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A pandemia do coronavírus veio realmente para revirar vidas, carreiras, empreendimentos e estruturas sociais. O desemprego foi um dos piores reflexos dessa situação – sem contar, obviamente, as mais de 330 mil vidas perdidas até agora. Segundo o IBGE, o índice de desemprego no Brasil ficou em 14,2% no trimestre finalizado em janeiro, somando 14,3 milhões desocupadas. Nesses momentos, em que o desespero vem, é preciso desenvolver a poderosa força da resiliência e tomar atitudes para encontrar saídas viáveis.

A resiliência pode ser definida como a habilidade de suportar as adversidades da vida e manter a determinação, tendo a capacidade de lidar bem com os problemas que aparecem pela frente sem esmorecer ou se desesperar. O desemprego repentino é, de fato, um baque na vida de qualquer pessoa que tem contas a pagar ou uma família a sustentar. Não é fácil. Mas é preciso manter a cabeça no lugar. E se mexer. Além de procurar uma recolocação, nessas horas pode-se (e deve-se) pensar em empreender. É o chamado empreendedorismo de sobrevivência. Todo dia vemos diversas pessoas que se reinventaram durante a pandemia, passando a produzir e oferecer produtos e serviços que fizeram sucesso atendendo a necessidades de determinados nichos de mercado. É preciso ter uma boa visão, pensar em possibilidades e, acima de tudo, colocar os planos em prática, correr atrás, trabalhar muito.

Com as atividades comerciais fechadas ou sensivelmente diminuídas na maioria dos municípios brasileiros, a internet tem se tornado uma ótima saída para geração de renda. E aí existem diversas frentes a serem abordadas, inúmeras oportunidades de negócio. Os aplicativos de entrega estão cada vez mais expandidos e podem ser bons aliados. Pode não ser fácil no começo, mas, mais uma vez, a resiliência bem desenvolvida faz do empreendedor um ser “inquebrável”, capaz de superar os obstáculos, tomar “porradas” da vida, mas não desistir. Acredito muito na lei do retorno, então, se você verdadeiramente se esforçar e colocar seu coração em um propósito, a vida se encarrega de recompensar toda dedicação e o universo vai conspirar a seu favor.

É sempre importante lembrar que, quando você desiste de algo, desiste também de tudo que vem depois. Ter esse pensamento em mente pode ajudar a manter a motivação no nível necessário para que você não pare. Caiu? Reerga-se, ainda mais forte e calejado, crie “couro grosso”, torne-se invencível. Você é capaz de dar a volta por cima. Se for para desistir, lembre-se: desista de desistir.

No Brasil, durante a pandemia de Covid-19, houve diminuição de renda em quase metade dos domicílios dos idosos, principalmente entre os mais pobres, e o aumento de sentimentos relacionados à solidão e tristeza, sobretudo entre as mulheres. É o que mostra estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado nesta quarta-feira (31).

Para investigar as condições de vida de idosos durante a pandemia, foram usados dados da Pesquisa de Comportamentos (ConVid), inquérito de saúde realizado pela Fiocruz em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A coleta de dados foi feita por meio de um questionário eletrônico, preenchido por 9.173 pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, entre abril e maio de 2020.

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A pesquisa mostrou que 50,5% dos idosos trabalhavam antes da pandemia, dos quais 42,1% sem vínculo empregatício. Durante o período analisado, foi registrada queda na renda em 47,1% dos domicílios, sendo que 23,6% relataram forte redução e até mesmo ausência de renda.

Entre aqueles que trabalhavam sem carteira assinada, a queda na renda ocorreu em 79,8% dos lares e a ausência de renda em 55,3%. A diminuição também afetou de forma mais intensa os que tinham renda per capita domiciliar menor que um salário mínimo. Apenas 12% citaram alguém do domicílio que recebeu algum benefício do governo relacionado à pandemia.

Segundo a principal autora do estudo, Dalia Elena Romero, a crise econômica, o desemprego e a perda de renda já vinham ocorrendo antes do início da pandemia no ano passado. “A pandemia veio somar os problemas para a saúde e o bem-estar da população idosa”.

A pesquisadora destaca que a perda de renda do idoso afeta muito toda a família. Ela defende a ampliação do Benefício de Prestação Continuada (BPC), do auxílio emergencial e de programas de renda mínima, além de políticas que aumentem a escolaridade e a inclusão digital, para proteger a população idosa e seus dependentes da vulnerabilidade social.

Isolamento social

A pesquisa mostrou ainda que o isolamento social total ou de modo intenso foi adotado por 87,8% dos idosos, enquanto 12,2% não aderiram ou aderiram pouco ao distanciamento, percentual que atingiu 66,6% entre os que continuaram trabalhando normalmente durante a pandemia.

Em relação às condições de saúde física, mais de 58% dos idosos indicaram ter pelo menos uma doença crônica não transmissível, como diabetes, hipertensão, doença respiratória, do coração e câncer. Se considerado o tabagismo, esse índice sobe para 64,1%.

Para a pesquisadora, a deterioração que o Sistema Único de Saúde (SUS) sofreu nos últimos anos, especialmente na atenção básica de saúde da família, causou impacto significativo na população idosa. Segundo Dalia, o fortalecimento da atenção básica pouparia muitos recursos em internações hospitalares.

O estudo revelou que a sensação de tristeza ou depressão recorrente foi maior em domicílios com menor renda (32,3%) e na população feminina (35,1%), em comparação com a masculina. O sentimento frequente de solidão pelo distanciamento dos amigos e familiares foi citado por metade dos idosos, sendo maior entre as mulheres (57,8%).

 Às 15h desta segunda (15), a Câmara dos Vereadores do Recife instalará a Frente Parlamentar pela Renda Básica, composta por vereadores de diversos partidos. A articulação é fruto do Projeto de Resolução 4/2021, de autoria do vereador Rinaldo Júnior (PSB). A Frente tem por objetivo a fiscalização de políticas públicas voltadas para o combate às desigualdades sociais e o encaminhamento de projetos ligados à renda básica.

Dentre os debates previstos, a articulação abordará a criação de um auxílio permanente para quem vive abaixo da linha da pobreza. Com sua aprovação, os próximos passos são a definição dos membros, bem como a eleição de um presidente e um vice-presidente, com mandato de um ano.

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As reuniões serão públicas e abertas à participação da sociedade civil. A realização dos encontros se dará periodicamente nas datas e locais definidos por seus membros. Já existe uma Frente Parlamentar da Renda Básica no congresso nacional, criada pelo atual prefeito do Recife, João Campos (PSB) em 2019, quando o político ainda era deputado federal.

Começou nesta sexta-feira (19), a programação de oficinas gratuita do programa ‘Ela Pode’, desenvolvido pelo Instituto Rede Mulher Empreendedora (IRME), oportunidade para que as mulheres transformem aprendizado em renda e autonomia financeira. A ideia é que as mulheres possam fortalecer o empreendedorismo e a empregabilidade a partir de diversos temas como Liderança, Vendas, Inovação e Finanças.

