Tópicos | República Centro-Africana

A República Centro-Africana adotou o bitcoin como moeda oficial, após aprovação unânime da Assembleia Nacional de um projeto sobre o tema. Em comunicado da presidência, o governo local destaca a "abertura de novas oportunidades para nosso país" com a iniciativa.

A presidência diz que fará "todos os esforços necessários, com respeito à lei" para implementar a criptomoeda como meio de pagamento local.

##RECOMENDA##

Será o primeiro país na África a fazer isso e apenas o segundo no mundo, após El Salvador.

Grupos de rebeldes da República Centro-Africana assumiram o controle de uma cidade localizada a 750 quilômetros a leste de Bangui neste domingo (3), mas permanecem longe da capital, onde os resultados provisórios das eleições presidenciais serão anunciados na segunda-feira.

"Os rebeldes controlam a cidade, eles estão em toda parte", disse à AFP Rosevel Pierre Louis, chefe do escritório regional em Bangassou da Missão da ONU na República Centro-Africana (Minusca).

Os rebeldes atacaram a cidade de Bangassou no sábado e assumiram o controle após várias horas de combate. O exército centro-africano "abandonou sua posição e está em nossa base", acrescentou Pierre Louis.

"Os corpos de cinco pessoas foram encontrados", tuitou Minusca, sem dar mais detalhes. Cerca de quinze feridos foram atendidos e evacuados pelos Médicos Sem Fronteiras (MSF), disse a ONG.

Uma coalizão de grupos armados lançou uma ofensiva em 19 de dezembro para tomar a capital Bangui e, assim, interromper a realização das eleições presidenciais de 27 de dezembro.

No entanto, os rebeldes não conseguiram avançar para a capital devido à intervenção das forças de paz da ONU, o exército centro-africano, paramilitares russos e soldados de elite ruandeses.

Os resultados provisórios das eleições presidenciais serão conhecidos na segunda-feira, mas os resultados finais não serão anunciados até 19 de janeiro. O presidente cessante Faustin Archange Touadéra é o favorito nas eleições.

Uma freira franco-espanhola de 77 anos foi encontrada morta em uma aldeia onde ensinava costura a meninas, no oeste da República Centro-Africana, de acordo com o portal oficial da Santa Sé.

De acordo com o site Vatican News, a freira foi encontrada decapitada na segunda-feira de manhã. Segundo um bispo de sua diocese espanhola, ainda não há indicações das razões para o crime. O papa Francisco denunciou nesta quarta-feira (22) na Praça de São Pedro um assassinato "bárbaro".

"Gostaria de lembrar a memória de Ines Nieves Sancho, de 77 anos, educadora de meninas pobres há décadas, barbaramente assassinada na República Centro-Africana, precisamente na sala onde ela ensinava costura a jovens meninas, uma mulher que deu a sua vida por Jesus ao serviço dos pobres", declarou Francisco durante a sua audiência na Praça de São Pedro, pedindo à multidão que orasse silenciosamente por ela.

"Na madrugada de segunda-feira, seus agressores entraram em seu quarto e a levaram para o centro onde ela ensinava as meninas, onde a decapitaram", escreveu o Vatican News.

"Nenhuma reivindicação foi feita, mas de acordo com um deputado local, este assassinato pode estar ligado ao tráfico de órgãos humanos e aos muitos crimes rituais na região", acrescentou o site.

O porta-voz da diocese de Burgos, onde nasceu a freira, disse que conversou com um de seus bispos na República Centro-Africana.

"Ele me disse que ela havia sido degolada: eles cortaram o pescoço dela para matá-la, mas não cortaram totalmente a cabeça", disse à AFP.

O presidente da República Centro-Africana, Faustin Archange Touadéra, foi recebido nesta terça-feira pelo Papa Francisco no Vaticano, onde reafirmou seu compromisso de pôr em prática o acordo de paz em seu país, apesar da rejeição ao novo governo por cinco grupos armados.

