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A CPMI do 8 de Janeiro aprovou, nesta quinta-feira (24), a quebra de sigilos bancário e fiscal da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e do hacker da Vaza Jato Walter Delgatti Neto. O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi reconvocado. Os requerimentos foram aprovados em bloco.

Durante sessão, o presidente do colegiado, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), propôs a que a leitura do relatório final da CPMI seja realizada no dia 17 de outubro.

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Após a aprovação dos requerimentos, o sargento do Exército Luís Marcos dos Reis, ex-assessor de Bolsonaro, presta depoimento.

Veja os requerimentos aprovados pela CPMI:

- Quebra do sigilo telefônico e telemático da deputada Carla Zambelli (PL-SP);

- Relatório de Inteligência Financeira (RIF) da deputada Carla Zambelli;

- Quebra do sigilo telefônico e telemático de Bruno Zambelli, irmão da deputada;

- Quebra do sigilo telefônico e telemático de Tércio Arnaud Tomaz, ex-assessor de Bolsonaro;

- Quebra dos sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático do hacker Walter Delgatti Neto;

- Reconvocação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;

- Convocação de Osmar Crivelatti;

- Pedido ao Exército para que forneça processos, sindicâncias e inquéritos instaurados para investigar militares que deveriam ter protegido o Palácio do Planalto.

A relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), apresentará, nesta terça-feira (6), o plano de trabalho do colegiado e um pacote com 30 requerimentos que devem ser os primeiros a serem analisados por deputados e senadores. Em reunião com integrantes do grupo na noite desta segunda-feira (5), ela firmou acordo para levar a plenário a convocação dos ex-ministros Anderson Torres e general Augusto Heleno, que atuaram na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Justiça e no Gabinete de Segurança Institucional (GSI), respectivamente.

O acordo firmado pelos integrantes do colegiado descartou o convite de Bolsonaro já na primeira rodada de análise de requerimentos. Além das convocações, os parlamentares vão analisar a proposta de plano de trabalho formulada por Eliziane. Como mostrou a Coluna do Estadão, a senadora optou por iniciar a investigação por fatos anteriores aos atentados golpistas do dia 8 de janeiro deste ano.

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A relatora pretende analisar os ataques ocorridos no centro de Brasília no dia 12 de dezembro do ano passado, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi diplomado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Também entrará na mira dos parlamentares da CPMI os acampamentos golpistas na frente de quartéis do País que cobraram por intervenção militar após a derrota de Bolsonaro nas eleições de 2022.

A análise de fatos anteriores ao 8 de janeiro ajuda a acalmar a CPMI já conflagrada, que tem servido de palco para parlamentares governistas e de oposição apresentarem suas versões sobre os fatos ocorridos no início deste ano. Como mostrou o Estadão, a CPMI vive em clima de "guerra de requerimentos" propostos por apoiadores do presidente Lula e do ex-presidente Bolsonaro. Até a noite desta segunda, 5, 761 documentos já haviam sido protocolados no site do Senado.

Na semana passada, a Mesa Diretora da CPMI decidiu estabelecer um esquema reforçado de sessões que deve elevar para até três reuniões semanais a quantidade de encontros para ouvir testemunhas e aprovar as centenas de requerimentos. O número de encontros foi pleiteado pelos parlamentares que integram a CPMI por considerarem que apenas uma reunião semanal seria insuficiente para avançar na agenda definida.

A sessão marcada para ocorrer na quinta-feira, dia 1º, foi desmarcada por causa da ordem do dia no Senado para votar a Medida Provisória dos Ministérios. O presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), e Eliziane se reuniram na quarta-feira (31) com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para discutir questões técnicas de funcionamento do grupo, como as salas em que serão realizadas as sessões e onde ficará situada a assessoria técnica do grupo.

Além do poder de polícia que detêm durante a investigação, os parlamentares que integram a CPMI contarão com o apoio de membros da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da Polícia Federal aos técnicos que se dedicarão ao grupo.

Segundo Eliziane, a primeira etapa das investigações deve se concentrar nos depoimentos e na requisição de informações a órgãos públicos. A relatora afirmou que os requerimentos de quebra de sigilo bancário e telemático devem ser apreciados em uma segunda fase do colegiado para municiar novas convocações e convites.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid aprovou uma série de requerimentos para avançar nas investigações após o recesso parlamentar. As convocações e o acesso a novas informações aprovados, nesta terça-feira (3), fecham ainda mais o cerco contra governo do presidente Jair Bolsonaro na investigação de um suposto esquema de corrupção no governo. No total, 130 requerimentos foram aprovados, conforme pauta divulgada pela comissão.

Entre os requerimentos aprovados pela CPI, estão:

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- A CPI aprovou um requerimento para pedir à Justiça para afastar a secretária Mayra Pinheiro da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde;

- A CPI aprovou a quebra dos sigilos telefônico, fiscal, bancário e telemático do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), acusado de atuar no favorecimento de contratos no Ministério da Saúde sob suspeitas;

- A CPI aprovou uma série de requerimentos para convocar e quebrar os sigilos bancário e fiscal de representantes da VTC Logística, empresa que atua na distribuição de vacinas e é suspeita de superfaturar contratos no Ministério da Saúde;

- Os senadores também decidiram quebrar os sigilos telefônico, fiscal, bancário e telemático do deputado Luis Miranda (DEM-DF), que denunciou um suposto esquema de corrupção na compra da Covaxin e disse ter alertado o presidente Jair Bolsonaro sobre as suspeitas.

