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Apesar dos sinais de recuperação da atividade econômica nas últimas semanas, ainda persistem as dúvidas sobre o fôlego do mercado de trabalho, cada vez mais ocupado por atividades informais. É esse cenário pós-covid que será debatido hoje por pesquisadores do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) durante o 3.º Seminário de Análise Conjuntural. O evento, que acontece a cada trimestre e desta vez será feito por meio da internet, é organizado em parceria com o Estadão.

Uma das palestrantes do seminário, a pesquisadora Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro do Ibre/FGV, diz que após o "fundo do poço" em abril e maio a economia começou a reagir a partir do fim do segundo trimestre. E essa recuperação, segundo ela, está sendo mais rápida do que o inicialmente imaginado.

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Nos últimos meses, tem havido um processo de revisões, para cima, das projeções sobre o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. As estimativas ainda apontam para a maior retração anual da história do País, mas já foram piores. A estimativa do Ibre/FGV, que chegou a projetar um tombo de 6,4% no "auge do choque", agora é de uma queda de 5,3%.

"Houve uma atuação sem precedentes da política", afirmou Silvia, referindo-se às medidas adotadas pelo governo para mitigar os efeitos da crise econômica, com destaque para o auxílio emergencial de R$ 600 pago a trabalhadores informais e desempregados.

Por outro lado, há incertezas sobre a continuidade da retomada para além do fim deste ano. As preocupações se voltam para o mercado de trabalho, segundo a pesquisadora do Ibre/FGV. Isso porque a mesma desigualdade que marca o processo de recuperação - com indústria e comércio retomando de forma mais rápida do que serviços e investimentos - atinge os trabalhadores.

As atividades com maior dificuldade de recuperação, como os serviços prestados a famílias, demandam os empregos menos qualificados e são, tradicionalmente, as que empregam a maior parte dos trabalhadores informais. Já os setores que têm puxado a retomada são mais intensivos em tecnologia ou no uso do trabalho remoto. Segundo Silvia, os trabalhadores com escolaridade de 15 anos ou mais praticamente não foram afetados. "A pergunta é: como os informais vão se realocar no mercado de trabalho?", questiona ela.

As inscrições para o seminário, que começa às 10h, poderão ser feitas no site https://evento.fgv.br/iiianaliseconjuntural. Além de Silvia, o evento terá a participação dos economistas da FGV Armando Castelar e José Júlio Senna. A mediação será da jornalista Adriana Fernandes, repórter especial do Estadão.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Compondo a bancada evangélica na Câmara Municipal do Recife, a vereadora Michele Collins (PP) está confiante no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), que inicia a partir de 1º de janeiro de 2019. Em entrevista concedida ao LeiaJá, a parlamentar disse acreditar que o governo Bolsonaro será o melhor para o Brasil. “Será, com certeza. Nós temos grandes perspectivas de um governo que vá unir”, falou com convicção. 

Apesar de todas as polêmicas envolvendo o militar durante esse período de transição de governo, Michele disse que agora o tempo é de estar todo mundo junto. “Todo mundo unido, desmanchar os palanques e se unir todo mundo porque o povo brasileiro merece e a gente tem muito trabalho para fazer juntos”, enfatizou. 

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Defensora do projeto denominado “Escola sem Partido”, umas das principais bandeiras de Bolsonaro na área da educação, Collins já salientou que assuntos como política e religião devem ser tratados de forma “neutra” e argumentou que o papel da família sobre esse temas deve ser “inviolável”.

A vereadora chegou a fazer um discurso no plenário da Câmara parabenizando Jair Bolsonaro pela vitória. Na ocasião, ela pediu que “a mão poderosa de Deus” abençoasse o presidente eleito, bem como toda a equipe escolhida para comandar o Brasil pelos próximos quatro anos. Ainda ressaltou que "quem vai mudar o país é Deus".

Londres terá um futuro tecnológico brilhante após o Brexit colaborando estreitamente com outras cidades europeias, mas o governo deveria se abrir mais à imigração, disse à AFP o prefeito da capital britânica Sadiq Khan.

Em uma entrevista pela London Tech Week, considerada a maior feira tecnológica da Europa, que ocorre até 17 de junho, Khan explicou que Londres deve "colaborar" com outras cidades europeias, embora seu futuro esteja fora da União Europeia.

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Quase três semanas após o presidente francês Emmanuel Macron ter recebido 60 líderes da indústria em uma feira em Paris, inclusive o presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, a London Tech Week atrairá 50 mil participantes.

"Eu amo Paris, amo Berlim, amo Barcelona, amo Frankfurt, outras cidades da Europa", disse o prefeito.

"Não devemos nos ver como concorrentes, sempre competindo. É claro, às vezes competimos, mas devemos colaborar, trabalhando de perto".

- Londres 'aberta ao talento' -

Khan insistiu que Londres continuará a ser um destino acolhedor após o Brexit, para manter sua tradição de atrair de talentos.

"A abertura de Londres será sempre um dos nossos pontos fortes, nossa diversidade, e se você mora na França, na Alemanha, na Polônia, na Itália ou na Espanha e quer desenvolver seu potencial, continuaremos a ser um lugar acolhedor".

Mesmo assim, Khan pediu para relaxar as condições para obter um visto.

"O processo de visto para não-europeus é muito inadequado (...) Mas também precisamos facilitar a chegada de pessoas talentosas da UE a Londres".

Como parte da feira de tecnologia, o governo de Theresa May anunciou na quarta-feira a criação de 1.600 novos empregos e investimentos privados no valor de 2,3 bilhões de libras no setor.

Essas medidas "permitirão que empresas inovadoras invistam em seu futuro e no do Reino Unido, contratando pessoas mais talentosas, expandindo seus negócios e exportando sua experiência em todo o mundo", disse May em um comunicado.

O governo também planeja criar um visto especial para empreendedores de tecnologia.

