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Representando o governador Eduardo Campos (PSB) no “Seminário o Fortalecimento da Sudene no Contexto do Desenvolvimento Regional”, o secretário de Planejamento e Gestão, Frederico Amâncio criticou fortemente o Governo Federal nesta sexta-feira (14). As alfinetadas do representante de Campos encerraram o evento promovido pelo Senado Federal em Boa Viagem, Zona Sul do Recife.

Mesmo diante de integrantes do governo como, por exemplo, do deputado federal Pedro Eugênio (PT), Amâncio disparou contra a desigualdade de desenvolvimento existente entre as regiões brasileiras, e principalmente o Nordeste. “Nós temos muito que avançar em relação a este processo. Evidentemente nós não temos uma política de desenvolvimento nacional. Na realidade, ainda temos no país políticas que não beneficiam o Nordeste. Isso precisa ser elevado a uma prioridade de governo”, alfinetou Amâncio.

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A assessoria jurídica do PPS protocolou nesta quinta-feira, 06, uma representação na Comissão de Ética Pública da Presidência da República solicitando o afastamento imediato do ministro do Trabalho, Manoel Dias, suspeito de envolvimento em um esquema para empregar militantes de seu partido, o PDT, como "fantasmas" em uma entidade que recebia recursos da pasta.

Conforme revelou o jornal O Estado de S.Paulo, a Polícia Federal viu indícios da participação de Dias nas supostas irregularidades e pediu à Justiça Federal em Santa Catarina que remeta os autos ao Supremo Tribunal Federal para a abertura de um inquérito específico sobre a conduta do pedetista.

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"Conforme conclusão de inquérito da Polícia Federal sobre desvio de recursos do Ministério do Trabalho, há indícios da participação do ministro em colaboração para colocar militantes do PDT na folha de pagamento de entidade que prestava serviços ao ministério, restando evidente o conflito de interesses entre a atividade partidária do denunciado e as atribuições de ministro do Trabalho", diz trecho da representação.

A próxima reunião da Comissão de Ética Pública da Presidência da República está marcada para 31 de março.

Um grupo de representantes indígenas protocolou nesta quinta-feira, 27, na Procuradoria Geral da República representação contra os deputados federais Luiz Carlos Heinze (PP-RS) e Alceu Moreira (PMDB-RS). Os índios querem que os dois sejam investigados e denunciados pelos crimes de incitação à violência, racismo e injúria qualificada.

Com o pedido de representação foram entregues dois vídeos, nos quais os deputados aparecem fazendo declarações sobre a questão da demarcação de terras indígenas.

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Num deles, gravado durante uma audiência pública ocorrida em novembro do ano passado, no município gaúcho de Vicente Dutra, o deputado Heinz, ao criticar a atuação do ministro Gilberto Carvalho à frente da Secretaria Geral da Presidência da República afirma: "Ali, estão aninhados quilombolas, índios, gays, lésbicas, tudo o que não presta, ali estão aninhados…"

Na mesma audiência, o deputado Moreira, ao falar sobre o avanço dos processos de demarcações de terras indígenas, diz aos produtores rurais presentes: "Se fardem de guerreiros e não deixem um vigarista destes dar um passo na sua propriedade. Nenhum. Usem todo o tipo de rede, todo mundo tem telefone, liguem um para o outro imediatamente, reúnam multidões e expulsem do jeito que for necessário. Até porque, quando expulsar não vão expulsar índio daqui, vão expulsar índios que foram orientados de fora para cá".

Segundo Lindomar Terena, da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), entidade que coordenou a produção do documento encaminhado à Procuradoria Geral, os deputados deveriam conclamar os cidadãos a respeitarem as leis do País e não incitar à violência: "Eles devem exigir o cumprimento da lei, que determina a demarcação de todas as terras indígenas, e não tentar mudar a lei para o benefício próprio e de alguns poucos privilegiados."

Além da Apib, assinaram a representação o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Greenpeace Brasil, Instituto Socioambiental (ISA), Centro de Trabalho Indigenista e Coordenação Nacional das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq).

Uma das prioridades da bancada feminina para 2014 é a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 590/06) que determina a presença de pelo menos uma mulher na composição das Mesas Diretoras e das comissões permanentes na Câmara dos Deputados e no Senado.