- A CPI aprovou a quebra de sigilos de Cristiano Carvalho e Luiz Paulo Dominghetti Pereira, que tentaram vender vacinas para o Ministério da Saúde em nome da Davati sem comprovar a capacidade de entrega, e do reverendo Amilton Gomes de Paula, apontado como intermediador entre o governo e empresas que ofertaram imunizantes;

- A comissão aprovou uma nova convocação do ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco. Informações recentes apontaram para a atuação do ex-número 2 de Eduardo Pazuello para facilitar a compra de vacinas em negociações suspeitas;

- A CPI decidiu quebrar o sigilo bancário de representantes de sites acusados de propagar conteúdos falsos na pandemia, além de empresas que promoveram medidas anticientíficas na internet.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid aprovou nesta quarta-feira (23) a quebra de sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático de várias empresas ligadas ao empresário Carlos Wizard. De autoria do relator da comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL), dez requerimentos sobre o tema receberam o aval dos senadores.

Wizard é considerado por integrantes da CPI como um dos possíveis financiadores do suposto "gabinete paralelo" de assessoramento ao presidente Jair Bolsonaro em assuntos da pandemia. Os pedidos de quebra de sigilo foram justificadas por Renan como "imprescindíveis", devido a apontada participação do empresário no grupo que, contra a indicação do Ministério da Saúde, atuava em favor do tratamento precoce contra Covid-19

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"Mais do que um mero conselheiro do ex-ministro Pazuello, o Sr. Wizard também defendeu publicamente o tratamento precoce contra o coronavírus e se posicionou contrariamente a medidas de confinamento, havendo indícios de que tenha mobilizado recursos financeiros para fortalecer a aceitação das medidas que o Presidente da República julgava adequadas, mesmo sem qualquer comprovação científica" declara Calheiros em diversos requerimentos. Foram aprovadas as quebras de sigilo das empresas diversas empresas.

A CPI já tinha dado aval à transferência de sigilo de dados do próprio Wizard, o que foi mantido pela ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ao negar um pedido para derrubar a decisão da comissão, Rosa afirmou que não viu desproporcionalidade nas quebras, ressaltando que a medida tem "pertinência temática" com a CPI e está amparada em "indícios mínimos" de que Wizard "teria concorrido diretamente para utilização de medicamento sem comprovação científica de eficácia e, por via de consequência, influenciado no agravamento da pandemia".

Povos quilombolas

A CPI da Covid também aprovou nesta quarta uma série de requerimentos de informação a seis ministérios sobre a condução do governo Bolsonaro na pandemia em relação à população quilombola. As pastas da Saúde, da Mulher, Família e Direitos Humanos, da Secretaria de Governo, da Controladoria-Geral da União, da Agricultura e da Cidadania precisarão enviar os dados à CPI no prazo de dez dias.

"Desde que a pandemia de Covid-19 atingiu o Brasil, entidades da sociedade civil que atuam em prol dos direitos dos povos quilombolas têm denunciado a omissão do governo em evitar o espalhamento da doença entre aqueles grupos", escreveu senador Humberto Costa (PT-PE) no pedido aprovado pelos senadores.

Outros requerimentos de informação também receberam o aval da CPI nesta quarta. Um deles solicita ao Ministério da Cidadania dados acerca da distribuição do auxílio emergencial, bem como das medidas adotadas para monitoramento e estratégias para redução da possibilidade de fraudes no programa. Já o Ministério da Defesa precisará apresentar à comissão todas as informações sobre registros de voos realizados por Nise Yamaguchi, Greici Yamaguchi e Charles Takahito, em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), desde janeiro de 2020.

A partir de um requerimento apresentado pelo relator Renan Calheiros, o colegiado também requisitou ao Tribunal de Contas da União (TCU) o compartilhamento e acesso integral das peças e eventuais audiências e interrogatórios envolvendo o processo administrativo disciplinar do qual é alvo o servidor Alexandre Figueiredo Marques. Ele é apontado como participante de suposta inclusão, no sistema do TCU, de documento que minimiza o número de mortos na pandemia de Covid-19.

Resultado do depoimento do ex-governador do Rio Wilson Witzel à comissão, os senadores também aprovaram solicitações de informações a vários hospitais federais no Rio. Para justificar, Costa destacou uma parte da oitiva em que o governador cassado informou que o Estado do Rio solicitou ao governo federal que disponibilizasse leitos de UTI para atendimento de pacientes com Covid-19, mas que não teria sido atendido. "Nós pedimos os leitos dos hospitais federais, são mais de 600 leitos nos hospitais federais, e esses leitos não foram disponibilizados", alegou Witzel.

Por fim, a CPI decidiu pedir à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) dados sobre a produção, exportação e importação da vacina Sputnik V, especialmente no que se refere às "razões que impedem a utilização interna de uma vacina produzida e exportada pelo Brasil".

A CPI da Covid aprovou nesta quarta-feira (23) um pedido para que o Tribunal de Contas da União (TCU) realize um levantamento e auditoria nos gastos da União com as chamadas "motociatas" promovidas pelo presidente Jair Bolsonaro. As manifestações já ocorreram em São Paulo, Rio de Janeiro e em Brasília.

Apesar de a maior parte dos requerimentos analisados nesta quarta-feira pela comissão ter sido aprovada em bloco, a solicitação de auditoria precisou ser deliberada em separado, já que senadores governistas protestaram contra. "Foge ao escopo de atuação da CPI", disse o senador Marcos Rogério (DEM-RO).

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No requerimento, os senadores Humberto Costa (PT-PE) e Rogério Carvalho (PT-SE) pedem que a Corte apure os gastos públicos relacionados ao deslocamento de todas as autoridades públicas federais às cidades do Rio e de São Paulo, assim como o que se gastou para a organização do evento. Os senadores ainda solicitam o "reconhecimento de ilegalidade" da despesa, com a consequente determinação de devolução aos cofres públicos.

