Presidente de fundação do PDT rebate Joel da Harpa
Para Pedro Josephi, 'neste momento, um homem público deveria se solidarizar e não desvirtuar o conceito de legítima defesa'
O presidente da Fundação Leonel Brizola em Pernambuco, Pedro Josephi, emitiu uma nota, nesta quinta-feira (20), afirmando que as declarações do deputado estadual Joel da Harpa (Podemos) sobre o senador licenciado, Cid Gomes (PDT-CE), “denotam pouco apreço pelo Estado de Direito e respeito à Constituição Federal”.
Cid Gomes foi alvejado por dois tiros nessa quarta (19) durante um protesto realizado por policiais do Ceará na cidade de Sobral. Joel da Harpa, ao avaliar o episódio, disse que os disparos contra o ex-governador cearense foram “legítima defesa” dos policiais que participavam do ato.
Para Pedro Josephi, “neste momento, um homem público deveria se solidarizar e não desvirtuar o conceito de legítima defesa, que só se ocorre quando alguém é vítima de violência injusta, hipótese não configurada porque quem estava em atos ilícitos eram os encapuzados amotinados”.
Veja a nota na íntegra:
As declarações do deputado estadual Joel da Harpa em homenagem aos homens encapuzados que atiraram contra o senador da República, Cid Gomes, denotam pouco apreço pelo Estado de Direito e respeito à Constituição Federal.
Havia uma mesa de negociação estabelecida com o Governo Estadual, com a participação do Ministério Público, de parlamentares da oposição e líderes das corporações, que resultou em avanços e conquistas significativas para toda a tropa. Todavia, minoria dissidente, insuflada por interesses partidários, iniciou a esvaziar pneus de viaturas, impedir que policiais trabalhassem normalmente, a coagir comerciantes e a população a não saírem de suas casas, tudo isto encapuzados, sem a farda, usando veículos e armas da Polícia Militar. Além disto, realizaram motins e bloqueios em batalhões, provocando e disseminando o caos.
Tais condutas deveriam gerar repúdio de qualquer cidadão, sobretudo, alguém investido em cargo político, que deveria respeitar a Constituição, segundo a qual é proibida a greve de militares, e à justiça, que já havia determinado a suspensão daquelas ações.
Neste momento, um homem público deveria se solidarizar e não desvirtuar o conceito de legítima defesa, que só se ocorre quando alguém é vítima de violência injusta, hipótese não configurada porque quem estava em atos ilícitos eram os encapuzados amotinados.
Confio que as instituições punirão exemplarmente e manifesto preocupação com as declarações do parlamentar.
Pedro Josephi
Presidente da Fundação Leonel Brizola em Pernambuco (PDT)