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A atriz Tatá Werneck publicou, na manhã dessa sexta-feira (19), em sua conta no Instagram, um pedido de oração ao seu amigo e também humorista Paulo Gustavo, internado desde o dia 13 por Covid-19.

"Paulo Gustavo está atravessando um momento difícil. Oração é uma arma poderosa, gratuita e eficaz! Não importa a sua religião. Todas são legítimas. Vamos rezar pro Paulo sair logo dessa e voltar a fazer o que ele mais ama. Fazer vocês rirem”.

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Para finalizar o texto, a atriz também pediu oração pelos que precisam sair para trabalhar porque não tem outra opção. “Pelos profissionais da linha de frente: maqueiros, técnicos, motoristas, enfermeiros, médicos, camareiros, toda equipe de limpeza. E claro, orai e vigiai! Não adianta rezar e ser irresponsável. Máscara, álcool gel e distanciamento. Por favor amigos, se cuidem”.

Confira a postagem de Tatá:

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Contam os mais antigos, e alguns pesquisadores que se debruçaram sob o tema, que no início do século 20, quando a prática do candomblé era proibida no Brasil, diversos terreiros se refugiavam dentro de nações de maracatu de baque virado para se livrarem da repressão e continuarem existindo. Mesmo antes disso, os maracatus já serviam como instrumento para que a população negra pudesse louvar seus deuses sob a desculpa de estarem celebrando uma festa ao toque dos tambores.

A ligação do maracatu de baque virado com a religião de matriz africana existe desde a origem do brinquedo e se estreitou ao longo dos séculos. A manifestação cultural, reconhecida como Patrimônio Imaterial do Brasil, nascida em Pernambuco, atravessou gerações e, apesar de ter se moldado aos tempos modernos e se adaptado a inúmeras circunstâncias, mantém firmes seus fundamentos e tradições, sobretudo os religiosas. 

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Sendo assim, tocar maracatu pode significar algo muito maior do que apenas bater tambor. É o que garante Jobson José, de 22 anos. Ele toca há 10 anos e, há três, tornou-se integrante da Nação Aurora Africana, sediada em Jaboatão. Foi aí que tudo mudou. O jovem que havia conhecido o batuque através da igreja evangélica que frequentava aprendeu os fundamentos da nova casa e acabou se rendendo ao candomblé. "Saí da igreja e fui para a religião de matriz africana", diz ele. 

Jobson conta que no grupo percussivo que integrou na igreja, ele ouvia muitas críticas em relação à religiosidade nos maracatus nação e que quando chegou ao Aurora Africana um novo mundo se abriu para ele: "Foi um choque de realidade, eles me ensinaram lá que essas coisas eram malignas, quando cheguei aqui era totalmente diferente. O meio espiritual era outro, não tinha nada a ver com o que eles pregavam lá. Eu me identifiquei com isso, foi quando eu entrei pra religião, eu senti essa necessidade, quis agregar as duas coisas e abracei de coração os dois", conta. 

Hoje, Jobson ocupa um lugar importante dentro da nação. Ele é um dos responsáveis pelo 'bombo mestre', tambores maiores que têm o objetivo de guiar todo o batuque. Pelo tamanho de sua responsabilidade, esse batuqueiro precisa estar atento a alguns fundamentos religiosos que envolvem obrigações, tudo seguido à risca. "Faço resguardo total (antes de tocar), peço força ao meu Orixá primeiramente, e às calungas (bonecas que detém a ancestralidade da nação). Essas são minhas duas forças, além de Deus", garante.

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Depois de conhecer e entrar para a religião de matriz africana, o batuqueiro garante: sua relação com o maracatu mudou. Tocar tambor e levar o baque de sua nação adiante ganhou novo significado e isso repercutiu, inclusive, em sua vida pessoal: "A sensação é outra, a vibração é outra. A espiritualidade é mais forte, na hora de tocar, a concentração muda. Parece que você entra em um estado inexplicável. Lá (na igreja) eu tocava como se fosse por esporte, só por tocar. Agora o envolvimento é maior. Sinto que o meu espírito está mais próximo do tambor. Sinto que estou tocando para o orixá, não pra qualquer pessoa. É para alguém do outro lado, não só pra mim". 

Outro batuqueiro que passou por essa experiência é Josivaldo Romão, de 32 anos. Participando do maracatu nação há 15 anos, hoje ele integra a centenária Estrela Brilhante de Igarassu, Patrimônio Vivo do Estado. O jovem conta que após começar a tocar, sentiu a necessidade de buscar mais conhecimento e essa busca o levou às religiões de matriz africana e indígena, a Jurema: "(Foi) para aprender mais e mais sobre a grandeza dos elementos e a força contida dentro da ciência sagrada, para ser completo e conhecer todo o fundamento", explica.

Romão afirma nutrir grande respeito às "crenças que o rodeiam", e que a religiosidade mudou seu modo de ver o brinquedo e a própria vida: "a religião me abriu os olhos para o sagrado que o maracatu leva consigo, por ser um culto de egun (espíritos) que por muito tempo eu desconheci".

Já Ricardo Rocha, de 40 anos e batuqueiro desde os 15, entrar para a religião de matriz africana lhe deu o entendimento de coisas que aconteciam dentro da tradição que antes ele não tinha. Ele se descobriu no candomblé quando tocou na Nação do Maracatu Porto Rico. Lá, ele foi "suspenso", ou seja, designado como ogã (aquele que toca para os orixás) da casa, por Mãe Lêu, Oxum Pandá do terreiro, e desde então vem professando sua fé. 

Para o batuqueiro, hoje integrante da Nação Estrela Brilhante de Igarassu, além de entender melhor os fundamentos do maracatu de baque virado, ele tem em seu batuque um meio de comunicação com o sagrado: "Quando a gente toca, a gente faz um elo entre o profano e o religioso, o presente e o passado, quando a gente bate uma alfaia de maracatu a gente acorda quem tá dormindo, porque maracatu é uma música tocada para os eguns. Então, pra mim é uma coisa muito mágica, não é todo mundo que entende, tem gente que acha que tudo é ‘macumba’ mas não, cada coisa tem seu significado". 

Fundamentos

Fábio Sotero, presidente da Nação Aurora Africana, explica a ligação dos maracatus nação com a religião de matriz africana: "É devido aos antepassados. Quem fazia o maracatu eram as lideranças dos negros, que eram os babalorixás. Eles eram coroados como rei do Congo, depois passou a se evidenciar mais as rainhas, por isso que hoje temos tantas em destaque, começando a partir de Dona Santa (da Nação Elefante). Hoje temos outras figuras de extrema importância, como Mãe Nadja, do Leão da Campina, Marivalda do Estrela Brilhante do Recife, Elda, da Nação Porto Rico, são todas yalorixás e lideranças em seus maracatus".