Como mostrou reportagem do Estadão, a "motociata" do presidente em São Paulo, no último dia 12 de junho, serviu para que empresários por trás da manifestação construíssem um imenso banco de dados com informações pessoais de milhares de pessoas. Elas foram levadas a preencher um cadastro prévio sob o pretexto de que os registros eram necessários para promover a segurança do chefe do Poder Executivo. Com os dados, o grupo, que diz ter coletado registros de 500 mil pessoas, pretende construir uma rede digital bolsonarista e viabilizar novos atos em favor do presidente.

A CPI da Covid aprovou requerimento para que juristas e pesquisadores de universidades apresentem um estudo sobre os crimes que podem ser imputados ao presidente Jair Bolsonaro por ações e omissões no combate à pandemia da Covid-19. O objetivo é ter uma avaliação aprofundada de especialistas sobre as penas que podem ser imputadas a Bolsonaro e outras autoridades consideradas responsáveis pelo agravamento da crise sanitária no País.

A ideia é que o núcleo de juristas avalie, por exemplo, em quais crimes podem ser enquadrados atos como desinformação e escolhas administrativas deliberadamente equivocadas. Apresentado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), o requerimento afirma que o grupo será liderado pelo professor adjunto de Direito Penal Salo de Carvalho, da Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

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A CPI já aprovou a quebra do sigilo telefônico e telemático de pessoas ligadas a Bolsonaro e integrantes do chamado "gabinete paralelo". O grupo assessorou o presidente, incentivando o discurso contrário à vacina e defendendo o tratamento precoce com medicamentos sem eficácia comprovada para combater o coronavírus, como a cloroquina.

"Fiz uma reunião aqui do (grupo) Médicos pela Vida. Entre eles, a Nise Yamaguchi (...). Conversei com Arthur Weintraub. A CPI mostra aquilo como gabinete paralelo. É como falam em gabinete do ódio", criticou Bolsonaro, na noite dessa quinta-feira (10), em transmissão ao vivo pelas redes sociais.

Integrantes da CPI querem identificar contatos e informações que reforcem provas e apontem a atuação de Bolsonaro para atrasar o acesso do Brasil às vacinas e distribuir medicamentos contrariando evidências científicas.

A CPI da Covid aprovou, nesta quinta-feira (10), a quebra do sigilo telefônico de pessoas ligadas ao presidente Jair Bolsonaro e integrantes de suposto "gabinete paralelo" que assessorou o chefe do Planalto incentivando o discurso antivacina e favorável ao tratamento precoce. A aprovação das medidas teve reação contrária de aliados de Bolsonaro e pode reforçar as provas da responsabilidade do governo federal no descontrole da crise.

A CPI quer acessar informações telefônicas, como ligações realizadas e recebidas, e telemáticas, como dados de acesso e troca de mensagens. Entre os alvos, estão os ex-ministros Eduardo Pazuello (Saúde) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores). Integrantes do gabinete paralelo também terão os dados acessados, como o médico Paulo Zanotto.

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Além disso, a CPI da Covid aprovou a quebra do sigilo do auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) Alexandre Marques, autor de um estudo paralelo que questionou o número de mortes por Covid-19 no País e foi usado por Bolsonaro, sendo desmentido pelo próprio TCU.

Os integrantes da comissão deixaram de fora os requerimentos para quebrar o sigilo telefônico do vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, e de outros aliados do presidente da República, como a médica Nise Yamaguchi. O presidente do colegiado, Omar Aziz (PSD-AM), argumentou que adotaria a medida apenas para pessoas envolvidas em atos investigados objetivamente pela CPI.

A comissão também decidiu abrir os sigilos bancário, fiscal, telefônico de três empresas de comunicação que prestaram serviços para o governo federal: EPR, Calya/Y2 e Artplan. Os dados que a CPI terá acesso envolvem informações do início da pandemia, em 2020, até o momento.

Governistas tentaram evitar a votação dos requerimentos apresentando argumentos regimentais e legais, mas foram derrotados. "Quem está perdendo aqui é o Brasil", disse o senador governista Marcos Rogério (DEM-RR). A reação veio em seguida, quando integrantes da oposição apresentaram o número de mortos pelo novo coronavírus no País. "480 mil vidas, rapaz", afirmou o presidente do colegiado, Omar Aziz (PSD-AM).

A CPI aprovou duas novas convocações e deve ouvir o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, e o ex-secretário-executivo do Consórcio Nordeste Carlos Gabas. A intenção é coletar informações sobre o repasse de recursos federais para Estados e municípios e apurar eventuais desvios cometidos por prefeitos e governadores - uma demanda de integrantes do governo na investigação.

O pedido de quebra do sigilo telefônico do vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, e de outras autoridades ligadas ao governo federal provocou um impasse na ala de independentes e oposicionistas da CPI da Covid. Ainda não há consenso para a aprovação desses requerimentos, pautados para a sessão desta terça-feira (8).

A votação pode ser adiada e votada em outra sessão ainda nesta semana, de acordo com o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), autor dos pedidos de quebra de sigilo. "Alguns têm dúvida em relação à fundamentação e à necessidade da medida e isso vai ser ajustado ao longo do tempo de conversa", afirmou o parlamentar ao Estadão/Broadcast na manhã desta terça, antes do início da reunião.

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As conversas telefônicas do vereador e de outras autoridades podem expor o chamado gabinete paralelo criado pelo governo federal na condução da crise do novo coronavírus. Para Vieira, Carlos Bolsonaro é uma "figura central" no aconselhamento do presidente Jair Bolsonaro e nos "equívocos" do Executivo durante a pandemia de Covid-19.