Em 2012, a deputada Rose de Freitas (PMDB-ES) ocupou a 1ª vice-presidência da Câmara, mas, no ano passado, a bancada feminina voltou a ficar sem nenhum representante na Mesa Diretora. A situação se repetirá neste ano porque o mandato dos integrantes da Mesa é de dois anos.

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Segundo a autora da proposta, deputada Luiza Erundina (PSB-SP), uma pesquisa sobre igualdade entre os sexos, realizada pelo Fórum Econômico Mundial, coloca o Brasil em 67º lugar. A pesquisa é realizada em 115 países e avalia quatro categorias: participação na política e na economia, acesso à educação e à saúde. Em relação à participação na política o Brasil cai para 86º lugar.

A coordenadora da bancada feminina, deputada Jô Moraes (PCdoB-MG), lembra que o grupo escolheu como tema de atuação a campanha por mais mulheres no poder. Dos 513 deputados, apenas 45 são mulheres (8,57%). Apesar disso, as mulheres compõem 51,5% da população brasileira – o que equivale a mais de 100 milhões de brasileiras.

Sem acordo

Jô Moares reclama que PEC já está pronta para ser votada há sete anos, mas até agora os líderes não a colocaram em pauta. A escolha das matérias a serem analisadas pelo Plenário é feita pelo Colégio de Líderes, que tem apenas uma mulher: a deputada Manuela D’Ávila (PCdoB-RS).

"Alguns levantam que tem problemas constitucionais. Outros dizem que não teria como estabelecer uma vaga específica porque a Mesa é constituída na eleição, respeitando a pluralidade partidária; mas sempre encontram obstáculos”, lamenta a parlamentar.

A PEC foi aprovada por comissão especial em 2009 e foi chegou a ser incluída na pauta do Plenário em 2010, mas não houve acordo para votação. 

Apesar das resistências, Jô Moraes garante que a bancada feminina vai continuar empenhada na votação desse e de outros projetos que vão permitir maior participação das mulheres na política.

*Com informações da Agência Câmara

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O prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), e o secretário do Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco, Sérgio Xavier, participam nesta quinta-feira (21) da 19ª Conferência de Mudanças Climáticas da ONU, em Varsóvia – Polônia. A COP-19, que teve início no último dia 1, reúne cerca de 190 países que participam das negociações para definir a segunda fase de implementação do protocolo de Quioto, com novas metas para reduzir as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). 

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A participação da capital pernambucana se destacará com a presença do prefeito na mesa “Diálogos entre Ministros e Prefeitos”. O debate terá a presença do secretário geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon e faz parte da agenda central da COP. Recife foi a única cidade da América Latina convidada a participar do evento da ONU. Geraldo Julio dividirá a mesa com os chefes de governos locais de Shenzen (China), Thane Municipal Corporation (Índia) e Vancouver (Canadá), entre outros. As discussões vão focar as estratégias de mitigação frente às mudanças climáticas. 

Já Sérgio Xavier vai apresentar o Plano Noronha Carbono-Neutro.  A iniciativa, que visa transformar a ilha de Fernando de Noronha em um dos primeiros territórios do planeta a compensar as emissões de gases que provocam o aquecimento global, coloca Pernambuco no cenário mundial em relação ao tema meio ambiente e sustentabilidade. 

Segundo o painel de mudanças climáticas da ONU (IPCC), Pernambuco está localizado numa das regiões mais vulneráveis ao aquecimento global, podendo sofrer inundações com a elevação do nível do mar e penar ainda mais com o aumento da seca e da temperatura no semi-árido, que representa 90% do território do estado. 

COP 19 - A Conferência das Partes (COP 19) tem o objetivo de iniciar as discussões sobre um novo acordo global para reduzir as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). Esse tratado deve ser assinado por todos os países em 2015 e entrar em vigor a partir de 2020, visando diminuir os impactos das mudanças climáticas. Atualmente, o protocolo de Quioto é considerado insuficiente por pesquisadores e ambientalistas para conter os efeitos do aquecimento global. Essas negociações são consideradas complexas, pois podem influenciar as escolhas de desenvolvimento das nações, através das atividades econômicas e do consumo da população.

O deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP) encaminhou nesta quinta-feira, 08, uma representação ao Ministério Público Federal (MPF) contra o acordo entre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a Serasa envolvendo o repasse de dados de 141 milhões de eleitores. Apesar de a presidente do Tribunal, ministra Cármen Lúcia, ter defendido a suspensão imediata do acordo, o petista pede, além do cancelamento, a apuração de responsabilidades pela medida. O deputado ressalta que, mesmo sendo anulado, o acordo "não afasta os danos que podem ter sido causados aos direitos fundamentais dos cidadãos".

"É bastante provável que os dados cadastrais, alocados em banco de dados eletrônico, já tenham sido disponibilizados para a Serasa. Nessa perspectiva, é preciso apurar as responsabilidades civis, administrativas e, eventualmente, criminais, dos responsáveis pela adoção da medida inconstitucional e ilegal, o que se requer com urgência", defende a representação.

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No documento, o petista afirma que o acordo se distancia do interesse público e atende a "interesses exclusivos de servidores ou membros da Corte Eleitoral (certificação digital), que poderia ser atendido de diversas outras formas, inclusive com o orçamento da própria Corte e através de vários órgãos credenciados". Ao abordar as necessidades comerciais da Serasa, Zarattini diz que é "ingênuo" imaginar que o sigilo das informações seria preservado. Para o deputado, o acordo beneficia somente a Serasa, que passaria a ter acesso aos dados de todos os cidadãos adultos "com algum potencial econômico" e usaria as informações para transações comerciais.

"Não há nenhum interesse público no Acordo de Cooperação Técnica firmado entre o TSE e a Serasa. A contrapartida ofertada pela Serasa apresenta-se como risível, na medida em que a certificação digital ofertada, ou seja, uma parca compensação financeira pela transferência do banco de dados poderia, como dito, ser viabilizada com diversas outras instituições certificadoras e com o pagamento de quantia em torno de R$ 10.000,00, através do orçamento do Tribunal, sem expor ou mercanciar a vida privada dos cidadãos brasileiros", afirma.

O deputado diz ainda que a medida é ilegal e inconstitucional por atentar contra a privacidade dos eleitores. Ele lembra que o sigilo de correspondência é inviolável. "Os dados cadastrais de milhões de brasileiros existentes no Tribunal Superior Eleitoral constituem-se num dos maiores bancos de dados públicos existentes no País e devem servir exclusivamente às finalidades públicas, jamais a desígnios privados e, especialmente, aos interesses comerciais titularizados pela Serasa", completa.

Brasília – O Ministério Público entrou com representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o PT e a presidenta Dilma Rousseff por propaganda antecipada para as eleições presidenciais de 2014. A vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau, alega que houve uso indevido do programa partidário petista exibido no final de abril e início de maio.  

A procuradora pede multa entre R$ 5 mil ou R$ 25 mil ou equivalente ao custo da propaganda se este for maior. Também solicita a cassação do direito de transmissão de propaganda eleitoral em bloco do PT no próximo semestre. “O horário gratuito reservado ao Partido dos Trabalhadores não foi utilizado para a exposição dos programas partidários, mas para a promoção do nome e da imagem da pré-candidata Dilma Rouseff”, destaca.

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O uso de propaganda partidária para promoção pessoal de candidatos é vedado por lei. De acordo com o calendário eleitoral aprovado nesta semana pelo TSE, a propaganda dos candidatos só será autorizada a partir do dia 6 de julho de 2014.

Cureau argumenta que Dilma usou o espaço para fortalecer a ideia de sua reeleição, mesmo sem pedido explícito de votos. A procuradora considera que é de conhecimento público que Dilma Rousseff é pré-candidata, o que fica mais evidente pela participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas inserções, o principal articulador do movimento pela reeleição.

A procuradora também entendeu como discurso de campanha o relato da trajetória política de Dilma e das propostas nas áreas de trabalho, educação, moradia e meio ambiente. Para Cureau, Dilma deve ser punida porque tinha conhecimento do objetivo da propaganda, uma vez que aceitou os formatos veiculados pelo partido.

Três deputados estaduais da bancada de oposição ao governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, entraram com representação nesta terça-feira, no Ministério Público (MP), pedindo investigação sobre o uso do "Diário Oficial" do Estado como forma de promoção pessoal. Os deputados Terezinha Nunes (PSDB), Betinho Gomes (PSDB) e Severino Ramos (PMN) esperam que o MP abra um processo de investigação para apurar o que consideram "publicidade oficial irregular" e se pronuncie sobre o caso.

