Tópicos | representações

A equipe de segurança de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentou 27 representações ao Supremo Tribunal Federal (STF) desde o início da campanha. Nessa segunda-feira (12), o cacique Tserere foi preso após um pedido da equipe do presidente eleito. 

No geral, as denúncias são de abertura de investigações pela Polícia Federal (PF) por suspeita de crimes contra a democracia, ameaças, crimes contra a honra e desacato. O cacique José Acácio Serere foi preso temporariamente depois de incentivar manifestantes a impedir a posse de Lula.  

##RECOMENDA##

LeiaJá também:

---> Quem é o cacique que causou a confusão em Brasília?

---> Bolsonaristas tentam invadir PF após prisão de indígena

---> PF isola hotel de Lula e bolsonaristas queimam veículos

As áreas jurídicas das campanhas dos presidenciáveis já começaram a acionar a Justiça Eleitoral apontando suposto uso político, pelo presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), dos atos em comemoração ao bicentenário da Independência. Especialistas ouvidos pelo Estadão consideram que Bolsonaro pode responder por abuso de poder econômico e político, por utilizar recursos públicos para promover um ato de campanha durante celebrações cívicas.

A senadora Soraya Thronicke, candidata do União Brasil à Presidência, afirmou no Twitter que pedirá que o tempo de TV e rádio de Bolsonaro no horário eleitoral seja redistribuído para os demais concorrentes. "Um dos pedidos da nossa ação judicial quanto ao que Bolsonaro fez no 7 de Setembro vai ser o corte de seu tempo de TV e rádio na propaganda eleitoral. Ainda vou pedir que este tempo seja redistribuído entre os demais candidatos à Presidência, para que a equidade seja respeitada."

##RECOMENDA##

Integrante da coordenação da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Palácio do Planalto, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse que vai acionar o TSE para investigar se o presidente abusou da máquina pública. Nas redes sociais, o parlamentar disse ver "atos explícitos de campanha".

O PDT, partido de Ciro Gomes, entrou com representação pedindo que o TSE investigue se a campanha de Bolsonaro usou recursos para patrocinar a ida de apoiadores aos atos, mas o pedido foi negado ontem mesmo pelo ministro Raul Araújo. O partido entrará com uma nova representação na corte questionando o uso político do 7 de Setembro.

Na véspera do feriado, o Ministério Público Federal já havia aberto um inquérito civil para que o governo adote "medidas de prevenção" para que o desfile cívico "não se confunda com ato de natureza político partidária". A solicitação foi remetida, por ofício, ao ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira. Procurado, o governo federal não se posicionou até a conclusão desta edição.

Contexto

O advogado Volgane Carvalho, secretário-geral da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep), avalia que o desfile cívico-militar foi usado para promover um ato eleitoral do presidente. "Se você olha a manifestação deslocada do contexto, foi um discurso realizado depois do evento oficial, em um trio elétrico particular. Isso não configuraria, em tese, nenhum problema", afirmou.

"Mas, quando a gente olha em um contexto maior, o fato é que houve um evento oficial, que atraiu muita gente, com dispêndio de recursos públicos para criar uma superestrutura. Quase no mesmo espaço, você teve um evento de campanha particular, cuja repercussão e o alcance se devem em grande parte ao evento que veio antes", completou.

Na avaliação do advogado, os pedidos de voto feitos por Bolsonaro deixam claro que o discurso teve natureza político-eleitoral. "Falou em vitória, em votar certo, em impedir que alguém volte ao poder e outras expressões. Naquele contexto, ficou muito nítido que o que estava acontecendo ali era um ato de campanha, com pedido de voto, inclusive um pedido de mobilização dos eleitores para convencer outras pessoas a aderirem aquela campanha", afirmou.

O advogado Cristiano Vilela, especialista em direito público e integrante da Abradep, também viu uso eleitoral. "O discurso não é o problema, mas ele começou a extrapolar, com falas de conteúdo político-eleitoral. Aí sim ele extrapolou os limites e começou a fazer campanha eleitoral dentro de uma estrutura indevida. Ali eu vejo que, de fato, ele ultrapassou os limites estabelecidos na legislação."