Segundo o governo conservador de May, as empresas de tecnologia britânicas atraíram investimentos de 7,8 bilhões de dólares no ano passado, mais que os 6 bilhões da Alemanha e da França juntas.

"Londres sempre foi um lugar aberto ao talento. Há mil anos, antes mesmo de a UE existir", disse Khan.

Isso não vai mudar, você pode vir aqui estudar, fazer turismo, trabalhar, investir".

Khan, que apoiou a permanência na UE no referendo de junho de 2016, espera que o país supere as tormentas do Brexit.

O período de transição acordado com Bruxelas, que continuará após a saída da UE, e que será estendido, em princípio, até 2020, poderá ser ampliado ainda mais, segundo Khan.

"A boa notícia é que ainda há um longo caminho a percorrer até o fim do período de transição (...). Nós não vamos cair no vazio em março de 2019, será estendido pelo menos até dezembro de 2020, e talvez mais".

A maioria dos brasileiros espera que o futuro presidente do Brasil seja honesto e não tenha se envolvido em casos de corrupção. Essas foram as prioridades apontadas pelos entrevistados pela pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira - Perspectivas para as eleições de 2018, feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o Ibope, divulgada hoje (13).

Para 87% dos brasileiros é muito importante que o candidato à Presidência da República seja honesto e não minta na campanha. Para 84% é muito importante que nunca tenha se envolvido em casos de corrupção. A pesquisa aponta ainda que 66% preferem votar em um candidato honesto, mesmo que defenda políticas com as quais ele não concorda.

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Para 44% dos entrevistados, o principal foco do novo presidente deve ser em mudança social, com melhoria da saúde, educação, segurança e desigualdade social; para 32% deve ser a moralização administrativa, com combate a corrupção e punição de corruptos; para 21%, o foco deve ser a estabilização da economia, com queda definitiva do custo de vida e do desemprego. Para 1%, nenhum desses ou outros focos; 2% não sabem ou não responderam.

Apesar da maioria não acreditar que o foco deve ser a estabilização da economia, 92% consideram importante ou muito importante que o candidato à Presidência defenda o controle dos gastos públicos. 

Para 89% dos entrevistados o candidato precisa conhecer os problemas do país; para 77%, ter experiência em assuntos econômicos e, para 74%, ter boa formação educacional.

Brasileiros não acreditam em promessas

A maioria dos brasileiros não acredita em promessas de campanha: 75% discordaram totalmente ou em parte da frase "eu acredito nas promessas de campanha dos candidatos".

De acordo com a pesquisa, 44% dos brasileiros estão pessimistas em relação à eleição presidencial de 2018 e 20% estão otimistas; outros 23% não estão otimistas e nem pesimistas; e, 13% nao sabem ou não responderam.

Entre os que estão pessimistas, para 30% deles, o principal motivo é a corrupção, seguido pela falta de confiança nos governantes e candidatos (19%) e pela falta de opção entre os pré-candidatos (16%).

Já os que estão otimistas esperam mudança (32%), têm esperança no voto e na participação popular (19%) ou têm um sentimento de melhorias em geral (11%). 

Deus e família

De acordo com pesquisa, praticamente oito em cada dez brasileiros (79%) concordam totalmente ou em parte que é importante que o candidato a presidente acredite em Deus. Para 29% dos entrevistado, é muito importante que o candidato seja da mesma religião que elas.

Mais da metade (52%) dos brasileiros concorda que prefere candidatos de família pobre. Para 8% é indiferente e 38% discordam em parte ou totalmente. Para 62% dos entrevistados é necessário que o candidato tenha uma família bem estruturada. A característica é a oitava mais valorizada entre as 11 que foram consideradas.

Experiência anterior

Entre os entrevistados, 47% concordam totalmente que é importante que o futuro presidente tenha experiência anterior como prefeito ou governador, 25% concorda em parte, 13% discorda totalmente, 11% discorda em parte, 1% é indiferente e 2% não sabem ou não responderam.

Uma parte dos entrevistados (48%) disse não ter preferência partidária. Entre aqueles que têm preferência ou simpatia por partidos, 19% disseram que preferem o PT. Em seguida, entre os preferidos, estão MDB (7%), PSDB (6%); Psol, DEM, PC do B, PDT, PR, PPS, PSB, PSC, PSD, PTB, PV e Novo, com 1% cada.

A pesquisa foi feita com 2 mil pessoas em 127 municípios entre os dias 7 e 10 de dezembro de 2017. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

As principais bolsas da Europa operam em alta firme na manhã desta segunda-feira, impulsionadas pela recuperação dos mercados americanos na sexta-feira e pela alta dos futuros de Nova York. Às 7h55(de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha alta de 1,48%, aos 374,06 pontos.

O bom humor nos mercados acionários deriva do rali das bolsas de Nova York na última hora da sessão na sexta-feira, após uma semana turbulenta e volátil. Depois de dois dias de forte tombo (segunda e quinta-feira), o clima de negócios ficou mais tranquilo nos Estados Unidos, com analistas afirmando que a correção para baixo dos preços dos ativos, neste momento, pode ter tido uma pausa.

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Neste contexto de mais busca pelo risco, até mesmo as commodities, afetadas recentemente por sinais de aumento de produção, recuperaram terreno durante a sessão asiática. O barril do petróleo WTI superou o nível de US$ 60 e o cobre subiu mais de 2%.

"O foco permanece no sentimento de risco após as grandes quedas dos preços das ações na semana passada", escreveram, em nota, os analistas da equipe de pesquisa do dinamarquês Danske Bank.

Contribui ainda para o otimismo dos mercados europeus nesta manhã a entrevista da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, no final de semana. À TV pública ZDF, a líder disse que os conservadores continuarão a moldar as políticas orçamentárias, mesmo após a saída do partido do Ministério das Finanças.