Serão quatro cursos online, com 100 vagas para cada um, e entrega de certificado. O início de cada atividade será quinzenal, com o último começando em abril. “A expectativa é continuar ajudando as mulheres a conquistarem a sua independência financeira, seja empreendendo ou na procura de uma oportunidade de emprego”, diz Lúcia Costa, coordenadora de Qualificação da Secretaria do Trabalho, Emprego e Qualificação de Pernambuco (Setec).

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O ‘Ela Pode’ é o maior programa de capacitação de mulheres do país. Em 2019 e 2020, foram 135 mil mulheres capacitadas. Este ano, é esperado atender cerca de 45 mil pessoas.

Confira as datas dos próximos cursos e links para inscrições:

 Quinta-feira (04/03)

 Horário: 16h

 Tema: Vendas

 Inscrição

Quinta-feira (18/03)

 Horário: 16h

 Tema: Estratégias de Comunicação com Inovação

 Inscrição (inscrições abertas após 22/02)

Quinta-feira (01/04)

 Tema: E-Commerce com Inovação

 Inscrição (inscrições abertas após 08/03)

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Com apenas alguns cliques, pelos computadores e celulares com acesso à internet, é possível ver acontecimentos em tempo real, comunicar-se com pessoas de diferentes partes do globo e realizar compras e vendas on-line. Segundo pesquisa feita pela PayPal, sobre o perfil do comércio virtual brasileiro, o número de lojas virtuais saltou de 930 mil em agosto de 2019 para 1,3 milhão em agosto de 2020, crescimento de 40,7% nesse período. Tal quadro pode ser atribuído, entre outros fatores, à necessidade de alcançar o consumidor durante a pandemia de covid-19.

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Ainda conforme esse levantamento, cerca de 70% das lojas virtuais utilizam redes sociais. O Instagram foi a rede social que mais se destacou, responsável por 75% das transações on-line, em 2019, segundo pesquisa da NuvemShop (serviço que cria loja virtual).

E é nas mídias sociais que os jovens veem a oportunidade de se colocarem no mercado e conseguir uma renda. A paraense Lanna Albuquerque, 23 anos, acadêmica de Publicidade e propaganda, usa as redes sociais para vender e divulgar uma loja de blusas personalizadas. “A primeira motivação foi profissionalizar. Ganhar dinheiro, com a venda das blusas personalizadas. Porém, com o passar do tempo, fui vendo que era algo que eu realmente gostava de fazer e acabou virando a minha realização pessoal”, conta.

Lanna relata que, no início, em 2016, vendia para amigos e conhecidos, não possuía um lugar específico para postar os trabalhos e a divulgação era boca a boca. “Eu divulgava boca a boca mesmo e, no máximo, postava no meu Instagram pessoal. Até que um dia uma amiga, a qual encomendou algumas blusas, ficou me cobrando que eu fizesse perfis nas redes sociais para poder divulgar a loja e mostrar todos os trabalhos que já fiz”, narra. A partir daí a universitária iniciou a loja on-line. Em 2018, criou perfis no Instagram e no Facebook e passou a fazer parcerias com DJs da cena eletrônica.

Na questão financeira, Lanna declara que é possível gerar renda com a loja on-line. “Gera renda, sim. É um trabalho um pouco árduo e lento, mas você consegue sobreviver se houver dedicação, investimento e uma boa divulgação”, declara. Lanna ressalta a necessidade de sempre estar atenta aos gostos do público-alvo. “Fazer postagens que chamem a atenção do cliente, manter certa interação nas redes sociais e trabalhar o pós-venda para que possamos fidelizar o consumidor”, exemplifica.

“Uma das dificuldades que eu vejo é transformar esse público que segue a loja nas redes sociais em clientes, porque nem todo mundo que te segue busca o teu trabalho ou o consome”, aponta Lanna, em relação à dificuldade de manter um negócio na internet. Outro problema é a atualização constante nas mídias sociais. “Como eu faço faculdade, tenho estágio e ainda pinto as blusas, gerenciar as redes sociais acaba sendo tão puxado quanto”, completa.

Influenciadora

O ambiente virtual é um lugar de muitas possibilidades. Enquanto possibilita, para uns, a chance de vender e divulgar produtos e serviços, também abre caminho para aqueles que, por meio da internet, tornam-se formadores de opinião.

A youtuber e digital influencer paraense Theulyn Reis, 22 anos, acumula mais de 700 mil seguidores no Instagram e mais de 100 mil inscritos em seu canal no YouTube, trabalhando na internet há um ano e quatro meses. Ela contou como surgiu a ideia de produzir conteúdos para a internet. “Conversando com meu namorado sobre o mercado de trabalho e o que eu poderia ser 'quando crescer'. Ele, por estudar a área, me contou das oportunidades do mundo digital, me incentivou bastante. Achei bem interessante por ser um trabalho bem criativo, eu poderia ser eu mesma, levando alegria e sensações boas para as pessoas. Embarquei nesse com tudo", afirmou Theulyn.

A influencer, que atua em diversas mídias sociais como YouTube, Tiktok, Facebook e Instagram, falou que para conquistar o público é preciso ter criatividade, autenticidade e muitas horas de trabalho. Além de tudo isso Theulyn disse que busca maneiras para se especializar na área. “Estudar bastante, ler, fazer cursos, ficar atenta às mais diversas fontes para a cada dia aprender algo novo, além de ficar de olho nas tendências. Nessa área tudo muda muito rápido”, explicou.

Segundo Theulyn, é possível ter renda trabalhando na internet, com anúncios pagos pelas marcas. Mas, assim como todo trabalho, ela relata as dificuldades de atuar na rede. “Nem todo conteúdo bom o algoritmo entrega como esperamos, isso pode gerar uma frustração imensa no criador de conteúdo. Outra dificuldade é conseguir se dedicar na criação para múltiplas plataformas, já que o público está cada vez mais pulverizado em diversas redes sociais”, conta.

Theulyn Reis – digital influencer

Canal no Youtube:

https://www.youtube.com/channel/UCbh9Lf3OZYAvsrZgEweUn_A

Instagram: @theulynreis

https://www.instagram.com/theulynreis/

Lanna Albuquerque – loja online Storm Blusas

Facebook: https://www.facebook.com/stormblusas

Instagram: @stormblusas

https://www.instagram.com/stormblusas/

Por Carolina Albuquerque e Karoline Lima.

O Projeto de Lei 3256/20 proíbe a inscrição de presos, em cumprimento de pena, em programa de benefício social. A proposta, do deputado Alexandre Frota (PSDB-SP), tramita na Câmara dos Deputados.

Frota afirma que presidiários devem ser excluídos de programas sociais do governo federal, por não haver sentido em conceder benefícios, como o auxílio emergencial ou o Bolsa Família, a quem não tem condições de gastá-los.

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“Os presos em cumprimento de pena já recebem todo o necessário para sua sobrevivência e não têm a liberdade de comprar o que quiserem fora dos muros do sistema prisional. Este dinheiro poderia beneficiar outra família, que não tenha o mínimo para sua sobrevivência”, defende o parlamentar.

