As lideranças do PT no Congresso reagiram ao pedido de prisão preventiva de Lula assinado por promotores do Ministério Público de São Paulo (MP-SP). Segundo petistas, o pedido é "irresponsável" e uma "provocação a embates".
Segundo o líder do PT no Senado, Paulo Rocha (PA), o pedido é uma provocação do promotor de Justiça. "Esse mesmo promotor já anunciava antecipadamente este processo de perseguição política na nossa liderança maior. Este promotor quer tocar fogo na nossa nação e no nosso País e nós não vamos cair nisso."
##RECOMENDA##Os parlamentares petistas temem que o pedido de prisão preventiva às vésperas da manifestação pró-impeachment possa acirrar os ânimos da população. "Isso cria uma provocação maior, que é jogar para as ruas os embates que estavam se anunciando", disse Paulo Rocha.
Um dos deputados mais próximos a Lula e um dos vice-líderes do PT na Câmara, Paulo Pimenta (PT) afirmou que a decisão do promotor é "irresponsável". "É um promotor que envergonha o Ministério Público, age de maneira partidária e ideológica às vésperas de uma manifestação para acirrar os ânimos no Brasil", disse.
Para Pimenta, essa provocação não tem qualquer "sustentação jurídica". "O promotor será corresponsável se algo ocorrer no domingo. Está se apostando numa crise institucional no País a exemplo do que as Forças Armadas fizeram no golpe de 64", criticou.
Os petistas pediram serenidade à população e reforçaram que os movimentos sociais de apoio à presidente não devem ir às ruas no próximo domingo.
"Estamos assegurando que nossa militância vá para a rua defender a democracia em favor da paz. A nossa orientação para nossa militância é que dia 13 é a convocação deles. A nossa é dia 18 e dia 31 (de março)", recomendou Paulo Rocha.