"Nós buscamos a paz, e no acordo há mecanismos que nos permitirão continuar trabalhando", afirmou Touadéra durante uma visita à comunidade católica de Sant'Egidio, que atua como mediadora, e após se reunir com o Papa e autoridades diplomáticas do Vaticano.

##RECOMENDA##

"É um grande desafio, por isso viemos pedir esforços suplementares, porque uma coisa é ter um acordo, mas deve-se aplicá-lo, colocá-lo em prática, e precisamos de todos os amigos", assinalou.

Em comunicado, o Vaticano indicou que o Papa e seus diplomatas "incentivam o compromisso de promover a coabitação pacífica e a reconciliação nacional, bem como os esforços para pôr fim a qualquer tipo de violência e permitir aos refugiados e desalojados que retornem para suas casas".

Cinco dos 14 grupos que fecharam o acordo de paz em Cartum, assinado em fevereiro em Bangui, rejeitam o novo governo, nomeado no último domingo, por considerarem-no excludente.

Um quarto dos habitantes da República Centro-Africana tiveram que abandonar suas casas. Nas províncias controladas por grupos armados, os combates são diários.

A ONU indicou nesta quarta-feira (31) ter recebido novas denúncias de casos de abusos sexuais cometidos por soldados franceses na República Centro-africana.

As autoridades francesas foram informadas que uma equipe da ONU recebeu denúncias de que soldados franceses teriam forçado meninas a realizar atos sexuais em troca de dinheiro, segundo uma fonte das Nações Unidas.

Os casos denunciados sobre violências sexuais teriam ocorrido entre 2013 e 2015 na prefeitura de Kemo, nordeste de Bangui. Uma equipe da ONU foi enviada ao local para investigador os fatos.

Segundo a ONG AIDS-Free World, três meninas denunciaram em 2014 que um militar da missão francesas as desnudou, as obrigado a fazer sexo com um cachorro e depois lhes deu dinheiro.

Nas primeiras eleições presidenciais depois da guerra civil, o ex-primeiro-ministro Faustin-Archange Touadéra foi eleito presidente da República Centro-Africana. O resulado foi anunciado neste sábado (20) em Bangui, capital do país, pela Autoridade Nacional Eleitoral (ANE).

No segundo turno das eleições presidenciais, anunciados pela presidente da ANE, Madeleine Nkouet Hoornaert, Toudéra conseguiu 62,71% dos votos. Ele foi o último primeiro-ministro do ex-Presidente François Bozizé, derrubado por um golpe de Estado em 2013.

##RECOMENDA##

O adversário, Anicet-Georges Dologuélé, também ex-primeiro-ministro, obteve 37,29%. Agora, os resultados devem ser validados pelo Tribunal Constitucional de transição.

O primeiro turno das eleições ocorreu em 30 de dezembro. A segunda etapa foi realizada no último domingo (14).

Um dos países mais pobres do mundo, a República Centro-Africana vive uma crise política iniciada em 2013  com a deposição do Presidente François Bozizé pela coligação Seleka, de maioria muçulmana. O evento desencadeou combates entre os partidários desta coligação e milícias cristãs, conhecidas como anti-Balaka.

O papa Francisco se prepara para visitar, entre 25 e 30 de novembro, três países africanos - Quênia, Uganda e República Centro-Africana -, com fortes comunidades católicas formadas por um clero ativo apoiado por milhares de catequistas.

Com 42,9 milhões de habitantes, os católicos no Quênia representam 32,3% (13,8 milhões) da população. Em Uganda, com uma população de 36,4 milhões, os batizados são 47% dos ugandenses (mais de 17 milhões).

A população da República Centro-Africana é de apenas 4,6 milhões, e os católicos representam 37,3% (1,7 milhão), de acordo com estatísticas do Vaticano divulgadas no final de 2014. O clero nos três países também é importante: há 38 bispos no Quênia, 32 em Uganda 16 na RCA.