O projeto exclui da proibição o auxílio-reclusão, benefício atualmente pago aos dependentes do segurado de baixa renda recolhido à prisão.

Tramitação

O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

*Da Agência Câmara de Notícias

 

No estado do Paraná, a união entre tecnologia, limpeza urbana e população vai gerar renda para quem optar em prestar pequenos serviços de zeladoria em ruas e praças. Criado pela empresa Smart Citizen, o aplicativo Agentes do Meio Ambiente (AMA) incentiva moradores de Maringá (a 426 km de Curitiba) a se comprometerem com a manutenção da limpeza dos bairros e oferece uma compensação financeira pelas horas trabalhadas.

De acordo com os criadores, o AMA vai atuar em serviços menos complexos, como varrição de calçadas (meio fio e vias públicas), fiscalização do descarte irregular de lixo e educação ambiental dos vizinhos, além da verificação de atividades que são de responsabilidade do poder público, como manutenção e limpeza dos bueiros. Cada cidadão inscrito na plataforma vai poder oferecer de seis a oito horas por semana para o trabalho e deve receber, no mínimo, R$ 700 pelo cumprimento da jornada.

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Para se tornar um zelador, é necessário que o candidato habilite uma empresa no cadastro de Microempreendedor Individual (MEI). Além da firma, cada morador deve apresentar uma lista com ferramentas e equipamentos voltados para a segurança do trabalho para execução dos serviços de zeladoria.

Após aprovação da plataforma, o próprio aplicativo vai monitorar as ruas dos bairros e direcionar o zelador para cumprir a tarefa. O serviço terá acompanhamento online e o morador que concluir a função designada pode comunicar o fim do trabalho por meio do mesmo dispositivo com fotos e códigos específicos.

Na mesma plataforma é possível que os moradores estejam mais engajados na preservação do meio ambiente. A opção AMA Morador não tem remuneração em dinheiro, mas os habitantes acumulam pontos para serem premiados por empresas parceiras do aplicativo. Em funcionamento também nas cidades de Cianorte e Paranaguá, o dispositivo seleciona pessoas que possam atuar em iniciativas como a separação correta do lixo, o combate aos focos do mosquito da dengue e o uso racional da água.

Pesquisa Sindicato de Mantenedoras dos Estabelecimentos de Ensino Superior (Semesp), mostra que, após a conclusão do ensino superior, os alunos egressos têm um aumento de renda mensal da ordem de 182%, levando em conta aqueles que já trabalhavam durante a graduação. O levantamento, divulgado hoje (3), foi feito pelo Instituto Semesp e pela Symplicity.

A pesquisa contou com a participação gratuita e facultativa de 9.228 egressos e alunos da educação superior, entre os dias 13 de outubro a 16 novembro de 2020, por meio virtual. 

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Segundo o levantamento, apenas 2,5% dos entrevistados recebiam mensalmente um valor acima de R$ 5 mil antes de concluir o ensino superior. Já após o término, esse percentual salta para 31,5%. Entre os que responderam a pesquisa, 38,9% recebia até mil reais antes de se formar. Já 27,1% dos egressos de curso superior disseram que passaram a receber de cinco mil a dez mil reais após a conclusão do curso.

A pesquisa mostra também que há uma diferença significativa entre a renda mensal dos homens e das mulheres egressos do ensino superior: 17,4% dos homens, nessa condição, recebem mais de R$ 10 mil, enquanto apenas 6,1% das mulheres apresentam rendimento nessa faixa.

Na atividade principal, 58% dos egressos afirmaram trabalhar com carteira assinada, vínculo mais citado pelos participantes. Em segundo lugar (16,2%), aparecem os funcionários públicos. Os demais 25,8% citaram trabalhar com vínculos empregatícios como autônomos, com contrato temporário, sem carteira assinada, freelancer, serem empresários, ou outros.

Financiamento estudantil

De acordo com o levantamento, seis a cada 10 egressos entrevistados pagavam mensalidade durante a graduação, a maioria com o auxílio de bolsa ou financiamento estudantil. O restante (40%) estudou em uma instituição pública. Para 59% dos egressos dos cursos privados não seria possível concluir o curso de ensino superior se não tivessem bolsa ou financiamento para auxiliar no custeio das mensalidades. Na rede pública, esse percentual foi menor (46,1%), apesar de muitos estudantes citarem a necessidade de auxílios como moradia, alimentação, e transporte

Os grandes bancos brasileiros viram o retorno sobre o patrimônio - um dos indicadores usados para medir o desempenho de uma empresa - se deprimir ao longo dos meses de pandemia. Apesar desse efeito pontual, a percepção no mercado é que números ao redor de 20% ficaram para trás e que a nova realidade é de resultados mais apertados, em vista da tecnologia (que trouxe aumento de competição com as fintechs) e dos juros mais baixos.

A pandemia empurrou as carteiras de empréstimos dos bancos para operações de menor risco - e, por tabela, proporcionalmente menor ganho -, caso das linhas no consignado e o crédito imobiliário, ou para programas criados pelo governo para socorrer as empresas, como o Pronampe. Também aqui o spread (a diferença entre a taxa que o banco paga para captar dinheiro e a que ele empresta) foi menor.

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A média do retorno sobre o patrimônio anualizado, o ROE, dos quatro grandes bancos brasileiros no terceiro trimestre do ano foi de 13,58%, segundo cálculo da Economática. Esse é o quarto menor ROE da série histórica, atrás daqueles vistos nos três primeiros trimestres de 2017. Já a maior mediana de ROE foi no primeiro trimestre de 2008, com 26,98%, ainda de acordo com a Economática.

O Itaú Unibanco, por exemplo, ainda vê pressão no retorno ao longo dos próximos trimestres. O presidente da instituição, Candido Bracher, disse que esse é um dos reflexos da postura adotada pelo banco em meio à pandemia. Uma das razões foi o peso maior de operações de atacado, com as empresas buscando crédito no início da pandemia para fazer caixa, e também a postura do banco para priorizar linhas de menor risco, como o consignado.

O executivo disse que o ganho vai melhorar com a retomada da economia, mas lembrou que essas linhas são de longo prazo e não vão maturar nos próximos anos. No entanto, acrescentou que, à medida que a carteira de crédito do banco crescer, as linhas com menor rentabilidade serão diluídas - diminuindo o efeito na margem.

O presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Junior, considerou a queda do retorno algo pontual. O executivo apontou mudanças regulatórias que afetaram as taxas do cheque especial e também para as linhas emergenciais de crédito do governo voltadas às pequenas e micro empresas, que têm spread menor. Ele lembrou, contudo, que as linhas emergenciais, caso do Pronampe, tem elevado o grau de garantia, ou seja, risco mínimo de perdas.

