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O presidente da Fundação Leonel Brizola em Pernambuco, Pedro Josephi, emitiu uma nota, nesta quinta-feira (20), afirmando que as declarações do deputado estadual Joel da Harpa (Podemos) sobre o senador licenciado, Cid Gomes (PDT-CE), “denotam pouco apreço pelo Estado de Direito e respeito à Constituição Federal”.

Cid Gomes foi alvejado por dois tiros nessa quarta (19) durante um protesto realizado por policiais do Ceará na cidade de Sobral. Joel da Harpa, ao avaliar o episódio, disse que os disparos contra o ex-governador cearense foram “legítima defesa” dos policiais que participavam do ato. 

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Para Pedro Josephi, “neste momento, um homem público deveria se solidarizar e não desvirtuar o conceito de legítima defesa, que só se ocorre quando alguém é vítima de violência injusta, hipótese não configurada porque quem estava em atos ilícitos eram os encapuzados amotinados”. 

Veja a nota na íntegra:

As declarações do deputado estadual Joel da Harpa em homenagem aos homens encapuzados que atiraram contra o senador da República, Cid Gomes, denotam pouco apreço pelo Estado de Direito e respeito à Constituição Federal.

Havia uma mesa de negociação estabelecida com o Governo Estadual, com a participação do Ministério Público, de parlamentares da oposição e líderes das corporações, que resultou em avanços e conquistas significativas para toda a tropa. Todavia, minoria dissidente, insuflada por interesses partidários, iniciou a esvaziar pneus de viaturas, impedir que policiais trabalhassem normalmente, a coagir comerciantes e a população a não saírem de suas casas, tudo isto encapuzados, sem a farda, usando veículos e armas da Polícia Militar. Além disto, realizaram motins e bloqueios em batalhões, provocando e disseminando o caos.

Tais condutas deveriam gerar repúdio de qualquer cidadão, sobretudo, alguém investido em cargo político, que deveria respeitar a Constituição, segundo a qual é proibida a greve de militares, e à justiça, que já havia determinado a suspensão daquelas ações.

Neste momento, um homem público deveria se solidarizar e não desvirtuar o conceito de legítima defesa, que só se ocorre quando alguém é vítima de violência injusta, hipótese não configurada porque quem estava em atos ilícitos eram os encapuzados amotinados. 

Confio que as instituições punirão exemplarmente e manifesto preocupação com as declarações do parlamentar. 

Pedro Josephi

Presidente da Fundação Leonel Brizola em Pernambuco (PDT)

No ano de 2016, a Ordem dos Advogados do Brasil contabilizou pela primeira vez a marca de 1 milhão de advogados no Brasil. A expectativa de trabalhar como servidor público, ter estabilidade e assumir grandes causas ajudam a explicar esse número, mas nem só de honorários e concursos se faz a advocacia. 

Em um país como o Brasil, que tem altos índices de desigualdade social, uma minoria da população tem condições financeiras de pagar por serviços jurídicos, sobrecarregando as defensorias públicas. Diante desse cenário, a atuação voluntária de advogados populares que prestam assessoria jurídica, e daqueles que assumem causas sem cobrar honorários, a chamada advocacia pro bono (do Latim “para o bem”), pode ajudar muitas pessoas a ter acesso à Justiça. 

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Neste 8 de dezembro, Dia da Justiça, o LeiaJá ouviu advogados que trabalham gratuitamente para ajudar pessoas e grupos que precisam de apoio jurídico para conhecer o que move essas pessoas a dispor de seu tempo e força de trabalho sem retorno (financeiro) nenhum em troca. Confira: 

“Eu não acredito em um modelo de justiça segregador”

Danielle Gondim Portela tem 44 anos e além de advogada é historiadora e foi candidata a governadora de Pernambuco. Ela decidiu estudar Direito por um desejo de começar a trabalhar mais de perto com pessoas e por ter um senso de justiça aguçado. “Com 15 anos me tornei alfabetizadora de adultos para transformar a vida de outras pessoas pelo método [de ensino] Paulo Freire, e aí resolvi ser professora, pois o saber só tem sentido se promover transformação social. Isso me levou ao Direito e nele podemos ir para mil áreas”, explicou ela. 

No Direito, Danielle seguiu a advocacia popular, voltada a causas de cunho social e desejada por poucos profissionais pois, segundo ela, é pouco lucrativa. Militante feminista há vários anos, Danielle advoga gratuitamente em defesa de mulheres vítimas de violência e também em ações por moradia popular. Na visão da advogada e historiadora, a advocacia pro bono, ou seja, sem cobrança, não é uma forma de caridade exercida pelos advogados, mas um meio de garantir a justiça para todos e a manutenção de premissas básicas da democracia. 

“Eu não acredito em um modelo de justiça segregador e inacessível a uma boa parte da população. A advocacia pro bono vem no sentido de diminuir essas desigualdades, o advogado é um dos principais pilares para garantia do estado democrático, intervindo diretamente na ampla defesa. A partir dessa perspectiva eu não entendo pro bono nem popular como caridade. A minha pauta de advocacia pro bono é social, política e identitária. Por grupos historicamente invisibilizados, em uma advocacia que muita gente não quer, um instrumento de luta social para grupos vulneráveis”, disse Danielle.

“O Direito é um instrumento de luta política”  

Pedro Josephi tem 29 anos e há seis é advogado. Ele conta que decidiu se tornar advogado por acreditar que o exercício da profissão pode ajudar, ainda que parcialmente, a reparar injustiças sociais. 

“No exercício da minha profissão eu posso sanar injustiças, promover justiças e formular teses que possam beneficiar a população que mais precisa de justiça social, de acesso ao judiciário e de mecanismos de transformação social. O Direito é um instrumento de luta política e a escolha por ser advogado é porque a advocacia é a propulsora das modificações dentro do direito, ela constrói teses para que o judiciário possa se debruçar”, afirmou ele.

Os motivos de trabalhar gratuitamente para quem precisa, segundo ele, é a percepção de que o Brasil é um país muito desigual e que a Defensoria Pública (órgão que oferece advogados gratuitamente) não tem pessoas e recursos o suficiente para atender à demanda. “No nosso país há um déficit muito grande na defensoria pública e na assistência judiciária para os mais pobres. Em razão disso eu atuo de forma pro bono (do Latim “para o bem”, causas sem cobrança de honorários) para ajudar àqueles que mais precisam. Acredito que é importante que nós que nos formamos e nos tornamos advogados demos uma contribuição, temos que dar uma contribuição à sociedade. A forma de dar essa contribuição é por meio da advocacia pro bono”, disse o advogado. 

Além de assumir gratuitamente as causas de algumas pessoas que não podem pagar pelos honorários, Pedro também é advogado popular, centrando sua atuação profissional em ações de comunidades, movimentos sociais, associações e coletivos de pessoas que precisam de auxílio e consultoria jurídica. O motivo, segundo ele, é o desejo de ajudar a gerar justiça social reparando desigualdades históricas. 

“O que me faz ter essa vontade é a consciência política de que nós vivemos em um país extremamente desigual, vivemos numa sociedade de consumo com muitas violações de direitos, sobretudo da parcela mais pobre da sociedade. A justiça social pode ser minimamente alcançada com essas ações que nós entramos, visando minimamente reparar os danos que essas pessoas pobres sofrem, e garantir alguns direitos, como educação, saúde”, afirmou Pedro. 

Uma retribuição à sociedade

Tiago Pereira tem 34 anos, é advogado desde 2016 e ainda durante o período em que estudou na Faculdade de Direito do Recife (FDR) criou o projeto de extensão Além das Grades, que presta assistência jurídica gratuita com foco em unidades prisionais femininas de Pernambuco. O projeto dá atenção especial a detentas que estão em prisão provisória, mas também auxilia aquelas que já foram julgadas. 

O advogado explica que decidiu estudar Direito por sempre ter tido um senso de justiça forte e conta que se sentiu ainda mais interessado pelo curso depois de encontrar e ler um exemplar da Constituição Federal de 1988 que seria jogado no lixo. A falta de recursos financeiros foi um fator de dificuldade que ele superou estudando em um cursinho mantido por estudantes de medicina da UFPE, chamado Portal. 

“Ainda nos primeiros dias de aula, eu consegui um estágio voluntário na Defensoria Pública do Estado. Com um mês de aula impetrei o primeiro Habeas Corpus em favor de um vizinho que estava preso provisoriamente há mais de um ano pelo crime de tráfico de drogas. Não consegui a liberdade dele, mas o juiz marcou a audiência e o sentenciou com certa rapidez. Depois, uma colega pediu para defender um primo dela que também estava preso provisoriamente. No final do primeiro período eu já tinha um projeto para atuar voluntariamente prestando assessoria jurídica nas unidades prisionais do estado”, contou ele. 

Entre as motivações de Tiago, está o fato de ter estudado em escolas e também em uma universidade pública, fato que lhe faz querer dar um retorno à sociedade pelo dinheiro público investido em sua formação profissional. Questionado sobre as razões de focar a atuação em penitenciárias femininas, Tiago explica que há uma situação ainda mais grave de abandono no sistema penitenciário feminino. De acordo com ele, enquanto nos presídios masculinos as famílias e esposas visitam mais os presos, é muito comum que as detentas sejam abandonadas pelos maridos e familiares, muitas vezes restando apenas as suas mães. 

O objetivo do projeto, ao auxiliar essas mulheres, vai além de resolver questões jurídicas, mas também visa entender a história das detentas, de suas famílias e ajudar essas pessoas de forma integral. “O que me moveu foi essa questão de injustiça. O "Além das Grades" tem uma visão humanitária, de tentar compreender as circunstâncias de prisão das pessoas, da família”, afirmou.

No que diz respeito à importância da advocacia gratuita em favor de pessoas presas e muitas vezes nem mesmo julgadas, Tiago explica que as desigualdades sociais do Brasil e a falta de condições financeiras dos mais pobres para pagar um advogado tornam essa atividade um meio essencial para que a Justiça seja feita. “Na realidade do nosso país, advogado é muito caro, os preços da tabela da OAB são muito elevados e muita gente deixa de correr atrás de seus direitos por isso. Esse trabalho voluntário faz as pessoas poderem buscar seus direitos. A gente pode trazer um pouco de dignidade às pessoas para os direitos delas serem efetivados de fato, é muito gratificante”, disse ele. 

O PDT, a partir da provocação do deputado federal Túlio Gadêlha (PE), ingressou, nesta quinta-feira (3), com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIn) no Supremo Tribunal Federal (STF) para acabar com o prazo de validade dos créditos do Vale Eletrônico Metropolitano (VEM). 

A ADIn, assinada pelo advogado Pedro Josephi, visa a declaração de inconstitucionalidade do artigo 17 da Lei Estadual 14.474/2011, que prevê o prazo de 180 dias corridos para expiração dos créditos do VEM. Na ação foi solicitado um pedido cautelar para a suspensão imediata dos efeitos da lei até o julgamento final pelo Supremo. 

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Para o PDT, esta lei tem finalidade de confisco, quando o Estado se apropria indevidamente de bens do cidadão, o que é vedado pela Constituição Federal, além de violar o direito à propriedade, o direito de ir e vir, o direito social ao transporte e à cidadania. “Entendemos que a criação de um prazo de validade para os créditos do VEM é algo que viola a Constituição, penalizando milhares de pessoas que de boa-fé compraram suas passagens e de forma ilegal perdem o seu dinheiro suado”, afirma Gadêlha. 

“Por ano, mais de R$ 50 milhões em créditos do VEM são confiscados após a criação da norma. Observe que grande parte destes créditos são oriundos de verba alimentar, como é o caso do VEM Trabalhador, no qual a empresa paga a remuneração do transporte inserindo no cartão, além de ter previsto a apropriação de créditos adquiridos antes da vigência da lei”, avalia Josephi, que também é coordenador da Frente de Luta pelo Transporte Público de Pernambuco. 

Gadêlha e Josephi irão ao Supremo na próxima semana despachar com o relator da ADIn.

*Da assessoria de imprensa

O deputado estadual Edilson Silva (PSOL) rebateu, nesta terça-feira (30), o posicionamento do correligionário e um dos líderes da Frente de Luta pelo Transporte Público (FLTP), Pedro Josephi, quanto à participação dos movimentos sociais na audiência da Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) sobre a situação das obras de mobilidade urbana no estado, que aconteceu nessa segunda (29). 

Segundo Edilson, os movimentos sociais “foram sim convidados” e a FLTP estava representada por integrantes do grupo Direitos Urbanos (DU). Em nota, o parlamentar citou que além do DU também estiveram presentes o Comitê Popular da Copa, a FASE, o Ameciclo, o Observatório do Recife e o Movimento Guerreiros Sobre Rodas (cadeirantes). 

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“A audiência tem caráter público por natureza e foi divulgada com antecedência nas redes sociais e na mídia imprensa. Qualquer entidade ou órgão poderia ter comparecido, se interesse tivesse”, argumentou Silva. “O foco do encontro de ontem, previamente definido, foram as obras rodoviárias inacabadas que deveriam ter sido entregues à população antes da Copa”, acrescenta, ressaltando ainda que as instituições convocadas para contribuir no esclarecimento e instrução do processo político legislativo foram a Secretaria das Cidades, o Consórcio Grande Recife, os Ministérios Públicos Federal e de Pernambuco e o Tribunal de Contas do Estado.

O candidato do PSOL a governador de Pernambuco, Zé Gomes, afirmou, nesta sexta-feira (8), que pretende implantar o bilhete único para o transporte público estadual, caso seja eleito. De acordo com ele, o atual modelo adotado pelo estado beneficia apenas as empresas, em detrimento daqueles que se utilizam o serviço diariamente. 

“Este sistema de transporte garante o lucro dos empresários, que, por sinal, não cumprem o número de viagens e não fornecem a qualidade que o transporte coletivo precisa ter. Enquanto isso, os usuários vivem em situação de constante desrespeito. Nos terminais integrados, são tratados como se estivessem em currais. É preciso reorganizar este modelo para devolver dignidade aos usuários”, criticou Gomes ao participar de uma panfletagem em frente a Estação Central do Recife, no bairro de São José.  "Esse sistema vai permitir que as pessoas se desloquem pela Região Metropolitana sem aumentar o percurso e o tempo de deslocamento", acrescentou.

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A candidata ao Senado, Albanise Pires, também participou da atividade e denunciou, em discurso, a situação à que as mulheres são expostas no dia a dia, inclusive o assédio sexual dentro dos ônibus e vagões de metrô. O ato reuniu ainda os candidatos a deputado estadual Edilson Silva, Pedro Josephi, Alberico Sigismundo e Antônio Carlos. 

Um dos representantes do Movimento Passe Livre de Pernambuco, o advogado Pedro Josephi (PSOL) será candidato a deputado estadual. O lançamento da postulação aconteceu nessa sexta-feira (7), durante a festa de aniversário do militante, que ganhou destaque durante os protestos ocorridos no Recife, no ano passado pela melhoria do transporte público e a aprovação do passe livre estudantil. 

Participaram do evento o também pré-candidato a deputado estadual e secretário nacional organizativo do PSOL, Edilson Silva,  e os pré-candidatos ao governo do estado e ao Senado, Zé Gomes e Albanise Pires, respectivamente. Josephi iniciou sua trajetória política na Universidade Católica de Pernambuco. Lá presidiu o Diretório Acadêmico de Direito e foi secretário do DCE.

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Candidato a deputado estadual pelo PSOL, o advogado Pedro Josephi irá lançar sua postulação nesta quinta-feira (06), em um restaurante na Rua da Hora, no bairro do Espinheiro, Zona Norte do Recife. O evento contará com a presença do secretário nacional organizativo do PSOL, Edilson Silva e dos pré-candidatos ao Governo do Estado, Zé Gomes, e ao Senado Federal, Abanise Pires, além de figuras públicas do mundo jurídico. 

Pedro Josephi iniciou sua trajetória política ainda na Universidade Católica de Pernambuco, onde presidiu o Diretório Acadêmico de Direito e foi secretário do DCE. Josephi se notabilizou nos protestos que tomaram as ruas no ano passado, notadamente, em defesa do Transporte Público e pelo Passe Livre. 

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Nessa edição do Programa Opinião Brasil, o jornalista Alvaro Duarte recebe Pedro Josephi, membro da Frente de Luta pelo Transporte Público e do DCE da Unicap, e Wagner Arandas, mestre em Direitos Humanos e professor de sociologia da UNINASSAU. Eles debatem sobre as movimentações populares que tomaram conta de várias cidades do país, entre junho e julho desse ano.

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Josephi aponta que o movimento não é liderado por um único grupo, que na verdade é constituído por várias parcelas da população, que apresentam várias exigências. O estopim do movimento foi o aumento da passagem do transporte público em São Paulo, que gerou protestos cujas dimensões saíram do controle e tomaram proporções maiores. Arandas vê essa movimentação de uma forma bastante positiva, uma vez que o povo brasileiro saiu da sua zona de conforto e confrontou os problemas que o aflige. 

O Opinião Brasil é apresentado por Alvaro Duarte e exibido toda segunda-feira aqui, no Portal LeiaJá.

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