O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), pautou para esta terça o requerimento de quebra do sigilo telefônico de oito autoridades, incluindo Carlos Bolsonaro, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e o ex-secretário de Comunicação Fábio Wajngarten. Não há acordo, porém, para aprovação da medida.

Um grupo de governadores tenta fazer com que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado reavalie as convocações, aprovadas nessa quarta-feira (26), pelo colegiado. Se o pedido aos senadores não der certo, o plano é protocolar uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir que os gestores locais sejam chamados.

"A Coordenação de Procuradores Estaduais estava estudando o tipo de ação mais adequada e ainda se vale a pena o pedido de reconsideração direto à CPI. O que não impede que cada governador convocado possa ter a iniciativa (separada das dos procuradores)", disse ao Estadão/Broadcast o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), um dos convocados pela comissão.

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Após ouvir integrantes e ex-integrantes do governo de Jair Bolsonaro nas primeiras semanas, a CPI da Covid do Senado aprovou, nessa quarta-feira, as convocações de nove governadores. Como mostrou o Estadão/Broadcast, a ação, de iniciativa do presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), tem como objetivo neutralizar críticas, inclusive nas redes sociais, de que a comissão tem como foco exclusivo a gestão federal na pandemia.

Há divergências, porém, se a CPI pode convocar governadores e se eles podem se recusar a comparecer. Motivo: o artigo 50 da Constituição permite somente a convocação de autoridades diretamente subordinadas ao presidente da República, como ministros.

Em 2012, o então governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), conseguiu um habeas corpus do STF para impedir que ele fosse convocado para a CPI que investigava o bicheiro Carlinhos Cachoeira.

O critério da CPI para escolher quais governadores serão ouvidos foi priorizar os Estados onde houve operações policiais para investigar possíveis casos de corrupção com verbas destinadas ao combate à pandemia.

Na quarta, quando Omar Aziz anunciou a votação da convocação do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), houve manifestações contrárias dos representantes do MDB e do PT na comissão. Os senadores Humberto Costa (PT-PE), Renan Calheiros (MDB-AL) e Eduardo Braga (MDB-AM) declararam votos contrários. Helder é filho do também senador Jader Barbalho (MDB-PA), suplente no colegiado.

O presidente da CPI reagiu irritado: "Nós fizemos um acordo, então... Isso é o seguinte: isso é falta de respeito para comigo, que fiz um acordo com vocês, com Vossa Excelência, Senador Humberto. Não, nós fizemos um acordo, Senador Humberto. Vossa Excelência, agora, tem que cumprir o acordo aqui, por favor", disse.

Ao que o relator da comissão, senador Renan Calheiros respondeu: "eu queria aproveitar a oportunidade, já que eu, pelo menos, não fiz acordo com ninguém, tá? Eu não fiz acordo com ninguém, eu tenho uma posição contrária com relação a isso, no entanto me submeto à decisão da maioria; mas eu não fiz acordo. Eu quero guardar o crédito para fazer um acordo mais adiante". Renan é pai de Renan Filho (MDB), governador de Alagoas - que não foi convocado nesta primeira leva.

Estão na lista das convocações os seguintes governadores:

- Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB)

- Tocantins, Mauro Carlesse (PSL)

- Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL)

- Roraima, Antonio Denarium (sem partido)

- Amapá, Waldez Góes (PDT)

- Rondônia, Marcos Rocha (PSL)

- Piauí, Wellington Dias (PT)

- Pará, Helder Barbalho (MDB)

- Amazonas, Wilson Lima (PSC).

Os senadores também aprovaram a oitiva do ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel. Eleito governador do Rio em 2018 junto da "onda" bolsonarista nas urnas, Witzel foi afastado do cargo em agosto de 2020 por decisão do ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), após acusações de corrupção envolvendo recursos da saúde. O afastamento foi tornado definitivo pelo impeachment, em abril de 2021.

A CPI da Covid aprovou, nesta quarta-feira (26), a convocação de nove governadores para depor à comissão, além do ex-chefe estadual do Rio Wilson Witzel, que foi cassado do cargo após um processo de impeachment. O aval da comissão para que esses gestores compareçam ao colegiado atende a pedido de governistas, que desde o início dos trabalhos tentam direcionar o foco da CPI na apuração do destino de recursos federais repassados a Estados e municípios para combate à pandemia.

Na lista de governantes estaduais convocados estão Wilson Lima, do Amazonas; Helder Barbalho, do Pará; Wellington Dias, do Piauí; Ibaneis Rocha, do Distrito Federal; Mauro Carlesse, do Tocantins; Carlos Moisés, de Santa Catarina; Antônio Denarium, de Roraima; Waldez Góes, do Amapá; e Marcos Rocha, de Rondônia.

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Na sessão, os senadores também bateram boca sobre o pedido de convocação do presidente Jair Bolsonaro, apresentado pelo vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O fato de Randolfe ter protocolado o requerimento no dia que os senadores avaliam a convocação de gestores estaduais e municipais foi avaliado pelos governistas como uma manobra. A justificativa de Randolfe é de que, ao convocar governadores e prefeitos, a CPI estaria abrindo precedente que dá aval para o presidente da República também ser chamado.

"Pedido de convocação de Bolsonaro se revelou estratégia para não convocarmos governadores. Esse requerimento (convocar Bolsonaro) vai em afronta total ao princípio de separação dos Poderes", disse o senador aliado do governo Bolsonaro Marcos Rogério (DEM-RO).