Estratégia

O maior banco público do País, o Banco do Brasil, participou ativamente das duas fases do Pronampe. Um dos efeitos foi um retorno mais magro nos dois últimos trimestres, revertendo um esforço feito nos últimos anos para se aproximar dos concorrentes privados. Seu novo presidente, André Brandão, afirma que a retomada desse processo será uma das missões do banco. Brandão passou 20 anos no setor privado e a expectativa no mercado é de uma estratégia que considere também as mudanças que a era digital, das fintechs e do estímulo à concorrência pelo Banco Central, terão na atividade bancária.

Brandão já criou uma unidade, que ficará sob sua responsabilidade, para cuidar da "experiência do cliente". Somado ao cruzamento de serviços e produtos de várias áreas do banco e parcerias do BB, semelhantes à feita com o UBS na área de mercado de capitais, Brandão quer compensar justamente essa disputa em que as comissões, tarifas, receitas com clientes e margens estão sendo sacrificadas.

Foi com a renda da mãe, de 67 anos, que Daniela Soares Barreto conseguiu bancar seus dois filhos mais velhos nos últimos cinco anos. As crianças foram praticamente adotadas pela avó, com quem passaram a morar. No último dia 23 de agosto, porém, a história de dona Leovany foi interrompida. Diagnosticada com covid-19, a trabalhadora que se aposentaria dentro de um ano foi internada e, em pouco mais de 24 horas, faleceu, deixando para trás uma família chocada com o efeito devastador da doença.

"Tudo foi muito rápido. Estávamos esperançosos de que ela sairia do hospital logo", afirmou Daniela, que rapidamente teve de arrumar forças para lidar com a falta de recursos para criar os filhos. Daniela mora numa casa menor com o marido e a filha, de 4 anos, que tem paralisia cerebral. Com a morte da mãe, os dois filhos - de 18 e 14 anos - voltaram a morar com ela, que ganha R$ 1.179 por mês. Boa parte desse valor é gasto com fraldas e remédios para a filha menor. A renda do marido, quase igual à de Daniela, paga o aluguel e as contas da casa.

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A situação de Daniela é semelhante à de outras famílias brasileiras que contavam com ajuda dos idosos para fechar as contas no fim do mês. Com a covid-19, além do trauma de perder entes queridos, muitas pessoas também passaram a conviver com um grau maior de pobreza. Segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a morte de idosos na pandemia pode provocar uma queda média de 20% na renda dos domicílios. Até o dia 27 de outubro, a redução somava R$ 245 milhões. De acordo com o estudo, 74% das mortes por covid são de pessoas com 60 anos ou mais - ou seja, cerca de 113 mil pessoas.

"Em alguns casos, essa perda pode chegar a 100%, já que o idoso era o único provedor da casa", diz a pesquisadora Ana Amélia Camarano, autora do estudo Os dependentes da renda dos idosos e o coronavírus: órfãos ou novos pobres? Segundo o trabalho, 35% dos domicílios brasileiros têm pelo menos um idoso e, em 18,1%, eles eram os únicos provedores de renda da família, com um ganho médio de R$ 1.666,80. Nesse grupo estão 24 milhões de pessoas, sendo 19,5 milhões de idosos e quase 5 milhões de crianças e adultos.

E esses números vêm subindo rapidamente nos últimos anos. Levantamento feito pela consultoria iDados, a pedido do Estadão, mostra que, enquanto o número de domicílios chefiados por idosos com dependentes cresceu 34% desde 2012, o total de domicílios no País avançou 19% no mesmo período. "O Brasil está passando por um envelhecimento populacional importante. Por isso, veremos cada vez mais idosos como provedores de suas famílias", diz o pesquisador do iDados, Bruno Ottoni.

Emprego. Além da questão populacional, esse fenômeno também está associado ao aumento do desemprego, que alcançou 14,4% em setembro. Antes disso, entre o primeiro e o segundo trimestre de 2020, quando o índice subiu de 11,6% para 13,8%, o número de residências chefiadas por idosos com dependentes aumentou em 541 mil, segundo o iDados. No mesmo período de 2019, houve uma redução do número de domicílios chefiados por idosos.

"Sem emprego, familiares passam a depender dos mais velhos, muitos deles aposentados", diz a professora e coordenadora de economia do Insper, Juliana Inhaz. Quem mora junto com os pais retarda a saída. E aqueles que já eram independentes, ao se deparar com o desemprego, voltam ao lar parental. Quando há o enriquecimento das famílias, ocorre o contrário. Os adultos se separam dos pais, diz o economista Daniel Duque, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). "Hoje vivemos o inverso. Há um empobrecimento, e os filhos voltam a morar com os pais."

Mas, na avaliação de Juliana, hoje os idosos estão mais vulneráveis. Mesmo aqueles que sobrevivem à covid passam a gastar uma parcela maior da renda com remédios e outros cuidados médicos. Nessa situação, a família é obrigada a enxugar o orçamento, sobretudo se há algum desempregado em casa. Isso significa um número maior de gente na pobreza.

Para Ana Amélia, os idosos são vítima duas vezes nessa pandemia: são mais discriminados no mercado de trabalho e são os mais atingidos pelo coronavírus. "Podemos dizer que, quando morre um idoso, uma família entra na pobreza."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Sete em cada dez paulistanos relatam ter sofrido perda de renda em meio à pandemia de Covid-19, segundo a mais recente pesquisa Ibope/Estadão/TV Globo. O levantamento revela um cenário de acirramento da desigualdade social: a população mais pobre e menos escolarizada foi a mais atingida pela redução de poder aquisitivo.

O Ibope fez a seguinte pergunta aos entrevistados: "Qual dessas situações melhor representa o impacto da pandemia do coronavírus e do isolamento social na sua renda familiar nos últimos seis meses?" A opção "a renda familiar diminuiu muito" foi escolhida por 38%, e outros 11% relataram ter perdido completamente suas fontes de recursos. Ou seja, quase metade da população indica que o impacto foi muito significativo.

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Uma parcela de 22% relatou perda pequena de receitas, e um contingente equivalente afirmou que a renda permaneceu igual. Apenas 6% da população apontou melhora de sua situação financeira.

A segmentação dos resultados segundo a renda dos entrevistados mostra que, na metade mais pobre da cidade, com renda de até dois salários mínimos, nada menos que 80% declararam perdas econômicas. Esse porcentual cai para 60% entre aqueles com renda superior a dois salários mínimos.

Há outras evidências de que os mais vulneráveis da pirâmide social são os que mais sofrem o impacto da pandemia. Entre os eleitores menos escolarizados, que estudaram até o ensino fundamental, 14% disseram ter perdido toda a renda familiar. Essa taxa cai para 7% entre os formados na universidade. A mesma proporção se observa quando a segmentação do eleitorado é por raça: a taxa dos negros com perda total de renda (14%) é o dobro da observada entre os brancos (7%).

A terceira pesquisa da série Ibope/Estadão/TV Globo mostrou ainda que dois terços dos paulistanos discordam do veto do presidente Jair Bolsonaro à compra de uma vacina chinesa contra a Covid-19. A maioria absoluta dos participantes da pesquisa (54%) disse discordar totalmente da postura do presidente. Outros 13% afirmaram "discordar em parte".