O presidente afirma que as rainhas, bem como os reis, as damas de Paço (mulheres que carregam as calungas) e alguns batuqueiros, como os que levam o bombo mestre, são os responsáveis pelo bom andamento do cortejo e do batuque e, sendo assim, precisam estar atentos à sua religiosidade. "Essa é a pilastra que todo maracatu nação precisa ter para ser identificado como tal. Porque o maracatu em si é dos orixás. Quem rege isso é Dona Iansã e Xangô que é o dono de todos os maracatus. Mas cada um tem o seu orixá patrono. O Aurora é de Oxaguiã e de Xangô". 

Essas 'pilastras' precisam fazer algumas obrigações, como oferendas e resguardos de relações sexuais e bebida alcoólica antes de ‘ir pra rua’ e tocar. "A gente joga os búzios, eles (orixás) dizem o que precisa ser feito, e a gente dá esse conforto, faz essas oferendas pra essas lideranças. Graças a Deus a gente tem a compreensão deles e eles veem o que a gente pode fazer", explica Fábio.

Ele também deixa claro, que não é obrigatório ser da religião de matriz africana para integrar o maracatu nação. Aqueles que desejam fazer parte da brincadeira apenas para tocar e dançar, sem laços de fé e religiosidade, podem fazê-lo tranquilamente: "Não tem problema mesmo. No Aurora a gente abraça todo mundo, independente de religião, de gênero e de classe. Aqui todo mundo é tratado como igual, com ou sem religião. Mas a gente tem nossas pilastras, as pessoas ‘cabeça’ que colaboram para o maracatu ir pra rua". 

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Preconceito e intolerância

Hoje, em pleno 2019, as religiões de matriz africana já não enfrentam mais as proibições mencionadas no início desta matéria. No entanto, seus fiéis e adeptos continuam enfrentando a intolerância e o preconceito arraigados na sociedade em relação a essas tradições ancestrais. Os batuqueiros entrevistados pelo LeiaJá falaram a respeito do assunto. Josivaldo Romão conta que a vigilância precisa ser constante: “Estamos o tempo todo em luta contra a intolerância, sempre que vejo alguém que não tem a humanidade de buscar o conhecimento. Todos temos o sagrado”, afirma.

Jobson, que trocou a religião evangélica pelo candomblé, conta que precisa lidar com o preconceito dentro da própria casa, e que já chegou a ser chamado de "ovelha perdida". No entanto, o jovem não se abala e defende suas escolhas de cabeça firme: "Eu acredito que se você saiu de um canto que não estava se sentindo bem e agora está em um em que se sente bem, esse é o bom da vida. Se meu espírito está bem, então é porque estou bem com Deus e com os orixás. Depois que conheci os orixás a minha vida mudou. Meu espírito evoluiu, na minha cabeça houve uma evolução". 

Situação parecida enfrentou Ricardo, filho de mãe extremamente católica, ele precisou travar alguns embates com ela após entrar para o candomblé e o maracatu. Mas, o batuqueiro também não se intimida e procura entender a origem do preconceito: “É assim mesmo, quando a gente não conhece uma coisa, a gente sempre tem medo, fica receoso, porque o desconhecido faz com que você fique com medo. Mas quando você conhece, você percebe que não tem nada a ver”. 

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Reprodução/Facebook Josivaldo Romão

Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo

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Entre restaurantes de fast food e barracas que oferecem lembranças feitas na China dia e noite, Meca parece um grande bazar durante o hajj, a grande peregrinação anual dos muçulmanos.

"Os negócios vão muito bem, louvado seja Deus", diz Fayzal Addais, que administra uma barraca em uma avenida comercial a alguns metros da Kaaba, o santuário mais sagrado do islã, na Grande Mesquita.

"Os clientes são estrangeiros e falam todos os idiomas", acrescenta este comerciante iemenita de 41 anos, que vende lembranças religiosas.

Nesta avenida movimentada, fileiras de barracas e vitrines se sobrepõem, sobressaem na calçada e disputam com cartazes variados para atrair os clientes.

O comerciante Ali "multiplica por cinco" seu volume de negócios durante o hajj, que entre 9 e 14 de agosto atrairá cerca de 2,5 milhões de fiéis peregrinos que vêm do mundo inteiro.

Esta peregrinação é um dos cinco pilares do islã, e todo muçulmano deve realizá-a ao menos uma vez na vida, se tiver condições para isso.

"Culto do dinheiro"

"Em qualquer lugar da cidade há, muito perto, alguém para vender algo", resume o intelectual britânico de origem paquistanesa Ziauddin Sardar, em sua obra "História de Meca", publicada em 2014.

O comércio em Meca é "onipresente e onipotente" e os peregrinos se veem "incitados sem cessar a gastar seu dinheiro", ressalta o autor, que aponta um "culto do dinheiro e do consumismo".

Há itens que os peregrinos compram em grande quantidade: tapetes de oração, incenso, exemplares do Corão, terços de madeira ou de pérolas de plástico brilhantes, lenços, água de Zamzam (um poço) que supostamente tem virtudes milagrosas, relógios que emitem cantos de chamada à oração, estatuetas da Kaaba fabricadas na China, etc.

Mas também se encontra ouro saudita (muito cobiçado), relógios, roupas 'prêt-à-porter' ou produtos tecnológicos.

Mesmo que às vezes a comunicação entre os vendedores e os peregrinos seja difícil, devido à diversidade de idiomas, a barganha continua sendo possível: uma calculadora permite a compreensão entre as duas partes.

Perto da esplanada da Grande Mesquita, shopping centers climatizados recebem incessantemente milhares de fiéis. As lojas, incluindo as de luxo, sempre estão cheias ou quase - suas persianas estão fechadas apenas durante a oração.

A isto se somam os inúmeros restaurantes baratos e de fast food nas ruas estreitas e nas ruidosas artérias desta cidade do oeste saudita.

"A mesquita e o comércio"

Esta tendência ao consumo desenfreado não é nova: "Ao longo dos séculos, os peregrinos dividiam seu tempo entre a mesquita e o comércio", resume Abdellah Hamudi, antropólogo na universidade de Princeton nos Estados Unidos, em seu livro "Uma temporada em Meca".