"Vedações da Constituição e regimento valem para presidente da República e governadores. Se abrimos precedente (ao convocar governadores), que seja para todos", rebateu Randolfe, que alfinetou ainda a proximidade de Rogério com o governo. "Marcos Rogério deve estar morando no Alvorada já", disse o senador, em referência à residência oficial do presidente da república.

Randolfe pediu que a convocação de Bolsonaro fosse apreciada ainda nesta quinta pelos senadores, o que foi negado pelo presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM). "Não dá para entrar nessa pauta, depois a gente analisa (o que será feito)", disse Aziz.

Foram protocoladas, na última segunda-feira (17), na CPI da Pandemia, diversas respostas de órgãos e entes públicos a pedidos de informação de senadores aprovados nas últimas semanas. O governo do Distrito Federal, por exemplo, enviou documentação de mais de mil páginas à comissão sobre questões relativas ao enfrentamento da pandemia.

O Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) enviou documentos sobre comunicações da entidade com o Ministério da Saúde, encaminhados ou recebidos, a respeito da crise de fornecimento de oxigênio aos Estados.

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Também foram recebidas documentações da Secretaria de Saúde de Mato Grosso do Sul, e da Procuradoria da República sobre o município de Montes Claros (MG) e no Distrito Federal.

A delegacia-geral da Polícia Civil do Espírito Santo respondeu à CPI informando que, até o momento, não tramitam no órgão investigações sobre supostos crimes relativos à aplicação de recursos federais para o combate à covid-19.

No sábado (15) e no domingo (16), outras respostas também chegaram à CPI. São informações sobre os estados de Rondônia, Rio de Janeiro, Roraima, Distrito Federal, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Espírito Santo, além de alguns municípios. 

*Da Agência Senado

Antes da sessão que ouvirá o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta na manhã desta terça-feira, senadores governistas que integram a CPI da Covid apresentaram novos requerimentos para deliberação do colegiado. Os senadores Eduardo Girão (Podemos-CE) e Marcos Rogério (DEM-RO), propõem, respectivamente, que sejam solicitadas informações a Estados e capitais sobre folha de pagamento e a convocação do ex-secretário-executivo da Secretaria de Saúde do Amazonas, João Paulo Marques dos Santos.

"Diante deste contexto, a convocação supracitada (do ex-secretário do Amazonas) será de importância singular para que exponha sua atuação e seus conhecimentos sobre as irregularidades na compra de R$ 2,9 milhões em 28 ventiladores pulmonares pela Secretaria de Saúde do Amazonas (Susam)", afirmou Marcos Rogério no requerimento.

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Ao pedir o envio de informações por Estados e capitais sobre as folhas de pagamento, Girão afirmou que isso deverá subsidiar a comissão de informações que possam vir a atestar se houve ou não aplicação irregular dos recursos originados da União por parte dos administradores públicos estaduais e municipais.

O senador também apresentou um pedido para que as Secretarias de Saúde dos Estados e das capitais enviem informações à CPI acerca da contratação de oxigênio para os hospitais e fornecimento de EPI, especificando os termos de referência, editais, atas de reuniões, contratos, cópias das notas fiscais e ordens bancárias emitidas. "Apresentamos o presente requerimento com o fito de oportunizar a todos os investigados esclarecimentos acerca da aquisição de insumos indispensáveis para o combate à pandemia", disse, citando "diversas notícias" que indicam investigações sobre desvios e não aquisição de material adquirido para o combate à covid-19 nos "mais diversos Estados e municípios".

Já Marcos Rogério ainda sugere que a comissão aprove a solicitação ao Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (IABAS) do compartilhamento de todos os documentos referentes aos contratos, aos convênios e aos termos de cooperação firmados pelo Instituto com os Estados e os Municípios de Capitais. "Contendo o detalhamento de todos os repasses de valores para o Instituto, bem como a discriminação da utilização desses recursos, além de atas de reuniões, notas técnicas e ofícios", descreveu o senador.

"Apenas a título de exemplo, foi realizada a Operação Placebo na qual investigações realizadas por autoridades do Rio de Janeiro apontaram para a existência de um esquema de corrupção envolvendo a organização social (OS) Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (IABAS), que foi contratada para a instalação de sete hospitais de campanha no Rio de Janeiro, causando um prejuízo calculado de aproximadamente R$ 700 milhões de reais", afirmou Marcos Rogério.

Tentativa de obstrução

Antes que a CPI pudesse ouvir Mandetta, senadores governistas lançaram mão de falas e questões de ordem, classificadas por oposicionistas ao governo como uma tentativa de obstrução dos trabalhos da comissão. Marcos Rogério e Eduardo Girão pediram que a CPI deixasse claro em seu escopo que irá investigar também o uso de recursos federais pelos Estados e municípios no enfrentamento à pandemia. Eles reclamaram que o plano de trabalho apresentado pela relatoria é focado apenas no governo federal.

Girão apresentou uma questão de ordem para que os convocados na CPI sejam alternados entre autoridades que falem sobre a condução do governo federal na pandemia e depoimentos que sejam focados na gestão de Estados e municípios.

"A CPI deve ser também apurar fraudes na aplicação de recursos federais por parte de gestores estaduais e municipais. Não há no plano de trabalho nada que se assegura investigação de irregularidades na aplicação de recursos federais pelos entes estaduais e municipais conforme preconizado em requerimento", afirmou Girão, cuja posição foi reforçada por Marcos Rogério.

Em resposta ao senador, o presidente da Comissão, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que a CPI não vai se furtar de apurar eventuais problemas nos Estados e municípios, mas que é preciso respeitar a cronologia de depoentes que já tinha sido definida pela comissão. Nessa semana, por exemplo, todos os ex-ministros da Saúde da gestão Bolsonaro serão ouvidos, incluindo o atual, Marcelo Queiroga.