A pesquisa foi realizada entre os dias 28 e 30 de outubro de 2020, com 1.204 eleitores. As entrevistas foram realizadas de forma presencial - por causa da pandemia de Covid-19, a equipe do Ibope usou equipamentos para proteção da própria saúde e da dos entrevistados. O nível de confiança utilizado é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerada a margem de erro. O levantamento foi registrado no Tribunal Regional Eleitoral sob o protocolo SP-01331/2020.

A maioria dos pequenos negócios da área da moda já reabriu as portas no Brasil, mas os empresários seguem inseguros e cautelosos com o mercado. De acordo com uma pesquisa feita pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) finalizada no dia 9 de setembro, 84% dos estabelecimentos do setor retomaram às atividades, mas os empreendedores têm preferido cancelar a compra de peças para novas coleções (20%) ou reduzir consideravelmente o volume de mercadorias em relação a 2019: 39% dos empresários diminuiu as compras em percentuais acima de 30%. 

As maiores dificuldades desses pequenos empreendedores na retomada e sobrevivência de seus negócios são capital de giro (50%), planejamento de compras e giro de estoques (27%), o fato dos produtos e serviços de moda não serem vistos como essenciais (25%) e os controles financeiros pós-pandemia (23%).

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A queda de faturamento apesar da reabertura também é uma realidade entre os pequenos empresários do setor: a queda foi de 42% em relação ao período que antecedeu a doença. Observando os diferentes segmentos de moda, os mais afetados foram moda praia (-76%), moda sustentável ou agênero (-48%) e moda infantil e uniformes/fardamento (-46%). No sentido oposto, moda lar (-23%) e moda íntima (-25%) registraram as menores quedas. 

Para tentar reduzir o impacto, a saída encontrada pela maioria dos empreendedores foi a adoção de plataformas digitais (50%) e da entrega a domicílio (20%). Para o próximo semestre, 44% dos empreendedores pretendem ampliar as ações de vendas digitais, 21% querem rever a gestão dos estoques, 20% planeja adequar a empresa aos protocolos, 16% vão investir em mudar o visual da loja e 12% pretendem mudar a gestão do negócios.

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Programas de transferência de renda para a população mais pobre, nos moldes do auxílio emergencial do governo federal, estão sendo discutidos por ao menos 30 candidatos a prefeito nas principais cidades do País. Com variações nos valores e no alcance da população beneficiada, há propostas em nove capitais, onde vivem cerca de 34,3 milhões de pessoas, feitas por representantes de todos os lados do espectro político.

Em São Paulo, Rio, Salvador, Fortaleza, Belo Horizonte, Manaus, Curitiba, Goiânia e Porto Alegre candidatos incluíram em seus programas ou prometeram, em entrevistas e discursos, criar repasses de R$ 100 a R$ 600 por mês. Economistas ouvidos pelo Estadão levantam dúvidas sobre a eficácia destes programas em nível municipal. Além disso, dizem os analistas, a queda de receita na maioria das prefeituras, agravada pela pandemia, coloca em xeque a viabilidade das promessas.

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A covid-19 fez com que índices de renda e empregabilidade piorassem nos últimos meses. A metade mais pobre da população perdeu, em média, 27,9% da renda mensal, que passou de R$ 199 para R$ 144, segundo a pesquisa "Efeitos da pandemia sobre o mercado de trabalho brasileiro", divulgada mês passado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Além disso, mais de 4,5 milhões de brasileiros ficaram desempregados em setembro, segundo dados do IBGE.

Um outro estudo publicado em agosto por professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) mostrou que o impacto do auxílio emergencial de R$ 600 aprovado pelo Congresso em abril pode ser de até 2,5% do PIB, pois o dinheiro ajuda a movimentar comércio e indústria locais.

Além do discurso oficial, de tentar fazer a economia voltar a girar, candidatos também miram ganhos políticos. A aprovação do presidente Jair Bolsonaro subiu de 29% para 40% entre dezembro do ano passado e setembro, segundo pesquisa CNI/Ibope. Analistas creditam ao auxílio emergencial a melhora nos índices, mesmo em meio ao aumento nos números de infectados e de mortos pelo coronavírus no País.

Diante da popularidade obtida com a medida, o Planalto discute agora a criação do chamado Renda Cidadã, para substituir o Bolsa Família, lançado em 2004 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A equipe econômica busca alternativas para conseguir recursos sem furar o teto de gastos.

Operação

Se é difícil para o governo federal, que concentra 55% da arrecadação de tributos, a operacionalização de programas de renda é um desafio maior para os municípios, que recebem, em média, 19% da carga tributária. A pandemia fez com que, só no Estado de São Paulo, a arrecadação das cidades no primeiro semestre caísse 20% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com balanço do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

"Há um problema orçamentário, as cidades não têm condições de viabilizar esse tipo de programa", disse o economista Roberto Macedo, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda no governo de Fernando Collor, no início da década de 1990.

Segundo ele, ações do tipo devem ter caráter nacional. "Há outras prioridades para as prefeituras: educação e saúde. E sabemos por estudos que a criança desenvolve muito da sua capacidade mental do zero aos três anos. É melhor trabalhar em um programa desse tipo."

Nem todas as promessas especificam de onde vai sair o dinheiro para implementação dos benefícios. O economista e professor associado do Insper Marcos Mendes afirma que o peso dessas propostas nas contas pode ser irreversível. "Um programa de transferência de renda é uma despesa de caráter obrigatório e permanente. Uma vez criado, não tem como voltar atrás", diz.

Uma saída possível, afirma, seria criar atividades complementares para quem já recebe benefício federal. "Por exemplo, colocando verba municipal na contratação de equipes que atuam no Bolsa Família."

Recursos

Propostas que envolvem transferência de renda foram mapeadas pelo Estadão em programas de governo e entrevistas de ao menos 30 candidatos de nove capitais. A maioria, no entanto, até agora não detalhou como arranjarão recursos para bancar suas propostas.

Em São Paulo, 6 dos 14 concorrentes à Prefeitura falam em algum tipo de auxílio. Celso Russomanno (Republicanos) tem usado a promessa para atrair o eleitorado mais pobre e reforçar seu vínculo com o presidente Jair Bolsonaro. Russomanno fala em renegociar a dívida do município com a União.

Há propostas semelhantes nos programas de Guilherme Boulos (PSOL), Márcio França (PSB) e Jilmar Tatto (PT).

Na semana passada, o prefeito Bruno Covas (PSDB) articulou com o presidente da Câmara Municipal, Eduardo Tuma (PSDB), a votação de um projeto do vereador Eduardo Suplicy (PT) para dar um auxílio de R$ 100 para até 1,7 milhão de pessoas por três meses. Na sabatina do Estadão, quinta-feira, Covas negou se pautar por interesses eleitorais, como disseram concorrentes, e disse que o município tem dinheiro em caixa.