Assim, a Bolsa de Frankfurt é que mais se destaca entre os ganhos das praças europeias. O índice DAX marcava 12.352,06 pontos (+2,02%) às 7h55.

O índice FTSE 100, de Londres, subia para 7.186,94 pontos (+1,33%). O CAC-40, de Paris, avançava para 5.161,17 pontos (+1,61%). O IBEX-35, de Madri, marcava 9.802,60 pontos (+1,69%). O FTSE-Mib, de Milão, tinha alta a 22.429,73 pontos (+1,19%). O PSI-20, de Lisboa, operava em 5.394,98 pontos (+1,89%).

Na agenda prevista, o único destaque desta segunda-feira em solo europeu são os dados mensais da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), às 9h20 (de Brasília). Nos Estados Unidos, às 14h, a administração de Donald Trump vai divulgar os detalhes do plano de US$ 200 bilhões em investimentos em infraestrutura para os próximos dez anos.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) informou nesta segunda-feira (24), em Kuala Lumpur, que rebaixou as perspectivas de crescimento econômico dos Estados Unidos porque prevê que a política fiscal "não será tão expansiva" como se tinha pensado.

A maior economia do mundo crescerá este ano 2,1% e no ano seguinte 2,1%, menos que 2,3% e 2,5% que os especialistas do FMI calcularam em abril.

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"O crescimento dos Estados Unidos deveria se manter acima da sua taxa de crescimento potencial a longo prazo durante os dois próximos anos, mas reduzimos as perspectivas", disse o diretor de Investigação do FMI, Maurice Obstfeld, durante uma apresentação na Malásia transmitida ao vivo pela internet.

Obstfeld afirmou que o rebaixamento foi aplicado porque "a política fiscal dos EUA parece menos provável que seja tão expansiva como acreditávamos em abril".

"As expectativas do mercado a respeito do estímulo fiscal também se moderaram", sinaliza a atualização elaborada pelo organismo.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles disse nesta terça-feira, 18, que não chegou a avaliar as projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) em relação ao crescimento da economia brasileira. Mas disse que os números estão melhorando. "Não chegamos ainda a fazer uma avaliação dos números do FMI, mas as nossas projeções preveem o último trimestre de 2017 sobre o último trimestre de 2016 em cerca de 2,7% e nós vamos entrar o ano de 2018 crescendo a um ritmo superior a 3%", disse.

Meirelles estava em São Paulo onde participou de seminário do Banco Itaú e ainda na terça embarca para Washington (EUA) para participar de reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e com investidores estrangeiros do setor privado.

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Perguntado sobre o que dirá no exterior caso seja indagado sobre os últimos acontecimentos políticos no Brasil, com nomes de importantes políticos presentes na lista do relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, Meirelles disse que sua mensagem será a de que a despeito dos pedidos de inquéritos contra autoridades políticas, o Brasil está funcionando.

"Minha mensagem é simples. É a de que o País continua a trabalhar. Independente de inquéritos contra congressistas, autoridades e outras pessoas, as pessoas continuam em seus cargos e trabalhando", disse o ministro da Fazenda. Ele acrescentou que não há interrupção ou prejuízo ao ritmo de trabalho.

"Temos um exemplo de hoje em que quase 300 parlamentares estiveram presentes no Palácio da Alvorada para discutir a reforma da Previdência, a apresentação do relatório no cronograma", disse, acrescentando que tem mostrado no exterior que as instituições no Brasil funcionam.

A Bovespa se apoiou em notícias nacionais e internacionais para garantir sua segunda alta consecutiva nesta quinta-feira, 2. O Índice Bovespa terminou o dia em alta de 1,78%, aos 49.887,24 pontos e com R$ 5,8 bilhões em negócios. Uma nova vitória do governo na Câmara se somou a mais dados econômicos melhores que o esperado, o que incentivou as ordens de compra de ações. O cenário internacional também contribuiu, principalmente com a virada do petróleo, que deu maior impulso às ações da Petrobras.

Foi positiva a aprovação, em plenário da Câmara, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prorroga a Desvinculação de Receitas da União (DRU) até 2023. O governo Michel Temer precisava de 308 votos para aprovar a matéria, obtidos com folga: foram 334 votos a favor e 90 contrários. Os investidores não mostraram incômodo com o fato de o governo ter apoiado a aprovação, antes da DRU, de um pacote de aumentos do funcionalismo público, que deve custar R$ 52,9 bilhões até 2018, até porque a "pauta-bomba" já vinha do governo Dilma.

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A produção industrial brasileira, que subiu 0,1% em abril ante março, na série com ajuste sazonal foi a boa notícia do dia em termos de indicadores econômicos. A taxa veio melhor que a mediana esperada pelos analistas ouvidos pelo AE-Projeções, de -0,90%. O dado se somou ao resultado do PIB do primeiro trimestre do ano, divulgado ontem, também melhor que o esperado.

Nesse contexto mais otimista, foi grande a repercussão da notícia de que a Kroton admitiu estar estudando a possibilidade de combinação de negócios com a Estácio, sua concorrente no setor de educação. As duas ações responderam com forte alta: Estácio ON subiu 23,74% e Kroton ON avançou 13,56%, liderando os ganhos do Ibovespa. A possibilidade de união das empresas trouxe otimismo por, em tese, sinalizar um ambiente mais propício à retomada de movimentações corporativas.

O cenário externo foi influência negativa pela manhã, mas trouxe alívio à tarde, com a recuperação do petróleo. Petrobras ON e PN subiram 2,79% e 2,69%, respectivamente. Em dois dias de alta, o Ibovespa contabiliza ganhos de 2,92%.

O dólar fechou o último pregão do ano em alta, numa sessão marcada pelo volume reduzido e pela briga na formação da Ptax, taxa calculada pelo Banco Central que serve de referência para uma série de contratos cambiais. O dólar avançou 1,95% ontem, a R$ 3,9601. No mês, a moeda norte-americana subiu 2,14% e no ano, 48,93%.

Grandes bancos internacionais apostam que o nível de R$ 4 para o dólar veio para ficar. Casas como o Morgan Stanley, HSBC, Barclays e Lloyds Bank dizem que qualquer alívio sobre a taxa de câmbio no Brasil será momentâneo e, assim, o dólar deve passar o novo ano na casa dos R$ 4. Entre os demais emergentes, há elevada expectativa de que o yuan chinês sofra nova desvalorização ao longo dos próximos 12 meses.

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Em meio às incertezas políticas e econômicas e com a firme aposta de que a recessão continuará em 2016, grandes bancos globais não veem espaço para a recuperação da moeda brasileira. "Esperamos que o real continue com desempenho pior que outras divisas emergentes em 2016. A correção já ocorrida foi grande, mas o crescimento continua fraco com apenas um pequeno sinal de ajuste estrutural", dizem os analistas de câmbio do Morgan Stanley. Para a casa, o dólar fechará o primeiro trimestre em R$ 4,20, atingirá a máxima de R$ 4,50 no terceiro trimestre e terminará o ano em R$ 4,45.

O britânico Barclays também parece bem pessimista e cita até a chance de monetização da dívida pública - situação em que o dinheiro novo é emitido para pagar compromissos do governo. "Os prêmios de risco estão prontos para subir mais diante da incerteza política e novas preocupações fiscais. Esperamos que o mercado precifique uma elevada probabilidade de monetização conforme o crescimento continue colapsado e o governo falhe em cortar gastos com a ausência de coesão política", diz o Barclays em análise sobre 2016. Por isso, a casa prevê dólar a R$ 4,20 no fim do primeiro trimestre e a R$ 4,50 no fim de dezembro.

Os analistas do Lloyds Bank são um pouco menos pessimistas. Eles reconhecem que as contas externas começam a reagir à alta do dólar, mas o movimento é insuficiente para virar o jogo. Por isso, o banco nota que as incertezas políticas, a possibilidade de uma política fiscal mais frouxa e os respingos da alta do juro nos Estados Unidos manterão o real enfraquecido. "A depreciação adicional do real é necessária para restaurar a competitividade externa." O Lloyds prevê câmbio acima de R$ 4 em todo o ano, mas com taxa máxima mais comedida, em R$ 4,15, no segundo e terceiro trimestres.

O HSBC também tem cenário um pouco mais ameno e acredita que o dólar deve girar entre R$ 4,10 no primeiro trimestre e R$ 4,20 no decorrer do segundo semestre.

Entre os emergentes, outra moeda que chama atenção é o yuan chinês. Após a inesperada depreciação anunciada por Pequim durante 2015, analistas acreditam que um novo movimento de desvalorização controlada deverá acontecer nos próximos meses diante da desaceleração da segunda maior economia do mundo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério Público Federal estabeleceu que, em 2016, os principais objetivos da Operação Lava Jato serão identificar mais contas no exterior usadas no esquema de corrupção na Petrobrás, fechar o cerco contra empresas estrangeiras envolvidas e triplicar o número de acusações formais contra personagens sob investigação pela força-tarefa.

Até o momento, foram repatriados R$ 659 milhões de contas no exterior, segundo o mais recente balanço da operaçã. Deste total, cerca de US$ 100 milhões só com o ex-gerente da estatal petroleira Pedro Barusco.

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O coordenador da força-tarefa, o procurador da República Deltan Dallagnol, afirmou que os valores ainda são baixos. "Podemos dizer que um número muito pequeno de contas mantidas ilegalmente no exterior por corruptos e corruptores veio ao Brasil", disse. "Tem muita coisa por vir ainda."

A estratégia, segundo a Procuradoria, será ampliar parcerias com órgãos internacionais de investigações. Dallagnol citou como exemplo a bem-sucedida troca de informações com o Ministério Público da Suíça, que encontrou quatro contas no exterior do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

A Lava Jato realizou 86 pedidos de cooperação internacional em 36 países. Desse total, há 77 pedidos de cooperação com 28 nações em vigor. Essas parcerias permitem, por exemplo, o bloqueio de bens dos envolvidos no esquema de corrupção na estatal. No caso de Cunha, foram congelados US$ 2,4 milhões na Suíça.

Além de mirar contas usadas por corruptos e corruptores, o Ministério Público Federal decidiu aprofundar as investigações contra empresas estrangeiras que foram beneficiadas pelo esquema na Petrobrás, como a holandesa SBM. "Vamos para cima das empresas estrangeiras também", comentou Dallagnol.

Acusações - Triplicar o número de acusações formais é outro objetivo da força-tarefa da Lava Jato em 2016. Até agora, 179 pessoas foram acusadas em 36 procedimentos formais, entre outros delitos, por corrupção, crimes contra o sistema financeiro, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

"Quem foi acusado até agora é menos de um terço dos personagens citados. Então, há muitas acusações criminais por vir", ressaltou o procurador. "E ainda há várias pessoas já acusadas que voltarão a sofrer novas acusações por outros crimes."

O coordenador da força-tarefa destacou que o apoio da opinião pública tem sido fundamental para o êxito da Operação Lava Jato. O Ministério Público elaborou uma lista com 10 medidas legislativas que serão apresentadas em um projeto de iniciativa popular no Congresso. A proposta já conta com o apoio de 1,1 milhão de assinaturas - são necessárias 1,5 milhão para apresentar o projeto. "A sociedade está deixando de se vitimizar, passando a ser autora do seu próprio destino", alegou Dallagnol.

'Efeito Marcos Valério' - O interesse da população no caso, segundo ele, é um dos motivos que estimulam acusados a optar por acordos de delação premiada. O outro seria o que ele chamou de "efeito Marcos Valério", lembrando a condenação do operador do mensalão a 40 anos de prisão. "Enquanto ele está preso, a maioria dos políticos envolvidos naquele caso já está solta. Isso tem efeito entre os envolvidos, no caso, que não são políticos."

Diferentemente do que têm dito advogados e juristas críticos à Lava Jato, diz, a maior parte dos acordos foi feita quando os acusados não estavam sob prisão preventiva. "Mais de 70% dos acordos foram feitos com réus que jamais ficaram presos", justificou. "E em 100% dos casos a colaboração foi buscada pelo réu", lembrou. Até agora, foram firmados 40 acordos de delação. "Por meio desses acordos, já conseguimos recuperar mais R$ 2,8 bilhões." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

"Em 2015, a Petrobras mudou muito pouco", avalia o professor do Grupo de Economia da Energia da UFRJ Edmar Almeida. Em sua opinião, as restrições de caixa ainda pesam sobre os investimentos e o ritmo de crescimento da petroleira. E causa inércia na empresa. Ao mesmo tempo, enfrenta dificuldade para pôr em prática o plano de desinvestimento. "A Petrobrás tem o desafio de se redefinir", afirmou o especialista.

A análise de consultores ouvidos pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, é de que o ano de 2016 também não será tranquilo. "O preço médio do petróleo no ano que vem deverá ser muito inferior à cotação já baixa de 2015. Além disso, a inflação no Brasil vem pressionando custos e a empresa ainda deve encontrar um caminho rápido para convencer os investidores de que tem condição de passar a tempestade", avalia Almeida.

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Para o diretor de Óleo e Gás para a América Latina da consultoria IHS, Rodrigo Vaz, 2016 será um ano em "modo de sobrevivência". "A gente projeta um ano ainda de muita volatilidade (do preço do petróleo). Para o fim de 2016, esperamos que a oferta e a demanda voltem a se equilibrar. Até lá, a cotação do barril pode cair mais", disse ele. A estimativa é que o preço do barril volte a subir apenas em 2017 e só em 2020 deve retomar o patamar de US$ 80 por barril.

Por enquanto, a queda do petróleo contribui com as finanças da Petrobrás, segundo o professor do Insper e diretor da consultoria M2M, Eric Barreto. O resultado da área de abastecimento - que inclui produção e venda de combustíveis - está crescendo, com a compra de petróleo a preços baixos e a venda de gasolina e óleo diesel a preços superiores aos praticados no mercado externo. O abastecimento responde por 46% da receita da petroleira.

Pelas contas de Barreto, o câmbio é o principal entrave ao resultado financeiro da companhia, que possui alto endividamento em dólar.

A Petrobrás está sendo prejudicada pelo recuo das exportações, que geram receita em moeda americana. Com a queda da venda e do preço do barril no mercado externo, a receita em dólar dessas operações já não é suficiente para compensar o crescimento da dívida, diz o consultor. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-presidente Lula e o senador Humberto Costa, ambos do PT, tiveram uma conversa reservada esta semana, em Brasília. De acordo com a assessoria de imprensa do senador, o ex-presidente se mostrou animado com as perspectivas políticas e avaliou que a conjuntura atual está mudando em favor do governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Para ele, a crise deve ser vencida a médio prazo.

"Lula tem consciência da seriedade do momento, mas está muito animado com o futuro. O nosso governo tem muito o que apresentar aos brasileiros e a crise econômica será vencida tão logo debelemos essa crise política artificial", explicou Humberto. "A agenda positiva de cooperação entre o Legislativo e o Executivo é um exemplo de que estamos virando a página. Dilma tem viajado para conversar com os brasileiros e assumir a narrativa desses investimentos fundamentais ao nosso desenvolvimento", acrescentou o parlamentar.

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Segundo Humberto, Lula relatou que o governo tem uma carteira consistente de projetos para apresentar aos brasileiros e mostrar que está reagindo ao imobilismo em que a oposição quer meter o país. Entre os grandes pilares citados pelo ex-presidente, estão o Programa de Proteção ao Emprego (PPE), o Programa de Investimento em Logística (PIL), o Programa de Investimento em Energia Elétrica (PIEE), os Planos Safra para grandes produtores e a agricultura familiar e o Minha Casa Minha Vida, cuja terceira etapa deve ser lançada ainda este mês.

O líder do PT analisou, ainda, que a esquerda voltou a retomar as ruas para defender a democracia e a estabilidade institucional, em contraponto a grupos que pedem golpe militar e o impeachment da presidenta legitimamente eleita. Mais de 10 grandes manifestações foram organizadas para este mês, em todo o país, por movimentos sociais como a CUT, a UNE, o MST e a Contag.

Nesta sexta-feira (14), Lula volta a Brasília para participar de um ato organizado pelo PT em defesa da educação. Antes do evento, o ex-presidente deve ter uma reunião com Dilma.

Os negócios na construção civil estão mais lentos do que o esperado por empresários, que passaram a rever suas estimativas de crescimento para 2014. Os problemas no setor provêm principalmente do desempenho fraco da economia brasileira e do calendário marcado por datas que desviam a atenção de consumidores, como o Carnaval tardio (realizado em março), a Copa do Mundo e as eleições.

Na cidade de São Paulo, maior mercado imobiliário do País, as vendas de imóveis residenciais novos acumuladas entre janeiro e maio foram de 7.982 unidades, 41,4% inferiores ao mesmo período do ano passado. No período, os lançamentos chegaram a 8.947 unidades, recuo de 14,0%. Esses resultados estão abaixo da expectativa inicial do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), que esperava que as vendas e lançamentos em 2014 ficassem estáveis ante 2013.

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"Os números estão muito abaixo do que esperávamos. A chance de ter que rever um pouco pra baixo nossas projeções no ano é real", afirmou o presidente do Secovi-SP, Cláudio Bernardes. "A quantidade de visitas aos estandes está semelhante à do ano passado, mas o número de conversão de vendas caiu bastante. As pessoas têm mais preocupação sobre o futuro, o que tem lhes dado mais cautela antes de fechar os negócios", avaliou.

Bernardes disse que as empresas já contavam com o efeito negativo da economia mais fraca e do calendário neste ano, mas admitiu que esses fatores foram piores do que as expectativas. "O que pesou foi o dimensionamento do impacto dos fatores já previstos", explicou, citando o excesso de feriados em várias capitais, e o clima de incerteza por conta das eleições.

O esfriamento do mercado respingou no preço dos imóveis, que cresce cada vez menos. De acordo com a pesquisa FipeZap, o preço das moradias na cidade de São Paulo acumula alta de 4,41% no primeiro semestre. O montante é quase um terço do verificado nos últimos 12 meses, quando bateu os 12,3%, o que demonstra forte desaceleração.

"Uma boa parte da culpa pelo desaquecimento do mercado imobiliário está mesmo na atividade mais fraca da economia brasileira de um modo generalizado", afirmou o coordenador da pesquisa FipeZap, Eduardo Zylberstajn. "Mas os preços dos imóveis subiram muito, então hoje tem de fato menos gente em condições de pagar por eles", ponderou.

Zylberstajn disse também que as condições para compra da habitação pioraram do ano passado para cá, com juros mais caros. Conforme dados do Banco Central, a taxa média de juros do financiamento imobiliário passou de 7,84% ao ano em maio de 2013 para 9,52% ao ano em maio de 2014. "O crédito ainda é um facilitador, mas ele já não consegue mais aumentar o poder de compra como ocorreu no passado", ressaltou.

Cortes

Caso o Secovi-SP confirme o ajuste nas suas projeções, ele vai se juntar a outras três entidades. Em maio, a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) baixou de 4,5% para 3,0% sua estimativa de alta no faturamento em 2014. Depois dela, foi a vez do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) reduzir de 2,8% para a faixa de 1,0% a 2,0% sua previsão de aumento do Produto Interno Bruto (PIB) do setor neste ano.

A última a ajustar seus números, na semana passada, foi a Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), que cortou praticamente pela metade sua projeção de avanço no faturamento em 2014, passando de 7,2% para 3,5%.

"O varejo de materiais depende muito de cada dia de venda. E os feriados causaram uma perda muito grande", disse Cláudio Conz, presidente da Anamaco. "E há um estado de espírito ruim, um certo temor sobre como a economia brasileira vai andar. Isso afetou as vendas", completou, citando que muitas obras para reformas e ampliações de residências foram adiadas. Entre janeiro e junho deste ano, as vendas de materiais de construção foram 3,5% menores do que nos mesmos meses do ano passado.

Já para o Sinduscon-SP, a decisão de rever suas estimativas se baseou na queda no ritmo de crescimento do número de trabalhadores no setor. No fim de maio, havia 3,525 milhões de pessoas empregadas na construção no País, montante apenas 0,42% maior do que no mesmo mês de 2013.

"A estabilização do nível de emprego reflete a retração no crescimento dos investimentos", afirmou Sérgio Watanabe, presidente do sindicato. "No caso da cidade de São Paulo, onde o nível de emprego na construção voltou ao patamar de um ano atrás, as incertezas com relação ao Plano Diretor também pesaram", completou, referindo-se à mudança na legislação que aumentou as restrições para uso dos terrenos e tamanhos das edificações na capital paulista.

Perspectivas

Os próximos meses de 2014 ainda preocupam os empresários porque não há perspectiva de melhora no quadro econômico do País no curto prazo. No entanto, alguns fatores podem ajudar os negócios da construção.

Conz, da Anamaco, acredita que muitas obras residenciais adiadas no primeiro semestre ainda serão colocadas em prática nos próximos meses. Outro ponto importante, segundo ele, é que os fundamentos que sustentam tanto a comercialização de materiais de construção quanto de imóveis continuam consistentes, com bons níveis de emprego e renda da população, além de disponibilidade de crédito. "Não é uma situação de desastre para o setor. Um pouquinho de sinalização positiva e os negócios voltarão a melhorar. Isso deve acontecer depois da Copa", afirmou.

Bernardes, do Secovi-SP, lembrou que as vendas e lançamentos de imóveis costuma ser maiores no segundo semestre, com tendência de recuperação após as férias de julho. Em relação aos preços, ele admitiu que pode haver reduções pontuais em alguns bairros de São Paulo onde os valores das unidades e os estoques estão mais elevados. "Em algumas regiões, o preço pode estar mais esticado, então pode ter algum ajuste. Mas não é um processo generalizado na cidade", afirmou.

O presidente da Anfavea, Luiz Moan, voltou a afirmar, nesta terça-feira, 7, que acredita em um bom desempenho do segmento de máquinas agrícolas mesmo após as recentes altas nas taxas de juros do Programa de Sustentação de Investimento (PSI). Para ele, os juros do PSI ainda estão "extremamente competitivos" e continuarão como um indutor da manutenção do volume de vendas das máquinas. "Os juros do PSI estão extremamente competitivos, para caminhões e ônibus, 6%, e máquinas, 4,5%, quando falamos em médio e pequeno produtor, que é a essência do nosso mercado de máquinas agrícolas", completou.

O total de 83.078 máquinas agrícolas comercializadas em 2013 foi o recorde histórico do setor. Moan citou que a marca histórica anterior havia sido registrada em 1976, quando foram vendidas 80 mil máquinas agrícolas. "É importante observar que, em 1976, a potência das máquinas era muito baixa e, em 2013, as máquinas são muito mais modernas", disse Moan.

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Entre as razões para o bom ano do setor de máquinas agrícolas, que acumulou alta nas vendas de 18,4% na comparação com 2012, Moan citou o ano mais rentável para o produtor, financiamento mais barato e a visão de que a mecanização aumenta a produtividade. "Tivemos um ano de 2013 em que o produtor teve desempenho de renda extremamente favorável, tivemos a política do PSI, e o mais importante é consciência do produtor pela busca constante do crescimento da produtividade via mecanização", afirmou.

A produção de máquinas agrícolas em 2013 também bateu recorde, ao crescer 20% sobre 2012 para 100.451 unidades, superando pela primeira vez a marca de 100 mil unidades anuais, de acordo com Moan.

Para 2014, a previsão da Anfavea é de estabilidade na produção de máquinas agrícolas, mas crescimento de 1,1% nas vendas internas. Moan destaca que o segmento de tratores de esteira foi o único que registrou queda em 2013, de 11,3% nas vendas. "Este vai ser um segmento com taxa relativa de crescimento em 2014, em função das concessões, dos investimentos em infraestrutura que em 2013 não ocorreram no volume desejado", disse Moan.

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, disse nesta terça-feira, 7, que o aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que começou a vigorar no dia 1º de janeiro e passará por novo ajuste em junho, não deve impactar na manutenção dos empregos no setor. "Quando ocorreu a redução do IPI, o (ministro da Fazenda, Guido) Mantega pediu a manutenção do emprego e nós fizemos até mais do que isso", afirmou. "Não acredito que há ameaça ao emprego."

Segundo Moan, em maio de 2012 o setor tinha 145 mil empregados e agora possui 153,5 mil. "Não só cumprimos o acordo, como adicionamos mais de 8 mil postos de trabalho", afirmou. De acordo com os dados da Anfavea, o número de empregos diretos nas montadoras em 2013 foi 26,4% maior do que a média registrada nos últimos dez anos.

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Moan, que também é presidente da General Motors (GM), não quis comentar as recentes demissões na montadora.

De acordo com o dirigente, a redução do IPI garantiu que o setor gerasse mais de R$ 8 bilhões em impostos para o governo federal, com tributos como PIS/Cofins, IPVA e ICMS. "Eu falei isso para o Mantega, esses números ele conhece, mas houve uma decisão política por parte do governo", disse.

Moan afirmou ainda que o setor não trabalha com a hipótese de o governo voltar a reduzir o IPI. "O governo tomou a decisão dele, os decretos estão publicados e esse é o cenário que estamos trabalhando. Prefiro que a gente esteja bem do que eu tenha de pedir alguma coisa."

A produção de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus no mercado brasileiro somou 3.740.418 unidades em 2013, o que representa uma alta de 9,9% em relação a 2012, segundo dados divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), nesta terça-feira (7). No último mês do ano passado, a produção somou 235.858 unidades, o equivalente a uma queda de 18,6% na comparação com novembro e a um recuo de 12,7% ante dezembro de 2012.

Considerando apenas automóveis e comerciais leves, a produção em 2013 atingiu 3.510.003 unidades, o que representa uma alta de 8,6% sobre 2012. Em dezembro, a produção desses veículos alcançou 226.108 unidades, queda de 16,8% ante o mês anterior e recuo de 11,9% sobre o último mês de 2012.

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A produção de caminhões atingiu 190.304 unidades em 2013, o que representa um avanço de 43,1% ante 2012 - e somou 8.105 veículos em dezembro, diminuição de 43,9% ante novembro e queda de 9,0% sobre dezembro de 2012. No caso dos ônibus, foram produzidas 40.111 unidades no ano passado, aumento de 9,5% sobre 2012, e ainda 1.645 unidades em dezembro, queda de 50,4% ante novembro e diminuição de 37,4% sobre dezembro de 2012.

Já as vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus acumularam um total de 3.767.370 unidades em 2013, o que equivale a um recuo de 0,9% em relação ao total comercializado em 2012. Em dezembro, as vendas superaram em 16,8% às do mês anterior, com 353.843 unidades, e recuaram 1,5% na comparação com dezembro de 2012, quando foram vendidas 302.939 unidades.

O setor automotivo encerrou dezembro com 153.474 empregados, o que representa uma baixa de 1% em relação a novembro. Na comparação com dezembro de 2012, houve avanço de 2,7% no contingente de empregados, considerando autoveículos e máquinas agrícolas.

O segmento de autoveículos registrou, em dezembro, uma queda de 1,1% ante novembro no contingente de empregados, totalizando 131.632. Em relação a igual mês de 2012, o avanço foi de 1,3%.

Já o segmento de máquinas agrícolas finalizou dezembro com a diminuição de 0,5% no número de empregados na comparação com novembro e registrou 21.842 funcionários. Na comparação com dezembro do ano anterior, houve uma alta de 11,7%.

As exportações do setor automotivo brasileiro, em valores, somaram US$ 16,567 bilhões em 2013, alta de 13,5% sobre o total de US$ 14,599 bilhões de 2012. Os valores consideram as exportações de autoveículos e máquinas agrícolas.

Em dezembro, as exportações movimentaram US$ 1,202 bilhão, queda de 9,2% em relação ao mês de novembro e um avanço de 14,5% na comparação com dezembro de 2012. Em 2013, 563.268 automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus foram exportados, um avanço de 26,5% ante 2012. Dezembro encerrou com 40.267 unidades exportadas, uma queda de 2,2% sobre o mesmo período de 2012.

A fatia de automóveis e veículos comerciais leves bicombustíveis (flex) sobre o total comercializado atingiu 88,4% em dezembro de 2013, acima da participação registrada em novembro (88,0%). Ao todo, os veículos flex somaram 297.333 unidades no mês passado. Em dezembro de 2012, a participação das vendas de veículos flex foi de 88,4%.

Na média de 2013, a fatia comercializada de veículos flex ficou em 88,5%, com 3.169.111 unidades, ante 87,0% na média do ano anterior, ou 3.162.874 unidades.