A advogada Juliana dos Santos, doutora em teoria do Estado pela USP, disse que o presidente aproveitou a celebração cívica para "movimentar a máquina pública em favor da sua campanha", o que cria uma situação de desequilíbrio eleitoral, de acordo com ela.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo unificou em um documento, nessa quarta-feira (9), as 21 representações que pedem a cassação do deputado estadual Arthur do Val (sem partido) por comentários que fez sobre as mulheres ucranianas, que considerou "fáceis por serem pobres". A presidente do colegiado, Maria Lucia Amary (PSDB), notificou o parlamentar, que deve apresentar defesa prévia no prazo de cinco dias úteis.

Em entrevista ao Estadão, Maria Lucia se disse chocada e constrangida pelas declarações do colega. Uma nova reunião do Conselho está prevista para a semana que vem, quando seus integrantes julgarão a admissibilidade das representações. Ao todo, existem quatro possibilidades de punição: advertência, censura verbal ou escrita, suspensão do mandato ou cassação.

##RECOMENDA##

"Há uma consciência coletiva. Todos nós estamos conscientes da urgência de uma decisão. Os fatos são muito claros e evidentes. Não há muita coisa a ser questionada", disse ao Estadão o vice-presidente do órgão, Barros Muniz (PSB) nesta segunda-feira (7).

Caso seja admitida a abertura de processo contra o deputado, Maria Lucia deverá nomear um relator. O parecer desse ou dessa parlamentar vai propor uma das opções de punição, que será votada pelo Conselho. Em caso de empate, a presidente tem o voto de Minerva. O passo seguinte é a votação em plenário, onde são necessários 48 votos para aprovação.

Os parlamentares podem alterar o resultado proposto pelo parecer. Foi o que ocorreu no caso do deputado estadual Fernando Cury, que assediou a colega Isa Penna (PSOL). Naquela ocasião, o Conselho havia aprovado a suspensão de três meses. Mas o plenário da Casa optou por dobrar o período de exclusão.

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados reúne-se nesta quinta-feira (8), às 10 horas, para decidir sobre a continuidade ou não do processo (representações 10/19 e 11/19) movido por Rede, PSOL, PT e PCdoB contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

A votação estava prevista para segunda-feira passada, mas um pedido de vista da deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS) e dos deputados Paulo Guedes (PT-MG) e Júlio Delgado (PSB-MG) adiou decisão do caso.

##RECOMENDA##

Os quatro partidos acusam o deputado de quebra de decoro parlamentar e de atentado contra a democracia por sugerir, durante uma entrevista, a adoção de um novo AI-5, instrumento que, em 1968, endureceu o regime militar permitindo o fechamento do Congresso Nacional, entre outras medidas.

O relator do caso, deputado Igor Timo (Pode-MG), recomendou o arquivamento do processo, com o argumento de que não há justa causa para seguir com o assunto.

Na avaliação de Timo, Eduardo Bolsonaro “não extrapolou os direitos inerentes ao mandato, atuando conforme as prerrogativas que possui”, apenas tendo se manifestado politicamente, como lhe permite o ofício de parlamentar.

Eduardo Bolsonaro voltou a dizer que foi mal interpretado e acusou a oposição de usar o Conselho de Ética “para fazer guerra política”. “Trata-se de uma representação de opositores, de adversários políticos. Eles entendem que a maneira de fazer política é judicializando e eventualmente dando entrada nesse Conselho de Ética”, declarou.

*Da Agência Câmara de Notícias

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou nesta quinta-feira (11) as representações ajuizadas pelo PSOL e pelo PT, no início do mês, contra a TV Band. Na ação, os dois partidos se queixavam de que a emissora infringiu a legislação eleitoral ao exibir uma entrevista do candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL), ao programa Brasil Urgente, apresentado pelo jornalista José Luiz Datena.

Em sua representação, o PSOL reclamava que a Band concedeu 45 minutos de exibição favorável a Bolsonaro, sem oferecer aos outros candidatos tempo proporcional de TV. Veiculada no último dia 28, a conversa de Datena com o capitão reformado foi gravada no quarto do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Para o PSOL, além das “opiniões elogiosas” a respeito do candidato, a reportagem continha inúmeras “falas que configuram propaganda eleitoral”.

