vão à área, são perigosos", alertou Claudio Taffarel, goleiro da seleção campeã do mundo em 1994 e atual preparador de goleiros do Brasil.
Em 2011, o Brasil foi eliminado numa horrorosa sessão de pênaltis, na qual quatro jogadores, Elano, Thiago Silva, André Santos e Fred desperdiçaram suas cobranças. Na ocasião, o Paraguai chegou às semifinais sem vencer uma partida.
Desse quarteto de batedores, só restou Thiago Silva, que vem recuperando espaço na equipe, depois de marcar um belo gol contra a Venezuela, na fase de grupos. O time também contava com Robinho, resgatado por Dunga e escolhido para ser o substituto de Neymar, suspenso por quatro jogos.
O Brasil precisa chegar às semifinais para que a punição de seu maior craque não se estenda às eliminatórias para a Copa do Mundo da Rússia-2018.
- Ausências -
Se o Brasil não tem Neymar, o Paraguai tem as ausências confirmadas de Richard Ortiz, por acúmulo de cartões, e Migel Samudio e Néstor Ortigoza, lesionados.
Contra o Paraguai, o Brasil só perdeu uma das últimas 11 partidas, com cinco vitórias e cinco empates.
"É uma equipe que sempre precisa ser respeitada, mas não temida", declarou Piris, lembrando que o Paraguai é "uma equipe aguerrida e focada em fazer uma grande partida".
Para a maioria dos jogadores, Concepción será uma cidade nova, menos para Robinho, que jogou lá o Pré-Olímpico de 2004. Na época, o atacante do Santos jogou com a seleção sub-23 e marcou três dos nove gols do Brasil na fase de grupos do torneio. A seleção acabou em terceiro lugar, enquanto o Paraguai foi vice-campeão.
Desde então, muita coisa aconteceu e, neste sábado, ambas as equipes entrarão em campo "para matar ou morrer", como afirmou o zagueiro 'guarani' Paulo da Silva.
O árbitro da partida será o uruguaio Andrés Cunha, que será assistido pelos compatriotas Mauricio Espinosa e Carlos Pastorino.
Prováveis escalações:
Brasil: Jefferson - Daniel Alves, Thiago Silva, Miranda, Filipe Luís - Fernandinho, Elias, Willian, Philippe Coutinho - Roberto Firmino e Robinho. T: Dunga
Paraguay: Justo Villar - Bruno Valdez, Marcos Cáceres, Paulo da Silva, Iván Piris – Raúl Bobadilla, Osmar Molinas, Eduardo Aranda, Edgar Benítez - Nelson Haedo Valdez e Lucas Barrios. T: Ramón Díaz.