O candidato ao governo de Minas Gerais pelo PSDB, Pimenta da Veiga, minimizou mudanças em sua campanha e disse que agora, efetivamente, as eleições começaram e dentro de alguns dias a campanha estará em patamares "extremamente confortáveis" e tom mais "agressivo". "É primeiro de setembro e metade do eleitorado ainda não se definiu. É uma eleição que está efetivamente começando agora. Nosso alvo é atingir a esse cerca de 40% do eleitorado que ainda não se manifestou por um ou outro candidato", afirmou. "Eleição tem vários patamares. Nós dentro de alguns dias estaremos em um patamar extremamente confortável e em tom agressivo. E todas essas perguntas sobre alterações na campanha e dissidentes perderão sentido."
Conforme adiantado pelo jornal "O Estado de S. Paulo", em reportagens na semana passada, o comitê nacional do PSDB fez uma intervenção na coordenação da campanha de Pimenta, passando ao ex-secretário estadual de Governo Danilo de Castro, principal articulador político de Aécio no Executivo mineiro, a coordenação política da campanha de Pimenta em substituição ao deputado federal Alexandre Silveira (PSD). Andrea Neves, irmã do senador e encarregada da comunicação da campanha nacional, também dedicará mais atenção à disputa local. O PR, que está formalmente coligado com o candidato tucano, liberou seus filiados a subirem no palanque de Fernando Pimentel (PT), que recebeu também apoio de 18 prefeitos da sigla.
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Hoje, após fazer ação de campanha utilizando o metrô como meio de transporte, Pimenta negou, em um primeiro questionamento, as mudanças em sua campanha. "Não há nenhuma mudança. Danilo de Castro já era coordenador político, continua sendo. Alexandre Silveira tem a responsabilidade das demais coordenações, continua exercendo inteiramente sua função, estou vindo de uma reunião com eles", falou. Porém, a um segundo questionamento sobre o assunto, afirmou que não haverá demissão, mas "vamos fazer realocação de pessoas", disse.
Sobre Andrea, Pimenta explicou que, desde o início da campanha ela visita a capital mineira uma vez por semana e que Nárcio Rodrigues continua como coordenador de marketing e comunicação da campanha. "Saindo daqui vou ter uma reunião com ele", informou. "Começou hoje o mês de setembro, que é sempre um mês onde o nosso campo define as eleições, então é hora de ativar as coisas. Nesta semana vamos conversar com prefeitos, vereadores, deputados, para ativar a campanha", disse.
O tucano ressaltou ainda que, desde o começo, Aécio Neves se comprometeu que, em setembro, estaria mais presente em Minas Gerais. "Ele deve estar aqui sempre que o tempo permitir. Esta semana ele virá", adiantou. As informações, ainda não confirmadas, são de que Aécio viria para um evento na quinta-feira, no Minas Tênis Clube. Sobre o PR, Pimenta disse que o partido faz parte da base aliada, mas que desde o começo havia a disposição de apoiar livremente qualquer legenda e que respeita essa posição.
Já com relação ao avanço de Marina Silva nas pesquisas presidenciais e seu efeito na campanha tucana nacional e estadual, Pimenta falou que ainda não dá para mensurar sua influência. "Olha, a cambalhota que a eleição deu, nós ainda não podemos medir exatamente. Então, essa é uma questão que estamos avaliando, que efeito vai ter. É uma constatação, ela cresceu. Vamos ver o efeito que isso vai produzir aqui, mas, por enquanto, ainda é difícil medir", disse.
Metrô e ataques ao PT
O candidato ao governo do Estado voltou a dizer que o metrô da Região Metropolitana de Belo Horizonte é de responsabilidade federal e que o partido e seus candidatos estão mentindo quando comentam o assunto. "O PT é quem tem a responsabilidade, passou 11 anos sem tomar nenhuma providência, fica dizendo coisas disparatadas, desculpas, e não enfrenta a realidade. O homem público pode cometer muitos equívocos, só não pode ser mentiroso", declarou, ressaltando que o governo federal segregou Minas Gerais. "O PT segregou Minas por duas coisas: primeiro, porque eles segregam governadores, sempre fizeram isso. E depois, porque são incompetentes mesmo. Você quer ver? O desenvolvimento nacional, nós estamos com recessão técnica. Isso é coisa de gente competente? O que aconteceu com a Petrobras, isso é coisa de gente competente?", questionou.
Pimenta ainda disse que assumirá definitivamente a expansão do metrô. Se eleito, comprometeu a buscar, qualquer que seja o presidente, os recursos já prometidos pela União e "nunca repassados ao governo do Estado". (Colaborou Marcelo Portela)