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O policial militar com problemas psiquiátricos que subiu em uma torre de sinalização do Aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital paulista, continuava internado no Hospital São Paulo por volta das 12 horas desta sábado, sem previsão de alta. O incidente ocorreu perto das 16h30 desta sexta-feira e provocou a interrupção dos voos do terminal por uma hora e meia e a interdição da Avenida Washington Luiz.

O PM, que não teve a identidade revelada, foi socorrido duas horas e meia depois de subir na torre pelos bombeiros. No aeroporto, o movimento de aterrissagem foi suspenso às 17h37 e só liberado às 19 horas.

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De acordo com a Infraero, 11 voos foram desviados para os Aeroportos Internacional de São Paulo, em Guarulhos; Viracopos, em Campinas; e Santos Dumont e Tom Jobim, no Rio. Sete voos (3,8%) foram cancelados. Neste sábado, a situação era normal.

A torre onde o PM subiu contém luzes que são usadas à noite e nos dias de chuva para ajudar na orientação dos pilotos. As decolagens, que nesta sexta-feira estavam sendo feitas na cabeceira oposta da pista, não foram afetadas.

O policial militar está lotado no 46.º Batalhão, no Ipiranga, na zona sul. Tem 29 anos, é casado, pai de três filhos e está há 9 anos na corporação, segundo a Polícia Militar. Em nota oficial, a PM diz que ele já teve "várias passagens" por tratamento psiquiátrico e relaciona o incidente ao fato de ele ter sido transferido para atividades internas depois da alta médica.

"Descontente com a decisão, envolveu-se naquela crise, sendo demovido de continuar com aquela atitude por policiais do batalhão da área e do Corpo de Bombeiros", cita o comunicado.

Segundo o boletim de ocorrência registrado na Delegacia do Aeroporto, enquanto estava na torre, o policial chegou a disparar fogos de artifício contra os policiais que tentavam resgatá-lo, sem atingir ninguém. Ainda de acordo com o boletim, ele estava fardado e com uma corda no pescoço.

Com ele, foram apreendidos uma faca, quatro rojões, duas bombas prensadas, um facão e um estilete, entre outros objetos. O caso foi registrado como crime contra a segurança do transporte aéreo, previsto no artigo 261 do Código Penal. A pena prevista varia de 2 a 5 anos de reclusão.

São Paulo, 11/08/2012 - O aniversário de um ano da morte da juíza Patrícia Acioli, executada por policiais em 11 de agosto de 2011, foi lembrado na manhã deste sábado com uma missa celebrada na Catedral Metropolitana do Rio, no centro da capital fluminense. A cerimônia, conduzida pelo elo bispo auxiliar do estado, Dom Edson de Castro Homem, começou às 11h e já foi encerrada.

Conhecida pelo perfil linha-dura contra o crime organizado, Patricia Acioli foi morta com 21 tiros na porta de casa durante a noite. Todos os 11 PMs acusados do crime estão presos preventivamente e já foram pronunciados - isto é, o juiz do caso decidiu mandá-los a júri popular.

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Cinco deles devem ser julgados nos próximos meses e seis recorreram. No mês passado, a Justiça determinou a prorrogação da permanência de dois oficiais no presídio federal de segurança máxima de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, até 9 de dezembro. Os nove praças estão em presídios no Rio.

Na sexta-feira, um ato em Copacabana, zona sul do Rio, também lembrou a morte da magistrada. Um grupo fixou na areia 21 fotografias de balas ensanguentadas, ao lado de um cartaz com a mensagem "21 Tiros na Justiça". (Equipe AE)

São Paulo, 11/08/2012 - Mil e quinhentos policiais militares, incluindo agentes das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), vão reforçar a segurança nas ruas, da noite de sábado até o domingo, para prevenir crimes no Dia dos Pais. As ações vão ser realizadas em bairros mais boêmios, como Pinheiros e Vila Madalena, na zona oeste, e Vila Olímpia, Moema e Itaim, na zona sul. As áreas de shoppings também serão alvo da operação.

O capitão Cleodato Moisés, porta-voz do Comando de Policiamento da Capital (CPC), afirma que essa data festiva pode atrair criminosos e lembra que o período vai coincidir com a saída temporária dos presos que vão passar o Dia dos Pais em casa. Além da Rota, a Força Tática e a Rocam vão ajudar na prevenção de assaltos. As informações são da edição deste sábado do jornal O Estado de S.Paulo.