Os padres estão distribuídos da seguinte forma: 2.744 no Quênia, 2.180 em Uganda em 350 na RCA. Milhares de freiras também estão presentes nos três países onde a fé católica, como ocorre em toda a África, também é ensinada por catequistas leigos: 11.300 no Quênia, 15.800 em Uganda e 6.200 na RCA.

Quênia e Uganda também contam com centros de formação clerical, com milhares de futuros padres formados em grandes e pequenos seminários: 5.500 no Quênia, 7.000 em Uganda e quase 400 na RCA.

A Igreja Católica também tem um papel-chave nas áreas de educação, saúde e assistência social, em especial nos dois países de língua inglesa, Quênia e Uganda. Segundo as estatísticas, mais de 12.000 escolas, incluindo jardins de infância, são dirigidas por religiosos no Quênia, cerca de 10.000 em Uganda e 300 na RCA.

Além disso, mais de 2.700 clínicas, orfanatos, hospitais, casas para deficientes e idosos operam nos três países.

Um soldado de missão de paz da ONU na República Centro-Africana matou quatro de seus companheiros e feriu outros oito em um tiroteio registrado neste sábado (8), na capital do país Bangui, no mais recente episódio macabro no esforço internacional para parar a limpeza religiosa naquele país. O soldado ruandês morreu durante o tiroteio, segundo a ONU que disse que está investigando o incidente. A suspeita é de terrorismo, mas não foi excluída a possibilidade de uma doença mental como a causa.

Não foi o primeiro episódio preocupante para forças armadas estrangeiras que tentam manter a paz na República Centro-Africano, uma nação muçulmana-cristã. Não há registro preciso de quantas milhares de pessoas foram mortas lá, mas um quarto dos 4,5 milhões de habitantes fugiram e aldeias inteira foram devastadas. Tropas francesas foram implantadas em 2012. No ano passado, a ONU acrescentou tropas de paz aos esforços. Fonte: Associated Press.

##RECOMENDA##

O chefe de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Zeid Raad al-Hussein, pediu que diversos países intensifiquem os esforços para investigar alegações de que forças de paz podem ter cometido abusos na República Centro-Africana.

O dirigente disse em um comunicado neste sábado que, na sequência da investigação de abuso sexual por agentes franceses, a agência tem olhado de maneira mais profunda as alegações sobre graves violações de direitos por soldados de "vários outros contingentes internacionais". Ele não revelou o nome quaisquer países.

##RECOMENDA##

As alegações incluem a morte de civis, execuções sumárias, sequestros e exploração sexual de mulheres.

Zeid disse que as investigações sobre incidentes relatados pela equipe de direitos humanos da ONU resultaram em algumas ações por parte de países em questão, incluindo a punição e o rápido repatriamento de alguns comandantes seniores, "mas isso não é suficiente".

Promotores franceses estão investigando acusações de que soldados enviados para lá em 2013 e 2014 abusaram sexualmente de crianças. Os agentes haviam sido levados ao país para combater violência sectária.

Um documento recentemente obtido pela Associated Press mostra que altos funcionários de direitos humanos da ONU sabiam sobre as acusações por meses, mas não deram seguimento, mesmo diante da pressão da França para obter mais informações da ONU. Fonte: Associated Press.

A Organização das Nações Unidas(ONU) informou que cerca de 400 pessoas foram mortas em um ataque a um campo de paz na República Centro-Africana ontem. Um dos agressores morreu e vários outros ficaram feridos.

O ataque foi o segundo nesta semana contra campos de paz no norte da cidade de Kaga-Bandoro, onde a missão de paz da ONU diz que a "relação com a população sempre foi positiva".

##RECOMENDA##

A ONU observou que este é um período de migração sazonal marcada por tensões na área, localizada a cerca de 385 quilômetros da capital Bangui, mas não disse o que provocou a situação.