De acordo com os deputados, com a possível candidatura de Campos à Presidência da República, os textos publicados no "Diário Oficial", que "o enaltecem e estampam sua foto na maioria das suas edições, podem promover seu nome". No ofício, eles citam o artigo 37, parágrafo 1 da Constituição, que "veda uso de nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridade". O governador tem foto estampada em 53 das 64 edições do "Diário Oficial" neste ano.

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Uma segunda representação dos deputados quer investigação sobre peça publicitária do governo estadual veiculada na revista Voto, do Rio Grande do Sul, na sua edição de janeiro, que divulga, em dez páginas, o programa Ganhe o Mundo, que consiste na promoção de intercâmbio no exterior para os estudantes com destacado rendimento escolar.

Uma das páginas traz a frase "O programa que vai mudar a cara do Brasil". "A linguagem utilizada nessa peça publicitária é uma linguagem eleitoral", afirma Terezinha. Segundo ela, houve transgressão à Lei 9.504/1997, artigo 36, parágrafo 3, que veda qualquer forma de propaganda eleitoral antes de 6 de julho do ano da eleição. A oposição a Campos na Assembleia Legislativa é integrada por nove dos 49 deputados estaduais.

 

A renúncia coletiva dos membros da Comissão de Direitos Humanos do Congresso Nacional será solicitada pelo PPS que também entrará com uma representação no conselho de ética contra o deputado pastor Marco Feliciano (PSC-SP).

A legenda argumenta que o atual presidente da comissão quebrou o decoro parlamentar ao usar recursos públicos no pagamento do advogado que lhe defende de um inquérito onde é acusado de homofobia.

De acordo com o deputado Federal e suplente da comissão, Arnaldo Jordy (PPS-PA), contou que por causa da intransigência de Feliciano não há condições de se fazer acordos políticos e que na próxima terça-feira (2) entrará com uma representação contra o deputado.

O deputado ainda reforçou que caso metade e mais dois membros da comissão renunciem uma nova eleição para a presidência seria convocada. “Ele passou do limite admissível ao ponto de mandar prender que exerce o direito da livre manifestação. Por isso vamos pedir a renúncia coletiva dos membros da comissão”, defendeu Jordy.

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Em nota divulgado no seu site, o PSDB declarou estar analizando a possibilidade de entrar com uma representação contra a presidenta Dilma Roussef (PT) pelo uso irregular da rede nacional de rádio e TV.

“O PSDB vem a público mais uma vez para anunciar que usará dos meios legais e compatíveis para defender a democracia brasileira e denunciar o uso indevido e eleitoral do último pronunciamento da presidente Dilma em cadeia nacional de rádio e TV”, diz a nota.

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Eles relatam ter comprovado a presença de elementos publicitários que deixam o pronunciamento parecido com um filme exibido na campanha eleitoral e nos horários reservados a propaganda do PT.

O pronunciamento de Dilma falou sobre o desconto na conta de luz de 18% para consumidores residenciais e 32% para empresas, indústrias e zona rural.

A bancada do PSDB que integra a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira protocolou, nessa quarta-feira (7), uma representação para que a Procuradoria-Geral da República investigue a relação da Delta com 29 empresas de fachada que supostamente integravam o esquema do contraventor Carlinhos Cachoeira.

Em um documento com 460 páginas, o partido pede o aprofundamento das investigações. "Os governistas concentraram em Goiás a investigação, mas não é só Goiás. A corrupção vai muito além do governo de Goiás e chega especialmente no governo da União, passa por vários governos estaduais e governos municipais. O essencial não foi investigado pela CPI", declarou o senador Alvaro Dias (PSDB-PR).

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Essa é uma resposta à definição da prorrogação da CPI até dezembro, apenas para votar o relatório do deputado Odair Cunha (PT-MG). O que a oposição queria eram mais 180 dias para mais depoimentos e quebras de sigilos.

Para o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), os governistas direcionaram a investigação por critérios partidários e acabaram por querer preservar o próprio governo. "Essa CPI nasceu com uma missão especifica de atingir o governador Marconi Perillo. Quando viram que o objetivo não foi atingido e a investigação derivou, podendo atingir órgãos do governo e o próprio governo, eles resolveram finalizar a investigação de forma abrupta", criticou.