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O Comando-Geral da Polícia Militar vai criar uma remuneração variável para valorizar seus praças e oficiais. E os PMs que menos se envolverem em ocorrências suspeitas de resistência seguida de morte ganharão pontos para aumentar seus vencimentos. Um índice será feito com base em uma lista de metas ligadas à redução da criminalidade e à produtividade da ação policial relacionada, por exemplo, a apreensão de armas e revistas de suspeitos. Essa será uma das medidas a serem apresentadas pelo comandante-geral da PM, Roberval Ferreira França, para reformar a corporação. No cargo desde o dia 24 de abril, França falou ao jornal O Estado de S.Paulo sobre as estratégias que pretende implementar.

O plano já foi apresentado ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) e ao secretário da Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto. "O governador reagiu da seguinte forma: ‘Meus parabéns, aprovo na totalidade e tem minha liberação para colocar 100% dessas propostas em realidade’", diz o comandante.

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Outra medida importante é a descentralização da Corregedoria, com a criação de 12 escritórios regionais na capital, Grande São Paulo e no interior. A estrutura atual de 800 homens deve permanecer. O comandante diz que pretende ainda mudar as normas internas para tornar mais rápida a punição e a expulsão de policiais envolvidos em crimes.

França diz que a reforma não tem o objetivo de responder à sucessão de notícias negativas na área da Segurança Pública que vieram à tona no período de sua gestão. Entre os principais problemas, houve, em junho, uma sequência de seis PMs executados. Escutas da Polícia Civil identificaram criminosos do Primeiro Comando da Capital (PCC) como os responsáveis. Até ontem, 54 policiais militares já haviam morrido a tiros neste ano. Também cresceram no Estado e na capital as taxas de crime contra o patrimônio e contra a pessoa, como os homicídios.

No fim do mês passado, a morte do publicitário Ricardo Prudente de Aquino, de 42 anos, assassinado por PMs durante uma abordagem, causou uma série de críticas. Movimentos sociais iniciaram coleta de assinaturas pedindo a desmilitarização da corporação, e a Defensoria e o Ministério Público Federal (MPF) ameaçam entrar com ações contra o Comando.

Perfil

Segundo França, a reforma é necessária por causa do tipo de demanda que a população tem dos serviços da polícia. Ele afirma que, no ano passado, entre os 43 milhões de chamados feitos pelo 190, 90% foram pedidos de intervenção social, como partos, mediações de conflitos, problemas de barulhos. Só 10% estavam relacionados a crimes.

França afirma também que pretende reformar a PM para que a corporação seja vista como "um manto protetor". Ele cita a polícia inglesa e a experiência vivida por um primo na Inglaterra como a meta e o modelo. O primo do comandante-geral estava correndo de bicicleta acima da velocidade permitida quando foi parado. Os policiais checaram no rádio se ele era foragido ou se tinha problemas na Justiça. Diante do resultado negativo, perguntaram por que corria. Ele explicou que havia emprestado o blusão para um amigo e corria para não ter hipotermia.

Os policiais colocaram a bicicleta dentro de uma viatura e o levaram para casa. Depois de dez minutos, voltaram a ligar para saber se o risco de hipotermia havia passado. "Esse tipo de postura, que nossa polícia não tem, dá ao cidadão a sensação de segurança. É o que buscamos fazer com a proposta de reforma." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A Polícia Militar vai reforçar a segurança perto de bares e restaurantes de São Paulo no próximo domingo, Dia dos Pais. A ideia é evitar que novos arrastões sejam registrados em estabelecimentos da cidade. Segundo a PM, o esquema especial, que inclui reforço de até 80% no número de soldados, passa a valer na noite de sábado. O alvo serão bares da Vila Madalena e Pinheiros, na zona oeste, e Moema, Itaim-Bibi e Vila Olímpia, zona sul.

Desde sexta-feira, a corporação tem realizado uma sequência de blitze nas ruas para capturar procurados e recuperar veículos roubados. Policiais que normalmente atuam no setor administrativo estão indo para o patrulhamento em busca de criminosos.

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Balanço parcial mostra que, desde o primeiro dia dos bloqueios - com 4 mil homens -, 71 procurados voltaram para a cadeia. Trinta e cinco armas de fogo foram apreendidas. Outros 63 veículos roubados ou furtados foram recuperados.

"O grande objetivo foi mostrar que a polícia está presente, garantir a segurança das pessoas", diz o capitão Cleodato Moisés, porta-voz do Comando de Policiamento da Capital (CPC). Segundo ele, essa estratégia faz com que a ação de criminosos seja evitada. "Eles deixam de agir", afirma. A PM repete a tática adotada no Dia dos Namorados, de reforçar a segurança em datas especiais.