Criar programas semelhantes é promessa de Renata Souza (PSOL), candidata no Rio; Goura Nataraj (PDT), em Curitiba; e Hilton Coelho (PSOL), em Salvador. Políticas voltadas a mulheres e mães são citadas por Benedita da Silva (PT), no Rio; Fábio Junior (UP), em Goiânia; e Capitão Wagner (PROS), em Fortaleza. Em Porto Alegre, Fernanda Melchionna (PSOL) diz ser possível dar R$ 600 às mães.

Microempresários que fecharam seus negócios ou trabalhadores que perderam o emprego são o foco de Fernando Francischini (PSL), em Curitiba. João Derly (Republicanos), candidato em Porto Alegre, prevê benefício para famílias com filho na escola e que aceitarem participar de aulas de empreendedorismo. 

A partir deste mês de outubro, a Prefeitura do Paulista inicia o pagamento do Auxílio Emergencial aos artistas, músicos e profissionais do transporte escolar. A medida visa ajudar às pessoas que tiveram sua renda afetada pela paralisação das atividades durante a pandemia do Coronavírus.

Ao todo, 538 trabalhadores receberão o auxílio, sendo 350 pessoas ligadas à Cultura e 188 ao transporte escolar. Os beneficiários serão contemplados com o pagamento de três parcelas nos valores de R$ 1.500, R$ 1.500 e R$ 1.000, durante os meses de outubro, novembro e dezembro respectivamente. As parcelas serão depositadas na conta bancária do beneficiário fornecida no cadastramento.

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Vale destacar que a previsão inicial era cadastrar 250 profissionais, mas a demanda superou a expectativa. Diante disso, o prefeito Junior Matuto decidiu ampliar o número de contemplados e assegurar o pagamento para minimizar os impactos da paralisação das atividades. O montante destinado supera a cifra de R$ 2,1 milhões. O recurso é oriundo do Governo Federal.

Receberão o benefício àqueles que já realizaram o cadastramento nas secretarias de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Cultura e de Mobilidade e Administração das Regionais no mês de setembro. 

*Via Assessoria de Comunicação

O Brasil caminha, em 2020, para registrar o maior número de empreendedores de sua história. Não exatamente por vocação, mas principalmente por necessidade. Nos nove primeiros meses deste ano, o número de microempreendedores individuais (MEIs) no país cresceu 14,8%, na comparação com o mesmo período do ano passado, chegando a 10,9 milhões de registros.

Foram 1.151.041 novas formalizações entre o fim de fevereiro, pouco antes do início da pandemia, até o fim de setembro, segundo dados do Portal do Empreendedor, do governo federal. Somados às mais de 7,5 milhões de micro e pequenas empresas, esse setor representa 99% dos negócios privados e 30% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos) do país.

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Impulsionados pela crise gerada pela pandemia do novo coronavírus, os brasileiros estão buscando na atividade empreendedora uma alternativa de renda. Com isso, uma estimativa feita pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) mostra que aproximadamente 25% da população adulta estarão envolvidos, até o fim do ano, na abertura de um novo negócio ou com uma empresa com até 3,5 anos de atividade.

"O desemprego está levando as pessoas a se tornarem empreendedoras. Não por vocação genuína, mas pela necessidade de sobrevivência", diz Carlos Melles, diretor-presidente do Sebrae. Comemorado nesta segunda-feira (5), o Dia da Micro e Pequena Empresa marca também um dos momentos mais desafiadores para os pequenos negócios no país.  

"Embora seja um dia de celebração para os micro e pequenos negócios, vivemos um momento muito difícil, onde a micro e pequena empresa está dentro de um redemoinho causado pela pandemia. Estamos começando a ter que voltar a pagar os impostos que foram suspensos por alguns meses, entre abril e setembro, e o acesso a crédito ainda é um dos principais problemas", acrescenta Melles.

O diretor-presidente do Sebrae vem defendendo que as medidas de estímulo aos pequenos negócios sejam prorrogadas. Com o fim do prazo do adiamento do pagamento de impostos, como o Simples Nacional, Melles vem trabalhando para que o Congresso Nacional aprove medida que concede moratória aos tributos suspensos entre os meses de abril e setembro. Ele não descarta, inclusive, a necessidade de uma anistia aos empreendedores. "A gente tem a expectativa de que o governo perceba que se não azeitar esse contingente que segura o Brasil, vamos ver muitos negócios sendo encerrados".

Dados do Ministério da Economia mostram que as empresas optantes do Simples Nacional geram mais da metade dos empregos formais (cerca de 55% do estoque de empregos formais) e participam de 44% da massa salarial.

Inovação na crise

Apesar do contexto adverso para os negócios em geral, pequenos empreendimentos estão implementando inovação para enfrentar a crise. Levantamento feito pelo Sebrae na última semana de agosto mostra que as vendas online continuam em alta entre as micro e pequenas empresas que têm utilizado canais digitais, como as redes sociais, aplicativos ou internet como plataformas para comercialização de produtos e serviços. Enquanto no levantamento feito no fim de maio, 59% das empresas utilizavam esses canais, atualmente esse percentual chega a 67%. Entre os empresários ouvidos, 16% passaram a vender por meio de ferramentas digitais a partir da chegada do novo coronavírus ao país.

A microempresária Danyelle Mecenas Ferreira, dona de uma loja de moda feminina em Porto Nacional (TO), conta que o início da pandemia provocou um susto grande. "Eu parei nas primeiras semanas, mas logo depois, mesmo com a loja ainda fechada, comecei a fazer delivery, e aproveitei para fazer cursos de formação no Sebrae", conta.

Depois de um treinamento em marketing digital e sua aplicação na rotina da empresa, ela conseguiu dar a volta por cima. "Investi muito na internet, na interação pelas redes sociais com cliente, fazendo live sobre moda. Por incrível que pareça, fiquei melhor do que estava antes, consegui vender mais", conta. Para dar conta do aumento da demanda, ela contratou um novo funcionário, apenas para gerir as redes sociais da empresa. 

Estímulo 

Um movimento de empresários, liderado por Abílio Diniz, Eduardo Mufarrej e Luciano Huck, entre outros, criou, ainda em abril, uma entidade privada sem fins lucrativos para arrecadar recursos e doações que estão sendo usados na forma de crédito rápido e fácil, além de cursos de formação para estimular pequenos negócios a se manterem durante a crise. Batizada de Estímulo 2020, a iniciativa já concedeu 670 empréstimos, que totalizam cerca de R$ 23 milhões, com mais de 480 empreendedores contemplados.

Entre eles está a empresária Renata Schver, sócia de uma agência de turismo na capital paulista. A crise fez a empreendedora fechar o escritório e demitir cinco funcionários. "Tinha uma reserva, mas não era suficiente para o nível de despesa naquele momento. Minha irmã, que é minha sócia na agência, viu um post no Instagram com a oferta do crédito e logo fomos contempladas. Não exigiram garantia, que é sempre o principal empecilho para obter empréstimos nas grandes instituições financeiras", conta.  