Randolfe Rodrigues (Rede-AP) reclamou da obstrução feita por governistas, que não permitiu que Mandetta pudesse iniciar o depoimento logo na abertura dos trabalhos, às 10h. "Vamos trabalhar", frisou o senador. Mandetta começou a falar pouco depois das 11h.

A CPI da Pandemia se reúne, nesta quinta-feira (29), para analisar o plano de trabalho que deve ser proposto pelo relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL). Na reunião de terça-feira (27), o parlamentar antecipou alguns encaminhamentos que pretende sugerir para as investigações. Renan defende, por exemplo, a convocação do atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e dos três antecessores: Eduardo Pazuello, Nelson Teich e Luiz Henrique Mandetta.

O relator da CPI da Pandemia anunciou ainda que pretende solicitar informações sobre contratações e tratativas para a aquisição de vacinas, além de todas as regulamentações do governo federal para temas como isolamento social e quarentena. Renan Calheiros afirmou que deve solicitar registros do Poder Executivo sobre medicamentos sem eficácia comprovada e “tratamentos precoces”.

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O plano de trabalho ainda não foi divulgado oficialmente. O relator pretende incluir no texto sugestões apresentadas por outros integrantes da CPI da Pandemia, como Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Eduardo Girão (Podemos-CE), Humberto Costa (PT-PE) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

"Eu queria combinar para darmos um prazo para que quem quiser apresentar propostas para um plano de trabalho possa fazê-lo. Para que, eventualmente, não pareça que essa é uma proposta do Alessandro ou do Randolfe ou do Renan ou do Humberto Costa apenas. Tudo aqui será votado pela maioria, e eu, à medida  que o trabalho avançar, serei cada vez menos um relator monocrático, porque quero ser um sistematizador, um redator de tudo que evidentemente se discute aqui", disse Renan Calheiros na última terça-feira.

Requerimentos

Até a manhã desta quarta-feira (28), a CPI da Pandemia recebeu 173 requerimentos — 58 deles para a convocação de testemunhas. Além dos quatro ministros da Saúde que atuaram durante a pandemia de coronavírus, há requerimentos para a convocação de outros três auxiliares do presidente Jair Bolsonaro: Paulo Guedes (Economia), Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia e Inovações) e Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União).

Se os requerimentos forem aprovados, Paulo Guedes deve ser ouvido sobre o auxílio emergencial e outras medidas econômicas de contenção da pandemia. Marcos Pontes será chamado a falar sobre o desenvolvimento de vacinas contra a Covid-19, enquanto Wagner Rosário deve depor sobre o eventual desvio de recursos transferidos pela União para estados e municípios.

Os senadores apresentaram ainda requerimentos para ouvir o ex-secretário especial de Comunicação Social da Presidência da República, Fabio Wajngarten. Em entrevista à revista Veja, ele afirmou que houve “incompetência” e “ineficiência” de gestores do Ministério da Saúde para negociar a compra de vacinas.

Outros requerimentos sugerem a convocação do ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, para esclarecer o processo de aquisição de insumos e vacinas no mercado internacional. Os parlamentares apresentaram ainda um pedido para a convocação do ex-comandante do Exército, general Edson Pujol. Durante a gestão dele, o Laboratório do Exército intensificou a produção de cloroquina, um medicamento sem eficácia comprovada contra a Covid-19.

Outro nome que aparece entre os requerimentos de convocação é o do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em março do ano passado, ele decidiu que governadores e prefeitos podem adotar medidas para o enfrentamento do coronavírus — assim como o presidente da República.

O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, também figura entre os potenciais convocados. Ele deve falar sobre ações de vigilância e mapeamento da pandemia; promoção de tratamentos ineficazes; falhas no planejamento de fornecimento de insumos básicos como oxigênio e medicamentos; e atraso e omissão para a compra de vacinas.

Um requerimento à Presidência da República solicita informações sobre os deslocamentos do presidente Jair Bolsonaro pelo comércio de Brasília e pelo Entorno do Distrito Federal desde março do ano passado. Além de datas e locais frequentados, a planilha deve informar todas as “autoridades envolvidas” nas movimentações.

Desvio em Estados e municípios

O suposto desvio de recursos repassados pela União a estados e municípios é tema de uma série de requerimentos de convocação e pedidos de informação. Os senadores sugerem a oitiva do diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Maiurino. Se o requerimento for aprovado, ele deve expor detalhes de 76 operações realizadas para investigar desvios de R$ 2,1 bilhões em contratos firmados por estados e municípios no enfrentamento à pandemia.

Também devem ser convocados para discutir o assunto representantes do Fórum dos Governadores e do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, além do prefeito de Manaus (AM), David Almeida, e do secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo.

O assunto também é objeto de requerimentos de informação ao Tribunal de Contas da União (TCU), ao Ministério Público Federal, aos governos dos 26 estados e do Distrito Federal e às prefeituras de todas as capitais e municípios com até 200 mil habitantes. Também devem prestar informações sobre o tema as diretorias-gerais de Polícia Civil, as Procuradorias-Gerais de Justiça e os tribunais de contas dos 26 estados e do Distrito Federal.

*Da Agência Senado

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) começou a notificar os segurados que fizeram algum requerimento e consta pendência. A notificação é automática e aparece no visor do smartphone para todos que tenham o aplicativo Meu INSS instalado no aparelho.

O INSS também começou a entrar em contato com os segurados que precisam cumprir exigências, por meio de ligações da Central 135.