A missão de paz, conhecida como Minusca, informou que uma multidão de 300 a 400 pessoas tentou romper a barreira de entrada do acampamento utilizando fogo.

Segundo a missa de paz, foram feitos esforços para conter a multidão. Os manifestantes estariam munidos de pedras e facas e teriam atirado contra os soldados da ONU, ferindo gravemente vários deles.

"Diante da magnitude do ataque, a força de paz da ONU reagiu com tiros de alerta", informou a Minusca em relatório. Fonte: Associated Press

O governador Samuel Dieudonne Ivaha Diboua disse que guerrilheiros de República Centro-Africano sequestraram 16 pessoas de uma cidade fronteiriça de Camarões, incluindo políticos e clérigos locais.

O dirigente afirmou neste sábado (21) que 30 combatentes fortemente armados tomaram um ônibus de pessoas que voltavam de um enterro na noite de quinta-feira. Os agressores levaram o ônibus de volta para a República Centro-Africana, que tem sido assolada pela violência sectária há mais de um ano.

##RECOMENDA##

Ivaha Diboua disse que ninguém tinha reivindicado a responsabilidade pelos sequestros, mas suspeita-se que eles foram realizados por insurgentes da Frente Democrática do Povo Centro-Africano. O líder deles está em uma cadeia em Camarões e os combatentes do grupo sequestraram vários camaroneses e um padre polonês no ano passado em uma tentativa de trocá-los pela libertação do chefe. Fonte: Associated Press.

Claudia Priest, a trabalhadora humanitária francesa que foi sequestrada na República Centro-africana por milicianos 'anti-balaka', contou à AFP neste sábado ter sido agredida e ameaçada de morte pelos sequestradores.

"Eles eram realmente ameaçadores, tinham armas, punhais, machadinhas, e diziam: 'nós vamos matar você, vamos decapitar você'", declarou Priest, de 67 anos, durante entrevista em Bangui.

##RECOMENDA##

Sequestrada na última segunda-feira na capital centro-africana, ela foi libertada nesta sexta-feira.

A francesa, que chegou ao país em 6 de janeiro para uma missão de duas semanas para a ONG humanitária católica CODIS, foi sequestrada ao lado de um funcionário centro-africano da organização, que também foi libertado.

Raptados enquanto passavam por uma das principais avenidas da capital, quando voltavam de Damara (70 km ao norte de Bangui), eles foram levados até Boy-Rabe, bairro reduto dos anti-balaka, no nordeste de Bangui.

"Eles me bateram, me chutaram quando eu caí, me arrastaram até uma clareira um pouco longe, em cima de um morro. Depois nós caminhamos, por pelo menos 15 km, durante horas e horas, e me cobriram para que não vissem que eu era francesa", contou Claudia.

A libertação foi "um alívio enorme", confessou. "Eu não achava que seria possível. Só quando eu vi o monsenhor Nzapalainga (arcebispo de Bangui), e ele me abraçou, foi que eu pensei: 'está tudo bem'".

As milícias 'anti-balaka' são formadas principalmente por cristãos e combatem rebeldes, essencialmente muçulmanos, da coalizão Seleka, que tomou o poder no país em março de 2013 para em seguida perdê-lo em janeiro de 2014. Os dois grupos são acusados de graves violações dos direitos humanos.

Os autores do sequestro protestavam contra a prisão de Rodrigue Ngaibona, aliás "general Andjilo", um de seus líderes, suspeito de ser um dos responsáveis por massacres de muçulmanos na capital centro-africana.

A Organização das Nações Unidas (ONU) assumiu a missão de paz na República Centro-Africana nesta segunda-feira, nove meses após o início de uma onda de violência sectária que já deixou 5 mil pessoas mortas e forçou dezenas de milhares de muçulmanos a se refugiar em países vizinhos.

Cerca de 1.800 soldados das forças de paz da ONU estão se juntando à missão. Mas esta força, quando combinada aos 4.800 soldados das tropas africanas que já trabalham na região, representa apenas 65% do que foi autorizado pelo conselho de segurança da ONU em abril.