Moisés diz que no domingo a intenção é proporcionar um almoço tranquilo às famílias. "Essas datas sempre são motivo de preocupação e, por isso, policiais da área de cada bairro vão trabalhar com alguns focos."

Moradora da Vila Madalena, a assessora de eventos Patrícia Martins, de 43 anos, afirma que o bairro recebeu mais PMs no fim de semana. "Eu vi muitas viaturas paradas na esquina da Rua Aspicuelta com a Rua Harmonia. Além dos policiais que faziam segurança a pé. Na Fidalga, nunca vi tantos policiais juntos."

Patrícia diz que espera que o aumento do efetivo nas ruas não seja algo pontual. "Quero que seja assim para sempre. Me sinto mais segura. Fico até me perguntando: onde eles estavam até pouco tempo atrás?"

Para David Teixeira de Azevedo, professor de Direito Penal da Universidade de São Paulo (USP), a iniciativa da PM é válida, mas é preciso que as operações sejam mais frequentes. "Por menos crédito que a PM esteja, a presença do poder público na rua traz sensação de segurança", afirma. "Mas, se não fizerem direto, a criminalidade volta."

O diretor executivo da Associação Nacional de Restaurantes (ANR), Alberto Lyra, afirma que, desde que a PM passou a reforçar a patrulha em datas comemorativas - e também em dias normais -, o crime de arrastão "arrefeceu". "Melhorou bastante, e as pessoas estão começando a ir para restaurantes com mais tranquilidade." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Dois supostos confrontos com a Polícia Militar (PM) deixaram um saldo de dois suspeitos mortos e dois presos nesta segunda-feira nos bairros na Vila Formosa e Belenzinho, bairros localizados na zona leste da capital paulista. Ambos os tiroteios serão investigados pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

A primeira suposta troca de tiros ocorreu no meio da tarde na Rua Gonçalves Dias, no Belenzinho. Os irmãos Alan e Alex dos Santos Meira, e o comparsa deles, Igor Paim Maciel, ocupavam um veículo roubado na região patrulhada pelo 8º Batalhão da Polícia Militar, quando foram localizados pela PM.

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Na fuga, segundo a versão relatada pelos policiais no plantão da Central de Flagrantes da 1ª Delegacia Seccional, Igor perdeu o controle do Fox, bateu contra dois carros e capotou o veículo. Ele e Alan se renderam, mas Alex, segundo os policiais, teria atirado e, no revide policial, foi baleado, morrendo no pronto-socorro da Vila Maria.

O segundo suposto confronto foi registrado por volta das 23 horas na Rua Caetano do Amaral, na Vila Cruzeiro, região da Vila Formosa. No momento em que caminhava na mesma rua onde reside e se aproxima de casa, W.C.B. foi abordado por dois homens em uma moto. O garupa, segundo a PM, armado com um revólver calibre 38, desceu e exigiu carteira e outros objetos da vítima.

Naquele mesmo instante, policiais de uma viatura do 19º Batalhão entraram na rua e testemunharam a ação da dupla. Os PMs afirmaram no 69º Distrito Policial, de Teotônio Vilela, que o bandido armado, ao ver os policiais, ainda tentou fazer a vítima de escudo e atirou eles.

O assaltante, não identificado, branco, de aproximadamente 35 anos e de barba rala, foi atingido no revide dos PMs e morreu no pronto-socorro do Jardim Iva. O criminoso que pilotava a moto conseguiu escapar no mesmo veículo.

Oito estudantes foram detidos no início da noite desta sexta-feira, no Alto da Mooca, em São Paulo, acusados de gerar tumulto e cometer atos de vandalismo. Os jovens participavam de um baile funk na Rua Visconde de Souza Fontes, marcado pelo Facebook, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

A Polícia Militar foi informada do evento, que tinha estimativa de receber 8 mil pessoas. A PM revistou os presentes, mas não encontrou nada ilegal. Havia cerca de 400 pessoas no local e a aglomeração interrompia o tráfego na região.

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Segundo a SSP, participantes da festa atiravam objetos nos veículos e tentaram agredir a polícia com pedras e garrafas. Três estabelecimentos da região passarão por perícia para avaliar danos causados durante o tumulto.

Os detidos, dois deles menores de idade, foram encaminhados ao 56.º DP da Vila Alpina e liberados momentos depois.