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Quem receber a ligação será informado da pendência no requerimento e deverá fazer o envio da documentação pelo Meu INSS (site ou aplicativo). Nesta fase, cerca de 325 mil segurados deverão ser contatados por um atendente do instituto.

Além da notificação pelo Meu INSS e ligação do 135, cerca de 300 mil segurados também poderão receber um SMS com as orientações sobre como proceder para o envio da documentação.

A exigência é um protocolo do INSS que significa que não foi possível concluir a análise do requerimento por falta de algum documento ou informação.

Dessa forma, o segurado que tiver alguma pendência deve enviar a documentação o mais rápido possível para que o INSS possa concluir a análise do requerimento.

No site do INSS, há mais informações sobre como enviar os documentos.

Com a especulação de Regina Duarte para um 'teste' na secretaria de Cultura, a produtora, atriz e fundadora do movimento 342 Artes, Paula Lavigne, listou uma série de cobranças para corrigir o que entende como "coisa estragada" do Governo Bolsonaro. Em 1988, elas trabalharam juntas na novela Vale Tudo, de Gilberto Braga.

Para a fundadora da principal organização da classe artística nacional, "tem que consertar muita coisa estragada". Em entrevista à Época, ele solicita produções 'sem filtros', a revisão do desmonte da cultura brasileira, o cancelamento do projeto de cultura dirigida, valorização da pesquisa, revisão das nomeações para entidade envolvidas com a pasta e o respeito aos direitos da classe artística.

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O nome da atriz reconhecida por trabalhos como Roque Santeiro e Rainha da Sucata foi ventilado após a exoneração do então secretário, o dramaturgo Roberto Alvim. Em anúncio realizado na última quinta-feira (16), ele utilizou frases do ministro da Propaganda da Alemanha nazista, Joseph Goebbels. Já fora do comando, Alvim sugeriu que uma 'ação satânica' foi responsável por sua saída da secretaria.

"Espero também que ela tenha muita sorte e consiga vencer as dificuldades, em nome de uma classe que vem sendo atacada e da qual ela faz parte", pontuou Lavigne, desejando sucesso à atual líder da Cultura no Governo Federal. Confira os requerimentos na íntegra:

- Que lute pelo respeito à liberdade de expressão, de pensamento e de fé, sem "filtros" ou "curadorias" na condução das políticas públicas de cultura;

- Que promova uma revisão completa do desmonte da cultura brasileira que vinha sendo promovido por seu antecessor, o que certamente vai dar trabalho...;

- Que cancele o projeto de cultura dirigida que foi anunciado;

- Que revise todas as nomeações para órgãos fundamentais, como a Funarte, a Fundação Palmares, a Fundação Casa de Rui Barbosa, a Ancine, o Iphan, e em diversos postos de comando da Secretaria de Cultura, valorizando os pesquisadores e técnicos dessas instituições;

- Que lute pelos direitos dos artistas, dos diretores, dos autores, dos compositores e de todos os que produzem arte e cultura no Brasil.

Com a maioria da CPI mista da JBS formada por parlamentares de partidos da base, o governo pode ter o PSDB como o principal entrave na comissão. Deputados tucanos tentam levar para prestar depoimentos no colegiado nomes que podem constranger o Planalto, como o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) e o coronel reformado João Batista Lima Filho, todos próximos do presidente Michel Temer.

Os três foram implicados na delação premiada de executivos do Grupo J&F e são apontados como intermediários de propina. Deles, apenas Geddel está preso e preocupa o Planalto com a possibilidade de fechar uma delação premiada.

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Os pedidos dos tucanos fogem do foco inicial da CPI mista, que vai priorizar o depoimento de delatores e integrantes do Ministério Público envolvidos nas negociações do acordo. Dos 20 requerimentos de convite ou convocação aprovados ontem, 14 são ligados à Procuradoria-Geral da República ou à JBS. Os demais são de integrantes dos governos petistas, como o ex-presidente do BNDES Luciano Coutinho e o ex-presidente da Caixa Jorge Hereda. Nenhum requerimento para convocar delatados foi votado até agora.

"Estamos preocupados com que a CPMI não se transforme em um ataque ao Ministério Público", afirmou o deputado Rocha (PSDB-AC), que pede a convocação do Geddel e Rocha Loures. O PSDB preside a CPI mista e tem outras cinco cadeiras no colegiado. Uma, no entanto, está vaga desde que o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) deixou o grupo em protesto contra a escolha do deputado Carlos Marun (PMDB-MS), da tropa de choque de Temer, como relator.

Delatados

O senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), presidente da CPI mista, tem negado que a intenção da comissão seja a de revanchismo contra delatores e investigadores e tenta passar a imagem de independência em relação ao Planalto.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo publicada na quarta-feira, 20, o senador admitiu que, se houver requerimento, a comissão poderá ouvir citados nas delações, como Rocha Loures e o senador Aécio Neves (PSDB-MG).

Também é de autoria de um tucano o pedido para convocar o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que presidiu o conselho da holding J&F, controladora da JBS. O ministro é filiado ao PSD e tem se movimentado politicamente, alimentando os rumores de que pode se candidatar ao Planalto em 2018, o que tem incomodado o PSDB. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após duas reuniões sem conseguir colocar em votação os mais de 200 requerimentos na pauta, a CPMI da JBS aprovou, em cerca de dez minutos, mais de 50 dos pedidos feitos por integrantes do colegiado. Entre eles, o convite para ouvir o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, que deixou o cargo no domingo passado, dia 17.

Os requerimentos foram aprovados na manhã desta quinta-feira, 21, em votação simbólica. Dos 37 parlamentares que fazem parte do colegiado, 12 estavam presentes no momento da aprovação.