##RECOMENDA##

Segundo o advogado André Brandão Henriques Maimoni, o PSOL não se opôs à exibição da entrevista, mas sim à falta de tratamento isonômico por parte da emissora. “O candidato [Guilherme Boulos] manifestou o interesse em obter tempo proporcional, conforme os resultados das pesquisas de intenção de voto, mas não houve resposta”, explicou o advogado. “Uma emissora de TV exibe uma entrevista de 45 minutos faltando uma semana para a eleição. O teor dessa entrevista denota uma conversa entre amigos." Maimoni destacou ainda que a entrevista foi amplamente compartilhada na internet.

O vice-procurador-geral Eleitoral, Humberto Jaques,  manifestou-se contra qualquer sanção à emissora. Para Jaques, as particularidades do caso, como o interesse público e o fato de Bolsonaro ter sido “impedido” de fazer campanha por mais de 20 dias após ser esfaqueado, justificariam a veiculação da entrevista exclusiva.

“Não cabe à Justiça Eleitoral decidir se algo é ou não é notícia. Cabe ao veículo, [considerando seu] público, patrocinadores, sua linha editorial, decidir”, disse o vice-procurador. Ele destacou ainda que “a lógica é que os veículos são livres para entrevistar quem bem entendem” e “decidir sobre a conveniência de noticiar fatos”,  levando em conta aspectos econômicos e editoriais.

Relator do processo, o ministro Sérgio Silveira Banhos começou a leitura de seu voto destacando que a liberdade de imprensa, de expressão e pensamento é um pilar do sistema constitucional democrático brasileiro para, em seguida, lembrar que o STF já estabeleceu que esses direitos somente podem ser restringidos pela lei em “hipóteses excepcionais, sempre em proteção de outros valores e interesses constitucionais, como o direito à honra, à imagem, à privacidade e à personalidade em geral”.

A chamada Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997) estabelece que, em ano eleitoral, encerrado o prazo para a realização das convenções partidárias, as emissoras de rádio e televisão são proibidas de dar tratamento privilegiado a candidato, partido ou coligação partidária durante a programação normal e em noticiário, bem como a veicular propaganda política ou difundir opinião favorável ou contrária a candidato, partido e coligação.

Banhos também lembrou que o próprio TSE já decidiu que o tratamento não isonômico pela imprensa não pode ser caracterizado a partir de notícias veiculadas em um único dia, ou em um único telejornal. Ele argumentou que os candidatos que reclamaram da exibição da entrevista de Bolsonaro também foram entrevistados em outras ocasiões, além de terem participado dos debates eleitorais enquanto o candidato do PSL estava ausente, hospitalizado.

 

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vai apreciar oito representações contra o desembargador Rogério Favreto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), devido a sua decisão de liberar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. São dois pedidos de providências e seis reclamações disciplinares apresentadas entre esse domingo (8) e segunda-feira (9), visando a apuração de eventual infração disciplinar cometida pelo desembargador ao acatar pedido de habeas corpus a favor de Lula, protocolado quando Favreto era o plantonista do TRF4.

O CNJ também recebeu duas reclamações disciplinares contra o juiz Sérgio Moro, relator da Lava Jato na primeira instância, que está de férias, mas interferiu no embate jurídico em torno da soltura de Lula. Assim que Favreto concedeu o habeas corpus, Moro pediu a manifestação do desembargador João Pedro Gebran Neto, relator da Lava Jato em segunda instância. As duas representações foram propostas pelos advogados Lucas Carvalho de Freitas e Benedito Silva Júnior.

##RECOMENDA##

Parte das representações contra Favreto foi protocolada por parlamentares e partidos políticos: o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), o senador José Medeiros (Podemos-MT), o deputado Laerte Bessa (PR-DF) e o Partido Novo. A advogada e procuradora aposentada do Distrito Federal Beatriz Kicis Torrents de Sordi, o advogado e teólogo Mariel Marley Marra e um grupo de promotores e juízes. 

