A situação dos professores da rede privada de ensino de Pernambuco continua indefinida. A categoria se reúne às 15h desta terça-feira (4), com os patrões, na tentativa de atender suas reivindicações. De acordo com os educadores, se novamente não houver avanço nas negociações, os profissionais deflagrarão greve nesta quarta-feira (5), após uma assembleia que será realizada no Centro Social da Soledade, no Recife. O encontro de hoje com o patronato é na sede do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de Pernambuco (Sinepe), no bairro das Graças, área central da capital pernambucana.
Entre as reivindicações dos professores estão manutenção de todos os direitos conquistados, unificação dos pisos em R$ 12 por hora/aula, reajuste salarial em 10%, vale alimentação para todos os profissionais, assinaturas de jornais e revistas para as salas dos educadores, entre outras. “O patronato faz poupança com o dinheiro dos pais dos alunos. Não há como negar que as mensalidades sobem mais que os salários”, critica o coordenador do Sindicato dos Professores de Pernambuco (Sinpro-PE), Jackson Bezerra, conforme informações da assessoria da instituição.
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Segundo estimativa do Sinpro-PE, caso a greve inicie, cerca de 18 mil professores ficarão sem trabalhar, deixando em média 500 mil alunos sem aula. De acordo com presidente do Sinepe, José Ricardo Dias, a expectativa para a reunião de hoje é a melhor possível. “Por meio das negociações, queremos aproximar as distâncias que há entre nós e os professores. Reconhecemos o risco de greve, mas, entendemos que faz parte do processo democrático”, disse Dias.