##RECOMENDA##

Grupos de direitos humanos pedem a implantação completa de uma força de 12 mil soldados, mas de acordo com diplomatas, isso só deverá acontecer no começo de 2015. "A troca das forças de paz da União Africana pelas forças da ONU deve ser mais do que uma mudança 'cosmética': a troca de boinas verdes por capacetes azuis. A mudança tem de marcar o recomeço da operação de paz na RCA", disse o diretor regional da Anistia Internacional, Steve Cockburn.

A missão vai enfrentar um enorme desafio: trazer paz para um dos países menos desenvolvidos do continente africano, com área do tamanho do Texas e população de cerca de 4,6 milhões de pessoas. Algumas estradas do país não foram recuperadas desde a independência da França, em 1960, e outras ficam inacessíveis em época de chuvas. Além disso, diversos grupos rebeldes e movimentos armados já atuam no norte do país.

Os novos reforços para a missão africana vêm do Paquistão, Sri Lanka, Indonésia, Marrocos e Bangladesh. Segundo a ONU, foram necessários meses para mobilizar os países para contribuir com as forças de paz. "A ONU trabalhou incansavelmente desde a reunião do conselho de segurança, em abril", disse o porta-voz da organização Stephane Dujarric, enfatizando que a logística para o envio de tropas à República Centro-Africana é extremamente complicada.

Pelo menos 5.204 pessoas foram mortas em conflitos entre muçulmanos e cristãos no país desde dezembro do ano passado, de acordo com levantamento feito pela Associated Press. O número é baseado na contagem de corpos e dados reunidos por sobreviventes, padres e voluntários em mais de 50 das comunidades atingidas.

"Civis ainda estão sendo mortos numa 'taxa alarmante'", afirmou o pesquisador da Human Rights Watch, Lewis Mudge, após conduzir uma missão em campo neste mês na RCA. "Não temos tempo a perder, a missão da ONU precisa urgentemente enviar mais tropas às regiões leste e central do país e tomar medidas mais ousadas para proteger os civis contras estes ataques brutais", disse.

Os Estados Unidos anunciaram que vão reabrir a embaixada na capital da República Centro-Africana, Bangui, quase dois anos após a suspensão das atividades no país, em dezembro de 2012. O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, afirmou nesta segunda-feira que os esforços para colocar a nação num caminho de paz e estabilidade tem progredido. Fonte: Associated Press.

[@#video#@]

Homens armados invadiram a aldeia de Dissiku, na região de Kaga Bandoro, no centro da República Centro-Africana, e queimaram treze pessoas vivas. Eles perseguiram e capturaram moradores, que foram trancados e carbonizados em uma casa, sem possibilidade de fulga. A suspeita era de que os invasores se tratem de integrantes de grupos muçulmanos armados. O motivo para o atentado seria roubo de gado por um grupo rival. 

##RECOMENDA##

Desde a tomada do poder pela rebelião marjoritária muçulmana, em março do ano passado, a República Centro-Africana vive uma crise sem precedentes. As regiões central e do norte são as mais críticas. Muitos vilarejos já foram atacados, assim como o hospital administrado pela ONG Médicos Sem Fronteira - alvo atingido início deste mês.

Confira outros detalhes no vídeo.

 

A Organização das Nações Unidas (ONU) impôs sanções ao ex-presidente da República Centro-Africana François Bozizé Yangouvonda e a dois líderes rebeldes por minarem a paz e alimentarem a violência no país devastado por conflitos. Eles são os primeiros centro-africanos a receberem sanções dentro da resolução da ONU adotada em janeiro.

Uma aliança de grupos rebeldes muçulmanos, conhecidos como Seleka, derrubou Bozize do governo em março de 2013. Eles rapidamente se tornaram desprezados pelos cristãos na capital do país após combatentes muçulmanos iniciarem saques, estupros e assassinatos de civis de modo arbitrário. Um movimento cristão armado, conhecido como anti-Balaka, auxiliado por partidários de Bozizé, começou uma retaliação vários meses mais tarde, o que provocou derramamento sectário de sangue.