O soldado da Polícia Militar Adilson Pereira Araújo, do 1º Batalhão (Jardim São Luiz), foi morto a tiros na manhã desta terça-feira no Capão Redondo, zona sul da capital paulista. O PM estava fora de serviço, em seu carro, quando foi abordado por dois homens em uma moto no cruzamento da Avenida Carlos Caldeira com a Estrada de Itapecerica, por volta das 5h40. Os suspeitos dispararam e fugiram em seguida, sem levar nada de Araújo.

Acionada pelo 190 por testemunhas, a PM chegou a socorrer o soldado ao Pronto Socorro do Hospital Municipal de Campo Limpo, mas ele não resistiu aos ferimentos. O caso foi registrado no 89 º DP (Portal do Morumbi).

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O policial militar atropelado por um motorista alcoolizado na madrugada desse sábado (28), na Vila Madalena, Zona Oeste de São Paulo, continua internado em estado grave.

De acordo com a Polícia Militar, o agente Felipe Willian de Oliveira estava de folga e em um ponto de ônibus por volta das 5h de sábado (28), quando foi atropelado. Sem controle, o carro invadiu uma feira livre, na Rua Aspicuelta, onde atingiu outras quatro pessoas.

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O policial foi levado ao Hospital das Clínicas, em Cerqueira César, Zona Sul da capital. Ainda no sábado (28), Oliveira passou por uma cirurgia. A assessoria de imprensa da unidade de saúde informou que ele segue internado em estado grave, sem previsão de alta.

O condutor do carro, que não teve nome divulgado pela polícia, continua detido no 91º Distrito Policial, onde o caso foi registrado.

O Ministério Público Estadual (MPE) investiga a conduta de outros policiais que estiveram no local onde o publicitário Ricardo Prudente de Aquino foi morto por PMs, em Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo, na semana passada.

O promotor Rogério Zagallo, que acompanhou a reconstituição do crime, ocorrida na noite de anteontem (26), disse que imagens de câmeras de monitoramento em poder da Polícia Civil mostram um policial recolhendo cápsulas de balas do chão após os tiros. Mas, segundo o promotor, não é possível saber se quem fez isso era um dos três acusados de matar o publicitário ou um quarto policial, que poderá ser acusado de fraude processual por tentativa de adulterar a cena do crime.

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Se a fraude processual foi cometida por um dos três policiais acusados pelo homicídio, esse será mais um crime a que eles terão de responder.

Liberdade

Os três policiais militares acusados da morte - Gustavo Garcia, Adriano da Silva e Robson Tadeu Paulino - deixaram a prisão ontem (27), após a Justiça Militar conceder a liberdade. Eles deixaram o Presídio Militar Romão Gomes, na Zona Norte, por volta das 20h.

A liberdade foi concedida após pedido do advogado Aryldo de Oliveira de Paula, que defende os três policiais. Ele argumentou que o Tribunal de Justiça Militar não tem competência legal para manter militares presos por praticar homicídio - é uma atribuição exclusiva do Tribunal de Justiça (civil).

Como o desembargador William Campos, do Tribunal de Justiça, já havia concedido anteontem (26) a liberdade para os três acusados, não havia razões legais para manter os três presos. "Com base nesta decisão declinatória de competência, prevalece a decisão da Justiça comum que decidiu o pedido de habeas corpus", informou o Tribunal de Justiça Militar. "Era uma prisão totalmente irregular", disse o advogado. "A liberdade zela pelo cumprimento do Código Processual Penal", argumentou.

Perícia

O promotor Rogério Zagallo não deu declarações sobre a libertação dos três. Ele também não informou se declarações dadas pelo perito Lucivaldo Napoli à TV Globo (de que realmente era possível ver um objeto preto na mão do motorista do carro do publicitário) alteram o processo. O perito deu entrevista anteontem (26), logo depois de a perícia ser concluída.

Como os policiais foram soltos ontem (27), a denúncia contra eles pode demorar até 30 dias para ser apresentada à Justiça pelo Ministério Público. Se eles não tivessem sido libertados, o prazo venceria no começo da próxima semana.

A Promotoria responsável pelo caso devolveu o inquérito do homicídio para a Polícia Civil, que agora deve esperar o resultado dos laudos periciais - incluindo o laudo necroscópico sobre a autoria dos dois disparos que acertaram Aquino na cabeça -, antes de relatar o caso ao MPE.

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo. 