Com informações da Agência Senado. 

Parlamentares da oposição protocolaram na tarde desta terça-feira (6) na

Procuradoria-Geral da República (PGR) uma representação para investigar suposto envolvimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no esquema do mensalão. A iniciativa foi motivada por reportagens do jornal O Estado de S. Paulo e da revista Veja, que nos últimos dias reproduziram

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informações do publicitário Marcos Valério nesse sentido.

O deputado federal Roberto Freire, presidente do PPS, que liderou o pedido de investigação, afirmou: "Não damos às declarações de Marcos Valério ares de verdade. Apenas pedimos que sejam investigadas. Não podemos desqualificar uma denúncia só porque quem a faz é um bandido". Também assinaram o documento os deputados Rubens Bueno (PPS-PR), Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP) e os senadores Alvaro Dias (PSDB-PR) e Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP).

Por Aracely Nóbrega 

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recebe nesta quarta-feira (5), uma representação de diversas entidades de direitos humanos pernambucanas contra a propaganda do Instituto Pró-Vida, veiculada no jornal Folha de Pernambuco, na última segunda-feira (3).

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O jornal publicou um anúncio de rodapé em que comparava a homossexualidade e a prostituição, à pedofilia e à violência sexual contra crianças. Completava com o slogan "Pernambuco não te quer", em referência ao mote "Recife te quer", utilizado pela propaganda oficial da secretaria de Turismo do município.

Entre as entidades que assinam a representação estão o Movimento Nacional de Direitos Humanos, Movimento Gay Leões do Norte, Centro de Cultura Luiz Freire, Federação Nacional de Estudantes de Direito. Além do Diretório Acadêmico Democrático de Souza Filho do curso de direito da UFPE e Diretório Acadêmico Fernando Santa Cruz do curso de direito da UNICAP.

Ivan Moraes Filho, representante do Centro de Cultura Luiz Freire manifestou-se dizendo que a liberdade de expressão é um princípio constitucional e não absoluto. Quando se dispõe a falar o que quiser, tem que estar disposto a responder pelo que diz. 

Ivan ainda ressaltou: "Vale lembrar que o termo "homossexualismo" foi extinguido na década de 80, quando a Organização Mundial da Saúde deixou de considerar uma patologia o desejo pelo mesmo sexo. Também a prostituição de homens e mulheres adultos, no Brasil, não é crime. Ou seja: compará-la com a exploração a crianças ou a pedofilia é um ato de preconceito absurdo". 

A publicação teve uma grande repercussão nas redes sociais durante todo o dia nesta terça-feira (4), sendo reproduzida por diversos sites e blogs em todo o Brasil. 

A prefeitura do Recife também se pronunciou ao ver o slogan transformado em nome da homofobia. Em nota, a secretaria de Turismo afirmou que "o posicionamento homofóbico da instituição responsável pelo anúncio não reflete a realidade vivenciada pelos turistas que nos visitam. (…) deixamos um recado para todas as cores, religiões, opções e diversidades: O Recife te quer sempre!"

A Folha de Pernambuco tentou se redimir utilizando também a internet. Primeiro com tweets dizendo que o anúncio "autorizado e pago pelo Instituto Pró Vida PE não reflete a opinião do jornal". Algumas horas depois, com uma nota publicada em seu blog, a empresa pediu desculpas e afirmou tratar-se de um "erro que não mais se repetirá". Disse também que "ao longo dos seus 14 anos, construiu um histórico de respeito aos seus leitores, focado na promoção aos direitos humanos, inclusive da comunidade LGBT".

A situação do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) se agravou nesta quarta, com a decisão do PSOL de entrar no Conselho de Ética do Senado com uma representação pedindo a cassação de seu mandato, pela quebra do decoro parlamentar. O partido alega que as denúncias veiculadas na imprensa contra o parlamentar, "além de constituírem indícios da prática de atividades ilícitas", desprestigiam o Senado e a seus integrantes, "em flagrante prejuízo da já péssima imagem do Poder Legislativo". Se renunciar depois de aberto o processo no Conselho, Demóstenes se enquadraria como ficha suja.

Vice-presidente do Conselho de Ética, o senador Jayme Campos (DEM-MT), disse que não se sentirá constrangido se tiver de presidir o processo contra o colega de partido. Ele lembrou que, pelo Regimento, na ausência do presidente, cabe aos demais membros escolher seus substituto. "Se eu vier a ser escolhido, me sentirei com autoridade para fazer o trabalho", informou. Responsável pela indicação de três titulares do conselho, o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), não quis dizer se o partido reivindicará o direito de eleger o novo presidente.

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Visivelmente constrangido, Demóstenes não participou da reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde era um dos mais atuantes, e nem das votações no plenário. Nos bastidores, colegas de partido disseram ser graves as notícias sobre o envolvimento do parlamentar com o bicheiro Carlos Eduardo Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Oficialmente, no entanto, ao contrário dos integrantes do PSOL, os demais parlamentares preferem conhecer o teor do inquérito da Operação Monte Carlo, que investigou as atividades chefiadas por Cachoeira em Goiás, antes de apoiarem a iniciativa de denunciar o colega no conselho.

Da parte da oposição, há a expectativa de o inquérito mostrar o envolvimento no esquema de parlamentares da base aliada ao Palácio do Planalto. Já os governistas, mostram-se cautelosos diante dessa possibilidade.

A representação do PSOL relaciona as denúncias contra o senador do DEM divulgadas até agora pela imprensa. Entre elas a de que Demóstenes se comunicaria com Cachoeira por meio de aparelhos Nextel, habilitados nos Estados Unidos para evitar grampos, e a de que ele receberia 30% dos valores recebido pelo empresário na exploração do jogo ilegal e que teria pedido um Ipad para o bicheiro.

O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) justificou a iniciava de seu partido de denunciar o colega democrata, alegando que ouvido do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, a informação de que há "dados consistente" para pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito contra Demóstenes. "Lamentavelmente, todas as informações já estão prestadas. O que nos resta agora é a formalidade do processo", alegou.

Na representação que protocolou hoje na Procuradoria Geral da República (PGR) contra o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, o líder do DEM, senador Demóstenes Torres (GO), pede que o ministro tenha os direitos políticos cassados pelo prazo de oito anos, além de ficar proibido de ocupar função pública, como determina a Lei de Improbidade Administrativa em relação a agentes públicos condenados por manipular o dinheiro do contribuinte ilegalmente.

O líder do DEM anexou à representação informações do governo mostrando que o ministro favoreceu Pernambuco com 90% das verbas de sua Pasta destinadas à prevenção de desastres naturais no País. Há também dados indicando que o ministro liberou 99% das emendas individuais de seu filho e que também burlou a Lei de Nepotismo e o decreto presidencial no mesmo sentido. Está anexada, ainda, cópia do Diário Oficial mostrando que, 21 dias depois de assumir o cargo, Clementino Coelho - irmão do ministro - passou a ocupar a presidência interina da Codevasf.

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"O ministro usou critérios ilegítimos e não republicanos nesses episódios, em clara ofensa ao dever de probidade que deveria conduzir sua atuação como agente público", afirma o senador. Demóstenes quer ainda que as punições previstas pela Lei de Improbidade Administrativa sejam cumpridas nos itens que tratam do ressarcimento aos cofres públicos e do pagamento das multas correspondentes.

O líder desqualificou os possíveis efeitos do depoimento do ministro na comissão representativa do Congresso, marcado para a próxima quinta-feira, lembrando que a maioria da base parlamentar do governo fará tudo para blindá-lo. "Isso não significa nada, já vi ministro corrupto sair daqui (Senado) aplaudido e no outro dia ser exonerado pela presidente Dilma", afirma. "É mais um palanque para qualquer coisa do que para se justificar. Ele tem de sair".

Ironizando, Demóstenes afirma que o "problema" da presidente da República é "agropastoril", referindo-se ao sobrenome dos dois ministros que protagonizaram os escândalos da administração pública no final do ano passado e neste início de ano: Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; e Fernando Bezerra Coelho, da Integração Nacional. "Tem uma bezerra e uma pimenteira aí na frente. Se eu fosse a presidente, fazia um churrasco, mandava todo mundo embora e começava a resolver o problema do Brasil", declarou o líder do DEM.

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