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O governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) segue mal avaliado por 50% da população, apesar de ter demonstrado uma melhora nesta semana. Uma pesquisa da Modalmais/ApExata realizada entre 11 e 14 de abril e divulgada nesta quinta-feira (14), mostra que 29,1% da população considera o governo ótimo ou bom. 

De acordo com o estudo, mesmo com as crises, o número de pessoas que avaliam negativamente a gestão ficou igual à soma dos que veem de forma positiva ou regular, em 20,9%.

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Declarações de Lula

Ao se contrapor a Bolsonaro, o ex-presidente Lula (PT) deu declarações no que tange a pauta de costumes, sobre a legalização do aborto, além de ter criticado a classe média. Neste cenário, o sentimento dos eleitores dos últimos dias, de acordo com a pesquisa, foi negativo à imagem do petista. 

Os dias mais negativos para sua imagem, que estava conseguindo manter um patamar próximo a 40% de positividade, mas chegou ao final de semana com cerca de 35%. 

Twitter

Lula e Bolsonaro continuam dominando praticamente sozinhos as redes sociais, abarcando 83,8% das menções aos presidenciáveis no Twitter. Sergio Moro e Ciro Gomes ainda conseguem criar uma agenda de influência. 

Nos últimos cinco dias, Bolsonaro foi mencionado por 43,9% da rede, e Lula, por 39,9%. Moro por 7,8%, Ciro com 4,4%, João Doria com 2,9%, Eduardo Leite e Simone Tebet não alcançaram um por cento, tendo, respectivamente, 0,5% e 0,7%. Felipe D’avila não chegou a pontuar.  

Articular com a política e o eleitorado pernambucano tem sido um passo crucial para a trajetória dos que irão encarar o pleito presidencial em 2022. Não somente aos presidenciáveis, Pernambuco possui um pólo de interesse a muitos parlamentares e equipes que desejam integrar chapas e coligações de peso no país. O estado é marcado por um conservadorismo expressivo, mas que é contraposto por alguns dos movimentos de militância da esquerda mais antigos do país e pelo legado da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que marca gerações e divide a população geral. 

Somente no último semestre de 2021, Pernambuco recebeu visitas de três presidenciáveis, todos da  “terceira via”: os governadores Eduardo Leite e João Doria, ambos recebidos pela colega de partido, a prefeita de Caruaru Raquel Lyra, do PSDB, no Porto Digital do Recife; e o ex-juiz Sérgio Moro (Podemos), para lançamento de um livro no Shopping RioMar, também no Recife. Além destes, ministros bolsonaristas compareceram à capital pernambucana para cumprimento de agenda e propaganda do governo de Jair Bolsonaro (PL), como foi o caso de Gilson Machado (Turismo) e Marcelo Queiroga (Saúde). 

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Por concentrar zonas eleitorais de peso e um cenário político marcado por figuras vitoriosas tradicionais, Pernambuco possui uma movimentação bem independente diante do restante do país, o que é aproveitável para quem precisa expandir a própria campanha a fim de garantir uma vitória eleitoral.  

O doutor em Ciência Política pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Pedro Gustavo Soares, explica como as oligarquias pernambucanas cumprem esse papel de atrativo, em um espaço marcado por sobrenomes — Campos, Arraes, Coelho, Lyra — da capital ao Sertão. 

“Quando falamos de oligarquia, falamos de um campo muito bem sedimentado e que é difícil de desmontar. É necessário um jogo político muito grande. O segundo ponto é que estamos falando de algo enraizado em várias esferas da política, e que vai além da política. Uma oligarquia, quando consegue alcançar determinado poder dentro dessas inúmeras circunferências, é porque ela tem uma história pra contar. Ela tem uma herança. Então, nada melhor do que se alinhar a uma hierarquia, uma vez que exista apoio e domínio poder daquela região. Por essa razão, Pernambuco se torna um estado extremamente querido pelos presidenciáveis. Não apenas por eles, pelos partidos também”, afirma Soares. 

O especialista também destaca a chegada da centro-direita, antes muito movida pelos interesses de grupos expressivos no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, a Pernambuco e ao Nordeste, e esclarece que o alinhamento ao conservadorismo é um comportamento padrão desta ala política. 

“Não é porque estamos falando de 2022 e século 21, que todas aquelas questões que desde o início da República são relevantes, vão ser abandonadas. Muito pelo contrário. Quando a gente classifica de 'centro' um perfil político, uma ala da política brasileira, esse centro é histórico. O que a gente percebe é que o centro continua com aquele mesmo comportamento desde quando o Brasil se tornou República. [De tratar] dessas necessidades básicas, que tiram a dignidade do outro. E quando atinge a dignidade, atinge a vida, atinge direitos fundamentais. Essas questões serão fundamentais para a sustentação de um tipo de mobilização política que é feita pelo pelo centro, e que vai continuar”, continua o cientista. 

 Pernambuco pode ser “mural” de realizações políticas 

Além da questão oligárquica, Pernambuco possui outros atrativos no campo do desenvolvimento socioeconômico. Litorâneo, atrai pelo potencial turístico e também logístico, tendo um porto privilegiado geograficamente e útil ao setor industrial. O Recife tem um dos parques tecnológicos mais produtivos do país, o que é o caso do Porto Digital, além das possibilidades para o Sertão, que é alvo de promessas de melhorias que perpassam décadas e que também funciona como palanque eleitoreiro de muitos políticos. 

“Os conglomerados industriais, como as indústrias sediadas em Suape e o estaleiro, a Jeep, o polo médico; no Sertão, a questão da água e a questão agroexportadora, que gira em torno do perímetro de Petrolina; são todos aspectos atraentes para todos os nomes [da disputa eleitoral]. E isso nada mais é do que uma consequência da época do governo Lula. Foram políticas extremamente positivas e preservadas, na época de Eduardo Campos, pelo PSB, porque fez bem, fez com que seus candidatos ganhassem e permanecessem em um palanque político”, diz Soares. 