O juiz Márcio Alexandre Pacheco da Silva, da 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, decidiu nesta sexta-feira que os quatro policiais militares acusados de sequestrar e assassinar o menino Juan Moraes Neves, de 11 anos, em junho de 2011, vão a júri popular. A data do julgamento ainda não foi marcada, porque os réus ainda podem recorrer da pronúncia (isto é, da decisão de levá-los ao Tribunal do Júri). Os PMs Edilberto Barros do Nascimento, Isaias Souza do Carmo, Rubens da Silva e Ubirani Soares estão presos desde julho de 2011.

De acordo com a denúncia do Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ), na noite do dia 20 de junho do ano passado, os PMs Isaias e Edilberto atiraram contra as vítimas Igor de Souza Afonso, o menor Juan Moraes Neves, que morreram, e outras duas, que ficaram feridas, na saída de um beco no bairro Danon, em Nova Iguaçu. Ainda segundo o MP-RJ, os policiais Ubirani e Rubens participaram dando "cobertura" à execução do crime. O corpo do menino teria sido deixado por PMs às margens do Rio Botas, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. O corpo foi achado no local dez dias após a operação dos PMs do 20º Batalhão (Mesquita) na comunidade Danon. A autoria da ocultação do cadáver de Juan ainda está sendo investigada em outro inquérito.

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Os quatro PMs foram denunciados à Justiça em setembro de 2011 por dois homicídios duplamente qualificados e duas tentativas de homicídio duplamente qualificado, com as agravantes referentes ao fato de uma das vítimas ser menor de idade e a abuso de poder por parte dos agentes públicos. Eles negam as acusações.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, acredita que não existe ligação entre os assassinatos e a emboscada sofrida por um policial das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) na noite de segunda-feira na mesma região, no Jaçanã. "Não há uma relação, provavelmente, entre um caso e outro. E a polícia já está trabalhando", disse.

Apesar disso, Alckmin admitiu que São Paulo enfrenta "meses difíceis" no que se refere à violência. "Especialmente o mês de junho e agora o mês de julho", afirmou, no dia seguinte à divulgação dos índices de criminalidade.

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Em seguida, o governador comparou a situação do Estado com o restante do País. "Analisando a série histórica, nós vamos verificar que saímos de 35 homicídios por 100 mil habitantes há 10, 11 anos para 10,3 no primeiro semestre deste ano. O Brasil tem 26 homicídios por 100 mil habitantes", enumerou. "Mas claro que não estamos satisfeitos (com o aumento da violência) e, por isso, o trabalho vai aumentar."

De acordo com ele, a polícia está agindo "firme" no combate ao tráfico de drogas. "Até mesmo em cima das chamadas biqueiras, que são a ponta do tráfico. Houve uma reação grande das quadrilhas, do crime."

Sobre erros de policiais durante as suas ações, Alckmin reafirmou que há "tolerância zero" do governo. "Veja que no caso que houve daquele publicitário (Ricardo Prudente Aquino, no Alto de Pinheiros) os policiais foram presos imediatamente. A rapidez foi total."

"Agora, nós temos 97 mil policiais militares, fora os civis e fora a Polícia Científica. Então, pode haver erro? Pode. Pode haver abuso? Pode", continuou Alckmin. "O que não pode ter é nenhum tipo de tolerância. Para isso, nós temos uma Corregedoria muito forte nesse trabalho", afirmou Alckmin. O governador também anunciou que está reforçando o efetivo das forças de segurança do Estado. "Só hoje estamos nomeando 200 delegados."

Já o coronel Roberval Ferreira França, comandante da Polícia Militar de São Paulo, que não tem se pronunciado publicamente sobre os últimos episódios envolvendo a corporação, divulgou ontem em sua página do Facebook uma carta sobre o trabalho da tropa. No texto, o oficial cita que a PM "é uma das mais bem preparadas e ativas polícias do País". Diz ainda que neste ano a corporação teve mais de 50 policiais assassinados "covardemente" e outros 5 mil estão inválidos. O coronel termina o comunicado dizendo que a corporação "não vai se acovardar". As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O procurador da República Matheus Baraldi informou nesta quinta-feira (26), em audiência pública, que vai entrar com ação na 1ª instância da Justiça Federal solicitando o afastamento do comando da PM de São Paulo. Também pedirá ao Ministério Público Federal que acompanhe a situação da criminalidade no Estado pelos próximos 12 meses. "O que chamou a atenção para tomar essa medida foi a violência por mero prazer por parte dos PMs. O governo precisa resolver isso imediatamente", afirmou.

Matheus Baraldi recomendou ainda que familiares de vítimas ou advogados que desejem maior investigação de casos encaminhem ao MPF pedidos de federalização da apuração criminal. "Esse exercício é necessário para mostrar, em um futuro próximo, que a federalização desses casos é necessária", afirmou durante a audiência.