"Diante da escalada da crise, com um monte de empresas fechando, o objetivo do projeto, como primeiro pilar, era conceder  crédito, para que as pessoas não fossem à falência e conseguissem continuar girando as empresas. O segundo pilar era educação, com a oferta de cursos por meio de parcerias. Assim, mesmo que a gente não conseguisse atingir todo mundo com crédito, seria possível prover o empreendedor com informações e conhecimentos sobre como gerir o negócio no meio da pandemia", explica Fabio Lesbaupin, diretor de operações e tecnologia do Estímulo 2020.

Para viabilizar as operações de crédito, o Estímulo 2020 firmou parcerias com fintechs, empresas de tecnologia financeira que, por meio de uma plataforma que cruza informações sobre dados cadastrais e perfil de crédito das empresas, consegue fazer uma rápida pré-aprovação do empréstimo. "O diferencial é que não pedimos garantias, apenas um bom histórico de crédito anterior à pandemia", afirma Lebauspin.

O empresário Eufrásio de Sousa conheceu a Estímulo 2020 quando estava em um período crítico de sua vida, com muitas dívidas e o negócio fechado. Há quatro anos, ele é dono de um pequeno restaurante localizado perto da Avenida Nações Unidas, em São Paulo. No estabelecimento, o cliente pode pedir um espeto junto com três acompanhamentos, que podem ser arroz, feijão e batata ou outro prato do cardápio. Com seis funcionários, ele conseguiu manter o negócio por causa do empréstimo obtido. 

"Estava assistindo ao telejornal e tomei conhecimento da oportunidade. Já tinha tentado no Santander e no BNDES, sem sucesso", relata. Três dias após fazer o cadastro, ele recebeu um retorno positivo para o empréstimo, com juros de 0,53% ao mês, três meses de carência e um total de 15 meses de prazo para quitação, sem exigência de garantia. "Eu repus o estoque, paguei fornecedores, mantive os funcionário e retomei a operação", celebra. O faturamento ainda é apenas 50% do período anterior à pandemia, mas ele demonstra otimismo com o futuro da economia do país.  

O Renda Brasil, projeto do governo Bolsonaro para substituir o Bolsa Família, está fora do Orçamento para 2021, apresentado nesta segunda (31). Em coletiva de imprensa, o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, comunicou que as previsões contemplam apenas a verba relativa ao Bolsa Família, ampliada de R$ 34,8 bilhões para R$ 32,5 bilhões neste ano.

A exclusão do Renda Brasil do orçamento não significa, contudo, que o governo tenha desistido de sua implementação. Os estudos sobre o projeto continuarão, mas a alteração no orçamento só deve acontecer quando ele for aprovado no Congresso, que pode estabelecer algumas mudanças em relação à proposta inicial do governo. Anteriormente, membros do governo chegaram a prever que o Renda Brasil fosse posto em prática em setembro de 2020.

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De acordo com Waldery Rodrigues, o aumento do recurso destinado ao Bolsa Família se deve à previsão do governo federal de que crescerá o número de famílias que se enquadram nos critérios de admissibilidade. O número de famílias beneficiadas passaria de 13,2 milhões para 15,2 milhões.

“Nós trabalhamos com os programas já existentes. Se o Renda Brasil estiver na formatação que ainda está sendo desenhada, se tiver absorção do Bolsa Família, o Bolsa Família vai para o Renda Brasil e claramente o PLOA 2021 traz estimativa de despesa primária com o Bolsa Família, mas não tem nenhum novo programa", afirmou Rodrigues.

Com a disponibilização do Auxílio Emergencial em junho, houve a redução de brasileiros vivendo em extrema pobreza. De acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), o benefício fez o país registrar a menor taxa no indicativo socioeconômico nos últimos 40 anos.

A pesquisa mostra que 3,3% dos brasileiros, cerca de 6,9 milhões de pessoas, vivia em junho com a renda per capita de US$ 1,90 por dia. Em maio, a taxa de populares abaixo da linha de extrema pobreza era de 4,2%, equivalente a 8,8 milhões de brasileiros, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Outros estudos do IBGE indicam que o país conseguiu atingir o menor índice de miséria desde, pelo menos, o início dos anos 80. Até então, o menor registro ocorreu em 2014, quando o resultado se igualou ao de maio deste ano.

“A Pnad passou a ter cobertura nacional total a partir de 2004. Antes, a área rural da região Norte não era tão bem coberta. Mas é bem aceito que nunca o Brasil teve taxas de pobreza tão baixas”, destacou o pesquisador responsável pelo levantamento do Ibre/FGV, Daniel Duque, ao Valor Econômico.

Ele acredita que o dado positivo é fruto do benefício de R$ 600, que distribuído para uma família de três pessoas, faz com que a renda per capita ultrapasse R$ 200 da linha da extrema pobreza. “Existem famílias que recebem cota dupla do benefício, como mães e pais solteiros, chegando a R$ 1.200. Nesse caso, mesmo que tenha quatro integrantes, a renda per capita dessa família vai superar a linha de corte de R$ 154 mensais”, calculou.

Renda Brasil

Em julho, o Governo Federal anunciou que o benefício será estendido por mais dois meses e, possivelmente, seja encerrado ao término do prazo devido ao investimento bilionário. Para o especialista, o fim do pagamento pode provocar uma retomada da pobreza extrema. Contudo, o comportamento das relações de negócio e a recuperação do mercado de trabalho podem frear o aumento da taxa.

Para prosseguir com o programa, uma das propostas do governo é criar o Renda Brasil, em substituição ao Bolsa Família. Caso aprovado, o novo pagamento poderá ser disponibilizado já ao término do Auxílio Emergencial e deve incorporar parte do pagamento.

Nas planícies majestosas da reserva Masai Mara, a pandemia de coronavírus causa estragos econômicos aos habitantes locais, que ganham a vida com turistas que visitam a vida selvagem do Quênia, e prejudicam um modelo único de proteção da vida selvagem.

Mesmo antes de o vírus aparecer oficialmente no Quênia, em meados de março, o turismo, um dos principais pilares da economia, foi afetado pelos cancelamentos em janeiro e fevereiro, especialmente em grandes mercados como China, Europa e Estados Unidos.

O setor já registrou uma perda de lucros de 750 milhões de dólares para este ano, ou seja, metade da receita de todo o ano de 2019, segundo o ministério do Turismo.

"Estávamos bem para o mês de junho, mas agora temos zero reservas. Nada. É terrível", explica Jimmy Lemara, 40 anos, gerente massai de uma pousada ecológica na reserva particular de Ol Kinyei.

Nesta região, cuja biodiversidade gerou uma próspera indústria do turismo, a população massai, um grupo étnico de cerca de 1,2 milhão de pessoas no Quênia (2,5% da população), depende quase exclusivamente do turismo.

A renda provém de várias fontes: o aluguel de terras que, quando agrupadas, formam reservas privadas, o pagamento de salários aos funcionários das pousadas que normalmente são massais (cozinheiros, guias, guardas de segurança), a venda de artesanato e as visitas turísticas do habitat tradicional.