Governo Lula 

O lulismo ou lulopetismo pode ser considerado o maior obstáculo dos demais pré-candidatos no estado. Não só Pernambuco é a casa do patrono petista, nascido em Caetés, no Agreste, como possui histórico de vitórias com folga nas eleições anteriores. Em 2002, quando foi eleito ao primeiro mandato, o ex-presidente venceu em solo pernambucano com 57.067% dos votos válidos. Em 2006, quando foi reeleito, obteve 78,483% dos votos válidos, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

Para Pedro Soares, não há dúvida de que o protagonismo das eleições de 2022, em Pernambuco, ficará por conta de Lula e Bolsonaro. No entanto, acredita que a má condução da gestão bolsonarista, sobretudo na economia, conduzirá o conservador a um fracasso na região com impacto tão grande quanto o que existiu para adversários anteriores. O cientista não vê a terceira via como um ser crescente no cenário local, apesar de reconhecer que Sérgio Moro poderá fazer barulho. 

“Apesar dos números nos mostrarem hoje que Bolsonaro venceu em algumas cidades do Nordeste, como no Recife, a maldade, ignorância e incompetência dele foi tamanha, que eu acredito que Lula volta agora de maneira avassaladora. Por conta da herança e da articulação com políticos que Lula está adequando, ele fará com que sua herança volte de uma maneira que a incompetência de Bolsonaro não vai ter terreno”, continua o cientista político. Soares acredita também que a terceira via será acusada de ter apoiado a “incompetência” do atual presidente. 

E acrescenta: “Se essa coligação de Lula souber tirar proveito das questões positivas do legado que foi deixado no Nordeste à época e permanece, ou que foi destruído pelo atual governo, creio que eles têm uma chance de vitória enorme”. 

Por fim, o Recife volta a ser abordado pelo cientista. A cidade e autodeclarada “capital do Nordeste” garantiu vitória a Bolsonaro contra o petista Fernando Haddad em 2018, apesar do professor ter vencido no estado. À época, Bolsonaro chegou a 43,14% dos votos válidos, enquanto Haddad somou 30,05%. A vitória do atual presidente também se repetiu em outras cidades importantes da Região Metropolitana, como Olinda e Jaboatão, e no Agreste, em Caruaru. 

“Apesar de Recife ser uma cidade extremamente conservadora, racista e patriarcalista, acredito que a pauta econômica foi tão pesada na última eleição e não foi resolvida, pelo contrário, foi um massacre, um desastre do governo Bolsonaro; que será determinante para que Lula vença com sobra”, finalizou. 

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Líderes do Senado entraram em consenso de que não é possível aprovar o novo Código Eleitoral a tempo de a mudança entrar em vigor no próximo ano. Dessa forma, os senadores devem votar outra medida na sessão desta quarta, 22. Uma proposta de emenda à Constituição (PEC) com novas regras eleitorais está na pauta, mas sem o retorno das coligações proporcionais.

"A maioria do Senado tem a tendência de manter o sistema político atual sem as coligações e com a cláusula de desempenho", disse Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, em coletiva, após reunião com líderes da Casa. Também hoje, o Senado deve aprovar um projeto que altera a regra de distribuição das sobras eleitorais, este sim para entrar em vigor em 2022. A proposta deve mexer significativamente no cálculo das vagas do Legislativo e aumenta o risco para os partidos nanicos.

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Na segunda-feira (27), o Congresso deve analisar o veto do presidente Jair Bolsonaro às federações partidárias. O modelo é apontado como um bote salva-vidas para as legendas pequenas. Ainda não há acordo, porém, para derrubada desse veto. Pacheco não quis adiantar a tendência de votação no Congresso, mas confirmou a sessão para segunda.

Os ex-ministros Ciro Gomes (PDT) e Luiz Henrique Mandetta (DEM) e o governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB) condenaram a retomada das coligações proporcionais aprovada em primeira votação na Câmara. Para eles, a proibição das coligações é uma forma de aprimorar o sistema político brasileiro e reduzir o número de partidos no Congresso Nacional.

Mandetta, Ciro e Leite participaram, anteontem, do segundo debate da série Primárias, realizado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), em parceria com o Estadão.

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Ciro foi o mais enfático. Para o pedetista, a aprovação da volta das coligações proporcionais para a próxima eleição é um "brutal" retrocesso. Para Leite, o veto às coligações deveria ser mantido, assim como o voto distrital misto discutido e aprovado.

O governador, no entanto, evitou tecer críticas à postura adotada pelos parlamentares tucanos na votação. "Só vi o resultado por Estado", disse. Quatro anos depois de ser o principal partido a articular o fim das coligações, na reforma eleitoral aprovada em 2017, o PSDB votou agora em peso pela volta das alianças. Dos 32 nomes da bancada tucana, 21 votaram pela volta das coligações e 11 foram contra. O texto ainda precisa ser votado em segundo turno e analisado pelo Senado.

"O distritão, ficou parecendo, entrou como bode na sala para aprovar a volta das coligações", afirmou Mandetta.

A discussão entre os presidenciáveis Ciro Gomes (PDT), Luiz Henrique Mandetta (DEM) e Eduardo Leite (PSDB) sobre como melhorar a qualidade dos serviços públicos no País e a eficiência do Estado gerou críticas ao modelo de reforma administrativa apresentado pelo governo de Jair Bolsonaro.

No segundo debate da série Primárias, realizado nessa quinta-feira (12), em São Paulo, pelo Centro de Liderança Pública (CLP), em parceria com o Estadão, os pré-candidatos também defenderam a necessidade de um debate sobre a eficiência das atuais políticas na área da segurança pública e o uso de indicadores de saúde baseados na ciência para definir programas prioritários e até mesmo para alocar médicos e definir salários. Em resposta à pergunta inicial do cientista político e presidente do CLP, Luiz Felipe d'Avila, os pré-candidatos desviaram do tema central do encontro e fizeram um desagravo conjunto à democracia brasileira numa semana em que Brasília foi palco de um desfile de tanques e blindados.