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Outra medida que a ação pretende cobrar na Justiça para garantir a preservação de direitos humanos é a proibição da prisão em flagrante para casos de "desacato à autoridade". "Muita arbitrariedade tem sido cometida pelas autoridades por causa de supostos desacatos", afirma.

A Justiça Militar decretou a prisão temporária de dois policiais militares suspeitos de envolvimento no desaparecimento de dois jovens em Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo. As vítimas foram vistas pela última vez na noite do dia 12, depois de uma abordagem policial em frente a uma escola.

Os Soldados Vauclério Acioly Souza e Ricardo Rodrigues, do 31º Batalhão, estão presos no Presídio Militar Romão Gomes, na zona norte da cidade, onde aguardam o transcorrer das investigações. O batalhão em que atuam é o responsável pela área do Jardim Presidente Dutra, onde Caíque Eduardo de Lima, de 18 anos, e Matias Mateus Vieira do Nascimento, de 19, foram vistos pela última vez. Eles moravam no bairro.

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Em nota, a PM informou que há indícios da participação dos policiais no desaparecimento, porém eles não são conclusivos. "As investigações precisam prosseguir e se aprofundar ainda mais para que possamos realizar afirmações mais precisas e próximas do que realmente ocorreu", informou o comunicado.

O corpo do jovem de 19 anos que foi morto na madrugada da última quinta-feira, 19, após uma perseguição policial foi enterrado na manhã desta sexta-feira, 20, no Cemitério da Filosofia, em Saboó, na baixada santista. A cerimônia aconteceu com a presença de amigos e familiares que homenagearam Bruno Vicente de Govea e Viana vestindo camisetas estampadas com o seu rosto.

Bruno estava em um carro junto com mais cinco amigos, entre eles duas adolescentes, quando aconteceu troca de tiros com agentes da Polícia Militar no Morro São Bento, em Santos. Bruno, Felipe de Sousa Figueira, 20 anos e uma menina de 15 anos, foram baleados. Apenas Bruno, de 19 anos, não resistiu aos ferimentos.

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A versão dos policias é a de que o grupo portava um revólver com o qual iniciaram disparos conta a PM, que reagiu. Já os ocupantes do veículo negam a posse da arma. Segundo o grupo, eles teriam fugido da blitz da polícia porque o condutor do carro, José Luiz Lima da Costa, de 28 anos, não portava a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

O caso foi registrado no 1º Distrito Policial de Santos, mas na manhã desta sexta-feira, passou a ser investigado na Delegacia de Investigação Geral (DIG). Os quatro policiais envolvidos na ação foram presos em flagrante pela Corregedoria da PM e respondem pelo crime de homicídio, no Presídio Militar Romão Gomes, de acordo com nota oficial da companhia.

A perseguição policial a um carro com seis pessoas, no início da madrugada desta quinta-feira, no Morro do São Bento, em Santos (SP), resultou na morte de um jovem de 19 anos e em outros dois feridos: um rapaz de 20 anos e uma adolescente de 15 anos. Por não atenderem a ordem de parada dos policiais, o veículo acabou sendo alvejado com mais de 25 tiros. A morte do jovem Bruno Vicente Gouveia Viana está sendo investigada pelo comando da Polícia Militar (PM), uma vez que os jovens afirmam que não atiraram contra os policiais.

De acordo com o boletim de ocorrência, registrado no 1º Distrito Policial, passava da meia-noite quando a viatura policial em patrulhamento na altura da Lagoa da Saudade, no Morro da Nova Cintra, avistou o carro ocupado pelos jovens. Segundo relato dos policiais, ao avistarem a viatura na pista contrária, os rapazes engataram em marcha à ré, em alta velocidade, como se fugissem da polícia. Eles até teriam ultrapassado sinais vermelhos. Foi nesta ocasião que outra viatura foi acionada para dar apoio.

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Em nova abordagem, já no Morro do São Bento, nova ordem de parada foi dada, mas os jovens não atenderam à determinação policial, quando o carro foi alvejado. Inicialmente foram dois tiros. Como o carro prosseguiu em disparada, os policiais atiraram mais quatro vezes, cada um. Os jovens atingidos estavam no banco traseiro do carro.

Segundo afirmou o condutor de veículo, José Luiz Lima, de 28 anos, ele não parou o veículo porque não possuía carteira de habilitação e o carro, com placa de Praia Grande, havia sido emprestado por um amigo. José Luiz também negou que tivesse atirado na polícia, embora os policiais tenham afirmado que encontraram um revólver calibre 22 e uma arma de brinquedo, no assoalho do carro.