##RECOMENDA##

O Seleka foi destituído do poder em janeiro, e um governo transitório foi estabelecido. Cerca de 2.000 soldados franceses e 5 mil africanos foram enviados para tentar estabilizar o país, que tem cerca do tamanho do Estado do Texas, nos EUA. Mas a violência continua e dezenas de milhares de muçulmanos fugiram para o norte e para países vizinhos, um deslocamento que a ONU descreveu como "limpeza étnica".

A embaixadora dos EUA Samantha Power elogiou neste sábado a decisão unânime do Comitê do Conselho de Segurança da ONU estabelecido para monitorar as sanções sobre a República Centro-africana que impôs um congelamento de bens e proibição de viagens para Bozize, o líder do Seleka, Nourredine Adam, e o coordenador político anti-Balaka, Levy Yakete. Fonte: Associated Press.

Autoridades relatam que pelo menos 22 civis foram mortos em meio a um combate na cidade de Mala, na República Centro-Africana. Augustin Freddy Ndoukoulouba, um parlamentar da área, disse que violentos combates eclodiram nesta quinta-feira entre rebeldes muçulmanos e combatentes de milícias cristãs em Mala, localizada na região centro-norte, que é cada vez mais instável do país.

Ndoukoulouba disse na segunda-feira que a situação é tão instável e violenta em Mala que as pessoas têm sido incapazes de enterrar os mortos e que os feridos foram deixados à própria sorte. O parlamentar disse que a maioria dos moradores da cidade fugiram para a floresta que circunda a cidade à medida que os rebeldes muçulmanos assumiram o controle da região nesta segunda-feira.

##RECOMENDA##

A violência sectária se acentuou na República Centro-Africana em dezembro. Milhares de soldados das forças de paz francesas e africanas atuam para tentar ajudar a estabilizar o país. Fonte: Associated Press.

Dezenas de rebeldes muçulmanos armados abriram fogo no fim de semana contra um hospital na República Centro-Africana, matando pelo menos 16 pessoas, incluindo três agentes de saúde locais do Médicos Sem Fronteiras (MSF), disseram autoridades do país. O ataque ocorreu em Boguila, no noroeste do país, perto da fronteira com o Chade.

Os rebeldes armados atacaram o complexo durante uma reunião dos trabalhadores de saúde com líderes da comunidade. "Enquanto alguns dos homens armados roubaram o escritório de MSF com uma arma e dispararam tiros para o ar, outros homens armados se aproximaram do local de encontro, onde a equipe de MSF e os membros da comunidade se reuniam em bancos", disse o grupo segunda-feira. "Sem ser provocados, os homens armados começaram a disparar fortemente contra a multidão, matando e ferindo gravemente várias pessoas."

##RECOMENDA##

O grupo irá suspender atividades na cidade após as mortes, disse Stefano Argenziano, líder do MSF na República Centro-Africana. "Embora continuemos comprometidos em oferecer assistência humanitária para a comunidade, também temos que levar em consideração a segurança da nossa equipe", afirmou Argenziano. "Em reação a esse ato irresponsável, também estamos analisando se é viável continuar as operações em outras áreas."

Enquanto isso, uma porta-voz das forças de paz anunciou hoje que duas pessoas foram mortas em ataque a um comboio de mais de 1,3 mil muçulmanos que tentavam escapar da violência na capital na República da Centro-Africana, Bangui.

O major ruandense Patrick Fidodugingo disse nesta segunda-feira que granadas foram colocadas no comboio. Pelo menos duas pessoas morreram e outras seis ficaram feridas. Cerca de 20 caminhões deixaram a capital no domingo rumo a duas cidades perto da fronteira com o Chade. Fonte: Associated Press.