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Em relação à reforma administrativa - apesar do reconhecimento de que é necessário estabelecer processos de melhora do serviço público -, os dois pontos mais criticados foram o fim da estabilidade para funcionários (a proposta só a mantém para as carreiras de Estado) e a ampliação do número de cargos (mais de 207 mil) que podem ser preenchidos por indicações políticas. Hoje eles são de competência de servidores concursados.

Ciro questionou a proposta do governo, que classificou como "estupidez", após ser questionado por Leite. "Não creio, francamente, que haja qualquer seriedade numa promessa de qualificação do serviço público brasileiro se nós não levarmos em conta a estrutura econômica do País e essa ferramentaria estúpida que destruiu a condição de produzir e trabalhar do Brasil", disse Ciro. "Eu acho que reforma administrativa deve ser um processo em contínuo aperfeiçoamento, essa que o governo federal está propondo é uma estupidez."

O governador gaúcho defendeu "novas formas de seleção" além do concurso público. Ele destacou que a diversidade deve ser levada em consideração no processo de contratação. "A diversidade do povo brasileiro é uma riqueza que a gente tem. A diversidade de crenças religiosas, de cores, de raças, a iniciativa privada cada vez mais percebe isso - e busca formar equipes diversas. Porque, se você tem um conjunto de homens brancos de meia idade pensando uma determinada solução para o problema, você vai ter uma forma de ver o assunto. Se você tem população negra, LGBT, gente de mais idade, gente jovem, homens, mulheres, pessoas com deficiência. Se você tem uma equipe diversa, a visão é muito mais ampla e criativa."

Ex-ministro da Saúde na atual gestão, Mandetta alertou para o risco de "caça às bruxas". "Relativizar a estabilidade (do servidor público), num governo em que a gente está vendo que escolhe pessoas porque deu like em alguma coisa, porque fez algum comentário na internet, vai ser uma caça às bruxas."

Os participantes defenderam um investimento urgente na digitalização dos serviços públicos e em políticas que levem internet à população mais carente, hoje excluída digitalmente. O uso da tecnologia foi tratado como essencial para que os vários serviços prestados tenham mais qualidade e atinjam cada vez mais cidadãos. Ao ser questionado sobre o tema, Mandetta defendeu o uso de indicadores de saúde baseados na ciência para definir programas prioritários e até mesmo para alocar médicos e definir salários. Ele afirmou, por exemplo, que um médico que aceite trabalhar em locais mais longínquos, como no meio da Amazônia, deve ganhar mais. Mandetta também falou sobre a importância da telemedicina e foi acompanhado pelo governador Eduardo Leite em suas ideias. O tucano ressaltou que concorda que são os dados estatísticos, baseados em resultados, que devem ditar políticas públicas em qualquer área do governo.

Os pré-candidatos afirmaram ser necessário discutir a eficiência das atuais políticas na área da Segurança Pública. Ciro afirmou que o modelo atual de uso do Exército e da Força Nacional de Segurança em apoio aos Estados deve ser "modificado e aperfeiçoado". "Claro que no caso dos motins da PM e casos gravíssima convulsão social é preciso manter a possibilidade de atuação das Forças Armadas. Mas por tudo o que está acontecendo no Brasil é preciso aperfeiçoar os controles e montar estruturas permanentes." Essa estrutura seria o aumento do efetivo da PF e a federalização do combate às facções criminosas, além de tirar do papel o Sistema Único de Segurança Pública. Ciro ainda defendeu rever a prisão por crimes não violentos ligados ao tráfico de drogas e afirmou querer debater penas alternativas.

Leite afirmou que o governo federal não pode atuar na Segurança Pública nos Estados só nos momentos de crises. "É preciso política pública de base e com evidências." Para ele, é essencial a análise de dados para definir prioridades e uso dos recursos. "No Rio Grande do Sul, diminuímos os homicídios em 30% e os roubos de veículos em 70%."

Defesa da democracia

Após pergunta sobre a necessidade de retomar a confiança da população no Estado e nos serviços públicos, os participantes do debate fizeram uma defesa da democracia. Mandetta fez uma declaração sobre seu compromisso com a democracia e foi acompanhado por Ciro Gomes e Eduardo Leite.

Ciro condenou as falas recentes do presidente da República Jair Bolsonaro. "Os entes nacionais estão constantemente sob ataque", pontuou Leite. Os três afirmaram ser possível fugir da polarização e que a escolha, para além de Bolsonaro e Lula, não precisa ser feita agora.

O debate online inédito, ocorrido na noite do sábado (17), entre possíveis candidatos à Presidência da República mostrou, segundo líderes partidários ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, que é possível discutir política com civilidade, mesmo entre representantes de siglas diferentes, e que a busca de uma unidade contra a reeleição do presidente da República, Jair Bolsonaro, em 2022 já começou.

O ex-ministro da Fazenda Ciro Gomes (PDT), os governadores João Doria (SP) e Eduardo Leite (RS) - ambos do PSDB -, o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad (PT) e o apresentador de TV Luciano Huck participaram do painel de encerramento da sétima edição da Brazil Conference at Harvard & MIT, evento organizado pela comunidade de estudantes brasileiros de Boston (EUA), em parceria com o jornal O Estado de S. Paulo.

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Quase sempre unidos em críticas ácidas ao presidente, eles também falaram em "convergência" num projeto de País.

O encontro foi classificado pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, como um "debate político interessante, não necessariamente de candidatos à Presidência". Segundo a deputada federal, a conversa virtual mostrou que "é possível discutir política com civilidade no Brasil, apesar de Bolsonaro".

Representado por Haddad, o PT agora espera ter a chance de lançar o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva em 2022. Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a anulação de todas as condenações do ex-presidente na Lava Jato, tornando-o elegível.

O possível retorno de Lula ao jogo eleitoral, no entanto, não foi tratado pelos participantes do debate, que evitaram mencionar diretamente as eleições.

Único a colocar-se como candidato de forma mais clara, Ciro Gomes teve desempenho elogiado pelo presidente de seu partido, Carlos Lupi. "O encontro foi bastante importante. Vi ali uma demonstração de unidade contra Bolsonaro. E é essa mesmo a hora de unirmos as forças democráticas. Além disso, debates assim também são bons para que se possa comparar o preparo de cada um. Ciro é experiente, competente e tem projeto."

Presidente do MDB, Baleia Rossi não comentou o conteúdo da conversa, mas afirmou que faltaram líderes no debate, como o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) - também cotado como presidenciável . Mandetta participou de painel sobre o SUS.

Já o presidente do PSOL, Juliano Medeiros, afirmou que o Brasil precisa ouvir a posição de cada um sobre os rumos para reconstruir o País. "Mas daqueles que apoiam a agenda econômica de Paulo Guedes e interditaram o impeachment até agora não esperamos nada de bom."

Jogo

Para a deputada federal Carla Zambelli (PSL- SP), aliada de Bolsonaro, o debate evidenciou "um jogo orquestrado para tentar enfraquecer a imagem do presidente com falsas narrativas".

Segundo ela, uma dessas falsas narrativas seria culpar Bolsonaro pelos números da pandemia. "O próprio STF decidiu que as ações seriam administradas pelos governadores e prefeitos. O que eles tentam agora (Doria e Leite) é se eximir, até por causa da CPI", disse.

Em 2020, a Corte definiu que Estados e municípios têm autonomia, mas não isentou a União de agir.

Reunidos virtualmente pela primeira vez para debater os desafios do Brasil, potenciais candidatos ao Palácio do Planalto fizeram no sábado, 17, duras críticas ao presidente da República, Jair Bolsonaro, e à conduta do governo federal na gestão da pandemia e em áreas sensíveis ao desenvolvimento do País, como meio ambiente, relações exteriores e educação. Ciro Gomes (PDT), João Doria (PSDB), Eduardo Leite (PSDB), Fernando Haddad (PT) e Luciano Huck (sem partido) participaram do painel de encerramento da sétima edição da Brazil Conference at Harvard & MIT, evento organizado pela comunidade de estudantes brasileiros de Boston (EUA), em parceria com o jornal O Estado de S. Paulo. Quase sempre unidos em críticas ácidas ao presidente da República, eles também falaram em "convergência" num projeto de País e para derrotar Bolsonaro na eleição de 2022.

Todos destacaram que é preciso "curar as feridas provocadas pela polarização política".

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Em clima de cordialidade, os cinco possíveis candidatos ao Planalto listaram uma série de características do governo Bolsonaro consideradas antidemocráticas, como o enfrentamento às decisões do Judiciário e às tentativas de interferir nas polícias militares estaduais.

O ex-ministro Ciro Gomes afirmou que Bolsonaro tem a intenção de "formar uma milícia militar para resistir, de forma armada, à derrota eleitoral" que ele diz se aproximar.

O governador paulista concordou e completou afirmando que o presidente "flerta permanentemente com o autoritarismo".

Assim como Doria, o ex-prefeito da capital paulista Fernando Haddad também subiu o tom ao classificar o presidente como "genocida" por sua atuação no enfrentamento ao novo coronavírus.

"A pressão sobre o governo tem que se intensificar, sobretudo agora que o STF determinou CPI da Covid (pelo Senado). O Brasil responde hoje por 12% dos óbitos do mundo com cerca de 3% da população. Isso quer dizer que a nossa média é quatro vezes superior ao do resto do planeta. Cerca de 270 mil brasileiros morreram não pelo vírus, mas pela péssima gestão federal", disse Haddad.

A CPI da Covid foi um dos destaques da conversa. O governador gaúcho ressaltou que não teme qualquer investigação relativa aos repasses feitos a seu governo - por pressão do Planalto, o foco das investigações foi ampliado para focar também em governadores e prefeitos.

"Quem tem que temer a CPI são os negacionistas do governo, que compraram cloroquina e não vacina. Erro após erro", completou Doria.

Sem abordar diretamente a corrida eleitoral do ano que vem, nenhum dos debatedores citou a decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal que tornou o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva elegível novamente - e possível candidato em substituição a Haddad. A eventual polarização entre Lula e o Bolsonaro nas eleições tem forçado o chamado "centro político" a buscar mais rapidamente um projeto em comum.

Com exceção do ex-prefeito, os demais participantes do debate já assinaram em conjunto, mês passado, um manifesto em defesa da democracia e contra o autoritarismo. Ciro, Doria, Leite e Huck - além do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta -, são apontados como os nomes possíveis hoje para tentar impedir que a disputa entre o petismo e o bolsonarismo se repita em 2022.

Retrovisor

Durante duas horas, os presidenciáveis defenderam que é preciso resgatar investimentos em ciência, tecnologia e infraestrutura - para a retomada do emprego -, mas dar prioridade, de forma urgente, ao atendimento da população mais pobre.

Números que revelam a fome crescente no Brasil foram destacados especialmente por Ciro, Haddad e Doria, que também combinaram nas falas relativas à importância de se ter experiência de gestão para colocar projetos em prática, em uma espécie de resposta a Huck.

O apresentador afirmou que "não se pode olhar para o passado" para planejar o futuro. "Brasil precisa de um projeto, e isso é claro. Só estou enxergando narrativas pelo retrovisor, vendo dificuldade de se olhar para frente. Não acho que seja bom, não adianta pensar com a cabeça do século passado e perder as oportunidades que vêm pela frente. Temos que deixar de lado nossas vaidades e entender que, mesmo com o enorme potencial, o Brasil não deu certo", disse.

Huck ainda ressaltou que sua participação no debate se dá como representante da sociedade civil e que quer e vai participar do debate político. Para ele, o foco de qualquer debate deve ser o das desigualdades sociais.

A fala sobre o "olhar pelo retrovisor, foi rebatida pelo ex-prefeito de São Paulo. Haddad disse que "olhar para trás é um aprendizado, não é de todo ruim".

Doria também afirmou que "entender o passado pode ajudar a projetar adequadamente os que se fazer no presente".

Já o ex-ministro Ciro Gomes disse que "é preciso, sim, conhecer o passado para que os erros não sejam repetidos".

Ciro foi o único a assumir a intenção de disputar a Presidência. Ao listar suas prioridades, disse que buscará o equilíbrio para se alcançar um "governo musculoso", que mescle investimentos público e privados. Reformas estruturantes também foram destacadas por Leite.

Segundo o tucano, o Brasil se meteu numa "enrascada" por aumentar gastos públicos, gerando desconfiança, recessão e desemprego. "Para retomar a confiança, o País vai ter de mostrar comprometimento com equilíbrio fiscal, a partir de privatizações, reforma administrativa, melhora do ambiente de negócios." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um grupo de seis possíveis candidatos à Presidência da República em 2022 lançou na noite desta quarta-feira, dia 31, um manifesto em defesa da democracia, da Constituição Federal de 1988 e contra o autoritarismo. O texto é assinado tanto por nomes da centro-direita quanto da centro-esquerda.

A manifestação pró-democracia ocorre um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro demitir o ministro da Defesa, o general Fernando Azevedo e Silva; e os comandantes da Marinha, da Aeronáutica e do Exército.

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O texto é assinado pelo ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM); pelo apresentador de TV Luciano Huck; pelos ex-candidatos presidenciais em 2018 Ciro Gomes (PDT) e João Amoêdo (Novo) e pelos governadores tucanos João Doria (SP) e Eduardo Leite (RS). Os seis são vistos como possíveis candidatos em 2022.

"Pessoalmente, assinei por ser um ponto que não podemos abrir mão; nossa liberdade e a democracia. E por ser apartidário e não fulanizado", afirmou Huck ao Estadão.

A confecção da carta foi uma iniciativa de Mandetta, que começou a procurar os demais signatários na noite desta terça-feira, 30.

A reportagem apurou que o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro também foi procurado para aderir ao manifesto, mas alegou impedimentos profissionais para não aderir oficialmente à iniciativa. Após deixar o governo Bolsonaro, no ano passado, ele se tornou sócio-diretor da consultoria americana de gestão de empresas Alvarez & Marsal. Seu nome, porém, continua sendo especulado como alternativa para 2022.

Segundo organizadores do manifesto, por ser uma iniciativa de centro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não chegou a ser procurado, mas nada impede que ele também assine o documento. No início do mês o petista teve suas condenações na Lava Jato anuladas pelo Supremo Tribunal Federal, o que o colocou no páreo da corrida eleitoral do ano que vem.

"Foi uma iniciativa do centro, mas a partir daí a adesão pode ser ampla", disse ACM Neto.

LEIA ABAIXO A ÍNTEGRA DO MANIFESTO

Muitos brasileiros foram às ruas e lutaram pela reconquista da Democracia na década de 1980. O movimento "Diretas Já", uniu diferentes forças políticas no mesmo palanque, possibilitou a eleição de Tancredo Neves para a Presidência da República, a volta das eleições diretas para o Executivo e o Legislativo e promulgação da Constituição Cidadã de 1988. Três décadas depois, a Democracia brasileira é ameaçada.

A conquista do Brasil sonhado por cada um de nós não pode prescindir da Democracia. Ela é nosso legado, nosso chão, nosso farol. Cabe a cada um de nós defendê-la e lutar por seus princípios e valores.

Não há Democracia sem Constituição. Não há liberdade sem justiça. Não há igualdade sem respeito. Não há prosperidade sem solidariedade.

A Democracia é o melhor dos sistemas políticos que a humanidade foi capaz de criar. Liberdade de expressão, respeito aos direitos individuais, justiça para todos, direito ao voto e ao protesto. Tudo isso só acontece em regimes democráticos. Fora da Democracia o que existe é o excesso, o abuso, a transgressão, a intimidação, a ameaça e a submissão arbitrária do indivíduo ao Estado.

Exemplos não faltam para nos mostrar que o autoritarismo pode emergir das sombras, sempre que as sociedades se descuidam e silenciam na defesa dos valores democráticos.

Homens e mulheres desse país que apreciam a LIBERDADE, sejam civis ou militares, independentemente de filiação partidária, cor, religião, gênero e origem, devem estar unidos pela defesa da CONSCIÊNCIA DEMOCRÁTICA. Vamos defender o Brasil.

Os projetos dos principais nomes cotados para disputar a Presidência em 2022 tiveram impacto direto na escolha dos candidatos, montagem das chapas, composição das alianças e definição de estratégias de campanha nas eleições para a Prefeitura de São Paulo.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o governador João Doria (PSDB), o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) influenciaram decisivamente na definição do quadro eleitoral da maior cidade do Brasil sabendo que o resultado do pleito paulistano terá efeitos em 2022.

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Líder nas pesquisas, o deputado Celso Russomanno (Republicanos) só topou disputar pela terceira vez a prefeitura após receber uma sinalização de apoio de Bolsonaro. Depois de duas eleições nas quais despontou na frente, mas não chegou nem sequer ao segundo turno, Russomanno negociava ser vice na chapa do prefeito Bruno Covas (PSDB), que tenta a reeleição, mas mudou de ideia depois de um encontro com Bolsonaro.

No primeiro debate entre os candidatos, realizado pela Band, o candidato se escorou no presidente para tentar viabilizar sua principal promessa, a criação de um auxílio emergencial paulistano nos moldes do programa do governo federal.

Covas, segundo colocado, era vice de Doria, apontado como um dos principais adversários de Bolsonaro em 2022. A escolha do vereador Ricardo Nunes (MDB) para ser seu vice faz parte da estratégia do governador de montar uma aliança com MDB e DEM para a disputa presidencial.

O acordo fechado entre estes partidos pela reeleição de Covas é parte de uma articulação nacional que envolve apoio único à presidência da Câmara dos Deputados e à construção de uma frente ampla contra Bolsonaro em 2022. "Um passo de cada vez. Após as eleições deste ano teremos uma indicação mais clara da força dessa união, que, no plano nacional, integra PSDB, MDB e DEM", disse Doria na convenção tucana.

"A aliança para eleger o Bruno Covas se reproduz na eleição e na sociedade", afirmou Marco Vinholi, presidente do PSDB paulista e aliado de Doria. Em reserva, os tucanos apostam na eleição do prefeito para frear o bolsonarismo na capital e abrir caminho para a construção de aliança em torno de Doria para presidente e Rodrigo Garcia (DEM) para governador.

O vice-governador paulista vai assumir o cargo por pelo menos oito meses caso Doria entre na disputa presidencial. Doria será usado com moderação na campanha de Bruno Covas à reeleição. Os estrategistas do prefeito reconhecem que a imagem do governador está desgastada na capital, mas avaliam, com base em pesquisas qualitativas, que o eleitor paulistano aprecia que Covas tenha uma boa relação com o Palácio dos Bandeirantes.

Para Doria, a vitória de Bruno significaria uma derrota do bolsonarismo "pelo centro" e o isolamento do presidente no maior colégio eleitoral do País.

"Por trás dos dois candidatos mais fortes hoje, de acordo com as pesquisas, estão Bolsonaro e Doria. Bem ou mal Bruno Covas, por mais que tenha se descolado, é identificado com o Doria, foi o vice do Doria que é o principal antagonista do Bolsonaro em São Paulo. Essa lógica está muito forte na eleição municipal",disse o cientista político Carlos Mello, professor do Insper. "Além disso, a questão da pandemia, que é uma questão nacional, também vai aparecer. Sobretudo porque o enfrentamento da covid-19 pressupõe políticas públicas que estão no âmbito do município. Educação, saúde, assistência social, cadastro."

Guilherme Boulos (PSOL), o mais bem colocado entre os nomes da esquerda que disputam a Prefeitura, foi candidato a presidente em 2018. Ele e o PSOL tentam ocupar o espaço deixado pelo PT no campo progressista e um bom desempenho na eleição municipal pode cristalizar esta imagem. Caso chegue ao segundo turno, espera ter o apoio dos demais partidos da esquerda criando condições para uma ampla frente progressista em 2022. Em eventos de campanha ele tem repetido o mantra de que pretende transformar São Paulo na "capital da resistência" e que a "derrota de Bolsonaro começa aqui".

Além disso, Boulos tem sido até aqui o candidato que mais explora temas nacionais na campanha e também usa a disputa municipal para atacar Doria. "Não tem como não abordar questões nacionais em uma eleição que acontece durante um governo como o do Bolsonaro. Nosso foco é total na disputa do município, mas é possível criar um polo de resistência no País no qual a gente possa se colocar contra o Bolsonaro em nível nacional", disse o coordenador da campanha de Boulos, Josué Rocha.

O ex-governador Márcio França (PSB), que disputou o segundo contra Doria em 2018, tem o apoio do PDT de Ciro Gomes. PSB e PDT fecharam alianças em diversas capitais cujo foco é 2022.

Em São Paulo, tanto França como Russomanno têm o potencial de ser um entrave para as ambições presidenciais de Doria, o que ajudaria Bolsonaro. "Penso que o Bolsonaro tenha identificado no Doria o adversário dele para lá na frente. E, sinceramente, acho que ele está certo. Porque ele (Doria) já montou uma engenharia que contém três partidos grandes e que não é para agora, mas para (as eleições de) 2022. DEM, PSDB e MDB. Isso sozinho já dá um tempão de televisão", disse França ao Estadão no evento que selou a aliança entre PSB e Avante, no final de agosto.

"Vamos supor que eles (do PSDB) ganhassem nas 644 cidades (paulistas) do interior, mas perdessem em São Paulo. A leitura brasileira seria que o Doria foi derrotado. Porque São Paulo é tão relevante que, quando você ganha aqui, isso tem repercussão no Brasil", concluiu na ocasião. O vice de França é o pedetista Antonio Neto.

O PT, que governou a cidade três vezes e o País por 15 anos, sofre para fazer decolar a candidatura de Jilmar Tatto a prefeito. Mas a escolha de Tatto também foi influenciada por 2022. Nome mais competitivo do partido, o ex-prefeito Fernando Haddad, segundo colocado na eleição presidencial de 2018, se recusou disputar a Prefeitura de São Paulo. Um dos motivos alegados é que o ex-prefeito deve ser poupado para 2022, quando pode voltar a concorrer à Presidência caso Lula não tenha condições. A decisão contou com o apoio do ex-presidente.

O isolamento do PT em São Paulo e várias outras cidades importantes também é resultado da estratégia de Lula para 2022. Ele orientou o partido a lançar candidatos próprios no maior número possível de municípios com segundo turno, mesmo que isso signifique poucas chances de eleição. Lula quer usar o horário eleitoral na TV para defender o PT e a si mesmo, reduzir o antipetismo resultante da Lava Jato, atacar Bolsonaro e pavimentar o caminho para 2022. Ele e Haddad estão gravando participações nos programas de centenas de candidatos petistas. O ex-prefeito já gravou para mais de 200 deles.

Uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (13), mostra que o ex-presidente Lula (PT) é o único candidato que ameaça a reeleição de Jair Bolsonaro (sem partido) em 2022. Bolsonaro aparece com 31% das intenções de voto contra 28% do petista - o que configura um empate técnico considerando os dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Em um possível segundo turno, Bolsonaro apareceria hoje com 45% contra 40% do ex-presidente. Contra outros possíveis rivais no primeiro turno, Bolsonaro aparece numericamente melhor. A pesquisa eleitoral do Veja/FSB constatou que num possível embate com Fernando Haddad (PT), o atual presidente conseguiria 37 pontos percentuais.

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Haddad oscila negativamente de 15% a 13%, no comparativo com as últimas pesquisas feitas. O petista está tecnicamente empatado com o apresentador Luciano Huck (sem partido), que aparece com 12%, e com o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT), com 11%. A Veja confirma que todos esses ficaram numericamente abaixo da opção "nenhum", que registrou 16%. João Amoêdo (Novo) aparece com 4, o governador de São Paulo João Dória (PSDB), com 3%.

O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, viu a rejeição a seu nome oscilar para baixo em uma semana. De acordo com pesquisa Datafolha divulgada na noite desta quinta-feira, 25, ele foi de 54% para 52%.

Líder na intenção de voto, Jair Bolsonaro (PSL) teve acréscimo de três pontos porcentuais na rejeição, passando de 41% a 44%.

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A certeza do voto dos eleitores declarados de ambos é alta: 94% entre os eleitores de Bolsonaro e 91% entre os de Haddad.

A pesquisa Datafolha foi realizada a pedido da TV Globo e do jornal Folha de S. Paulo. Ela tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Foram entrevistados 9.173 eleitores em 341 municípios entre ontem e hoje. O levantamento foi registrado no TSE com o código BR-05743/2018.

A terceira pesquisa Datafolha do segundo turno da eleição presidencial mostra que as intenções de voto válidos do candidato Jair Bolsonaro (PSL) caíram e as de Fernando Haddad (PT) subiram. O capitão reformado do Exército passou de 59% das intenções de voto válidas para 56% em relação ao levantamento da semana passada, enquanto o petista foi de 41% para 44%.

Considerando os votos totais, Bolsonaro tem 48%, contra 38% de Haddad. Votos em branco e nulos somaram 8% e indecisos, 6%.

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A pesquisa Datafolha foi realizada a pedido da TV Globo e do jornal 'Folha de S. Paulo'. O levantamento tem margem de erro de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos. Foram entrevistados 9.173 eleitores em 341 municípios entre ontem e hoje. O levantamento foi registrado no TSE com o código BR-02460/2018.

A cinco dias da eleição presidencial, o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, tem 57% das intenções de voto, contra 43% de Fernando Haddad (PT), segundo pesquisa Ibope/Estado/TV Globo divulgada nesta terça-feira (23).

Desde o último dia 15, Bolsonaro oscilou dois pontos porcentuais para baixo (tinha 59%), e Haddad oscilou dois para cima (tinha 41%). As duas variações estão dentro da margem de erro. A vantagem do candidato do PSL passou de 18 para 14 pontos porcentuais.

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Os números consideram apenas os votos válidos, ou seja, excluem os nulos, brancos e indecisos. Levando em conta o eleitorado total, a taxa de Bolsonaro passou de 52% para 50%, enquanto a preferência por Haddad se manteve estável em 37%. Há ainda 10% dispostos a anular ou votar em branco, e 3% que não souberam responder.

Na pesquisa espontânea, na qual os eleitores indicam sua opção antes de receber um disco de papel com os nomes dos candidatos, Bolsonaro lidera por 42% a 33%. Na pesquisa anterior, o placar era de 47% a 31% - ou seja, a vantagem caiu de 16 pontos para 9.

No primeiro turno da eleição presidencial, realizado no dia 7, o candidato do PSL ficou à frente do principal adversário por 46% a 29%.

O Ibope ouviu 3.010 eleitores nos dias 21 a 23 de outubro. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos, e o intervalo de confiança é de 95%. Isso significa que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerando a margem de erro. O registro na Justiça Eleitoral foi feito sob o protocolo BR-07272/2018. Os contratantes foram o Estado e a TV Globo.

Pesquisa Ibope/Estado/TV Globo feita apenas com o eleitorado paulista mostra que o candidato Jair Bolsonaro (PSL) tem 63% das intenções de voto em São Paulo, contra 37% para o petista Fernando Haddad.

O cálculo leva em conta apenas os votos válidos, ou seja, não são considerados os nulos, brancos e indecisos. No eleitorado total, Bolsonaro lidera por 55% a 32%. Os indecisos são 2%, e 10% preferem votar nulo ou em branco.

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O Ibope ouviu 1.512 eleitores. A margem de erro estimada é de três pontos porcentuais para mais ou para menos. O nível de confiança utilizado é de 95% - esta é a chance de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, levando em conta a margem de erro. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo sob o protocolo SP-07777/2018 e no Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo BR-BR-07265/2018.

Na pesquisa Ibope/Estado/TV Globo divulgada na segunda-feira, 15, Bolsonaro tinha 59% dos votos válidos em todo o País e Haddad, 41%.

A apenas quatro dias da eleição, o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, aparece com 32% das intenções de voto na mais recente pesquisa Ibope/Estado/TV Globo, seguido por Fernando Haddad (PT) com 23%, Ciro Gomes (PDT), 10%, e Geraldo Alckmin (PSDB), 7%. Marina Silva (Rede) se manteve com 4%.

Em relação à pesquisa anterior, divulgada na segunda-feira, 1, os principais candidatos apenas oscilaram dentro da margem de erro: Bolsonaro e Haddad ganharam um e dois pontos, respectivamente, enquanto Ciro e Alckmin perderam um ponto cada um.

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Em votos válidos, ou seja, sem considerar os brancos e nulos, o placar entre os dois primeiros colocados é de 38% a 28%.

Como a eleição só é decidida no primeiro turno quando um candidato obtém 50% mais um dos votos válidos, os números indicam que haverá segundo turno e que ele será disputado pelos candidatos do PSL e do PT. Nesse caso, o Ibope indica um empate técnico: Haddad com 43% e Bolsonaro com 41%.

Os dois primeiros colocados na disputa também ocupam as mesmas colocações no quesito rejeição: 42% dos eleitores não votariam de jeito nenhum em Bolsonaro, e 37% em seu principal adversário.

O Ibope ouviu 3.010 eleitores, em 209 municípios, entre os dias 1º e 2 de outubro. A margem de erro do levantamento é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos, e o intervalo de confiança é de 95%. Isso significa que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerando a margem de erro. O registro na Justiça Eleitoral foi feito sob o protocolo BR-08245/2018. Os contratantes foram o Estado e a TV Globo.

Mais uma pesquisa do Datafolha foi divulgada na noite desta sexta-feira (28) em relação à intenção de voto na eleição presidencial. A pesquisa ouviu 9 mil eleitores entre quarta-feira (26) e sexta-feira (28).

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O candidato do PSL Jair Bolsonaro manteve a média do último levantamento, com 28% da preferência. O dado forte é em relação a Fernando Haddad; o petista subiu seis pontos percentuais e agora está isolado na segunda posição, com 22%. Em seguida vem Ciro Gomes (11%), Geraldo Alckmin (10%), Marina Silva (5%) e João Amoêdo (3%).

O nível de confiança da pesquisa é de 95%. Há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem a realidade, considerando a margem de erro, que é de 2 pontos, para mais ou para menos. Mais abaixo aparecem Henrique Meirelles (MDB) e Alvaro Dias (Podemos), ambos com 2%. Com 1% estão os candidatos Cabo Daciolo (Patriota), Guilherme Boulos (PSOL) e Vera Lúcia (PSTU).

João Goulart Filho (PPL) e Eymael (DC) não pontuaram. Brancos e nulos corresponderam a 10% dos entrevistados. Aqueles que não souberem ou não quiseram responder foram 5%.

Mal começou o debate entre os candidatos a presidente do Brasil, na noite desta quarta-feira (26) promovido pelo SBT/Folha e Uol, e o primeiro embate já aconteceu entre os presidenciáveis Guilherme Boulos (PSOL) e Geraldo Alckmin (PSDB). O líder do MTST questionou ao tucano onde estava o dinheiro destinado à merenda. 

“Fui professor no seu governo. Faltava giz na sala de aula, papel higiênico nas salas de aula. E cadê o dinheiro da merenda”, perguntou Boulos. O tucano, no primeiro momento, desconversou na resposta afirmando que São Paulo possui as melhores universidades e escolas técnicas do país. 

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Não satisfeito, Boulos disparou contra declarando que Alckmin “é o Sergio Cabral que não está preso”. Na tréplica, subindo mais o tom, o tucano não deixou por menos e questionou o “nível de um candidato” a presidente. E foi além: “Sempre trabalhei, nunca invadi propriedade”. 

O segundo a fazer uma pergunta foi o presidenciável Ciro Gomes (PDT). O pedetista escolheu o candidato Fernando Haddad (PT) para falar sobre propostas para desenvolvimento regional. O petista disse que talvez tenha dos ministros do governo Lula que mais andou pelo país. “Eu levei universidades federais para 126 municípios do país”, garantiu também falando que construiu uma quantidade de creches “extraordinárias”. “Eu rodei o país com o presidente Lula e conheço o Brasil”. 

O economista e ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello (PSC), candidato a vice-presidente em chapa liderada por Álvaro Dias, representou o presidenciável e cumpriu agenda em Recife nesta sexta-feira (21). Ele apresentou e debateu o plano de governo no auditório do Bloco B do Centro Universitário Maurício de Nassau (UNINASSAU), com participação de alunos e convidados.

Dentre as propostas apresentadas, Paulo afirmou que Álvaro tem a intenção de realizar investimentos no Nordeste, alegando que a região tem sido prejudicada na repartição da verba pública. O vice-candidato contou ainda que é à favor do porte de arma e que segurança se faz com investimemento na polícia. Atualmente o candidato Álvaro Dias conta com 3% das intenções de voto, segundo pesquisa relazada pelo Datafolha. Confira os detalhes da visita: 

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O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, afirmou após o debate das emissoras católicas que já imaginava que seria o alvo dos demais candidatos.

No encontro dos presidenciáveis, realizado em parceria com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Haddad foi alvo de questionamentos de Geraldo Alckmin (PSDB) e Alvaro Dias (Podemos) sobre os governos petistas.

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Questionado sobre o leve embate que teve com Ciro Gomes (PDT) durante o debate, Haddad se limitou a dizer que eles são amigos.

Pesquisa Ibope/Estado/TV Globo feita apenas com eleitores paulistas e divulgada nesta quarta-feira, 19, mostra que o candidato do PSL à Presidência nas eleições 2018, Jair Bolsonaro, se isolou na liderança da corrida presidencial em São Paulo, com 30% das intenções de voto, tendo crescido sete pontos porcentuais em relação ao levantamento anterior, divulgado no dia 10. O petista Fernando Haddad subiu seis pontos e, com 13%, ficou com a mesma taxa do tucano Geraldo Alckmin, que caiu cinco pontos.

Ciro Gomes (PDT) oscilou para baixo, de 11% para 8%, assim como Marina Silva (Rede), de 8% para 6%.

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Os movimentos de ascensão de Bolsonaro e Haddad, e de enfraquecimento dos adversários, já haviam sido captados pela pesquisa nacional do Ibope, divulgada na terça-feira, 18.

No levantamento anterior em São Paulo, Bolsonaro e Alckmin estavam empatados tecnicamente, quase no limite da margem de erro (23% a 18%), que é de três pontos porcentuais. Agora, o candidato do PSL abriu 17 pontos de vantagem sobre o tucano.

Haddad e Ciro também estão empatados no limite da margem - o petista pode ter 10%, no mínimo, e o pedetista, 11%, no máximo. Mas a linha de tendência favorece Haddad, que quase dobrou sua taxa de intenção de votos em pouco mais de uma semana.

A pesquisa foi realizada entre os dias 16 a 18 de setembro. Foram entrevistados 1512 votantes. A margem de erro máxima é de três pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerando a margem de erro. O registro no Tribunal Superior Eleitoral foi feito sob o protocolo BR-01526/2018.

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