Todos esses fatos estão sendo investigados pelo comando da PM. Os dois soldados que ocupavam a viatura, responsáveis pela primeira abordagem, foram detidos e se encontram no Presídio Romão Gomes, na zona norte da capital paulista. No quartel do 6º Batalhão da PM, em Santos, nenhum comandante quis se pronunciar até o início da noite desta quinta-feira.

Um rapaz de 19 anos morreu e outros dois jovens, entre eles uma adolescente de 15 anos, ficaram feridos após uma tentativa de abordagem da Polícia Militar no Morro da Nova Cintra, em Santos, no litoral paulista, na madrugada desta quinta-feira. A Corregedoria da Polícia Militar autuou os quatro policiais que participaram da ocorrência.

Por volta de 0h30 desta quinta-feira, segundo informações do Boletim de Ocorrência, duas viaturas da Polícia Militar, com quatro agentes no total, tentaram abordar um Gol prata na região do Morro da Nova Cintra. Segundo a polícia, o carro tentou ultrapassar a barreira e começou troca de tiros. Em depoimento, os PMs afirmam que tiros começaram a ser disparados de dentro do carro em direção à barreira policial, que reagiu.

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No tiroteio, Bruno Vicente de Govea e Viana, de 19 anos, que estava no banco de trás do carro, foi atingido e morreu. Outro passageiro, Felipe de Sousa Figueira, de 20 anos, também foi baleado, assim como uma adolescente de 15 anos, que estava sentada no banco da frente.

O condutor do Gol, José Luiz Lima da Costa, de 28 anos, saiu do veículo e se rendeu junto com os demais ocupantes do carro, outra adolescente, de 16 anos, e Aelson Fonseca Borges, de 26. Dentro do veículo foram encontrados um revolver calibre .22, com três projéteis disparados, e uma arma de brinquedo, segundo os policiais que participaram da ação.

A ocorrência foi primeiramente registrada na seccional de plantão, mas nesta manhã foi para o 1º Distrito Policial de Santos, que cobre a área onde os crimes aconteceram. O delegado titular do DP, Alexandre Galante Alencar Aranha, afirma que a Corregedoria da Polícia Militar já tinha autuado os quatro policiais por volta das 14h desta quinta.

"A Corregedoria entendeu que houve irregularidades na ação, mas ainda não tenho os dados das autuações, acredito que eles devem responder por homicídio", diz Aranha.

O delegado conta ainda que, em depoimentos, os ocupantes do carro que não ficaram feridos assumiram terem empreendido fuga da viatura porque o condutor do carro não possuía Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Mas o grupo nega a posse da arma que foi encontrada pela polícia no interior do carro.

Dois assaltantes que roubavam um bar na Saúde, na zona sul da capital paulista, foram mortos pela Polícia Militar na noite de sábado. O grupo, com quatro integrantes, havia recolhido pertences de três clientes e do dono do estabelecimento, na travessa das avenidas Nhandu e Afonso Mariano Fagundes, quando foi pego em flagrante pelos policiais, por volta das 21h20. Os estudantes Sílvio Luiz Fatorelli, de 18 anos, e o menor Alan Lucas Ribeiro, de 17, foram atingidos pelos disparos e, socorridos ao Pronto Socorro do Hospital São Paulo, não resistiram aos ferimentos. Os outros dois membros da quadrilha, Wellington Gonçalves de Sousa, de 19 anos, e um menor de 17 anos, foram presos.

Com os jovens foram encontrados dois revólveres calibre 32 e um calibre 38, todos com a numeração raspada. Também foram apreendidos documentos, R$ 317 em dinheiro, quatro celulares e três relógios de pulso. O caso foi registrado no 16ºDP (Vila Clementino) como roubo, resistência, formação de quadrilha e ato infracional - cometido pelo menor. As investigações serão conduzidas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

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Criminosos armados atacaram, por volta da 1h desta sexta-feira, uma base fixa da Força Tática do 50º Batalhão, segundo a Polícia Militar(PM), localizada no Jardim Herplin, região de Parelheiros, no extremo sul da capital paulista.

Os atiradores, segundo o que informou inicialmente o Centro de Operações da PM, estariam em motos. No revide, um deles foi baleado e encaminhado para o pronto-socorro Balneário São José, onde morreu, afirmaram os policiais da base atacada. Um Fiat Doblò, com queixa de roubo e que também teria participado do ataque, foi localizado pela PM em uma rua próxima, região de mata.