- 'Tudo fechado' -

Em Talek, pequeno vilarejo em uma das entradas da Reserva Nacional Masai Mara, a população espera dias melhores.

"Desde dezembro, a atividade é extremamente limitada e agora estamos no modo de sobrevivência, esperando ganhar entre 150 a 200 xelins (entre 1,5 e 2 dólares) por dia para poder pagar por uma refeição", declara Ibrahim Sameri, 38 anos, cuja pequena oficina mecânica pode gerar até US$ 30 por dia na alta temporada.

Nalokiti Sayialel normalmente vende colares e pulseiras de pérolas para turistas. "Não vendo nada há três meses", diz a vendedora de 45 anos.

"É terrível. Tudo está parado, tudo está fechado. Nunca vi nada parecido", diz Petro Nautori, um guia de 44 anos que está desempregado desde janeiro.

A Reserva Nacional Masai Mara, administrada pelo condado de Narok, se estende para o norte com várias reservas privadas cujos gerentes alugam as terras dos proprietários massais, que em troca não criam gado para garantir mais habitat de vida selvagem.

Esse modelo, que começou a ser aplicado em 2005, dobrou a área dedicada à proteção da fauna nessa região.

Em média, cada proprietário ganha cerca de 22.000 xelins por mês (US$ 220), o dobro do salário mínimo legal nesta parte do país.

Mas em Ol Kinyei, como em outras reservas privadas próximas, o aluguel pago aos proprietários massais foi cortado pela metade.

As empresas de administração alegam estar com a corda no pescoço em razão do reembolso dos adiantamentos pagos por estadias que foram finalmente canceladas e pelos custos fixos, incluindo o aluguel de terrenos.

Os salários dos funcionários também foram reduzidos em até 50%.

- Modelo frágil -

A situação é tão precária que muitas famílias massais decidiram recorrer ao seu patrimônio, o gado, para tentar gerar renda.

"O pouco que recebemos não é suficiente para atender às necessidades da família e eu tive que vender duas cabras por cerca de 12.000 xelins para sobreviver", explica Julius Sanare, 41 anos, chefe da pousada ecológica onde Jimmy Lemara trabalha.

Devido à epidemia de Covid-19, os mercados de gado estão fechados e, de acordo com muitos habitantes da região, os massais são forçados a vender seus animais secretamente e a um preço com desconto para compradores sem escrúpulos.

De acordo com Mohanjeet Brar, diretor-geral da Porini safari, uma empresa que administra duas reservas privadas e várias pousadas na Mara, se a atual situação "catastrófica" persistir, a própria existência de algumas reservas poderá ser comprometida.

"Se os proprietários não receberem o aluguel (...), não terão escolha a não ser procurar outras maneiras de usar a terra: fechá-la, vendê-la ou iniciar um negócio. Todas essas alternativas não beneficiam a vida selvagem, elefantes e felinos. Tudo se perderia".

Sua empresa está tentando encontrar algo para atenuar o choque e diversificar a renda: lançou o programa "Adote um hectare" para gerar fundos e está tentando monetizar seus esforços para proteger o meio ambiente no mercado de crédito de carbono.

O valor médio do Auxílio Emergencial (AE) concedido em meio à pandemia do novo coronavírus foi capaz de compensar boa parte da perda de potencial de renda das famílias brasileiras. Na média, o auxílio representou um acréscimo médio de R$ 846,50 aos domicílios do País. O efeito mais significativo aconteceu em estados do Norte e Nordeste.

A conclusão é de estudo conduzido pelo Ipea e divulgado nesta quarta-feira (24). A pesquisa se baseou em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Covid-19, do IBGE, e considerou quatro semanas do mês de maio.

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Segundo a pesquisa, o valor repassado pelo governo correspondeu a 44,6% do rendimento médio dos ocupados, a 77,5% do rendimento médio dos trabalhadores por conta própria, e foi 21,2% superior ao rendimento médio do trabalhador doméstico. "Levando-se em conta que as duas últimas categorias estariam entre as principais populações-alvo do programa, o valor fornecido revelou-se capaz de compensar grande parte da perda potencial de renda domiciliar causada pela pandemia da Covid-19", considerou o Ipea.

De acordo com o levantamento, o Auxílio Emergencial se mostrou ainda mais significativo nas regiões Norte e Nordeste, onde o valor médio repassado foi maior se comparado ao restante do País.

"Na região Norte, o AE médio (R$ 936,16) foi 17% maior que a média recebida pelos trabalhadores por conta própria (R$ 801,46). Em relação ao trabalho doméstico (R$ 616,73), o auxílio foi 52% maior. No Nordeste, as comparações mostram que o auxílio médio recebido (R$ 907,37) foi 46% maior que os rendimentos dos trabalhadores por conta própria (R$ 616,60) e 87% maior que os rendimentos dos empregados domésticos (R$ 485,76)", pontuam os pesquisadores.

O estudo apontou que 26,3 milhões de domicílios - o que representa 38,7% dos 68 milhões de domicílios brasileiros - tiveram acesso ao benefício. Desse total, 82% possuíam renda domiciliar per capita de até R$ 832,65, ou seja, inferior à media do auxílio obtido.

O Instituto de Pesquisa UNINASSAU publicou nesta quarta-feira (17) um levantamento referente à percepção dos recifenses em relação aos impactos econômicos provenientes da Covid-19. No geral, os entrevistados mostraram-se pessimistas ao avaliar os prejuízos financeiros e as competências da gestão pública.

Ao todo, 98% dos entrevistados acreditam que a Covid-19 vai prejudicar a economia do Brasil, sendo que 75% agravaram as consequências e ressaltaram que a doença 'vai atrapalhar muito'. Segundo a Federação das Indústrias de Pernambuco, a balança comercial sofreu uma queda de 55% no mês de maio. 

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Quando questionados sobre o mercado de trabalho, a maioria (53%) afirma que não perdeu o emprego ou teve a atividade profissional afetada, diante dos 43%, que admitem ter sofrido com a pandemia. Enquanto 38% apontam que a profissão foi afetada, 5% lamentam a perda do emprego.

A maior parte dos novos desempregados é de homens com faixa etária entre 25 e 34 anos. A suspensão das atividades econômicas fez com que 44% dos entrevistados afirmassem que houve queda na renda. Outros 49% - a maioria (61%) recebe mais de cinco salários mínimos -, apontam que a renda foi mantida. Para 2%, a pandemia foi benéfica no viés financeiro e aumentou a renda. 

Em relação ao Auxílio Emergencial oferecido pelo Governo Federal, 72% informaram que não receberam os R$ 600. A maior parte (81%) tem idade entre 45 e 59 anos. Ainda assim, 96% mostraram-se favoráveis ao benefício. Enquanto 3% não concordam com o repasse.

A pesquisa foi feita entre os dias 11 e 14 de junho. Ao todo, 628 moradores do Recife, com idade mínima de 18 anos, foram entrevistados por telefone. O levantamento do Instituto de Pesquisa UNINASSAU tem 95% de confiança, com margem de erro de quatro pontos percentuais.

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