Pelo menos 30 pessoas morreram em episódios de violência ocorridos em Bangui, a capital da República Centro-Africana, nos últimos dias, informa o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).

A cidade passa atualmente por um "nível sem precedente de violência", declarou nesta sexta-feira a porta-voz do CICV em Bangui, Nadia Dibsy. Na quarta-feira, um repórter da Associated Press viu no meio de uma rua de Bangui os corpos mutilados de dois homens mortos a machadadas.

##RECOMENDA##

A violência na República Centro-Africana persiste apesar do envio de 1.600 soldados franceses e de 5 mil mantenedores de paz da União Africana (UA) enviados com o objetivo de estabilizar o país.

Uma crise política iniciada por um golpe de Estado em março do ano passado deflagrou a onda de violência sectária entre os rebeldes muçulmanos que tomaram o poder e a maioria cristã da população.

Agora que os rebeldes deixaram o poder são os cristãos que atacam civis muçulmanos. Fonte: Associated Press.

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) autorizou o uso da força de tropas de países da União Europeia (UE) na República Centro-Africana. A UE vai enviar 600 soldados para ajudar as forças africanas e francesas que já estão no país.

A resolução desta terça-feira também diz que podem ser aplicadas sanções contra os que cometerem violações aos direitos no país. Mais de 1.000 pessoas foram mortas e quase 1 milhão forçadas a deixar suas casas desde dezembro, quando houve a intensificação da violência que opõem cristãos e muçulmanos, milícias e civis.

##RECOMENDA##

A ONU acredita que pelo menos 10 mil mantenedores de paz serão necessários para encerrar o conflito na República Centro-Africana, declarou o embaixador da França na ONU, Gerard Araud.

A força da União Africana atualmente no país deve atingir 6 mil homens, mas Araud disse aos jornalistas que esse número "é considerado muito baixo porque, francamente, a situação é muito, muito complicada e o país é enorme. O secretariado (da ONU) está realmente pensando que pelos menos 10 mil soldados são necessários."

Os rebeldes, em sua maioria muçulmanos e conhecidos como Seleka, vieram do extremo norte do país em março de 2013 e derrubaram o presidente cristão François Bozizé. Seus 10 meses de governo foram marcados por amplos abusos aos direitos humanos e pelo aprofundamento das divisões entre a minoria muçulmana e a maioria cristã do país.

Nesta terça-feira, milhares de moradores saíram às ruas da capital para celebrar quando mantenedores da paz escoltarem dezenas de rebeldes para fora das bases militares de Bangui, o que representa que eles estão perdendo o controle do país.

A saída do campo Kasai acontece um dia depois de outros integrantes do Seleka terem deixado outra base na periferia da cidade. No domingo, altos comandantes do grupo foram escoltados para o norte da capital, provavelmente se dirigindo para o vizinho Chade.

Embora a partida das forças Seleka tenha sido bem recebida por civis cristãos, a ONU advertiu que o êxodo deixa civis muçulmanos vulneráveis a ataques retaliatórios de milicianos cristãos, conhecidos como anti-Balaka.

Organizações humanitárias pediram às forças da União Africana e da França que enviem mais homens para regiões fora da capital, especialmente em áreas mais remotas, onde assassinatos podem não ser comunicados. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

A prefeita de Bangui, Catherine Samba-Panza, foi eleita nesta segunda-feira a presidente interina na República Centro-Africana. Ela tem pela frente a difícil tarefa da restaurar a paz no país, tomado pelos confrontos entre muçulmanos e cristãos.

Samba-Panza foi escolhida na segunda rodada de votação realizada por um Parlamento de transição, quando conquistou 75 votos, contra 53 de Desiré Kolingba, filho do ex-presidente Andre Kolingba. Após o anúncio do resultado, os integrantes do Legislativo cantaram o hino nacional em comemoração. Fonte: Dow Jones Newswires.

##RECOMENDA##

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando