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O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, afirmou nesta quarta-feira (28) ver com "extrema preocupação" a revisão da meta fiscal de 2015 pelo governo Dilma Rousseff, que agora será de um déficit de pelo menos R$ 51,8 bilhões. Na saída de uma audiência pública no Senado, ele disse apoiar e considerar necessário fazer o ajuste fiscal para retomar o crescimento econômico.

"Temos hoje um baixo nível de vendas, infelizmente, em função da crise política que tem prejudicado bastante o desempenho da economia. O que nós esperamos é que o ajuste fiscal seja realizado o mais rápido possível para que a economia possa voltar a respirar e voltar ao nível de atividade melhor", disse.

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Embora tenha dito que ainda não está fechada a previsão de vendas do setor no mês de outubro, o presidente da Anfavea disse que a estimativa é que haja uma queda de 27% no ano em relação a 2014. Ele destacou ainda que a queda é bastante preocupante, o que coloca o setor com a utilização de 50% da sua capacidade. "Ou seja, um número absolutamente desastroso para o setor", disse.

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, prevê um primeiro trimestre "extremamente difícil" para a indústria automobilística, mas acredita que a recuperação comece ainda no primeiro semestre de 2015 e o setor consiga ter um aumento de 4% na produção até o final deste ano, com o mercado interno fechando do mesmo tamanho de 2014.

"Nossa projeção é que o mercado interno ficará igual a 2014, exportação com um aumento pequeno de 1% e na produção um aumento de 4%. Esse aumento se explica porque achamos que a fatia de veículos importados será reduzida no Brasil", afirmou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, depois de reunir-se por cerca de uma hora com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Moan não descarta novas demissões na indústria, mas diz que não há sinais nas montadoras de ações "radicais", mesmo havendo um excedente de pessoal no setor.

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"Não tenho nenhuma informação por parte das associadas, mas também é claro que existe um excedente de pessoal no setor. Fechamos 31 de dezembro com mais de 144 mil empregos num momento de produção caindo, então há um excedente de mão de obra no setor. Mas não tenho nenhuma informação de qualquer medida mais radical que não seja concessão de férias, lay-offs ou até redução, mas sempre com acordo com sindicato", disse.

Acordos

Uma das apostas da indústria para a retomada são os acordos comerciais, tema principal do encontro com Mauro Vieira. Moan explica que a Anfavea deve ter em duas semanas uma posição fechada com o setor privado da Colômbia para apresentar ao governo brasileiro. Também trabalha com o Itamaraty e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) na renovação dos acordos automotivos com o México, que expira em pouco mais de 40 dias, e com a Argentina, que se encerra em junho deste ano.

Apesar do pouco tempo para trabalhar com o governo mexicano e as dificuldades econômicas enfrentadas pela Argentina, Moan diz não trabalhar com a hipótese de que os acordos não sejam renovados. A Argentina, especialmente, que é superavitária com o Brasil no setor, tem interesse em mantê-lo.

"Sem dúvida, um dos caminhos que temos é justamente a exportação. Por isso eu brinco que estou virando caixeiro-viajante", disse, explicando ainda que o setor trabalha em possíveis acordos com Equador, Peru e países africanos. O impacto, no entanto, seria pequeno este ano. A estimativa é de um crescimento de apenas 1% nas exportações. "O impacto é sempre no médio prazo. Mesmo que a gente consiga fechar o acordo temos toda a parte comercial que cada associada terá que desenvolver. Então acho que estamos lançando a base para uma melhoria dos últimos trimestre deste ano para frente", afirmou.

As vendas de veículos - automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus - somaram 146,2 mil unidades nos dez dias úteis que compuseram a primeira quinzena de novembro, encerrada sábado, com leve alta de 0,34% ante o total de 145,7 mil unidades de igual período de novembro de 2013, segundo levantamento de fontes do setor junto ao Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam). As vendas foram ainda 11,8% superiores aos mesmos primeiros dez dias úteis de outubro de 2014, quando foram comercializados 130,8 mil veículos.

Com isso, as vendas diárias na primeira metade de novembro atingiram uma média de 14,62 mil unidades, ante 13,08 mil em igual período de outubro e 14,57 mil nos mesmos primeiros dez dias úteis de novembro de 2013. Hoje, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, mostrou otimismo ao comentar a média de vendas diárias "muito acima" das 13 mil unidades na primeira quinzena de novembro.

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Moan afirmou ainda que a legislação que facilita a retomada dos veículos com atraso no pagamento dos financiamentos, em vigor desde sexta-feira, 14, pode ter efeito positivo nas vendas ainda neste ano. No entanto, segundo ele, o desempenho até dezembro não deve mudar a previsão de queda de 5% a 6% nos licenciamentos em 2014 ante 2013, "com viés de baixa", segundo Moan.

A média diária de todo o mês de outubro, com 306.875 veículos leves e pesados vendidos em 23 dias úteis, foi de 13.342 unidades emplacadas. Em todo o mês de novembro do ano passado, com 302.950 veículos comercializados em apenas 20 dias úteis, a média diária de vendas foi bem maior e atingiu 15.147 unidades.

Apesar de ser natural um desempenho melhor na segunda metade do mês, em novembro de 2014 as vendas totais ainda podem ser impactadas pelo feriado da Proclamação da República, um sábado, dia de grande movimentação nas concessionárias, bem como pela próxima quarta-feir, 20, Dia da Consciência Negra, feriado em vários municípios brasileiros.

Ranking

Dados parciais da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), que não mais divulga o total quinzenal de emplacamentos, apontam que o Fiat Palio segue como o veículo mais vendido do País, com 7.489 unidades até agora, em novembro. Chevrolet Onix, com 7.384 unidades, Fiat Uno, com 5.830 veículos comercializados, e o Hyundai HB20, com 5.713 unidades, completam o ranking dos quatro primeiros.

Antigo líder nas vendas, o Volkswagen Gol teve apenas 5.703 unidades emplacadas até agora no mês e segue em quinto lugar, por enquanto. A picape pequena Fiat Strada é o primeiro comercial leve mais vendido em novembro, com 5.630 veículos emplacados, e está em sexto lugar no ranking.

A frota de veículos brasileiros deverá mais do que dobrar nos próximos 20 anos, de acordo com projeção feita pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e apresentada nesta quinta-feira (6), pelo presidente da entidade, Luiz Moan. De acordo com o estudo, em um cenário "básico", o número de automóveis no País saltará de 39,7 milhões em 2013 para 95,2 milhões em 2034. Esse número, contudo, poderá variar, chegando a até 105,5 milhões de unidades, em um cenário positivo, ou a 84,6 milhões, em um cenário pessimista.

De acordo com Moan, isso será resultado de um aumento na taxa de motorização, cuja projeção da Anfavea é de que passará de 5,1 habitantes por automóvel (dado de 2013) para 2,4 em 2034, podendo chegar a 2,7 em um cenário mais positivo. Com isso, o licenciamento de novos veículos também deverá mais do que dobrar, passando de 3,6 milhões neste ano para 7,4 milhões em 2034. Número que poderá chegar a 8,3 milhões, dentro de uma visão melhor, ou a 6,3 milhões, na perspectiva ruim.

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O presidente da Anfavea destacou que as projeções foram baseadas em algumas premissas como o crescimento da população e do PIB. Tomando como base o histórico dos números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Anfavea projeta que a população brasileira deverá saltar de 201 milhões de habitantes (em 2013) para 226 milhões em 2034. Já para o PIB, a entidade estima que deverá passar dos US$ 2,243 bilhões do ano passado para US$ 4,036 bilhões daqui a 20 anos. No caso do PIB per capita, de US$ 11,2 mil para US$ 17,9 mil.

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, afirmou na manhã desta segunda-feira, 28, que a necessidade de fortalecer as exportações do setor e as conversas com o governo argentino estão na pauta do encontro que ele tem previsto para hoje com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Mauro Borges, em Brasília (DF). "Esta é a agenda. Estamos trabalhando bastante com o governo brasileiro para restabelecer o fluxo de comércio com a Argentina", disse durante sua participação no V Fórum da Indústria Automobilística, em São Paulo.

Segundo Moan, o mercado interno brasileiro diminuiu 2,1% no primeiro trimestre de 2014 ante igual período do anterior, o que, em números absolutos, representa uma queda de 18 mil unidades vendidas. "Ainda nos mantemos como o quarto maior mercado do mundo", explicou. A maior preocupação, de acordo com o presidente da Anfavea, é o desempenho das exportações, que recuaram 32% na mesma base de comparação. "Essa redução de 32% significa uma queda de quase 5% na produção, esse é o grande ponto em que estamos nos concentrando."

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Sobre as medidas que poderiam ser adotadas para destravar as exportações, ele confirmou que uma das soluções estudadas com o governo brasileiro é a implantação de uma linha de financiamento do Brasil para a Argentina, para driblar o problema de falta de divisas vivido pelos argentinos. Moan, no entanto, não deu detalhes sobre as negociações. "As exportações de grãos da Argentina já recomeçaram e nossa perspectiva é que em junho ou julho essa questão das divisas já tenha melhorado", revelou.

Moan afirmou que, embora o cenário de curto prazo do setor automotivo não seja positivo, tampouco é "extremamente ruim ou pessimista, como muitos analistas têm colocado". Ele explicou que as margens das empresas estão cada vez menores, e que esta vem sendo uma condição para manter o ritmo de trabalho e produção.

Ele disse ainda que a Anfavea não pretende mudar agora suas estimativas para este ano. Segundo Moan, o mercado argentino é um ponto-chave nessas projeções. Como há reuniões previstas com o governo do país vizinho ainda esta semana para tentar destravar as exportações brasileiras, é prudente esperar. "Vamos aguardar um pouco a queda da volatilidade. Não tenho problema em rever projeções, mas não gosto de ficar mudando a toda hora", afirmou. "Se viermos a fazer (revisões), melhor que elas sejam feitas com embasamento."

O total de 571,9 mil unidades de veículos leves, caminhões e ônibus comercializados nos dois primeiros meses deste ano é o melhor resultado do setor automotivo no acumulado de janeiro a fevereiro, afirmou o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Luiz Moan. A alta na comparação com os dois primeiros meses de 2013 foi de 4,6%. "É o melhor acumulado de toda a história do setor automotivo em termos de vendas", disse Moan, ao destacar que o carnaval neste ano não entrou no calendário de fevereiro e, portanto, houve maior número de dias na comparação com o mesmo mês do ano passado.

"Importante ressaltar que enquanto o licenciamento total de veículos cresceu 4,6% no bimestre, em termos de licenciamento de veículos nacionais tivemos um crescimento de 5,5%, o que significa aumento na parte de veículos produzidos no Brasil", destacou Moan.

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O presidente da Anfavea comemorou também o "segundo melhor fevereiro de toda a história do setor automotivo" em termos de produção. A queda de 2,7% na produção de veículos no bimestre, de acordo com Moan, foi puxada pelo fraco desempenho de janeiro, período em que muitas montadoras estenderam as férias coletivas. Em fevereiro, contudo, já houve recuperação da produção, com alta de 18,7% ante janeiro e de 16,9% sobre fevereiro de 2013. No total, foram produzidos 281,4 mil veículos no País no segundo mês do ano.

Apesar do aumento nas vendas e na produção, o nível dos estoques subiu de 31 dias em janeiro para 37 em fevereiro, o que é considerado por Moan como "algo dentro da normalidade". "No nível atual de diversidade de modelos e de número de montadoras, até 40, 42 dias é absolutamente normal", afirmou o presidente da Anfavea.

Já as vendas de caminhões e ônibus, contudo, ficaram prejudicadas no primeiro bimestre do ano devido à demora para o início da operacionalização do Programa de Sustentação do Investimento (PSI). No caso dos ônibus, as vendas no bimestre caíram 1,8% na comparação com mesmo período do ano passado. Para caminhões, a queda foi de 3,9%.

De acordo com o vice-presidente da Anfavea, Luiz Carlos Gomes de Moraes, a expectativa de safra para o ano é boa, de aproximadamente 190 milhões de toneladas, e o impacto das obras de infraestrutura por conta das concessões realizadas pelo governo deve começar a aparecer ainda em 2014. Por esses fatores, ainda há otimismo com o setor de caminhões.

Máquinas agrícolas - O também vice-presidente Milton Rego destaca que o resultado da venda de máquinas agrícolas no primeiro bimestre, de queda de 19,1% ante igual período de 2013, está relacionado não só com a forte base de comparação e atraso na liberação do PSI, como também aos fatores climáticos. "Vivemos um período de muita volatilidade, temos regiões do Brasil com problema de seca que impacta a produtividade da colheita e também o oposto: chuva em excesso na colheita do centro-oeste", comentou Rego.

"Isso está criando uma pressão que faz com que agricultores adiem a decisão de investimento", complementou. Até o momento, a previsão da Anfavea é de relativa estabilidade no setor de máquinas agrícolas neste ano em relação a 2013.

De acordo com Rego, um estudo elaborado pela Fiesp e patrocinado pela Anfavea indica que os produtores rurais estão neutros ou levemente pessimistas com relação a 2014. "Esse índice reflete a situação do agronegócio brasileiro", afirmou o vice-presidente da Anfavea. Apesar de o bimestre ter saldo negativo, houve crescimento nas vendas de máquinas agrícolas de 48,9% em fevereiro em relação a janeiro, para 5,615 mil unidades.

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, disse nesta terça-feira, 7, que o aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que começou a vigorar no dia 1º de janeiro e passará por novo ajuste em junho, não deve impactar na manutenção dos empregos no setor. "Quando ocorreu a redução do IPI, o (ministro da Fazenda, Guido) Mantega pediu a manutenção do emprego e nós fizemos até mais do que isso", afirmou. "Não acredito que há ameaça ao emprego."

Segundo Moan, em maio de 2012 o setor tinha 145 mil empregados e agora possui 153,5 mil. "Não só cumprimos o acordo, como adicionamos mais de 8 mil postos de trabalho", afirmou. De acordo com os dados da Anfavea, o número de empregos diretos nas montadoras em 2013 foi 26,4% maior do que a média registrada nos últimos dez anos.

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Moan, que também é presidente da General Motors (GM), não quis comentar as recentes demissões na montadora.

De acordo com o dirigente, a redução do IPI garantiu que o setor gerasse mais de R$ 8 bilhões em impostos para o governo federal, com tributos como PIS/Cofins, IPVA e ICMS. "Eu falei isso para o Mantega, esses números ele conhece, mas houve uma decisão política por parte do governo", disse.

Moan afirmou ainda que o setor não trabalha com a hipótese de o governo voltar a reduzir o IPI. "O governo tomou a decisão dele, os decretos estão publicados e esse é o cenário que estamos trabalhando. Prefiro que a gente esteja bem do que eu tenha de pedir alguma coisa."

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