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"Não concordo que o ex-procurador venha como investigado, mas sim como convidado. Que ele venha para tirar dúvidas. Mas que não venha um deputado para trazer ataques em tom de vingança", afirmou o deputado Delegado Francischini (SD-PR), um dos sub-relator da CPMI.

Além de Janot, a comissão ainda aprovou convite para ouvir o procurador Eduardo Pelella, que foi chefe de gabinete do ex-procurador-geral.

"Parece que a todo momento temos que pedir desculpas por convocar A ou B. Mas está claro no requerimento de criação da CPMI o objetivo de investigar o acordo de colaboração. Estaríamos prevaricação se não chamarmos os envolvidos no acordo", disse Carlos Marun (PMDB-MS), relator da CPMI, ao justificar o convite a Pelella.

Até o momento, também foram aprovados convites para falar na CPMI o ex-presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Leonardo Porciúncula Gomes Pereira, e Márcio Lobo, advogado da Associação de Acionistas Minoritários (Aidmin).

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, instância máxima no processo de impeachment vai decidir nessa sexta-feira (19) sobre requerimentos e recursos da defesa que pedem a suspensão e a nulidade de sessões do processo de afastamento de Dilma Rousseff. As informações são de fontes do Judiciário.

Nas últimas alegações da defesa, foram feitos diferentes requerimentos em relação ao processo. Os advogados de Dilma também protocolaram um recurso na última terça-feira. A defesa alega que, seguindo o rito do impeachment do ex-presidente Collor, as questões devem ser resolvidas antes do julgamento, que se inicia em 25 de agosto.

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Os advogados de Dilma pedem que seja anulada a decisão de prosseguimento do impeachment, votada pelo plenário do Senado, devido à inclusão de uma nova acusação contra a presidente no parecer do relator Antonio Anastasia (PSDB-MG) e porque as preliminares da defesa não foram analisadas separadamente.

A defesa também requer que durante o julgamento sejam ouvidos os técnicos da perícia do Senado, além dos assistentes da defesa e da acusação que também participaram do processo. Até agora, a previsão é que sejam ouvidas apenas as testemunhas indicadas pela defesa e acusação, além do depoimento da própria presidente da República.

Já o recurso feito ao Supremo também pede que a sessão seja anulada, alegando, como nos requerimentos, que as preliminares da defesa deveriam ser analisadas separadamente, como em um processo jurídico, e não em bloco, seguindo o modelo de apreciação de projetos parlamentares no Senado.

Pedidos da acusação

Os autores do processo de impeachment também fizeram questionamentos ao ministro do Supremo. Eles pedem a impugnação de duas das seis testemunhas indicadas pela defesa por considerarem que se tratam de especialistas, e não pessoas que tiveram ligação com os fatos imputados à presidente.

Na noite da quinta, 18, o advogado da acusação também protocolou um pedido para modificar a frase a qual os senadores responderão no momento de votarem contra ou a favor do impeachment. Ele pede que a frase seja ampla, questionando se a presidente cometeu crime de responsabilidade e deve sofrer o impeachment, ou que ela mencione cada um dos crimes imputados a presidente. A acusação alega que na atual frase formulada por Lewandowski falta a indicação de um crime.

Segundo fontes ligadas ao STF, Lewandowski deve decidir sobre todas as questões ainda nessa sexta-feira.

Governistas sofrem mais uma derrota na comissão do impeachment. Após o relator do processo, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), negar requerimentos apresentados por senadores da base do governo, os demais senadores também rechaçaram a proposta.

Os governistas pediam em requerimentos que a comissão recebesse documentos e certidões de órgãos públicos que, segundo eles, isentariam a presidente de responsabilidade por qualquer crime fiscal. Após a negativa do relator, os senadores do PT pediram que os recursos fossem votados. Com minoria em plenário, eles foram derrotados.

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Ao final da votação, Anastasia afirmou que, por se tratarem de documentos públicos, a defesa poderá trazer todas as certidões na reunião desta sexta-feira, 29, quando a comissão ouvirá a apresentação do advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, além dos ministros Nelson Barbosa (Fazenda) e Kátia Abreu (Agricultura). Um representante do Banco do Brasil também é esperado.

Já no início da sessão da comissão especial do impeachment, nesta quinta-feira, 28, o relator do processo, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), rejeitou os requerimentos de senadores governistas, que requisitavam documentos a órgãos públicos que poderiam servir de prova contra a acusação de pedaladas.

Anastasia alegou que diligências e documentos novos não devem ser apresentados ou analisados nesta fase do processo, em que a comissão discute apenas a admissibilidade da denúncia enviada pela Câmara. Em seu entendimento, novos documentos devem ser analisados apenas no julgamento.

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Os governistas pedem notas taquigráficas, certidões de decreto de créditos suplementares e comprovações se subvenções do Plano Safra contemplam ato assinado pela presidente.

"Queremos demonstrar que não houve participação da presidente, que não houve crime, por isso pedimos para apresentar essas certidões. Nos impedir de trazer esses documentos é cercear o nosso direito de defesa", afirmou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).

Com a negativa do relator, os governistas pediram que os requerimentos fossem postos em votação. Para garantir, entretanto, maiores chances de aprovar os pedidos, agora eles pedem que a votação seja realizada somente após a apresentação dos denunciantes, autores do pedido de impeachment.

Como os governistas estão em minoria, a estratégia é fazer a votação apenas mais tarde, com menos senadores presentes e com a possibilidade de conseguirem maioria. Os governistas representam apenas 5 dos 21 membros da comissão.

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