O senador Humberto Costa (PT) exibiu um vídeo com pouco mais de 50 segundos de duração sobre os desafios de 2014 e pincelou várias ações. Para Costa, as perspectivas para o ano novo são as melhores possíveis e os eventos como a Copa do Mundo, por exemplo, irão “trazer uma repercussão muito positiva para o Brasil diante do mundo”.

Esperançoso com a chegada de 2014, o petista falou sobre inflação e emprego e disse que os brasileiros passaram por uma turbulência neste ano. “Nós vamos ter o Brasil crescendo mais fortemente do que em 2013. Temos certeza que vamos alcançar indicadores de inflação ainda menores do que neste ano. O emprego vai continuar crescendo, as políticas sociais fazendo os efeitos já de tantos anos da sua aplicação”, deseja Costa. 

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Visando os grandes eventos do próximo ano, o parlamentar também lembrou da Copa do Mundo e das eleições. “Teremos uma grande Copa do Mundo, que certamente vai encher de orgulho o povo brasileiro e trazer uma repercussão muito positiva para o Brasil diante do mundo, e teremos também as eleições, quando eu tenho certeza: o povo brasileiro vai mais uma vez chancelar o projeto de inclusão política econômica e social que se iniciou com o presidente Lula em 2003”, declarou o senador. Confira o vídeo na íntegra:

O Indicador de Perspectiva do Crédito ao Consumidor subiu 0,5% em outubro, para 98,5 pontos, informou nesta segunda-feira a Serasa Experian. Foi a terceira alta consecutiva do indicador, após uma sequência de quase um ano de quedas mensais seguidas, iniciada em outubro de 2011. De acordo com a empresa, o indicador, por sua metodologia, tem a propriedade de antever movimentos cíclicos da concessão de crédito com seis meses de antecedência.

A inadimplência é apontada como o fator que tem impedido um crescimento mais vigoroso das concessões de crédito aos consumidores, que, em razão do quadro favorável do mercado de trabalho, aproveitam as taxas de juros mais baixas para quitar ou renegociar pendências em atraso.

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"As concessões de crédito ao consumidor permanecerão com baixo dinamismo, tendendo a exibir melhor desempenho somente a partir do primeiro trimestre de 2013, tendo em vista as expectativas de quedas mais consistentes dos níveis de inadimplência", informaram, em nota distribuída à imprensa, economistas da Serasa Experian.

Já o Indicador de Perspectiva do Crédito às Empresas recuou 0,2% em outubro, para 100,1 pontos. Apesar da queda, o indicador segue acima do nível 100, apontando que as concessões de crédito às empresas devem acompanhar a lenta trajetória de recuperação do crescimento econômico do País.

As primeiras condenações no julgamento do mensalão praticamente já esclarecem o destino dos outros políticos que receberam recursos do esquema, segundo ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e advogados de réus consultados pelo jornal O Estado de S.Paulo.

Dificilmente os parlamentares se livrarão da condenação do crime de corrupção passiva. O mesmo vale para os que se valeram de auxiliares ou parentes para retirar do Banco Rural o dinheiro repassado pelo operador do esquema, Marcos Valério.

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Na lista de prováveis condenados estão os deputados Pedro Henry (PP) e Valdemar Costa Neto (PR), e os ex-deputados Carlos Rodrigues (PR), Roberto Jefferson (PTB), José Borba (PR), Romeu Queiroz (PTB), João Magno (PT) e Pedro Corrêa (PP).

Com tal linha seguida pela Corte, a prática de caixa 2, tida como salvação pelos petistas, seria condenada. Um dos 11 ministros confidenciou a possibilidade: "Os réus vão ao STF, confessam a prática de caixa 2 e nós não fazemos nada?" Ao condenar o deputado João Paulo Cunha (PT) e o ex-diretor do BB Henrique Pizzolato, a Corte julgou que o mero recebimento de vantagem indevida é corrupção passiva. Da mesma maneira, condenaram João Paulo Cunha e Pizzolato pelo crime de lavagem de dinheiro por terem recebido recursos do mensalão por intermédio de outra pessoa. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A demanda por gasolina cresceu 7% no primeiro semestre do ano ante o mesmo período de 2011, o que requer atenção das refinarias. A informação foi dada pela presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster. "Temos muito que investir nas nossas refinarias", disse Graça, que participa nesta quarta-feira de almoço no Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef), no Rio de Janeiro.

A executiva reiterou, enfaticamente, que a refinaria Abreu e Lima (PE), também chamada de Rnest, apresentou erros que não devem acontecer de novo. "É uma história que está escrita, deve ser lida e todos os erros não devem ser repetidos." Segundo ela, há cerca de um ano e meio, a equipe da Rnest trabalha com as refinarias premium (Maranhão e Ceará) para que os enganos não se repitam e as unidades se ajustem a parâmetros internacionais de preço, prazo e tecnologia.

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A presidente da Petrobras lembrou que a estatal não emitirá ações para financiar os US$ 236,5 bilhões de aportes previstos entre 2012-16 e que haverá um programa de desinvestimentos. Ainda conforme o plano de negócios para o quadriênio, ela considera a nova curva de produção "bastante realista", destacando que, há mais de dez anos, o nível não era cumprido e, por isso, precisou ser deslocado para baixo, com redução de metas.

Graça Foster declarou ainda que a política de conteúdo local não é um dogma, "mas uma decisão gerencial que viabiliza ganhos operacionais". Ela quer que a indústria nacional faça o máximo possível, obedecendo padrões competitivos de preço, prazo e tecnologia. "Quero tudo o que ela (indústria) possa fazer amanhã", disse, acrescentando que atualmente também trabalha para que os projetos tenham boa performance, sem perder prazos e sem custos elevados.

Ela aproveitou para ressaltar a importância do plano de recuperação da Bacia de Campos (Proef), que prevê elevar a eficiência dos 71% atuais para 90% em 2016.

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