As representações serão apreciadas pela Corregedoria do CNJ e estarão sob a responsabilidade do ministro João Otávio de Noronha. Não há prazo para decisão.

A bancada de apoio à presidente afastada Dilma Rousseff no Senado vai apresentar representações contra o procurador Júlio Marcelo de Oliveira e o auditor Antônio Carlos Costa D'ávila, que denunciaram supostas irregularidades na política fiscal do governo da presidente, avaliadas em processos do Tribunal de Contas da União (TCU).

A decisão foi tomada em almoço de senadores dilmistas nesta terça-feira, 30, e deve ser anunciada nas próximas horas. O argumento é que os dois não atuaram com a devida "independência funcional" no exercício de suas atividades, cabendo a aplicação de sanções disciplinares a ambos.

##RECOMENDA##

O procurador foi arrolado pela acusação como testemunha no impeachment, mas o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, o declarou suspeito, por possível parcialidade, e decidiu que ele só poderia falar na condição de informante, ou seja, sem que suas declarações pudessem ser usadas como prova. O motivo é que Oliveira admitiu no Senado ter compartilhado no Facebook, em 2015, uma convocação para protesto pela rejeição das contas da presidente afastada, que ocorreria em frente ao TCU.

O procurador argumenta que apenas divulgou o evento por considerar saudável que a coletividade se engaje e discuta as contas do governo, como ocorreria no caso, e que faria o mesmo se a manifestação, à época, fosse pró-Dilma.

Já D'Ávila, ouvido como testemunha da acusação, afirmou ter auxiliado Oliveira a escrever a representação que originou o processo para analisar as pedaladas fiscais de 2014. Mais adiante, ele participou da auditoria que considerou as manobras irregulares. O auditor alegou, em plenário, que os auditores do TCU têm atribuição para elaborar representações. Conforme as associações que representam a categoria, os profissionais exercem atividades de investigação e, por isso, podem colaborar com o Ministério Público de Contas (MPC) na confecção de denúncias.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou nesta terça-feira que a representação contra Júlio Marcelo será apresentada ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). O órgão, no entanto, recentemente decidiu que não tem atribuição para analisar a conduta de procuradores que atuam em tribunais de contas. O Ministério Público de Contas é um órgão especial, que não integra o Ministério Público da União, cuja atividade é fiscalizada pelo conselho. Os senadores ainda decidiriam nesta terça-feira a qual órgão representar contra D'Ávila, pois ele não integra mais os quadros do TCU. Atualmente, é servidor da Câmara.

A Corregedoria Nacional de Justiça já recebeu, até o fim da tarde desta quinta, 17, três representações com pedidos para investigar o ato do juiz Sérgio Moro de tornar públicos áudios interceptados em que a presidente Dilma Rousseff foi gravada. Os casos são mantidos em sigilo no órgão, ligado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), mas as informações foram confirmadas pelo jornal O Estado de S.Paulo.

As três representações encaminhadas à Corregedoria já foram convertidas em reclamação disciplinar. Um dos pedidos foi protocolado pelo Sindicato dos Advogados da Paraíba. A segunda representação encaminhada ao órgão veio de um advogado do Maranhão e a terceira, de um cidadão do Distrito Federal.

##RECOMENDA##

A estratégia de recorrer ao CNJ contra Moro também é discutida entre parlamentares da base aliada e no governo.

Os casos que já chegaram ao órgão foram encaminhados para a corregedora nacional de Justiça, Nancy Andrighi, que irá instruir cada um dos casos com informações. Em regra, a ministra costuma levar ao plenário do CNJ os casos em que verifica a presença de requisitos para abrir um processo administrativo disciplinar. Caberia ao pleno, portanto, decidir sobre a abertura de um processo administrativo contra Moro.

O CNJ pode estabelecer sanções aos juízes que cometem infrações disciplinares, como advertências, suspensões ou até afastamento das funções.

O procurador-geral eleitoral, Rodrigo Janot, apresentou parecer favorável ao direito de resposta apresentado pela campanha da presidente Dilma Rousseff (PT) após veiculação de propaganda do candidato Aécio Neves (PSDB) em que se mostra a imagem da petista com a inscrição "mensalão".