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Policiais militares do Comando de Operações Especiais (COE) e do Grupamento Aéreo (Águia) realizaram buscas na região na tentativa de localizar os demais criminosos. A base, que possui vidros à prova de balas, foi atingida por pelo menos três disparos. Nenhum policial ficou ferido. O caso será registrado no 85º Distrito Policial, do Jardim Mirna.

Sete suspeitos morreram, dois foram detidos e três conseguiram fugir, entre o final da noite de quinta-feira, 12, e as duas primeiras horas desta sexta-feira, 13, em cinco casos de supostos confrontos com a Polícia Militar (PM), quatro deles na capital paulista e um na cidade de Itapevi, região oeste da Grande São Paulo.

Por volta das 23 horas de ontem policiais militares da Força Tática do 18º Batalhão teriam trocado tiros com três homens que ocupavam um Gol roubado, com placa de Caieiras, e bateram o veículo, após serem perseguidos, contra um muro na Rua Chafariz das Marrecas, no Parque de Taipas, na zona norte de São Paulo.

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O veículo, segundo boletim de ocorrência registrado pelos PMs no 72º Distrito Policial, de Vila Penteado, foi localizado pela viatura na Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, onde teve início a perseguição. Os três mortos ainda não foram identificados pela polícia. Com o trio, os policiais apreenderam uma espingarda calibre 12 e duas pistolas, calibres 45 e 380.

No início da madrugada, na Avenida Alfredo Cabral de Oliveira, no Jardim Santa Margarida, região do Jardim Ângela, policiais militares das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (ROTA) revidaram a uma suposta resistência praticada por dois suspeitos que ocupavam um Fiat Punto, placas DZJ 3923, após a dupla ser perseguida e bater o carro contra outro veículo.

Segundo o que os policiais disseram ao delegado Antonio Carlos Miranda, do 47º Distrito Policial, do Capão Redondo, os dois suspeitos, após baterem o carro, desceram atirando contra a equipe policial, que revidou. Um dos suspeitos morreu no pronto-socorro do M' Boi Mirim, o outro fugiu.

Também envolvendo policiais da ROTA, outro tiroteio, desta vez na Avenida Atlântica, na altura do nº 2340, região do Socorro, zona sul de São Paulo, por volta da 1 hora da madrugada desta sexta-feira, a história é muito parecida com a ocorrida na região do Jardim Ângela. Segundo os policiais da ROTA, a equipe desconfiou de dois ocupantes de um Classic e teve início a perseguição, que só terminou após a dupla atingir outro veículo.

Os dois suspeitos também teriam descido do carro atirando contra os policiais. Um dos suspeitos foi baleado e morreu no pronto-socorro Santo Amaro, o outro fugiu. O caso foi registrado no 11º Distrito Policial, de Santo Amaro, pelo delegado Rafael Lourenço Galeto.

Às 2h30 desta madrugada, na esquina da Rua Combatentes do Gueto com a Avenida Giovanni Gronchi, no Morumbi, zona sul da capital, dois suspeitos, ocupando um Renault Clio roubado, foram detidos e um terceiro, no mesmo carro, acabou morrendo numa suposta troca de tiros com policiais da 2ª Companhia do 16º Batalhão. Até as 6 horas, a identificação do trio não havia sido divulgada. Os dados da suposta resistência foram registrados no 34º Distrito Policial, do Morumbi, pelo delegado Lawrence Luiz Ribeiro.

Também nesta madrugada de quinta-feira, 13, em Itapevi, na região oeste da Grande São Paulo, dois ocupantes de uma moto, segundo uma testemunha, teriam assaltado um pedestre. Alertados, policiais militares do 20º Batalhão, em posse dos dados da moto, verificaram que o veículo não era roubado e, por meio do endereço do suposto dono, chegaram à casa dele.

O proprietário afirmou aos policiais que havia vendido a moto e indicou aos policiais a casa do atual dono do veículo. Ao chegarem na casa, localizada na altura do nº 51 da Rua Oscar Pedro Ferreira, no Jardim Santa Cecília, encontraram a moto em frente ao imóvel e cercaram a casa, na qual a dupla havia entrado. Numa suposta troca de tiros, um dos suspeitos, identificado como Carlos Gonçalves da Silva, foi baleado e morreu; o outro conseguiu fugir. A resistência seguida de morte foi registrada no Distrito Policial Central de Itapevi pelo delegado Eron Mauro Alves da Silva.

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