"As dimensões mercantil e religiosa sempre estiveram relacionadas em Meca, [...] já estavam presentes na peregrinação pré-islâmica", afirma Luc Chantre, professor na universidade francesa de Rennes 2, autor de várias obras sobre o hajj na época contemporânea.

"O que é novo são essas imensas galerias comerciais de vários andares que substituíram os velhos souks (mercados) em volta da Grande Mesquita", explica à AFP.

Nos grandes lugares de peregrinação, como em San Giovanni Rotondo na Itália, em Lourdes na França ou em Nuestra Señora de Guadalupe no México, comércio e fé costumam caminhar juntos.

Mas "é um comércio ligado exclusivamente às lembranças e às oferendas", afirma o professor francês.

A porta de entrada de Meca, a cidade de Jidá, a menos de 90 km de distância, é o reduto histórico das famílias comerciantes, em parte devido a seu imenso porto.

Além do hajj, os muçulmanos podem realizar a peregrinação ao longo de todo o ano.

Este turismo religioso contribui com bilhões de euros ao ano. O reino rico em petróleo, que busca diversificar sua economia, aposta nele.

Milhares de russos mergulharam neste sábado em rios e lagoas congeladas, apesar das temperaturas de inverno de até -40°C em algumas regiões, por ocasião da Epifania celebrada nesta data pelos ortodoxos russos.

A polícia calcula que mais de 2,4 milhões de pessoas participaram durante nas comemorações em todo o país. Mas não se sabia exatamente quantas pessoas tomavam banho até três vezes, seguindo a tradição.

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As autoridades quebraram o gelo e às vezes instalaram degraus de madeira para facilitar o acesso aos fiéis, ávidos por imergirem nos rios e lagos congelados para comemorar o batismo de Jesus na Jordânia.

Os crentes ortodoxos russos consideram que neste dia a água sagrada tem propriedades miraculosas. Em um parque em Moscou, fiéis em trajes de banho se cruzaram na água tremendo de frio, diante dos olhos das forças de segurança.

"É ótimo, é a melhor das tradições russas", disse à AFP um habitante moscovita, Ievgueni Goloshchapov, com uma toalha no ombro.

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Nos últimos anos, políticos e celebridades também mergulharam nas águas geladas, como o presidente Vladimir Putin no ano passado ou o embaixador dos Estados em Moscou, Jon Huntsman Jr.

Em Yakutia, no Extremo Oriente da Rússia, a região mais fria do país, o governador mergulhou no rio Lena, apesar da temperatura de -42 ° C, segundo seu gabinete.

Embora a tradição desperte grande entusiasmo, alguns dirigentes da Igreja Ortodoxa Russa apontam que não há nada de canônico nisso.

"Os ritos externos durante os grandes feriados religiosos tendem a se transformar em tradições nacionais e o significado original do feriado é esquecido", disse bispo Panteleimon, da Igreja Ortodoxa Russa.

"Eu nunca tomei banho em um buraco no gelo", disse ele ao jornal Izvestia.

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Estudantes poderão faltar aulas e provas por motivos religiosos. É que estabelece lei sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro e publicada no Diário Oficial da União de hoje (4). A lei entrará em vigor em 60 dias, em março. A partir desse mês, as escolas terão ainda dois anos para tomar as providências e fazer as adaptações necessárias para colocar a medida em prática.

A nova lei estabelece que estudantes de escolas e universidades públicas e privadas poderão se ausentar de provas ou aulas, em dias que, “segundo os preceitos de sua religião, seja vedado o exercício de tais atividades”. Para isso, os estudantes terão que apresentar um requerimento com a devida antecedência.

Para repor as atividades, as instituições de ensino poderão aplicar prova ou aula de reposição, conforme o caso. Poderão ainda solicitar dos alunos um trabalho escrito ou outra modalidade de atividade de pesquisa. Os estudantes que fizerem essas atividades terão garantida a presença.

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A lei não se aplica, no entanto, às escolas militares. Isso porque o ensino militar é regulado em lei específica, admitida a equivalência de estudos, de acordo com as normas fixadas pelos sistemas de ensino.

De acordo com Agência Senado, a estimativa de líderes religiosos é que cerca de 2 milhões de brasileiros guardam o sábado e, por razões de fé, não podem estudar ou trabalhar até o pôr do sol.

A festa mais tradicional da Bahia começou nesta quinta-feira (4). Baianos e turistas se reúnem, desde então, para celebrar o sagrado e o profano. Para alguns baianos o ano só começa após a primeira e maior celebração religiosa do Estado que iniciará com uma novena em homenagem ao Senhor do Bonfim, na Basílica Santuário Senhor Bom Jesus do Bonfim, no Largo do Bonfim, em Salvador.

Um palco será montado em frente à igreja e quem dará início às homenagens será o Coletivo Rumpilezinho, sob regência do Maestro Letieres Leite. Na primeira sexta-feira do ano, as missas se iniciaram a partir das 5 horas da manhã; a novena será às 19 horas e se estende até dia 10. A Lavagem do Adro da Basílica Santuário do Senhor do Bonfim será no dia 11 (próxima quinta-feira), com saída às 9 horas da Basílica Nossa Senhora da Conceição da Praia, no bairro do Comércio.

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O cortejo segue a pé até o alto do Bonfim onde as baianas usam vassouras e água de cheiro para lavar as escadarias da Igreja do Bonfim. No dia 12, a novena retoma seu horário normal, às 19 horas. O tema da Novena é a “Origem, identidade e missão do amado Jesus, Senhor do Bonfim” e o lema “Quem dizes os homens ser o Filho do Homem (Mt 16,13)” e os temas serão desdobrados em cada noite de festejo. Dom Murilo Krieger, arcebispo primaz do Brasil, celebrará a missa solene no último e maior dia de festa.

A Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará (ETDUFPA) recebeu, nos dias 23 e 24 de novembro, a professora de dança clássica indiana Kamalaksi Rupini, para participar de uma série de atividades envolvendo as manifestações culturais da Índia. O eventou de apresentação contou com o espetáculo "Puja", no Teatro Universitário Claudio Barradas, e teve um bate-papo com demonstração performática no auditório da ETDUFPA.

Kamalaksi Rupini realizou um workshop sobre bharatanatyan (dança clássica indiana) na Casa das Artes. No dia 26 de novembro, ela ministrou a palestra "Hindus e o feminismo" com os devotos do movimento Hare Krisna da ISCKON Belém, no Espaço Vida.

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O conhecimento da arte indiana vem das escrituras sagradas e, por isso, possui uma base filosófica e religiosa bastante evidente. A dança clássica indiana  surgiu paralelamente ao teatro indiano, e suas primeiras manisfestações foram realizadas dentro dos templos, pelas dançarinas chamadas de devadasis. As devadasis eram mulheres que desde pequenas se dedicavam aos templos.

A professora Kamalaksi Rupini explicou que, por ter essa origem, a dança clássica indiana tornou-se complexa e cheia de técnicas detalhadas que exigem um longo treino. "A dança clássica indiana é diferente, pois é uma espécie de dança, teatro, ritual e traz uma filosofia também. Então ela traz vários aspectos, tem técnica de movimentos muito específica. É bem complexa, antiga e era dançada nos templos pelas sacerdotisas." Kamalaski vai divulgar e apresentar essa dança na região. "A palestra é para apresentar um pouco da nossa dança para as pessoas porque é bem desconhecida aqui", afirmou.

Esse dança tem sido passada de mestre para discípulo, até hoje, e se manteve praticamente intacta desde os tempos remotos. A paraense Carmem Virgolino é discípula de Kamalaksi. Começou a praticar a dança clássica indiana depois de ter se mudado para Belo Horizonte, onde conheceu sua mestra. "Há sete anos, eu fui morar em Minas Gerais para praticar capoerangola na Escola de Dança Afro Brasileira do mestre João Angoleiro. Essa escola veio do Senegal e tinha influências da dança indiana. Me encantei pelos movimentos das mãos e, desde então, comecei a praticar a dança indiana também" , disse Carmem.

Carmem conheceu a professora Kamalaksi em um templo de Belo Horizonte com os devotos do movimento Hare Krishna. Ela já viajou para a Índia com a professora para aprender mais sobre a dança e cultura do país. Carmem voltou a morar em Belém com o desejo de apresentrar a dança aos belenenses, tanto que participou de quase todas as atividades ao lado de Kamalaksi. "Resolvi voltar a morar em Belém, porque eu sou nascida e criada aqui. Então tem um ano mais ou menos que eu estou de volta à cidade e achei que ia ser muito bacana poder trazer para Belém uma arte que me encantou tanto, que eu sei que não tem aqui, e acho que é um presente para a cidade", falou.

Por Kalylle Isse.

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A programação especial do Dia de Finados, lembrado nesta quarta-feira (2), começou às 6h no Cemitério de Santo Amaro, Centro do Recife, com a abertura dos portões. A expectativa é que 45 mil visitantes passem pelo local. Entre as atividades realizadas, há a tradicional missa proferida pelo arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido. Em entrevista ao Portal LeiaJá, o religioso falou da importância de homenagear os mortos na data. Confira no vídeo abaixo. 

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Fiéis de todo o estado são esperados, neste sábado (16), para o encerramento da 320ª Festa de Nossa Senhora do Carmo, padroeira do Recife. A data, que homenageia a santa, será festejada pelos católicos com missas, procissão pelas principais vias da capital e shows. Na Basílica do Carmo, oito missas serão celebradas durante o dia, uma a cada hora. Às 10h e às 16h, as cerimônias serão conduzidas, respectivamente, pelo bispo auxiliar, Dom Antônio Tourinho Neto, e pelo arcebispo da Arquidiocese de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido. 

Entre as solenidades, serão realizadas as imposições dos tradicionais escapulários de Nossa Senhora do Carmo. Já às 17h30 acontece o ponto alto da festa, a procissão pelas principais vias do Recife. Milhares de fiéis são aguardados para a caminhada que percorrerá as Avenidas Nossa Senhora do Carmo e Martins de Barros, contornará a Praça da República seguindo pela Rua do Sol e passará pelas Avenidas Guararapes e Dantas Barreto, voltando a Basílica do Carmo. 

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Além das atividades religiosas, o encerramento do dia da padroeira do Recife será com shows do padre Damião Silva e do sanfoneiro Dudu do Acordeom. O início está previsto para às 20h, logo após o fim da procissão. 

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O pai do autor da chacina na boate gay de Orlando expressou sua tristeza pelo fato de o filho ter realizado o ataque afirmando que "cabe a Deus punir os homossexuais".

Em um vídeo publicado no Facebook, Seddique Mateen afirma estar de luto pela chacina que deixou 49 mortos na boate Pulse, mas definiu seu filho de 29 anos, Omar Mateen, como "um homem bom e educado". "Estou profundamente triste e anunciei isso ao povo dos Estados Unidos", afirma Seddique no vídeo de três minutos.

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"Cabe a Deus punir os homossexuais. Não corresponde a seus servos", afirma no vídeo. "Que Deus guie a juventude e permita a ela seguir o verdadeiro Islã", acrescenta Seddique Mateen, usando terno escuro e falando em idioma dari, um dos dois oficiais do Afeganistão, diante de uma bandeira afegã.

Ele afirma estar se dirigindo "ao bom povo do Afeganistão e a todos meus compatriotas" com o objetivo de anunciar a morte de seu filho. "Anuncio aqui a morte de meu filho, é uma notícia triste", destaca.

Ele expressa seu espanto por seu filho ter realizado a chacina durante o mês muçulmano sagrado do Ramadã. "Meu filho Omar Mateen era uma pessoa muito boa. Era casado e pai de um menino. Respeitava sua família. Não sabia que tinha este ódio no coração". Explica que seu filho trabalhava para uma empresa de segurança, onde conseguiu uma arma. "Não entendo. Ele foi a um clube para homossexuais e matou 50 deles", comenta ainda.

Na véspera, no calor dos acontecimentos, ele foi entrevistado e afirmou acreditar que a ação de seu filho foi motivada por seu ódio aos gays, e não por sua religião, muçulmana. "Não teve nada a ver com religião", declarou à rede de TV NBC. Ele também contou que Omar Mateen expressou revolta ao ver um casal gay trocando carinhos recentemente no centro de Miami, e sugeriu que isto pode ter motivado a ação violenta ocorrida na boata.

"Ele viu dois homens se beijando em frente à sua mulher a ao seu filho, e ficou muito irritado", destacou. Seddique é uma espécie de celebridade nos círculos políticos afegãos nos Estados Unidos, e apresenta um programa de TV no qual expressa suas opiniões gerais, às vezes usando traje típico ou então uniformes militares.

No programa "Durand Jirga Show", disponibilizado no YouTube, ele critica o governo paquistanês e anuncia a intenção de disputar a presidência do Afeganistão. Também elogia os talibãs e os chama de "irmãos guerreiros" em um dos vídeos. "Os talibãs são 100% afegãos", afirma.

Mas essa simpatia pelo grupo extremista causa confusão porque ele também critica vários líderes talibãs por suas alegadas ligações com os militares paquistaneses. Fontes no Afeganistão afirmam não saber exatamente quando a família Seddique abandonou o país em conflito.

"Tudo que podemos dizer é que ele (Mateen) é um cidadão americano com origem afegã. Ele vive nos Estados Unidos há décadas, e isso é tudo que sabemos através da imprensa", declarou uma fonte do governo afegão à AFP, sem querer ser identificada. Uma fonte talibã negou, por sua vez, qualquer associação com a família, destacando que Mateen nasceu, viveu e trabalhou sempre nos Estados Unidos.

"Não o consideramos um jihadista", enfatizou. O FBI admitiu que Mateen - que nasceu em Nova York - já havia sido investigado por possíveis vínculos extremistas, mas que não foi considerado perigoso. O Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pela chacina, afirmando que o ato foi desempenhado por "um dos soldados do califado".

O Carnaval foi embora há quase um mês, deixando muitos já na contagem regressiva para a festa no próximo ano. Mas, para outros tantos, uma contagem diferenciada, de 40 dias, se iniciou na Quarta-feira de Cinzas: a Quaresma. Nesta época do ano, para os católicos, é comum a realização de tipos de jejuns, um processo que precisa ser difícil, mas cumprido à risca como forma de evolução do ser humano. 

Os 40 dias que antecedem a Sexta-feira Santa - este ano marcada para 23 de março - são conhecidos entre os cristãos como período da Quaresma. Criado pela igreja católica no século IV, o tempo existe tradicionalmente para incentivar a prática da oração e do jejum de carne após o período carnavalesco. A ação, no entanto, tem sido atualizada pelos fiéis nos últimos anos: redes sociais, músicas, doces e outros costumes, mais modernos, entraram no "cardápio" de privações dos católicos, principalmente os mais jovens.

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O padre Moisés Lima, chanceler da Cúria Arquidiocesana, explicou que “a Quaresma é um retiro de toda a Igreja por quarenta dias, durante os quais ela propõe a seus fiéis o exemplo de Cristo em seu retiro no deserto, período no qual rezava e jejuava. Assim, a Igreja prepara-se para a celebração da Páscoa, propondo a penitência, a purificação e a prática mais intensa da caridade e da oração na vida cristã”.  O padre ainda acrescenta qual a intenção final de adotar algum tipo de abstinência. “O apelo de Jesus à conversão e à penitência não visa primariamente às obras exteriores, os jejuns e as mortificações, mas a conversão do coração, a penitência interior, pois sem ela as obras de penitência são estéreis e enganadoras. A intenção final é a conversão do coração”.

A ingestão de carne, por anos, foi a opção adotada como abstinência de muitos cristãos. No entanto, com o acesso cada vez maior de meios pelos quais as pessoas se tornam mais dependentes, a renúncia mudou de alvo. 

O estudante de gestão da informação Deyverson Santana, de 23 anos, optou por passar os 40 dias longe do Facebook e do Instagram. “Decidi que sairia do Facebook e do Instagram através de um testemunho de um amigo. Ele publicou que desapegaria daquela rede social na Quaresma e aquilo me tocou. Parei, refleti e segui o exemplo”, explicou à reportagem. 

Indagado sobre como estava sendo os primeiros dias longe das páginas, Santana classificou como “muito difíceis”. “Desinstalei os Apps do celular. Tenho muita vontade de usar, mas o propósito com Deus tem sido um fator crucial para eu conter a minha vontade. Espero que a Quaresma contribua para que depois eu use o Facebook, mas não seja tão fissurado nele quanto antes”, declarou.

De acordo com o padre Moisés, “abstinência significa renúncia. Abster-se de carne na Quaresma é uma foram de penitência, mas é possível fazer renúncia de outras ações que nos custam um pouquinho. Há jovens que renunciam nesse tempo o uso de redes sociais, por exemplo. Para uma pessoa habituada a estar conectada sempre, isso vai lhe custar. Contudo, é importante que a ação penitencial externa vá unida à prática da misericórdia. Por exemplo, uma pessoa que escolhe renunciar às redes sociais deve buscar estar mais conectada a Deus na oração, buscar o sacramento da confissão, dar atenção aos pais ou aos avós, visitar uma pessoa enferma ou idosa, mudar de comportamento, entre outras formas”, esclarece. 

Já a administradora Catarina Espírito Santo (foto acima) resolveu se abster de assistir seriados durante os quarenta dias que precedem a Páscoa. “Assistir séries estava me fazendo mal. Passou a ser vício e isso estava me prejudicando. Eu estava dividindo minha atenção aos estudos com o hábito intenso de ver as séries”, explicou a administradora. “Eu usava a desculpa de não estudar para assistir as séries. No caso, os seriados serviam de fuga para a minha falta de vontade em me dedicar aos estudos”, disse Catarina ao contar que em todos os anos ela realiza tanto abstinência como penitência, inclusive fazendo jejum de carne. 

O professor de educação física, Victor Diniz, resolveu, em 2016 fazer abstinência de jogos eletrônicos. O rapaz afirma que costumava dedicar de 1h a 1h30, mas resolveu se afastar dos jogos eletrônicos como Leage of Legends. “Resolvi parar porque esse tempo é um tempo muito perigoso e uma época muito propícia à conversão e passar a olhar mais pra cristo. Afinal a Quaresma é o período que Jesus passou no deserto passando por provações e, neste período nós tentamos acompanhar o sofrimento de cristo. Então a ideia é carregarmos a cruz com a finalidade de obter mudança e ver o que é necessário ou não é pra sua vida”.

Entre as tantas possibilidades de penitência, Victor afirmou que está realizando cerca de quatro abstinências. Nesta lista está incluído também o afastamento músicas. “Resolvi abrir mão de escutar músicas ditas do mundo. No caso, a busca voluntária por essas músicas, o que difere de, caso esteja na rua e tocar, não posso evitar”, detalha.

Pegando o gancho dos quarenta dias de abstinência, a equipe das editorias de Notícias, Tecnologia e Política do Portal LeiaJá também resolveu adotar a medida. Doces, consumo de refrigerantes, ingestão de carne e até mesmo mudanças de ações foram tomadas pelos nossos profissionais durante a Quaresma com a finalidade de desarraigar hábitos que eram julgados como ruins para a vida de cada um. 

O jejum

A Quaresma é um período de abstinências, no entanto, o jejum é uma ação obrigatória em dois dias no ano, pois, nestes dias, a alimentação fica restrita a apenas uma refeição ao dia. “A Igreja, assim como Cristo, insiste principalmente na necessidade da conversão do coração, na penitencia interior. A conversão interior impele à expressão dessa atitude com sinais visíveis, gestos e obras de penitência.  As práticas recomendadas são: oração, caridade e o jejum.  O jejum como tal está previsto como obrigatório em dois dias do ano, a quarta-feira de cinzas e sexta- feira da paixão. O jejum consiste em só realizar uma refeição completa nesses dois dias e as outras duas em quantidade reduzida. É obrigatório nesses dois dias para os católicos maiores de 18 anos e até 60 anos. Fora disso, cada pessoa pode escolher alguma renúncia para poder se unir mais espiritualmente a Cristo, para poder ser mais generoso ou fazer gestos concretos de caridade para com os mais necessitados”.

Com colaboração de Giselly Santos

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Lembrar de quem já partiu e agradecer por quem ainda permanece. Diante das diferentes crenças e incertezas em relação à morte, milhares de pessoas ainda mantêm a tradição milenar de cultuar os mortos. Nesta segunda-feira (2), Dia de Finados, os cemitérios públicos da Região Metropolitana do Recife receberam diversas celebrações ao longo do dia.

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No cemitério de Santo Amaro, o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, conduziu uma missa aos fieis, por volta das 10h30. Muitos acompanharam a fala do presbítero, que exaltou a importância de saber lidar com a ausência dos entes queridos. Senhoras, crianças e jovens levavam nas mãos velas, terços, flores e objetos que, de alguma forma, confortavam a perda. 

Com menos visitantes, mas mesmo assim bem movimentado, o cemitério Parque das Flores, na Zona Oeste do Recife, funcionou normalmente, com vários funerais realizados na data especial. Há 35 anos frequentadora do túmulo do pai no local, Amara Francisca Cavalcanti rezava ao lado do jazigo, sentada num banco de madeira. Ao conversar brevemente com a reportagem, criticou a falta de organização do local.

“Aqui agora está essa imundície. Era uma paz, tudo organizado, agora ninguém cuida direito. Isso é bem triste, venho aqui todo ano e a cada dia está pior. Daqui a dois meses, se você vier aqui, vai ver o mato crescido, sem cuidado”, afirmou Amara. De fato, lápides quebradas eram facilmente visíveis por quem passasse brevemente pelo Parque das Flores.

Para o professor Daniel Cândido, o sentimento de nostalgia também prevalece. Foi em um Dia de Finados que, há alguns anos, ele perdeu um familiar em acidente. Desde então, resguarda-se em prece e reflexões no dia 2 de novembro. Lamenta que a tradição esteja “se perdendo”. “Infelizmente, hoje em dia as religiões e a mídia têm mudado essa tradição. Há uns 10, 15 anos, isso aqui era lotado dia de hoje. Agora está assim”, critica.  

Veja um pouco mais da movimentação no vídeo abaixo:

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O domingo (18), no Recife, será de enaltecimento ao viver. Pela nona vez, a Arquidiocese de Olinda e Recife realiza a Caminhada Sim à Vida, a partir das 9h. O evento terá concentração em frente ao Castelinho, na avenida Boa Viagem, zona sul da capital pernambucana. 

Com expectativa de reunir milhares de fiéis das 118 paróquias componentes da Arquidiocese e das dez dioceses do Estado, a passeata terá quatro trios elétricos, guiados por bandas que animarão o público ao longo dos 2 km de percurso. A abertura será realizada pelo arcebispo metropolitano, dom Fernando Saburido. A atividade marca o encerramento da Semana Nacional da Vida. 

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Faixas, lenços brancos e camisas estamparão a fé e o desejo de uma vida com mais respeito aos direitos básicos de cada ser humano. A imagem de Nossa Senhora dos Apóstolos acompanhará a caminhada até o encerramento da marcha, quando haverá uma benção realizada por dom Fernando. 

“A caminhada Sim à Vida é uma oportunidade para destacar a sacralidade do dom maior que Deus nos concedeu. Igreja e Estado devem lugar para que ela seja respeitada em qualquer circunstância”, afirmou o arcebispo. Para a realização do evento, alguns bloqueios serão realizados pela Companhia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU), a fim de garantir uma mobilidade tranquila para os participantes.

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Os festejos juninos estão chegando ao fim, mas a devoção se fez presente no dia de São Pedro, celebrado nesta segunda-feira (29). A comunidade de Brasília Teimosa promove há mais de 50 anos a Procissão Marítima de São Pedro, organizada pela Colônia de Pescadores Z1, em parceria com os moradores da localidade. 

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O cortejo foi acompanhado por dezenas de pessoas, que partiram da Colônia até o porto de Brasília Teimosa, onde a imagem de São Pedro embarcou rumo ao desfile pela Bacia do Pina. Alguns fiéis acompanharam o circuito dentro da própria embarcação, que levou consigo o andor de São Pedro, como dona Maria José da Silva Santos. Aos 82 anos e com dificuldades de locomoção, a aposentada faz questão de seguir a procissão de do seu santo protetor. “Já perdi as contas de quantos anos participo da procissão e assim vou fazer pelo resto da minha vida. É uma forma de agradecer ao nosso santo protetor, que olha por nós durante todo ano”. 

O seminarista Humberto Ferreira Castelo Branco integra a organização da procissão. De acordo como o aspirante a padre, a iniciativa reflete a devoção da comunidade e renova a fé dos que acreditam no catolicismo. “É um retiro espiritual de todos que moram em Brasília Teimosa. É um momento especial para que possamos revigorar a fé. Aqui eles agradecem e renovam seus pedidos, mantendo acesa a luz de Deus em nossos corações”. 

Por volta das 16h, o andor de São Pedro já era esperado por dezenas de pessoas no Porto de Brasília Teimosa. Religiosos e moradores do bairro aguardavam  o retorno da procissão marítima, para a conclusão do cortejo. “Ele é o nosso Chaveirinho, nosso protetor, padroeiro das causas da comunidade. Se durante todos os anos recorremos a ele, no dia de São Pedro precisamos agradecer tudo o que ele faz por nós, por menor que seja”, afirmou dona Josefa Maria da Conceição (75 anos). Questionada sobre a mais recente graça alcançada, a aposentada comenta: “Hoje mesmo perdi minha carteira em casa, procurei por todos os lugares e nada. Bastou pedir com fé a São Pedro, que ela apareceu. Esse santo é danado”, brincou. 

O cortejo seguiu pela orla de Brasília Teimosa, seguido pela comunidade que a todo o momento entoavam hinos sacros. De acordo com o presidente da Colônia Z1 Augusto Lima, cerca de 300 pessoas participaram da ação, que tem grande representação  para os pescadores. “ São Pedro é o nosso padroeiro. Sempre que os pescadores entram e saem do mar é a ele e a Deus que eles agradecem. Ele sempre vai estar olhando por nós e pela nossa causa”.   

Apesar da Procissão de São Pedro ser um evento tradicional, com mais de 50 anos de existência, o presidente da Colônia Z1 lamenta a falta de ‘comprometimento’ da Prefeitura do Recife com a manifestação religiosa. Segundo seu Augusto, o único apoio que a prefeitura deu ao evento foi ceder o carro de som e algumas flores para o andor. A principal critica do presidente é que a Procissão de São Pedro não integra o calendário oficial de manifestações culturais durante os festejos juninos. “É um ato cultural tradicional, mas que o poder público se faz omisso. A prefeitura engrandece shows com artistas de fora, gastam um dinheirão, mas não fazem praticamente nada por um evento realmente cultural. Eles deveriam ao menos inserir o evento no calendário da cultura. Mas para eles somos seres inexistentes, no âmbito da cultura”. 

De acordo com a direção da Colônia Z1, cerca de 300 pessoas acompanharam o cortejo por terra e 35 embarcações seguiram o trajeto marítimo. A procissão encerrou por volta das 17h, quando a imagem de São Pedro retornou ao seu lugar, que é a capelinha instalada na sede da Colônia Z1. 

Além da procissão, o dia de São Pedro será celebrado com show em Brasília Teimosa. No palco montado pela Prefeitura do Recife na comunidade, se apresentam o homenageado do São João do Recife, Genival Lacerda, Novinho da Paraíba e Michelle Melo.

Fé e devoção para celebrar os santos do mês de junho: Santo Antônio, São João e São Pedro. A Igreja do Morro da Conceição, na Zona Norte do Recife, vai promover no próximo domingo (20) uma programação especial em homenagens aos santos juninos. Será realizada uma missa no Pátio da Igreja e em seguida os fieis saem em procissão  pelas ruas de Casa Amarela.  O cortejo segue pela Rua da Harmonia e Estrada do Arraial, rumo ao Sítio da Trindade. 

Organizada pela Prefeitura do Recife, a procissão contará com a participação de quadrilhas juninas e integrantes da Associação dos Bacamarteiros de Pernambuco, além da banda  Vereda Tropical,  que será responsável pela  condução dos hinos sacros. A Forróvioca e o Trio Pé de Serra Forró Luado integram a ação religiosa, mas no Sítio da Trindade os hinos sacros serão substituídos pelo forró, no Arraial Mestre Camarão.

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O respeito à diversidade religiosa também será estimulado durante a procissão, pois haverá uma louvação ao orixá Xangô, que no Candomblé é representado pela figura de São João. A iniciativa caracteriza respeito às diversidades e de sincretismo religioso.

A peregrinação religiosa é tema da exposição Ultreia – Viajantes, caminhantes, peregrinos, do artista plástico Fernando Alves. A mostra está exposta no restaurante Maison do Bonfim, localizado no Sítio Histórico de Olinda.

O acervo é composto de 38 peças, que refletem a religiosidade através de imagens que transmitem personagens em romarias e festejos religiosos do Brasil e Europa.

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“Fiz a maioria em viagens pelo Brasil e Europa, nos últimos cinco anos. Parava em uma cafeteria e, com a sobra do café, fazia as manchas com o líquido sobre o papel. Venho pintando esse tema há muito tempo e até me surpreendi com a quantidade de trabalhos”, comenta o autor.

A exposição Ultreia – Viajantes, caminhantes, peregrinos ficará em cartaz sempre de terça a domingo, até o dia 30 de junho. Os horários são diferenciados: Terça e quarta (12 às 16h); quinta a sábado (12h às 16h e 18h à 1h); domingo (12h às 18h).

Serviço

Exposição Ultreia – Viajantes, caminhantes, peregrinos

Terça a Domingo

Restaurante Maison do Bonfim (Rua do Bonfim, 115 - Carmo, Olinda)

Gratuito

Tem início na próxima segunda-feira (29) a 351ª edição da festa de Santo Cristo, em Ipojuca. O evento será realizado em três dias consecutivos e para animar a festa, diversas atrações regionais e nacionais se apresentam no palco  que será armado na Praça Getúlio Vargas. A expectativa da Secretaria de Cultura do município é que aproximadamente 80 mil pessoas compareçam aos três dias de festividade, sendo 40 mil apenas no último dia.

O evento é gratuito e entre as atrações musicais que se apresentam, estão Dede Baladeiro, as bandas de Forró Cavalo de Aço e as Coleguinhas, o grupo Sir. Rossi, projeto paralelo do músico Silvério Pessoa que toca músicas de Reginaldo Rossi, além do cantor Pablo, conhecido como a voz romântica, um dos criadores do gênero musical arrocha.

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Ao todo, serão cerca de 60 comerciantes ambulantes que irão trabalhar na Festa de Santo Cristo durante os shows musicais. Os profissionais foram capacitados pela Prefeitura de Ipojuca e receberam orientações sobre os procedimentos para o uso dos isopores, tendas e barracas.

Convento Santo Cristo - Fundado em 1606 pelo frei Leonardo de Jesus, na época Ministro Provincial da Custódia Franciscana, considerado um dos mais antigos do Brasil, o convento de Santo Cristo abriga os restos mortais do primeiro franciscano que viveu no país, frei Gaspar de Santo Antonio, falecido em 1635.

História - A imagem de Santo Cristo, razão de ser das comemorações, é uma das três únicas existentes no mundo, já que em Portugal, imagens semelhantes (o Cristo com os braços levantados para cima) eram proibidas e foram todas destruídas. A existente no Convento de Santo Cristo, no Ipojuca-sede, foi salva em terras lusas e enviada ao município.

Programação

(29)

20h - Sir. Rossi

21h30 - Forró do Amasso

23h - O Forró das Balas

(30)

21h - Cavalo de Aço

23h - As Coleguinhas

(01)

20h - Dede Baladeiro

21h30 - Don Juan

23h - Pablo

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Na cabeça, um tijolo equilibrado. Nas pernas, a disposição de quem acredita no poder da fé como ação transformadora. Já era noite quando Kátia Valéria da Paixão Silva subia o Morro da Conceição, no Recife, neste domingo (8), para agradecer a Nossa Senhora da Imaculada Conceição. Conseguiu tudo que pediu à Santa: uma casa (por isso o simbólico tijolo), saúde após ter tido uma paralisia facial e a volta para casa da filha que estava em Belo Horizonte.

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“Só vou parar de vir agradecer quando morrer”, resumiu a fiel de poucas palavras, emocionada. Era mais um dos milhares de cristãos que acompanharam a procissão de encerramento da 110ª Festa do Morro da Conceição. Com algum atraso, o andor com a imagem de Nossa Senhora chegou ao alto do bairro por volta das 19h30. Ao redor, uma multidão de cabeças de olhos fechados e braços estirados para cima, em orações, agradecimentos e pedidos.

Fiéis renovam energia e esperança no Morro da Conceição

Aos 79 anos, a paraibana Dionísia Cardoso não deixou a tradição perecer. Todo ano, sai de Guarabira, no Estado vizinho a Pernambuco, e vem visitar a imagem. “Gosto muito de Nossa Senhora e, por eu ter alcançado muitas graças, venho sempre agradecer. Mas venho para a missa e a procissão, porque velho não vem pra festa”, brincou Dionísia ao revelar que já faz aproximadamente meio século que participa da celebração.

'Mercado da esmola' divide opiniões da Festa do Morro

Entre as mensagens e cânticos proferidos pelo arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, e pelo pároco da Basílica do Morro, padre José Roberto França, a multidão brotar das apertadas ruas do local. Vestida com um manto azul, a autônoma Margarida Eva dos Santos esperava a quantidade de gente diminuir para cumprir a promessa. 

“Vou lá, aos pés dela, entregar o manto. Tive um fungo no dedo do pé, há uns quatro anos, e médico nenhum resolveu. Pedi à Nossa Senhora e estou aqui, curada”, diz ela ao afirmar que veio desde o Forte do Brum, ponto inicial da procissão: “Não dá cansaço, é tudo Nossa Senhora quem faz”.

Restauro da imagem de Nossa Senhora da Conceição custará R$ 1,5 milhão

A Festa do Morro encerra assim sua 110ª edição, com as homenagens à Nossa Senhora da Imaculada Conceição em uma tradição centenária pelas ruas da capital pernambucana.

Mantendo a tradição centenária, milhares de fiéis se aglomeraram pelas ruas do Morro da Conceição, neste domingo (7), para celebrar a Festa de Nossa Senhora da Imaculada Conceição. Crianças, grávidas e pessoas de maior idade se juntaram numa das mais tradicionais festividades religiosas do país. Apesar de o ápice da festa acontecer nesta segunda (8), na procissão de encerramento, muita gente preferiu visitar a imagem da santa um dia antes.

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A operadora de telemarketing Amanda Santos desde o nascimento do filho de dois anos traz a criança para cumprir a promessa feita nos primeiros dias de vida do pequeno. “Ele nasceu com problema de saúde, dificuldade respiratória, chegou até a precisar ser reanimado. Até os três anos, virei com ele para agradecer à Nossa Senhora”, disse Amanda com o filho, vestido de anjo, nos braços.

No local destinado à colocação das velas pelos fiéis, a estudante Maria Núbia dos Santos passou alguns minutos de olhos e mãos fechadas, em prece. Comentou que não fez promessa alguma; vem só agradecer. “Todo ano venho, só para agradecer. Esse ano vim pedir pela saúde do meu filho. Ele não está com nenhum problema, só venho pedir para continuar tudo bem”, explicou.

Na basílica de Nossa Senhora da Conceição, pouco espaço para quem desejava acompanhar as missas durante o domingo. Do lado de fora, no final da tarde, cadeiras já eram postas para garantir o lugar, em frente ao palco, onde acontecem as apresentações musicais.

De acordo com os visitantes, é neste momento de maior aglomeração na parte externa que acontecem alguns furtos. De acordo com o posto policial do Morro, até por volta das 18h, nenhuma ocorrência havia sido registrada até então.

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“O gesto do povo simples é o que me faz querer lutar ainda mais pelo Brasil”, afirmou o ex-governador Eduardo Campos para o prefeito de São Lourenço da Mata, Ettore Labanca (PSB), após receber o quadro de São Sebastião de um jovem popular, no domingo (10), durante a última agenda dele em Pernambuco, quando comemorava o aniversário de 49 anos. Ao entregar o presente, a pessoa desejou sorte e coragem ao até então candidato à presidência da República. 

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Não se imaginava que ali seria a última passagem dele com vida pelo estado. “Eduardo estava muito entusiasmado com as pesquisas internas. Tinha crescido muito. Ele me disse, depois da missa, ‘não sei quem vai para o segundo turno, se Dilma ou Aécio, mas sei que estarei lá’”, contou Labanca em conversa com o Portal LeiaJá. Católico desde a infância, Campos participou por seis anos consecutivos da missa em honra a São Lourenço Mártir, santo celebrado no dia do nascimento dele. O ato religioso foi celebrado pelo Arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido. 

O deputado estadual Vinicius Labanca (PSB), que também participou da cerimônia religiosa, afirmou ter percebido Eduardo Campos “muito animado naquele dia”. “Conversamos muito pouco, ele abraçava muitos eleitores, todos queriam falar com ele, naquele dia senti ele muito animado”, lembrou. “Ao entrar na van, eu disse ‘vamos ganhar?’ e ele respondeu ‘sim vamos ganhar’. Ele sempre foi muito corajoso, acreditava no sonho dele, era uma pessoa extraordinária”, completou o parlamentar. 

Emocionado, o prefeito e fiel escudeiro de Campos disse ter decretado luto de oito dias no município. “Agora vou aguardar como será o velório e o enterro. Não tive coragem ainda de ir até a casa dele visitar Renata”, disse o prefeito.

A esposa do pernambucano, Renata Campos também foi lembrada pelo pároco da cidade, padre Héctor Miguel Ruiz. O religioso enviou nesta quinta uma carta para ela e a família. “Ninguém podia imaginar que, depois dessa celebração ia acontecer este fatídico evento. Estava feliz conosco e nós com ele. Nunca vamos esquecer o carisma com que ele se relacionou com o nosso povo”, diz o texto, onde o padre também deseja força e fé para os parentes.

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