O parecer tem como base três representações encaminhadas pelos advogados da campanha presidencial do PT ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e se referem às propagandas veiculadas pelo PSDB entre os dias 13 e 15 de setembro. Nelas, os defensores de Dilma alegam que a veiculação da mensagem do mensalão é "manifestamente ofensiva e prejudicial" à candidata, uma vez que associa a imagem da petista "a um fato criminoso de extrema gravidade e de amplo conhecimento nacional". No vídeo veiculado pelo PSDB também é feita uma menção à candidata Marina Silva (PSB) aludindo ao esquema do mensalão.

##RECOMENDA##

"É fato público e notório, entretanto, que nenhuma delas teve qualquer participação no referido episódio, muito menos constaram no polo passivo daquele processo. O fato de Dilma Rousseff e Marina Silva terem sido, à época, ministras de Estado no governo do PT, em nada pode atrelar a sua imagem ao aludido episódio criminoso. Tal relação revela-se maliciosa e sabiamente inverídica, com amplo potencial de prejudicialidade à imagem das ofendidas", diz Janot no parecer.

Para o procurador, ao promover mensagem sabidamente inverídica, ofensiva e prejudicial a Dilma, a propaganda eleitoral do PSDB "ultrapassou os limites da critica e do debate político, inerentes ao processo eleitoral, de modo que se revela necessário garantir aos eleitores o devido esclarecimento de imagens que podem deturpar os fatos como realmente os são". O parecer foi encaminhado ontem ao relator da representação no TSE, ministro Tarcisio Vieira de Carvalho Neto.

Na disputa por uma vaga no segundo turno das eleições em São Paulo, PSDB e PT são os protagonistas de uma batalha judicial por direitos de resposta e para tentar tirar do ar críticas feitas por adversários. As campanhas do tucano José Serra e do petista Fernando Haddad se enfrentaram em 73% das representações julgadas em primeira instância pela Justiça Eleitoral até a última terça-feira (25).

O jornal O Estado de S. Paulo analisou 78 representações protocoladas pelas campanhas dos candidatos à Prefeitura de São Paulo desde o período de pré-campanha. O PT acionou a Justiça 46 vezes, sendo 41 contra a coligação de Serra - uma dessas em conjunto com o PMDB. O PSDB apresentou 27 representações, das quais 16 tiveram os petistas como alvo - uma em conjunto com o PPS.

##RECOMENDA##

O principal objetivo das ações é suspender acusações e ataques feitos por adversários em programas na TV e no rádio. O PT, por exemplo, apresentou dez ações para tentar tirar do ar ou responder a críticas sobre o Bilhete Único Mensal proposto por Haddad.

Desde o início da propaganda, em 21 de agosto, o número de representações julgadas em primeira instância disparou: foram 64 ações em um período de 31 dias em que houve transmissão dos programas na TV e no rádio, média superior a duas por dia.

Foram feitos 25 pedidos de direito de resposta, mas só um foi acolhido pelos juízes de primeira instância. O PSDB pôde rebater críticas feitas no programa eleitoral do PT, que acusava Serra de ter desmoralizado o caminhoneiro José Machado, que teve dados médicos divulgados sem autorização pela Prefeitura.

Apenas 22 de todas as 78 representações protocoladas pelos candidatos foram julgadas procedentes na 1.ª Zona Eleitoral, o que representa 28% do total de pedidos. Nos outros 56 casos, os juízes consideraram que não havia fundamento para estabelecer qualquer punição.

PSDB e PT são citados em todas as 78 ações protocoladas nos últimos meses - seja como autores ou alvos das representações. As candidaturas dos dois partidos têm, juntas, mais de metade do tempo nos programas de TV e rádio, o que permitiu que fizessem críticas aos adversários com mais frequência.

As campanhas contratam escritórios especializados para a batalha judicial. Os petistas pagaram R$ 1 milhão ao Silveira, Andrade Advogados. A campanha do PSDB fez, até agora, um pagamento de R$ 450 mil à firma Malheiros, Penteado, Toledo e Almeida Prado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo


Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando